Ainda só foi gasto 5% do PRR para combate à seca no Algarve. Governo promete acelerar execução

"Não basta ter os investimentos no papel", avisa António Leitão Amaro. Executivo alivia cortes ao consumo e disponibiliza verba extra de 103 milhões de euros para combater seca na região algarvia.

O Governo aprovou esta sexta-feira em Conselhos de Ministros um conjunto de medidas para combater a escassez de água, com foco no Algarve. Além de dar “luz verde” ao já anunciado alívio de cortes ao consumo, assim como à disponibilização de uma verba extra de 103 milhões de euros para responder à seca, o Governo garante que irá acelerar a execução dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que foram destinados ao combate à seca na região e que, calcula, têm atualmente uma taxa de execução de apenas 5%.

Em conferência de imprensa, o ministro da presidência, António Leitão Amaro, indicou que foram aprovados três grupos de medidas para o combate à escassez de água no Algarve durante a reunião do Executivo.

Um dos grupos prevê a aceleração dos investimentos no âmbito do PRR para combater a escassez de água na região, pois “não basta ter os investimentos no papel“, assinalou, revelando que a taxa de cumprimento está de momento nos 5%. “Vai ser adotado um conjunto de medidas para acelerar a realização desses investimentos”.

Além disso, irá existir “algum alívio” nas medidas de restrição sobre diferentes tipos de consumo. Isto porque “havendo situação de seca é necessário haver restrições, mas têm de ser proporcionais para serem compreendidas e aceites”. Há três semanas, numa visita ao Algarve, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, avançaram que os cortes de 25% que estão em vigor para a agricultura descerão para os 13%, exatamente a mesma fasquia que é colocada agora para os cortes no setor do turismo (que estava nos 15%). Finalmente, os cortes para o consumo urbano caem de 15% para 10%.

Mesmo que não chova mais este ano, nem mais uma gota, haverá água, garantidamente, para um ano de consumo urbano.

António Leitão Amaro

Ministro da Presidência

Mesmo que não chova mais este ano, nem mais uma gota, haverá água, garantidamente, para um ano de consumo urbano“, rematou António Leitão Amaro. Ainda assim, de dois em dois meses, os cortes serão reavaliados. E o próximo momento de avaliação será em agosto.

Em segundo lugar, confirmou que serão disponibilizados mais 103 milhões de euros para investir em soluções para a escassez de água no Algarve, que somam aos 237 milhões de euros que o Governo anterior tinha destinado a este fim no âmbito do PRR. Avançarão investimentos na redução de perdas de água na rede urbana e num adutor que facilitará a atividade agrícola entre Silves e Portimão, exemplificou o ministro da Presidência.

 

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Universidade de Coimbra estuda reações do cérebro de bombeiros durante incêndios

  • Lusa
  • 14 Junho 2024

Equipa concluiu que a visualização de imagens, implicando decisões de resgate de pessoas em incêndios, pode "ter grande importância para melhorar e treinar a tomada de decisão em situação de risco".

Uma investigação da Universidade de Coimbra (UC) analisou a resposta cerebral de bombeiros perante ações de resgate em incêndios e os cientistas acreditam que o estudo pode ser importante para melhorar as decisões em situações de risco.

O trabalho, liderado pela investigadora Isabel Duarte e por Miguel Castelo-Branco, coordenador científico do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (CIBIT/ICNAS), implicou a realização de jogos virtuais de salvamento, por parte de 47 bombeiros de várias corporações do distrito de Coimbra.

A equipa de investigação concluiu que a visualização de imagens, implicando decisões de resgate de pessoas em incêndios, pode “ter grande importância para melhorar e treinar a tomada de decisão em situações de risco“, referiu a UC, em comunicado enviado à agência Lusa.

“Ao analisar de que forma o cérebro resolve dilemas que envolvem decisões que podem salvar vidas, foi possível estudar o papel da experiência e o uso de estratégias de coping [conjunto de estratégias cognitivas e comportamentais usadas pelas pessoas para enfrentar situações de stress, perante condições de elevada sobrecarga emocional para o indivíduo], por parte de bombeiros”, explicou, citado na nota, o neurocientista Miguel Castelo-Branco.

Universidade de Coimbra, 21 de setembro de 2011 . PAULO NOVAIS / LUSAPAULO NOVAIS / LUSA

O também docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) adiantou que a investigação permitiu perceber que os dilemas de decisão levaram à ativação de redes neuronais envolvidas na gestão da recompensa emocional e outras redes relacionadas com dilemas éticos e deontológicos.

A equipa científica, onde se incluiu, igualmente, o Centro de Prevenção e Tratamento do Trauma Psicológico do Centro de Responsabilidade Integrada de Psiquiatria da Unidade Local de Saúde de Coimbra, conseguiu verificar que “a atividade neural relacionada com a decisão de resgatar pessoas diminuía em certas regiões cerebrais quanto maior a capacidade de usar estratégias de coping, o que sugere uma aprendizagem compensatória adquirida com a prática”, vincou o neurocientista.

Os bombeiros participantes no estudo “visualizaram cenários realísticos, envolvendo vidas em risco para eles próprios e potenciais vítimas, tendo que tomar uma decisão de resgate”, adiantou Miguel Castelo Branco.

O exercício simulava o combate a incêndios com situações de risco de vida, como casas a arder com pessoas em risco no interior, situação em que a formação prévia e a especialização dos bombeiros desempenham um papel importante, tendo o cérebro dos participantes sido estudado através de imagem por ressonância magnética funcional.

“Descobrimos ainda que a atividade cerebral em regiões relacionadas com a memória e a decisão — como o hipocampo e a ínsula — aumentava proporcionalmente à medida que o risco aumentava”, ilustrou Miguel Castelo-Branco.

“Foi possível identificar áreas cerebrais cuja atividade se relacionava diretamente com o cálculo da probabilidade de eventos adversos, como a queda de uma casa em chamas ou a perda de vidas”, notou o investigador.

Paralelamente, pessoas que não possuem a função de bombeiro, quando sujeitas às mesmas tarefas de decisão, apresentaram resultados cerebrais diferentes, levando os cientistas a concluir que a forma como o cérebro controla a decisão depende da experiência e do treino.

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Marta Silva sai da VdA para a Cerejeira Namora, Marinho Falcão

Com experiência na área de Laboral, Marta Silva destacou-se no setor, nomeadamente após mais de 18 anos na PLMJ e, mais recentemente, na Vieira de Almeida, de onde transita.

A equipa de Laboral da Cerejeira Namora, Marinho Falcão passa a contar com a co-coordenação da antiga associada coordenadora da VdA, para onde havia transitado da PLMJ.

Com experiência na área de Laboral, Marta Silva destacou-se no setor, nomeadamente após mais de 18 anos na PLMJ e, mais recentemente, na Vieira de Almeida, de onde transita.

Marta Silva tem experiência em diversas áreas do Direito do Trabalho, nomeadamente em contratação de trabalhadores, políticas remuneratórias e benefícios, organização do tempo de trabalho, cessação de contratos de trabalho, reestruturações empresariais, auditorias laborais e contencioso laboral.

Licenciada pela Universidade Católica Portuguesa – Porto, Marta Silva valorizou sempre a sua formação contínua, tendo concluído duas pós-graduações, uma pela Católica, em Direito do Trabalho, e outra pelo ISAG, em Gestão de Recursos Humanos.

A Cerejeira Namora Marinho Falcão destaca as “qualidades técnicas e académicas” de Marta Silva, afirmando que “completam um perfil profissional de excelência, que terá um papel relevante na organização”.

Para Nuno Cerejeira Namora, esta contratação “tem um simbolismo especial”. O sócio fundador explicou que, sendo esta a área de prática com que fundou a sociedade há 33 anos, “é sempre desafiante encontrar perfis que cumpram os padrões de exigência necessários para trazer pessoas valiosas para o nosso projeto”. Acrescentou ainda que, com cada nova entrada na equipa de Laboral, “isso acarreta uma grande responsabilidade, pois estamos convictos de que carregamos connosco a responsabilidade e diligência que nos é confiada pelos Clientes”. Por último, destacou as “qualidades humanas da Marta, uma profissional ímpar, com vontade e garra, que se identificou imediatamente com o ADN da nossa marca”.

Pedro Condês Tomaz, co-coordenador da área de Laboral, transmitiu que “esta é uma mensagem clara ao mercado, de que a sociedade continua a apostar seriamente num crescimento sustentável, baseado na contratação de profissionais de excelência”.

Além da entrada de Marta Silva, o departamento de Laboral contará agora também com Rita Meira, antiga coordenadora da Cameirão Advogados Associados, que transita agora como Associada da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, assim como com a integração de 3 associados e 3 novos estagiários. A equipa de Laboral cresce assim para um total de 30 advogados.

Marta Silva disse estar “expectante de viver novamente um momento aliciante num projeto em crescimento”, onde sente que poderá “acrescentar valor com a sua experiência e conhecimento do mercado”. Referiu ainda o seu entusiasmo com o investimento que está a ser feito na experiência de Marca, tanto no domínio profissional e jurídico, como na vertente mais transversal e de suporte ao negócio: “A Cerejeira Namora, Marinho Falcão está a investir fortemente numa adaptação às condições e conceitos de trabalho mais modernos, produtivos e satisfatórios, tanto para os seus profissionais como para os seus clientes”.

Por último, salientou a sua crescente “vontade de estar mais próxima dos clientes”, destacando que “a Cerejeira Namora, Marinho Falcão se apresentou como a solução ideal nesse sentido: é uma organização com um forte sentido de identidade e uma vontade de continuar a crescer e inovar em parceria estreita com os seus clientes”.

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Plano do Governo prevê redução de 90% dos alunos sem aulas até dezembro. Custa 20 milhões

Número de alunos sem aulas é "o problema mais grave do sistema educativo". Plano inclui subida do limite nas horas extraordinárias ou a contratação de professores aposentados "com remuneração extra".

O Governo apresentou esta sexta-feira, no final do Conselho de Ministros, o plano “Mais aulas, mais sucesso”, que visa colmatar a falta de professores no ensino público e que vai custar 20 milhões de euros. O objetivo a curto prazo é “uma redução de 90%, no final do primeiro período do próximo ano letivo (2024/2025), sobre os 20.887 alunos que não tinham tido aulas a, pelo menos, uma disciplina no final de dezembro de 2023”, disse o ministro da Educação, Fernando Alexandre.

Em conferência de imprensa, o ministro da Educação realçou que o crescente número de alunos sem aulas é “o problema mais grave do sistema educativo”, penalizando o processo “contínuo e cumulativo” que a aprendizagem deve seguir. E pondo em causa o “investimento das famílias”, o “investimento que o Estado faz”, a “esperança” que as famílias depositam na escola pública e ainda a “igualdade de oportunidades”.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro (E), acompanhado pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre (D) falam à imprensa durante o briefingue da reunião de Conselho de Ministros, no palácio de São Bento em Lisboa, 14 de junho de 2024.TIAGO PETINGA/LUSA

Segundo Fernando Alexandre, no final do primeiro período, em dezembro de 2023, 20.887 alunos não tinham tudo aulas a, pelo menos, uma disciplina. Já a 31 de maio de 2024 eram 22.116 alunos nesta situação, o equivalente a 1.126 turmas. Numa situação mais crítica estavam 939 alunos (47 turmas) que não tinham tido aulas a, pelo menos, uma disciplina desde 29 de setembro de 2023.

Para tal, o Governo apresentou esta sexta-feira o plano “Mais aulas, mais sucesso” que vai custar 20 milhões de euros e terá três eixos:

  1. “Apoiar mais” – melhorar condições de trabalho dos docentes através de medidas da simplificação do trabalho administrativo e da remuneração do trabalho extraordinário;
  2. “Gerir melhor” – dar às escolas instrumentos que permitam aos diretores uma gestão de professores mais eficaz para reduzir o número de aulas sem aulas;
  3. “Reter e atrair docentes”: criar incentivos para reter e atrai docentes para escolas com alunos sem aulas

O Governo traça como prioritário identificar o grupo de escolas com alunos sem aulas a uma disciplina há, pelo menos, três meses, bem como avançar com medidas direcionadas às escolas com alunos sem aulas por períodos prolongados, sempre com articulação entre o Ministério e a DGestE. “Vamos monitorizar e acompanhar esta situação semana a semana”, prometeu Fernando Alexandre.

Entre as medidas previstas está o aumento do limite para 10 horas extraordinárias a atribuir a cada docente, bem como acelerar os processos de contratação, ao permitir a seleção de candidatos de forma mais célere durante o ano letivo. Por outro lado, e para reduzir os horários incompletos e temporários, vai permitir a agregação de horários no mesmo ou em agrupamento distinto daquele onde o docente está colocado. Além disso, vai ser alargado de 3 meses para 1 ano o período da substituição dos docentes cuja junta médica indique incapacidade para exercício de funções todo o ano letivo.

Por outro lado, vai também ser permitida a contratação de professores aposentados “com remuneração extra”, sendo que estes serão remunerados pelo índice 167. O Governo estima captar 200 docentes aposentados, sendo que a medida terá um impacto 3,28 milhões de euros por ano e vai arrancar em 2025. Haverá ainda um suplemento remuneratório adicional de até 750 euros brutos por mês para quem atingir a idade de reforma e queira continuar a dar aulas, sendo que, com esta medida que custa 9 milhões de euros por ano, o Governo estima atrair mil professores.

Entre outras, o programa tem também medidas para atrair jovens e bolseiros, nomeadamente através da simplificação dos procedimentos conducentes ao reconhecimento de habilitações para a docência e da integração no sistema educativo português de professores imigrantes, bem como dar a possibilidade de acumular até 10 horas a bolseiros de doutoramento.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h31)

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Centeno diz que BCE terá de ser “prudente” com as taxas de juro e recusa apontar datas para novas descidas

O governador do Banco de Portugal defende que os dados económicos vão mostrar a rapidez com que a inflação está a recuar e como a economia reage a uma política monetária menos restritiva.

O Banco Central Europeu (BCE) desceu, na semana passada, as taxas de juro pela primeira vez em quase cinco anos. Quanto a futuras descidas, a entidade terá que ser “prudente nos próximos meses”, gerindo com cuidado os juros, de modo a não estimular, nem travar a economia, defende Mário Centeno, governador do Banco de Portugal e membro do BCE. A decisão sobre voltar a mexer nos juros irá depender dos dados económicos.

A taxa de juro natural na Europa está certamente abaixo do nível atual das taxas de juro, pelo que o caminho a seguir com base no que sabemos hoje é claro”, adiantou o governador do Banco de Portugal, dando a entender que os juros continuarão a descer na região. “Quando isso vai acontecer, vai depender dos dados económicos”, explicou, em declarações à agência Bloomberg, à margem de um evento na Croácia.

A entidade liderada por Christine Lagarde anunciou, no passado dia 6 de junho, um corte de 25 pontos base das taxas diretoras, colocando assim a taxa de juro de facilidade permanente de depósito nos 3,75%, a taxa de juro de refinanciamento nos 4,25% e a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez nos 4,5%, que terá efeitos a partir de 12 de junho.

A descida é a primeira ao fim de quase cinco anos e depois de um ciclo de 10 subidas consecutivas entre julho de 2022 e setembro de 2023 que incrementaram o preço da moeda única em 450 pontos base.

Apesar de ter dado o pontapé de saída no ciclo de descida de juros, a autoridade monetária do euro não se quer comprometer com um ritmo de cortes de taxas. Segundo Mário Centeno, para decidir novas descidas, o conselho de governadores terá primeiro que confirmar que a inflação mantém a trajetória de descida, rumo ao objetivo de 2% do BCE.

“Vamos assistir a um planalto da inflação até agosto – devido a efeitos de base – e depois disso descerá para perto dos 2%”, explica o responsável. “À medida que formos avançando, ficaremos a saber mais sobre a sensibilidade da economia e da inflação aos nossos cortes nas taxas”, reiterou Mário Centeno, notando que qualquer decisão irá depender da divulgação de dados económicos. “Temos de ser prudentes nos próximos meses“, defendeu.

Apesar da inflação ter realizado uma grande correção, face ao máximo histórico de 10,6% alcançado em outubro de 2022 de 10,6%, o índice de preços no consumidor acelerou em Maio, para 2,6% enquanto os ganhos nos salários reais também aumentaram. As tendências nos salários não são uma preocupação especial porque “alguma recuperação” é “inevitável”, considera Centeno.

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Gandra d’Almeida inicia funções como diretor executivo do SNS

O Governo aprovou em Conselho de Ministros a nomeação de António Gandra d’Almeida para substituir Fernando Araújo na liderança da Direção Executiva do SNS.

O Governo aprovou esta sexta-feira, em Conselho de Ministros, a nomeação de António Gandra d’Almeida para diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, durante uma conferência de imprensa. O militar assume funções no imediato.

“António Gandra d’Almeida inicia hoje [sexta-feira] as suas funções e irá em breve anunciar os nomes da sua equipa que serão submetidos à Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP)”, informou o Ministério da Saúde num comunicado divulgado após a reunião.

A escolha de António Gandra d’Almeida para substituir Fernando Araújo, que se demitiu da liderança da Direção Executiva do SNS, já tinha sido anunciada no dia 22 de maio pelo Ministério da Saúde. O médico militar aguardava o parecer da CReSAP para poder iniciar funções.

Licenciado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, Gandra d’Almeida, de 44 anos, ocupava o cargo de comandante do agrupamento sanitário e desempenhava “atividade assistencial hospitalar e pré-hospitalar”. Segundo um comunicado do Ministério da Saúde, o tenente-coronel médico tem uma vasta experiência em emergência médica e nas Forças Armadas, tendo acumulado funções de chefia e de coordenação.

Ao ECO, personalidades ligadas ao setor destacaram o perfil “operacional” e de “organização e planeamento” do tenente-coronel médico, bem como a sua experiência ligada a “questões de emergência”, que será “fundamental” para garantir o funcionamento da “rede de urgências no verão”. No entanto, sublinharam que é preciso clarificar as competências do próprio diretor executivo, à luz da intenção do Governo de reformular a Direção Executiva do SNS.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h13)

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Adega de Monção atinge faturação recorde de quase 18 milhões de euros em 2023

Os mercados externos ajudaram a ultrapassar ligeira queda no negócio a nível nacional. A cooperativa cresceu, principalmente, nos mercados australiano e francês.

A Adega Cooperativa Regional de Monção bateu em 2023 um recorde de faturação de quase 18 milhões de euros, tendo crescido 22% no mercado internacional, com uma subida expressiva na Austrália (98%) e França (86%) face a 2022.

Apesar do difícil contexto económico internacional, o presidente da direção da Adega de Monção, Armando Fontainhas, está confiante no sólido posicionamento da marca nos mercados externos, que ajudaram a ultrapassar a ligeira queda sentida a nível nacional.

Os números falam por si: a cooperativa atingiu um valor histórico de faturação de 17.788.585,88 euros, contribuindo para o crescimento económico da região do Alto Minho, e cresceu 22% no estrangeiro face a 2022, principalmente nos mercados australiano (98%) e francês (86%). Seguem-se depois os mercados americano (57%), britânico (38%), e Países Baixos (3%). Israel, Áustria e Islândia também fazem parte do portefólio.

“É com orgulho e responsabilidade redobrada que encaramos estes resultados”, sustenta Armando Fontainhas. Ainda assim, é tempo de alguma cautela face à incerteza económica mundial. “O contexto internacional que vivemos causa-nos muita apreensão e exige-nos uma gestão ainda mais regrada e ponderada, mas continuamos convictos na força da marca e na qualidade dos vinhos que produzimos”, assinala.

“Os resultados alcançados permitiram distribuir mais de dois milhões de euros pelos cooperantes” da adega, completa. Já em 2022 atingiu um lucro bruto de 4,6 milhões de euros, acima dos 3,5 milhões registados em 2021.

O contexto internacional que vivemos causa-nos muita apreensão e exige-nos uma gestão ainda mais regrada e ponderada, mas continuamos convictos na força da marca e na qualidade dos vinhos que produzimos.

Armando Fontainhas

Presidente da Adega Cooperativa de Monção

Situada na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, na sub-região de Monção e Melgaço, onde a “rainha” é a casta Alvarinho, a Adega Cooperativa Regional de Monção foi fundada a 11 de outubro de 1958 por 25 viticultores. Atualmente, já são 1.720 os produtores associados com uma área de vinha de 1.237 hectares.

A adega, que tem vindo a arrecadar vários prémios, já lançou no mercado “o primeiro vinho monovarietal enlatado de toda a sub-região de Monção e de Melgaço” – o Alvarinho Vegan “Adega de Monção”. De olhos postos na sustentabilidade, a cooperativa minhota também investiu 1,5 dos dois milhões de euros do orçamento para 2023 “no robustecimento das condições de produção vitivinícola e num ambicioso programa de eficiência energética“.

Conta com vinhos com certificação vegan em toda a “cadeia de produção, desde a uva ao copo”, e engarrafados em garrafas mais leves e sustentáveis. Lançou uma nova garrafa sustentável, 20% mais leve, “que representa uma redução anual de peso de 100 toneladas e menos 36 toneladas de CO2 emitidos para a atmosfera”, contribuindo, desta forma, para a redução da pegada ecológica”, descreveu na altura da apresentação, Armando Fontainhas.

Além de “motor e dinamizador da economia e viticultura locais”, o vinho de Monção é também, sublinha este responsável, “uma montra das valências da região de Monção e Melgaço, do seu património que influencia a identidade dos vinhos que produz”.

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⛽ Combustíveis vão subir na próxima semana. Gasóleo vai ficar quatro cêntimos mais caro e a gasolina 1,5 cêntimos

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,563 euros por litro de gasóleo simples e 1,717 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis vão subir na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá subir quatro cêntimos, enquanto a gasolina deverá aumentar 1,5 cêntimos de acordo com as estimativas do ACP. É preciso recuar a 18 de setembro de 2023 para ver uma subida tão acentuada do diesel.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,563 euros por litro de gasóleo simples e 1,717 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo desceram três cêntimos e os da gasolina 3,1 cêntimos, de acordo com a estimativa do mercado.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está a subir 0,36% esta sexta-feira, para 83,05 dólares por barril e tudo aponta para que esta seja a melhor semana em mais de dois meses, após as projeções de um aumento da procura por petróleo e combustível.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) manteve uma previsão de crescimento relativamente forte na procura global de petróleo para 2024 e o Goldman Sachs antecipa uma procura sólida de combustível nos EUA neste Verão. Isto ajudou a reverter as perdas da semana anterior, que foram impulsionadas por um acordo entre a OPEP e os seus aliados (OPEP+), para começar a anular os cortes na produção após setembro.

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MOP ganha concurso para exploração publicitária nos transportes coletivos do Porto

  • + M
  • 14 Junho 2024

A MOP venceu o concurso lançado em janeiro pela STCP e que contava com um preço base de 966 mil euros mais IVA. A duração é de três anos.

A MOP venceu o concurso para a concessão da exploração publicitária da frota da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP). A empresa de publicidade exterior mantém, assim, a exclusividade das redes de autocarros no Porto, que se soma à da Carris em Lisboa.

Estamos entusiasmados por manter a exclusividade na comercialização das redes de autocarros em Lisboa e Porto. Este produto está alinhado com a nossa missão de proporcionar a melhor e mais completa oferta de publicidade exterior em Portugal“, diz Vasco Perestrelo, CEO da MOP, citado em comunicado.

O concurso ganho pela MOP tinha sido lançado pela STCP no final de janeiro, para a concessão da exploração de publicidade no exterior das viaturas que compõem a sua frota de autocarros (420). O preço base do concurso era de 966 mil euros mais IVA.

O mesmo concurso da STCP contemplava ainda outro lote, relativo ao exterior de seis carros elétricos históricos, que detinha um preço base de 180 mil euros mais IVA. Este lote foi ganho pela JCDecaux.

As redes de autocarros da Carris em Lisboa contam com 734 viaturas e as da STCP no Porto com 420. “Numa semana, uma rede para o target maiores de 15 anos tem 175 milhões de contactos, num universo de cerca de 2,5 milhões de indivíduos”, refere a MOP em nota de imprensa.

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“Não vemos da parte do Governo vontade de construir estabilidade política em Portugal”, diz Pedro Nuno Santos

Pedro Nuno Santos criticou a postura do Governo e a intenção de reverter medidas do Orçamento do Estado. O líder do PS acusou ainda Montenegro de ser um foco de instabilidade.

O líder do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, acusou esta sexta-feira o primeiro-ministro Luís Montenegro de ser um foco de instabilidade e de não mostrar “vontade de construir estabilidade política em Portugal”, criticando a intenção do seu Executivo de estudar formas para reverter medidas aprovadas no Orçamento do Estado do anterior Governo.

“Reiteradamente o primeiro-ministro vem a confirmar que não está interessado em envolver o Parlamento e a oposição. Não tem vontade de construir o que quer que seja com o PS, mesmo tendo uma minoria”, atirou Pedro Nuno Santos, a falar à margem de uma visita à Feira Nacional de Agricultura de Santarém. Num comentário à notícia avançada pelo Expresso, sobre a intenção do Governo de Montenegro em tentar reverter IRS ou IVA da luz no Orçamento do Estado, o líder socialista realçou que “o Orçamento do Estado foi já comprometido hoje, sem qualquer negociação”.

“Agora, vemos hoje nas notícias, que há mesmo intenção de o Governo reverter algumas medidas que foram aprovadas no Parlamento”, atirou, reforçando que “há iniciativas que foram votadas no Parlamento que o Governo está a estudar como pode reverter em sede orçamental.”

Pedro Nuno Santos mostrou-se ainda preocupado com as declarações de Montenegro proferidas esta quinta-feira. O primeiro-ministro diz estar disponível para governar, mesmo sem convergência política e adiantou que está preocupado em resolver os problemas dos portugueses.

Se estamos com disponibilidade para construir a convergência, vemos com preocupação essas declarações” do primeiro-ministro, declarou o líder socialista. “A primeira coisa que diz é que governa a pensar na vida das pessoas, o que não é verdade. Temos assistido a um conjunto de medidas que não beneficia a classe média, ou beneficia mais uma minoria, a que este governo chama de classe média”, acrescentou.

“O que estamos a assistir hoje é um primeiro-ministro que não está nada interessado em ter estabilidade política e está a ser ele o principal agente de instabilidade e uma crise política que queremos todos evitar”, reforçou, notando que o Governo não tem mostrado vontade de negociar com a oposição, apresentando as suas medidas no Parlamento sem envolver a oposição e sem negociação prévia. O Governo “não pode comportar-se como se tivesse maioria absoluta”.

Ministra da saúde dá “péssimo exemplo de governação”

A comentar a situação da saúde, depois de a administração do hospital de Viseu se ter demitido, citando a “quebra de confiança política” da ministra da saúde, Ana Paula Martins, Pedro Nuno Santos criticou a postura da governante e falou num “péssimo exemplo de governação” ao culpar os administradores hospitalares pela crise na saúde.

Os administradores hospitalares fazem o melhor que podem com as condições que têm. A ministra da saúde não pode esperar resolver os problemas da saúde apontando o dedo a quem enche os hospitais no dia-a-dia“, considerou.

Pedro Nuno Santos referiu ainda que a ministra não pode continuar a esconder as suas responsabilidades, apontando culpas ao anterior Governo, adiantando que “a senhora ministra agora não se pode esconder atrás de ninguém”.

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Portugal com sexta taxa mais baixa de vagas de emprego na UE no primeiro trimestre

  • Joana Abrantes Gomes
  • 14 Junho 2024

Entre janeiro e março, Portugal era o sexto país da UE com menos ofertas de trabalho e tinha a 12.ª taxa de emprego mais alta -- que, apesar disso, teve o sétimo maior recuo entre os 27.

Portugal teve a sexta taxa mais baixa de ofertas de trabalho e a 12.ª taxa de emprego mais alta no primeiro trimestre deste ano na União Europeia (UE), segundo uma série de dados publicados esta sexta-feira pelo Eurostat. No mesmo período, mais de metade dos desempregados do bloco comunitário permaneceram nessa situação.

De acordo com as estatísticas relativas à taxa de ofertas de empregos, verificou-se em Portugal um recuo de 0,1 pontos percentuais (p.p.), tanto na variação em cadeia como na homóloga, para os 1,2% nos primeiros três meses deste ano. O setor da indústria e da construção apresentou uma taxa de vagas de trabalho de 1,1%, enquanto a dos serviços era de 1,9%.

Entre os Estados-membros da UE, que no seu conjunto registaram uma taxa de ofertas de emprego de 2,6%, Portugal posiciona-se como o sexto país com o indicador mais baixo, ficando não só abaixo da média dos 27, como da taxa registada ao nível da Zona Euro (2,9%). Note-se que, quer no bloco comunitário, quer na área da moeda única, a taxa de ofertas de emprego manteve-se estável quando comparada com o trimestre anterior, mas, face ao mesmo período do ano passado, caiu 0,3 p.p. em ambas as zonas.

Evolução da taxa de ofertas de emprego na UE e na Zona Euro

Fonte: Eurostat

As maiores taxas de ofertas de emprego registaram-se na Áustria (4,5%), Bélgica e Países Baixos (4,4% cada) e Alemanha (3,5%) e as menores na Roménia (0,7%), Bulgária (0,8%), Polónia e Espanha (0,9% cada).

Ainda segundo os dados do gabinete estatístico europeu, entre janeiro e março, o setor administrativo foi o que teve maior taxa de ofertas de emprego (4,7% na Zona Euro e 4,4% na UE), seguindo-se o do alojamento e restauração (4,4% e 4,1%, respetivamente). O setor da informação e comunicação tinha a menor taxa: 3,4% na Zona Euro e 3,1% na UE.

Portugal acima da média da UE na taxa de emprego, a 12.ª mais alta entre os 27

A taxa de emprego aumentou ligeiramente na União Europeia, de 75,5% no último trimestre de 2023 para 75,7% no primeiro trimestre deste ano, segundo o Eurostat. Na comparação homóloga, observou-se uma subida de 0,6 pontos percentuais.

Em Portugal, a percentagem de pessoas entre os 20 e os 64 anos que estavam empregadas no mesmo período foi de 78,2%, o que significa que está acima da média dos 27, mas é apenas a 12.ª taxa mais alta entre os Estados-membros, depois de cair 0,2 p.p. em relação ao último trimestre de 2023.

Ao nível da UE, o comportamento deste indicador variou bastante. Dos 15 países onde a taxa de emprego subiu face aos últimos três meses de 2023, os maiores aumentos verificaram-se na Croácia (+1,8 p.p.), na Eslovénia (+1,3 p.p.) e na Bulgária e Grécia (+0,9 p.p. cada).

Em Itália e na Letónia, a taxa de população empregada permaneceu estável no primeiro trimestre, enquanto o Chipre, a Estónia e a Lituânia (-0,5 p.p. cada) tiveram as maiores descidas dos dez países da UE em que o indicador baixou.

Variação mensal da taxa de emprego nos 27 Estados-membros da UE

Fonte: Eurostat

Porém, os Estados-membros com as taxas de emprego mais elevadas no primeiro trimestre deste ano foram os Países Baixos (83,4%), Malta e Suécia (ambas com 82,4%) e a República Checa (81,7%). Pelo contrário, Itália e Grécia (ambas com 66,8%), a Roménia (69,4%) e Espanha (71,1%) tiveram as taxas de emprego mais baixas da UE.

Maioria dos desempregados permaneceram no desemprego no primeiro trimestre na UE

As estatísticas do Eurostat relativas ao fluxo laboral mostram que, no conjunto dos 27 países da UE, 3,4 milhões de pessoas desempregadas com idades compreendidas entre os 15 e os 74 anos na UE encontraram emprego entre o quarto trimestre de 2023 e o primeiro trimestre deste ano, representando 25,5% de todos os desempregados no final do ano passado.

Durante o período em análise, a maioria dos desempregados (6,8 milhões, o que equivale a 51,3%) permaneceram nessa situação, enquanto 3,1 milhões (23,3%) transitaram do desemprego para a inatividade.

De todos os que tinham emprego nos últimos três meses do ano passado, 2,5 milhões (1,2%) ficaram desempregados no trimestre seguinte e 4,5 milhões (2,2%) passaram à inatividade.

Já do total de pessoas que estavam fora da população ativa no quarto trimestre de 2023, 4,8 milhões (4,1%) passaram para o emprego no primeiro trimestre deste ano e 4,1 milhões (3,5%) transitaram para o desemprego.

Fluxos do mercado de trabalho na UE no primeiro trimestre

Fonte: Eurostat

Entre as pessoas que estavam desempregadas em Portugal, quase 92 mil encontraram um novo posto de trabalho ao longo dos primeiros três meses deste ano. Face ao trimestre anterior, representa um aumento de 12 mil pessoas a transitar do desemprego para o emprego. Outras 63 mil passaram do desemprego para a inatividade, menos 14 mil do que no trimestre anterior.

Por outro lado, houve menos sete mil empregados a perder o emprego no país, num total de 83 mil pessoas que ficaram desempregadas. Também se registaram menos pessoas a transitar do emprego para a inatividade: 82 mil entre janeiro e março, o que compara com 128 mil no último trimestre de 2023.

Das pessoas que eram consideradas inativas (não tinham emprego, mas também não estavam disponíveis para abraçar um novo trabalho, nem à procura de um nova oportunidade) em Portugal no primeiro trimestre deste ano, 115 mil passaram para o emprego (mais oito mil do que no trimestre anterior) e 86 mil transitaram para o desemprego (menos nove mil).

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Alemã Testo ergue fábrica em Albergaria-a-Velha e cria 500 empregos

A multinacional alemã já lançou a primeira pedra da fábrica em Albergaria-a-Velha que vai produzir equipamentos de medição portáteis. Vai criar até 500 postos de trabalho na região.

A alemã Testo, que se assume como líder mundial na área de soluções de medição portáteis e estacionárias, está a investir em Portugal e escolheu a zona industrial de Albergaria-a-Velha para construir uma nova fábrica que vai produzir equipamentos de medição portáteis. A obra deverá estar concluída no segundo semestre 2025 e vai criar, a médio prazo, até 500 novos postos de trabalho na região.

 

“Foi lançada a primeira pedra da nova unidade industrial em Portugal da Testo que assinalou o início dos trabalhos”, avança esta sexta-feira a Garcia Garcia, construtora portuguesa escolhida para executar o projeto da multinacional. O jornal local “Jornal de Albergaria” noticia que o investimento da empresa germânica nesta unidade de produção é de 25 milhões de euros, mas a Garcia Garcia não confirmou ao ECO o valor em questão.

Com uma área de 21 mil metros quadrados, o edifício industrial “será pautado por uma componente arquitetónica diferenciada, que irá marcar a paisagem envolvente pelas suas linhas modernas”, realça a Garcia Garcia em comunicado.

Com sede na Alemanha, na cidade de Titisee-Neustadt (Baden-Wuerttemberg), a Testo assume-se como líder mundial em tecnologia de medição fixa e portátil, desenvolvendo soluções nas áreas de AVAC e ventilação, qualidade alimentar, tecnologia da construção e controlo de emissões.

A multinacional está presente nos cinco continentes, emprega atualmente 3.700 trabalhadores e fatura 450 milhões de euros.

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