Margarida Lima Rego eleita vice-presidente da Câmara de Recursos das AES

  • ECO Seguros
  • 17 Junho 2024

A catedrática foi nomeada para o novo cargo na reunião anual da câmara a 13 de junho de 2024 para um mandato de dois anos e meio.

A professora catedrática e diretora da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa Margarida Lima Rego foi eleita vice-presidente da Câmara de Recursos das três Autoridades Europeias de Supervisão dos Mercados Financeiros (ou AES, que reúne os supervisores europeus do mercado segurador, bancário e dos valores mobiliários e dos mercados), anunciaram os reguladores.

Margarida Lima Rego em entrevista ao ECOSeguros - 23JUL19
A nova vice-presidente da Câmara de Recursos das três Autoridades Europeias de Supervisão dos Mercados Financeiros (AES) é a portuguesa Margarida Lima Rego, professora catedrática e diretora da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.Hugo Amaral/ECO

A catedrática foi nomeada para o novo cargo na reunião anual da câmara a 13 de junho de 2024. Ao mesmo tempo foi renovado o mandato do presidente da Câmara de Recurso Michele Siri, professor de Direito dos Seguros e dos Mercados Financeiros da Universidade de Génova, Itália. Ambos nomeados para um mandato de dois anos e meio.

Assim, Margarida Lima Rego desempenhará as funções do presidente de dirigir os trabalhos e a administração da Câmara de Recursos em caso de incapacidade deste ou por outras razões excecionais.

A Câmara de Recursos é um órgão conjunto das AES, criado para proteger os direitos das partes afetadas por decisões tomadas pelos supervisores. Nesse sentido, é responsável por decidir sobre recursos contra determinadas decisões dos supervisores.

Nota que a câmara é composta por seis membros efetivos e seis suplentes, nomeados pelas AES. São pessoas com experiência profissional comprovada nos domínios da banca, seguros, pensões complementares de reforma e dos mercados de valores mobiliários ou outros serviços financeiros bem como têm os conhecimentos jurídicos necessários para prestar aconselhamento jurídico especializado em relação às atividades das autoridades.

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Patty Karuaihe é a primeira mulher namibiana a presidir a Organização Africana de Seguros

  • ECO Seguros
  • 17 Junho 2024

Com 30 anos de carreira, Patty Karuaihe foi presidente do Conselho de Administração da Organização das Seguradoras da África Oriental e Austral (OESAI) e já ocupou o cargo de vice-presidente da AIO.

Patty Karuaihe, managing director da resseguradora estatal da Namíbia Namib Re, foi eleita presidente da Organização Africana de Seguros (AIO, sigla em inglês), lançou a Atlas Magazine, sendo a primeira mulher namibiana a presidir a organização. A cerimónia de tomada de posse decorreu a 5 de junho, no final da 50.ª Conferência e assembleia geral da AIO.

Patty Karuaihe, managing director da Namib Re, na cerimónia de tomada de posse que decorreu a 5 de junho, no final da 50.ª Conferência e Assembleia Geral, na Namíbia.

Há 30 anos no setor financeiro, Patty Karuaihe, foi presidente do Conselho de Administração da Organização das Seguradoras da África Oriental e Austral (OESAI) entre 2018 e 2019, e vice-presidente da AIO entre maio de 2023 e janeiro deste ano.

No seu perfil de LinkedIn, a nova presidente da AIO refere que o seu compromisso é mais do que empresarial, pois “através do Fundo Fiduciário J.P. Karuaihe, mobilizámos apoio para a educação jurídica a namibianos desfavorecidos”.

A nova presidente é licenciada em comércio, finanças e auditoria pela Universidade de Western Cape, e tem uma especialização (semelhante ao mestrado em Portugal) na mesma área pela Universidade de KwaZulo-Natal.

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Marcelo diz que Portugal tem grande nível de estabilidade em tempos de incerteza

  • Lusa
  • 17 Junho 2024

O Presidente da República descreveu Portugal como um país seguro e com um grande nível de estabilidade em tempos de incerteza, independentemente de eleições antecipadas ou até de crises políticas.

O Presidente da República descreveu esta segunda-feira Portugal como um país seguro e com um grande nível de estabilidade em tempos de incerteza, independentemente de eleições antecipadas ou até de crises políticas.

Marcelo Rebelo de Sousa falava na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), em Lisboa, durante um debate com políticos luso-americanos eleitos para câmaras legislativas dos Estados Unidos da América.

Numa intervenção em inglês, depois de comentar a conjuntura internacional, o chefe de Estado falou do quadro político interno, na sequência das eleições antecipadas deste ano, começando por abordar a situação financeira e orçamental.

“A estabilidade financeira é um facto indiscutível entre os principais partidos, o que nos dá margem para intervir mais depressa nalgumas políticas públicas e setores profissionais”, afirmou.

“Um Orçamento equilibrado é muito, muito importante. A estabilidade financeira, que temos tido nos anos recentes, depois da pandemia, e que agora mantemos, é um ponto-chave para o nosso futuro”, defendeu.

Segundo o chefe de Estado, “qualquer tipo de radicalização, tendo grande impacto no debate público e na agenda pública, irá forçar os dois principais partidos [PS e PSD] e outras forças sociais e políticas, a encontrar compromissos”.

A este propósito, assinalou que nestas eleições europeias “mais de 55% votaram nesta vasta área”, acrescentando: “O que nos dá a legitimidade de manter esses compromissos como uma boa estratégia para o país”.

“Outras grandes decisões, como a localização do aeroporto, a execução dos fundos europeus, investimentos na defesa, a atração de investimento estrangeiro e a consistência da nossa política externa têm como base um consenso alargado no parlamento, como habitualmente, e também na sociedade portuguesa, o que é bom para a nossa estabilidade e confiança internacional”, considerou.

Por outro lado, o Presidente da República mencionou que estudos de opinião indicam um “alto nível de europeísmo” em Portugal, assim como um “muito alto nível de apoio à Ucrânia — o maior da Europa –, confiança na NATO e na União Europeia, uma sociedade tolerante com a imigração, e o valor de ser uma economia aberta como dimensões nacionais estáveis, mesmo num ciclo de eleições antecipadas”.

Marcelo Rebelo de Sousa realçou o número de norte-americanos e de outros estrangeiros que têm visitado e comprado casa em Portugal, sustentando que “isso significa que as pessoas se sentem seguras em Portugal, sentem que é um país pacífico” e “é um sinal do quão estável está Portugal neste momento”.

De acordo com o chefe de Estado, essa estabilidade “não depende de eleições antecipadas ou disputas políticas ou até crises políticas”. “E essa é a força mais valiosa que temos: um grande nível de estabilidade nestes tempos de incerteza”, concluiu.

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PPE quer ficar com metade do mandato de presidente do Conselho Europeu

  • ECO
  • 17 Junho 2024

O Partido Popular Europeu (PPE) propôs aos socialistas que o mandato do presidente do Conselho Europeu seja dividido em duas partes e que o partido fique com uma das partes de dois anos e meio.

O Partido Popular Europeu (PPE) propôs aos socialistas que o mandato do presidente do Conselho Europeu seja dividido em duas partes, cada uma de dois anos e meio, e que o partido fique com uma das partes, avança o Politico. A ideia de dividir o cargo foi lançada pelo primeiro-ministro croata Andrej Plenković, numa reunião interna do PPE.

Para além de garantir um segundo mandato para a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e mais dois anos e meio para a presidente do Parlamento Europeu, a maltesa Roberta Metsola, o PPE quer uma parte da presidência do Conselho, que atualmente é ocupada pelo belga Charles Michel. Ou seja, quer os seus representantes em três dos quatro cargos nos próximos cinco anos.

Caso se confirme a escolha de António Costa para a presidência do conselho e vingue esta proposta de partilha do mandato entre os socialistas e o PPE, o antigo primeiro-ministro português exerceria o cargo durante metade do tempo.

Atualmente, o mandato do presidente do Conselho Europeu é de dois anos e meio, tendo depois de ser renovado pelos líderes da União Europeia, mas, normalmente, um presidente tem sido apoiado pelos líderes durante dois mandatos.

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EDP recebe 100 milhões pela venda de participação em Macau à China Three Gorges

Elétrica portuguesa concluiu esta segunda-feira venda dos 50% que detinha na Energia Ásia, holding cujo único ativo é uma posição de 21,2% na Companhia de Eletricidade de Macau.

A EDP EDP 0,00% concluiu esta segunda-feira a venda de uma participação de 50% que o grupo detinha na Energia Ásia à China Three Gorges, o seu principal acionista, “por uma contrapartida total de cerca de 100 milhões de euros”, anunciou a empresa num comunicado divulgado através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“A Energia Ásia era uma subsidiária detida a 50% pela EDP e 50% pela ACE Asia Co. Ltd. cujo único ativo é a participação de 21,2% na Companhia de Eletricidade de Macau – CEM, S.A., que atua como concessionária exclusiva nas atividades de transmissão, distribuição e comercialização de eletricidade em Macau desde 1985″, informa a elétrica no comunicado.

No dia 29 de dezembro de 2023, a EDP tinha anunciado ao mercado a celebração de “um contrato de compra e venda” desta participação com a China Three Gorges, o conglomerado chinês que detém 21,01% do capital e direitos de voto da EDP.

A empresa comandada por Miguel Stilwell aponta que “esta transação está totalmente alinhada” com o Plano de Negócio da EDP para o triénio que termina em 2026 e que permite “a realocação do seu capital nas suas atividades principais”.

Na sessão desta segunda-feira, as ações da EDP registaram um tombo de 3,43% na bolsa de Lisboa, encerrando a valer 3,54 euros cada título.

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Portugal com 151 inscrições no festival de criatividade Cannes Lions

Em 2023, recorde-se, Portugal situou-se na 24.ª posição dos mais premiados, com um leão de ouro, dois de prata, três de bronze e 13 shortlists.

Portugal está representado com 151 trabalhos no Cannes Lions, o mais importante festival de criatividade do mundo. Este número traduz um recuo de 33 trabalhos em relação a 2023, uma edição histórica em número de casos inscritos e também de prémios conquistados.

Por categorias, as agências e marcas a operar em Portugal inscreveram 18 casos em Brand Experience & Activation, 14 em Design e e 13 em Direct. A categoria Entertainment Lions for Sport tem 12 inscrições, mais uma do que Sustainable Development Goals.

Com nove casos a concurso surgem Audio & Radio, Industry Craft e Outdoor. Digital Craft e Media apresentam seis inscrições e Entertainment cinco. Health & Wellness surgem com quatro casos a concurso, o mesmo número de Print & Publishing.

Creative Strategy e Glass: The Lion for Change têm três trabalhos inscritos e em Creative Data, Creative Effectiveness, Film Craft, PR e Titanium Portugal apresenta dois trabalhos. Innovation, com uma inscrição, fecha o leque de categorias nas quais agências e marcas presentes no mercado nacional apostaram.

Com 7.224 inscrições, os EUA são o país com mais trabalhos a concurso na edição deste ano. Seguem-se o Reino Unido, com 2.120 inscrições e o Brasil, com 2.066. Na quarta posição surge a Alemanha, o país da Europa com mais mais inscrições. Portugal surge na 29ª posição, num festival ao qual concorrem 92 países. No total estão a concurso 26.753 casos, menos 239 do que em 2023.

Brand Experience & Activation, com 2.262 casos, Outdoor com 2.053 e Direct, com 2.025 são as categorias com mais inscrições.

Oito entradas em shortlist

Até ao momento, Portugal tem oito entradas em shortlist. Os seis trabalhos, que permitiram as oito nomeações, foram desenvolvidos pela Bar Ogilvy (três), Dentsu Creative (dois), Judas (um), Havas (um) e Coming Soon (um). As shortlists de algumas categorias ainda não foram divulgadas.

Em 2023, recorde-se, Portugal situou-se na 24.ª posição dos mais premiados, com um leão de ouro, dois de prata, três de bronze e 13 shortlists.

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Linha Rosa do Metro do Porto já vai com atraso de 700 dias

Grupo de trabalho, criado por deliberação da AM do Porto, aponta falhas na gestão das obras da Metro do Porto, o não cumprimento dos prazos e a não compensação de comerciantes lesados.

O “constante deslizamento dos prazos” — que chegaram a atingir “os 700 dias na Linha Rosa à data de 30 de abril” –, a falta de informação sobre o decurso das obras e o impacto económico negativo na cidade e na vida dos munícipes, com consequente fecho de alguns negócios sem receberem qualquer tipo de compensação financeira, foram as principais falhas apontadas à Metro do Porto pelo Grupo de Trabalho para Acompanhamento de Investimentos de Transporte Público às empreitadas em curso por toda a cidade.

As obras decorrem em várias frentes e a cidade transformou-se num estaleiro “a céu aberto”, principalmente no caso da futura linha Rosa (São Bento – Casa da Música) e do metrobus (Casa da Música – Praça do Império), apontou o presidente da Assembleia Municipal (AM) do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, durante uma conferência de imprensa esta segunda-feira, na Câmara do Porto.

Este grupo de trabalho, criado a 19 de fevereiro por deliberação da AM, manifestou um conjunto de preocupações em relação às falhas na gestão das empreitadas, ao não cumprimento dos prazos e à desinformação para com os cidadãos. Lamentou ainda o facto de a resposta da Metro do Porto aos dois primeiros relatórios, que enviou, ter chegado apenas esta segunda-feira, precisamente no dia da conferência de imprensa.

Ainda assim, a resposta da transportadora não “acalmou” as preocupações deste grupo de trabalho — constituído pelo presidente da AM e pelos líderes dos partidos políticos com assento neste órgão municipal –, principalmente em relação à compensação financeira aos comerciantes prejudicados com as empreitadas.

As obras têm avançado com deslizes dos prazos com prejuízo para a cidade, dos munícipes e da atividade económica.

Sebastião Feyo de Azevedo

Presidente da Assembleia Municipal (AM) do Porto

O grupo questionou a Metro do Porto acerca das negociações que “foram encetadas com os comerciantes afetados pelas obras e se as mesmas foram revistas, considerando os atrasos da empreitada”. O ECO/Local Online sabe que transportadora respondeu que “até à data não foram realizadas compensações a comerciantes visto que não existiram constrangimentos que o justificasse“. Uma situação que o grupo de trabalho contesta, uma vez que tem conhecimento de pelo menos um caso de um comerciante que fechou as portas por causa das empreitadas.

Metrobus pronto até agosto

Durante a conferência de imprensa, o presidente da AM do Porto referiu que “as obras têm avançado com deslizes dos prazos com prejuízo para a cidade, dos munícipes e da atividade económica”. Aliás, detalhou, está “em questão o modelo de gestão e o contacto com a população”, adiantando: “Não acreditamos que o metrobus vai estar pronto em julho” como a empresa já anunciou publicamente. O ECO/Local Online sabe que, no mesmo documento que o grupo recebeu esta segunda-feira, a Metro do Porto avançou com a data limite de 23 de agosto deste ano, incluindo 30 dias para ensaios, relativamente ao prazo contratual da empreitada de conceção-construção.

Rui Sá, da CDU, avançou, por sua vez, que “há duas frentes de obra da Linha Rosa que têm 700 dias de atraso a 30 de abril”, o que leva a crer que, “no final da obra, o atraso será ainda maior”. “Essa é uma das nossas maiores preocupações”, reiterou. E as críticas sobem de tom: “Foram tomadas algumas opções estratégicas à revelia do município, por exemplo a forma como vai ser feita na rotunda o metrobus e a inversão de marcha dos autocarros.”

Há duas frentes de obra da Linha Rosa que têm 700 dias de atraso a 30 de abril.

Rui Sá

Líder da CDU na Assembleia Municipal do Porto

O grupo de trabalho chega a sugerir à Metro do Porto a colocação de outdoors na cidade para melhor informar os cidadãos e estes poderem acompanhar o decurso da empreitada. Num segundo relatório enviado à Metro do Porto lê-se: “A informação dos cidadãos é absolutamente imprescindível em obras com o impacto social e económico desta magnitude, causadoras de enormes transtornos e passíveis de incompreensão, quando não devidamente explicadas.”

Para o líder do Grupo Municipal Rui Moreira: Aqui Há Porto, Raul Almeida, a Metro do Porto “está a falhar flagrantemente os prazos e a informação à população”, apontando ainda a “incapacidade de planeamento”. Aliás, destacou, “há um deslizar permanente de prazos em prejuízo das pessoas e da cidade, e um incompreensível desprezo na vida das pessoas na forma como é comunicado este processo de obras no Porto”. Advertiu, contudo, que este grupo de trabalho não está contra a política de transportes na cidade, mas sim, “descontente com a gestão das obras, e o impacto na vida dos munícipes e na cidade do Porto”.

“O que vai ser uma mais-valia na vida da cidade que não seja um processo violento de negligência nas pessoas e na vida das mesmas”, assinalou Raul Almeida, apontando ainda as “repetidas atitudes [da Metro do Porto] que depois levam à falta de credibilidade em relação à obra”.

Está a falhar flagrantemente os prazos e a informação à população.

Raúl Almeida

Líder do Grupo Municipal Rui Moreira: Aqui Há Porto

Igualmente o líder do grupo municipal do PS, Agostinho Sousa Pinto, manifestou-se preocupado em relação “aos atrasos e ao impacto [das empreitadas] na economia e na cidade”, acrescentando ainda a “sensação de insegurança em relação às obras”.

Também o líder do grupo municipal do PSD, Miguel Côrte-Real, contestou o andamento das obras, sublinhando que “esta sessão de hoje é um grito de indignação do metro do Porto que não ouve os portuenses“.

As derrapagens dos prazos e os constrangimentos na mobilidade na cidade também têm sido motivo de contestação da parte do autarca Rui Moreira. Numa carta enviada a 4 de janeiro ao presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, o autarca independente avisou que “será impossível confiar num plano de obra apresentado pela Metro do Porto, cuja imprevisibilidade é uma constante” e “é inevitável que se perca toda e qualquer confiança nos cronogramas apresentados, nas soluções construtivas propostas, assim como nas promessas de entrega do espaço público nas datas apresentadas”.

Na carta, a que o ECO/Local Online teve acesso, o autarca portuense lamenta que “nada do que foi planeado e apresentado (…) está a ser cumprido” pela transportadora. As críticas sobem de tom quando o edil portuense assinala “alterações ao que estava anteriormente projetado que vão agravando, ainda mais, as condições de mobilidade e os constrangimentos ao normal funcionamento da cidade“. É o caso das obras da futura linha Rosa (São Bento – Casa da Música) e às do metrobus (Casa da Música – Praça do Império).

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Lacerda Sales insiste que processo das gémeas “começou antes” da sua tomada de posse

Apesar de ter invocado a condição de arguido para se remeter ao silêncio, Lacerda Sales decidiu responder a algumas questões dos deputados na comissão de inquérito ao caso das gémeas tratadas no SNS.

O antigo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, suscitou esta segunda-feira “dúvidas” sobre a desmarcação da consulta no Hospital Lusíadas ainda antes de estar marcada a consulta no Hospital Santa Maria para as gémeas brasileiras tratadas com um medicamento de quatro milhões de euros, e insistiu, várias vezes, que todo o “processo começou antes” da sua tomada de posse.

Apesar de ter invocado a condição de arguido para se remeter ao silêncio, durante a sua audição na comissão de inquérito ao caso das gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma no Santa Maria, o antigo secretário de Estado decidiu responder a algumas questões, tendo chegado a trocar galhardetes com o deputado do CDS João Almeida, que acusou Lacerda Sales de “alimentar teorias contraditórias”.

O antigo governante assegurou que não alimenta “manobras de diversão numa casa” que tem “tanto respeito, como é a Assembleia da República”, e que as “dúvidas” por si levantadas sobre a desmarcação da consulta no Hospital Lusíadas ainda antes de estar marcada a consulta no Hospital Santa Maria são duvidas que, a seu ver, subsistem e para as quais há pontas soltas” que devem ser esclarecidas.

“A 22 novembro de 2019, a consulta do hospital dos Lusíadas foi desmarcada. Coincidência ou não? Quem desmarcou as consultas? Por que se esgotou esta via de acesso quando não havia ainda consulta marcada num hospital EPE?”, questionou Lacerda Sales, lembrando que a consulta no hospital público só foi marcada a 6 de dezembro de 2019.

O antigo secretário de Estado reiterou que não está “disponível” para ser “bode expiatório” e, em resposta à deputada bloquista Joana Mortágua, afirmou que “basta que olhe para a cronologia do processo” para ver que tudo se iniciou antes da sua tomada de posse, a 26 de outubro de 2019. “O processo tem muitos antecedentes. Creio que remete para setembro de 2019″, atirou.

António Lacerda Sales garantiu ainda que no seu gabinete “não entrou nenhum ofício”, seja do Presidente da República, da então ministra da saúde Marta Temido, do então primeiro-ministro António Costa ou de qualquer personalidade “hierarquicamente acima”.

Questionado por um deputado sobre o louvor dado à secretária — que afirmou à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) que enviou um email ao hospital Santa Maria a pedido do próprio ex-secretário de Estado –, Lacerda Sales disse “um louvor a uma secretária é um procedimento convencional” e que o deu “a todos”. “Se soubesse desta matéria, não voltava a proferir esse despacho.”

Questionado sobre os deputados sobre o facto de a administração do medicamento ter sido recusado num outro hospital público antes de o processo seguir para o Santa Maria, Lacerda Sales acha “natural” que “diferentes colegas”, e “diferentes hospitais”, tenham diferentes opiniões. “Sou médico há 40 anos e quantas vezes não digo aos meus doentes para pedirem uma segunda opinião?”, questionou.

Já sobre o facto de ter reunido com Nuno Rebelo de Sousa, filho de Marcelo Rebelo de Sousa, que terá tentado interceder pelas gémeas para que fossem tratadas no SNS, Lacerda Sales foi taxativo: “A minha transparência era de receber toda a gente que me pedia audiências. Às vezes até às tantas da noite”, afiançou.

“Eu já assumi a responsabilidade política” sobre este caso, dado que “era Secretário de Estado” na altura, concluiu Lacerda Sales, sublinhando, no entanto, que a “responsabilidade técnica ou penal” está por apurar.

Para o antigo governante, o “escrutínio político é de facto muito importante” e “contribui para a essência e a transparência”. Mas “deve ser feito de forma responsável naquilo que é o respeito pelos principio éticos” e “livre de instrumentalizações político-partidárias”.

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Montenegro confiante no “sucesso” da candidatura de Costa à liderança do Conselho Europeu

Primeiro-ministro diz que é possível um acordo esta segunda-feira sobre distribuição de cargos nas instituições europeias. Candidatura de Costa ao Conselho Europeu terá "sucesso", acredita.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, perspetiva que será possível chegar a um acordo esta segunda-feira à noite relativamente à distribuição dos principais cargos nas instituições europeias, numa reunião informal de líderes que decorre em Bruxelas. Montenegro também acredita que a eventual candidatura do ex-primeiro-ministro António Costa a presidente do Conselho Europeu terá “sucesso”.

A minha perspetiva é que será possível hoje [segunda-feira] darmos o primeiro passo e será possível no conselho formal, de 27 e 28, chegarmos a um entendimento final para tomarmos as decisões que temos de tomar no Conselho Europeu e, depois, apresentar as propostas que têm de ser votadas no Parlamento Europeu”, referiu, em declarações transmitidas pelo serviço audiovisual EBS+ da União Europeia.

O primeiro-ministro explicou que, em primeiro lugar, o foco é ter um primeiro entendimento sobre o “desenho” da distribuição dos lugares pelas famílias políticas dos principais cargos das instituições europeias. Só depois será preenchido por candidatos concretos.

Sobre a candidatura de António Costa a presidente do Conselho Europeu, Montenegro mostrou-se confiante de que terá sucesso e reiterou que, da parte do Governo português, haverá todo o empenho em “sustentá-la, apoiá-la e levá-la a bom porto”.

“A minha expectativa é que, se a família socialista europeia escolher António Costa como o candidato a ocupar um elevado cargo, que no caso poderá ser a presidência do Conselho Europeu, se essa candidatura for assumida pela família socialista, estou convencido de que ela terá sucesso“, sublinhou.

Apesar de reconhecer que foi durante muitos anos opositor de Costa, Luís Montenegro salientou que, do ponto de vista do processo de construção europeia, há uma “grande confluência” de posições entre o PSD e o PS.

“Também sabem que António Costa tem posições políticas que fazem com que, para além de ser português, nós possamos ter mais confiança nele do que num socialista alemão, espanhol, maltês ou dinamarquês, pelo menos dos que foram apresentados até agora como potenciais candidatos”, acrescentou.

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Feira do Livro de Lisboa terá superado um milhão de visitantes e aumentado vendas

  • Lusa
  • 17 Junho 2024

Além do aumento dos visitantes, os resultados também parecem ter ultrapassado as expectativas em termos de vendas. 71% dos visitantes que foram à feira do livro foi para comprar.

Mais de um milhão de visitantes e um resultado de vendas superior ao de 2023 é o que se calcula que a Feira do Livro de Lisboa tenha alcançado este ano, segundo os dados preliminares divulgados esta segunda-feira pela organização.

Há uma enorme probabilidade de termos superado o objetivo de um milhão de visitantes, o que comprova mais uma vez que a feira cumpre o seu papel de promover os índices de leitura e de literacia”, disse o presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que organiza a Feira do Livro de Lisboa.

Segundo Pedro Sobral, em termos de vendas, os resultados também parecem ter ultrapassado as expectativas, com “a maioria dos associados” a dizer que a feira, que decorreu entre os dias 29 de maio e 16 de junho, “correu melhor do que no ano passado”.

Daquilo que foi dado a observar, além do aumento do número de visitantes, havia “muito mais gente com livros”, acrescentou, especificando que um dado que pode já ser avançado é que “71% dos visitantes da feira do livro, foi para comprar”.

“Antigamente, a maioria das pessoas ia à feira para passear e, já agora, aproveitavam e compravam qualquer coisa. Agora não, agora as pessoas já começam a ir, cada vez mais, com o objetivo de comprar”, sublinhou.

Agora, se as pessoas estão a ler mais, é uma incógnita que permanece – porque “uma coisa é comprar livros, outra coisa é ler” -, mas que será desvendada em setembro, quando for apresentado um estudo sobre essa matéria, na segunda edição do Book 2.0, adiantou o responsável.

Este evento, organizado pela APEL com o objetivo de discutir o futuro dos livros em Portugal e na Europa, que teve a sua primeira edição no ano passado, vai decorrer nos dias 5 e 6 de setembro, na Fundação Oriente, em Lisboa, em complementaridade com a Festa do Livro de Belém, e com o alto patrocínio da Presidência da República.

“O mais relevante é que vamos apresentar um estudo sobre os hábitos de compra de livros, complementado com um estudo sobre os hábitos e índices de leitura”, afirmou Pedro Sobral, confessando-se “ansioso para ver os resultados” e perceber se efetivamente os portugueses estão a ler mais.

O mercado continua a crescer, isso é um facto, o que leva a crer que as pessoas compram mais livros, mas só o estudo irá dizer em que é que isso se traduz“, acrescentou.

O presidente da APEL adiantou ainda que durante esta segunda edição do Book 2.0 será também apresentado o resultado de um “estudo sobre a pegada de carbono do setor editorial e livreiro, que saiu da primeira edição”.

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DST Solar vence concurso de quatro milhões para construir cinco centrais solares flutuantes

Estima-se que estas cinco centrais fotovoltaicas venham a alcançar uma produção anual de 7,9 gigawatts-hora, evitando a emissão de 1.455 toneladas por ano de dióxido de carbono.

A DST Solar, empresa especializada na área da energia solar, anunciou ter vencido o concurso público “EDIA Flutuante”, ficando responsável por construir cinco centrais fotovoltaicas flutuantes, num investimento de cerca de quatro milhões de euros.

Desta vez, o projeto contempla cinco albufeiras diferentes: Reservatório de Ferreira, Reservatório 4 Monte Novo, Barragem do Penedrão, Barragem de Pias e Barragem das Almeidas, anuncia a empresa através de um comunicado.

Estima-se que estas cinco centrais fotovoltaicas venham a alcançar uma produção anual de 7,9 gigawatts-hora, evitando a emissão de 1.455 toneladas por ano de dióxido de carbono para a atmosfera. A obra deverá ficar concluída em 11 meses e contará com 7.864 módulos fotovoltaicos, 4.521,8 kilowatts-pico (kWp) de potência instalada e 7.907.892 quilowatts-hora por ano (kWh/ano) de energia produzida.

“Este novo projeto de solar fotovoltaico flutuante reforça o papel da DST Solar como uma empresa de referência na energia solar em Portugal”, defende o diretor geral da DST Solar, Raul Cunha.

Esta operação vai contribuir para a redução da incidência da luz nos reservatórios, limitando o crescimento de algas e contribuindo para a qualidade da água e para a diminuição dos custos com a limpeza de filtros. De salientar ainda que a cobertura dos reservatórios vai reduzir a evaporação e, por consequente, os custos operacionais da distribuição de água.

A primeira central solar flutuante do país foi construída no Alqueva, pela EDP Renováveis, e inaugurada em 2022. No início deste ano, foi avançado pelo Expresso que a Finerge já arrancou com o licenciamento ambiental dos três projetos para centrais solares flutuantes que pretende desenvolver em Portugal, no quadro dos lotes ganhos no leilão promovido há quase dois anos pelo Governo português.

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Dos Onda Choc à direção de marketing da Via Verde, Raquel Abrantes, na primeira pessoa

Após integrar os Onda Choc, Raquel Abrantes percebeu que uma carreira artística não era para si. "Criar projetos do zero" é aquilo que a agora diretora de marketing da Via Verde mais gosta de fazer.

Com 38 anos recentemente completados, Raquel Abrantes é há quase três anos anos diretora de marketing da Via Verde. Do seu percurso fazem parte passagens por empresas como a L’Oréal, Sumol+Compal ou Sonae, onde esteve envolvida no lançamento da marca Wells e aprendeu que aquilo que mais gosta de fazer é criar projetos do zero. Mas parte do seu caráter começou a ser moldado ainda cedo, com a sua passagem pela banda juvenil Onda Choc.

“Tive de crescer bastante rápido, parte da minha infância não foi tradicional, fui rapidamente e muito cedo, com 10 anos, exposta ao julgamento e à responsabilidade de ter de atuar para milhares de pessoas, sem grande rede. E isso formou-me o caráter de alguma forma. Para mim os compromissos são para serem levados a sério, sempre”, diz em conversa com o +M.

Sem qualquer background artístico, a integração nos Onda Choc, onde permaneceu durante quatro anos, aconteceu através de um “daqueles acasos clássicos”, em que as amigas que iam ao casting a convidaram para as acompanhar, tendo Raquel Abrantes acabado por ser selecionada e as amigas não.

A agora diretora de marketing da Via Verde ainda equacionou, de facto, seguir uma carreira artística, algo que diz ter ponderado de uma forma “bastante racional”: “Achei que não tinha nem o talento nem a vontade verdadeira de perseguir uma carreira artística. Quem é artista tem de – para além de naturalmente muito talentoso – ter uma capacidade de se dedicar à arte que eu claramente não tinha. E, portanto, se não fosse para ser uma coisa levada a sério, mais valia não me dedicar completamente, e foi isso que aconteceu”.

No entanto, embora também goste de livros e filmes, a música é realmente mais a sua “praia”, diz, elencando Eric Clapton como artista preferido, o qual teve oportunidade de ver ao vivo recentemente na última viagem que fez a Itália, no Lucca Summer Festival, e que lhe valeu uma “grande alegria”.

Raquel Abrantes aponta também como algo importante na sua vida a vontade de fazer coisas sozinha e o gosto pela independência. Começou a trabalhar quando tinha 16 anos e quando fez Erasmus, na Bélgica, não quis receber ninguém para poder viver essa experiência “sem qualquer interferência”. Foi viver sozinha aos 24 anos, “relativamente cedo” para a sua geração.

Gosto de sentir o pulso às decisões que tomo, independentemente de como elas possam vir a correr“, diz a diretora de marketing da Via Verde.

Em termos profissionais, começou o seu percurso na L’Oréal, naquela que considera ser uma “escola fora de série” que lhe deu “muitas das bases”. Foi depois desafiada a ir para a Sonae, para um projeto que viria a tornar-se na Wells e que iria ser uma das “principais experiências” da sua vida.

“Deu-me duas grandes coisas: desconstruiu aquilo que eu achava que era um percurso típico e tradicional e ensinou-me rapidamente aquilo que eu gosto de fazer, que é projetos do zero. Gosto mesmo de criar coisas do zero“, explica.

Depois de um novo desafio na área comercial na L’Oréal, na categoria de maquilhagem, e de ter percebido que não era ali que ia ser feliz, decidiu ingressar na Omega Pharma (hoje em dia, Perrigo), que lhe permitiu voltar a criar coisas do zero e voltar ao mercado por que se tinha “apaixonado” na Wells.

“E costumo dizer que estaria na Omega Pharma até hoje se lá não tivesse conhecido o meu marido, mas achei por bem não misturar as coisas“, diz Raquel Abrantes, que vive em Lisboa com o marido e os dois filhos (um menino de cinco anos e uma menina com três).

Depois de uma passagem pela Henkel, ingressou na Sumol+Compal para criar, em conjunto com Paula Ribeiro – uma das pessoas com quem mais aprendeu a trabalhar e com quem se relaciona até hoje -, o departamento de inovação conceptual, naquele que foi mais um projeto que criou de raiz.

Isto até que recebeu o desafio da Via Verde, onde está há já quase três anos e onde encontrou “sem dúvida” o desafio da sua carreira.

“Tem sido um desafio enorme. Fui construir o departamento de marketing da Via Verde, que não existia, e temos vindo a alargar competências, nomeadamente no que à definição estratégica da Via Verde diz respeito. Tem sido uma jornada muito intensa, mas temos assistido a coisas que acho que dificilmente conseguiria assistir se estivesse numa empresa já mais estabelecida, ou com um modelo de negócio que não tivesse sofrido as transformações que a Via Verde sofreu”, explica.

Segundo a diretora de marketing, há cinco milhões de carros que usam Via Verde em Portugal, mas Raquel Abrantes quer ir mais longe. O desafio passa assim por dar a conhecer “todo o ecossistema” da Via Verde, que é uma marca com uma “awarenesse brutal”, mas onde havia poucas pessoas que conhecessem o conjunto de serviços da marca, que vão desde estacionamento, a carregamentos elétricos ou serviços de pagamento drive-thru.

Quando ao budget de que a marca dispõe para marketing, Raquel Abrantes diz que este é “muito interessante” e que “tem vindo a crescer”. Segundo a responsável, desde que mudou o seu modelo de negócio, a Via Verde “mais do que duplicou” o seu orçamento para marketing, o qual agora “já tem paralelo com o de grandes marcas internacionais“.

Raquel Abrantes em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

Uma campanha nacional, terei de referir a incontornável campanha de lançamento da Telecel- “Tou sim, é para mim”-, não só pela forma como marcou o início de uma nova era na forma das pessoas comunicarem entre si, mas também porque acredito que ditou o ritmo e até o tom do segmento nos anos que se seguiram.

Uma campanha internacional seria a do Spotify, que é relativamente recente e que de uma forma muito subtil (mas inteligente), traz para a rua músicas e artistas e os associa ao Spotify. Tão simples, tão eficaz.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Somos todos consumidores e muitas vezes somos consumidores das nossas marcas muito antes de as gerirmos. E despir essa pele é difícil. Perceber que a nossa opinião pode não só não representar o target ou a maioria dos consumidores, como também não servir o objetivo da marca. Essa objetividade é fundamental na gestão de uma marca.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

O consumidor. Entregar-lhe sempre aquilo que é a melhor proposta de valor para ele, sendo fiel aos princípios e valores da marca.

4 – O briefing ideal deve…

Ter objetivos claros, KPI mensuráveis e partilhados por todos e ser simples, claro e direto. Se alguém que não conhece a marca receber um briefing, deve conseguir perceber o que se pretende.

5 – E a agência ideal é aquela que…

É uma extensão da marca. Partilha dos nossos objetivos como se fosse parte da equipa de marketing. Mas que nos desafia no que ao mercado e ao consumidor diz respeito. É muito fácil perdermos alguma perceção do contexto quando trabalhamos uma marca e a agência ideal pode e deve trazer-nos também esse conhecimento.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Depende dos objetivos, da marca e do momento. Há determinadas campanhas, para determinados targets que surgem em contextos muito particulares que não se prestam a campanhas “arriscadas”. Contudo, eu acho que devemos sempre fazer alguma coisa diferente em cada campanha, que devemos experimentar sempre alguma coisa nova, até para podermos medir os impactos de cada ação.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

O orçamento de marketing deve guiar-nos naquilo que é o valor que temos disponível para impactar cada consumidor. Deve haver um limite para esse valor, até por uma questão de eficácia. Contudo, há uma área em que acredito que um orçamento ilimitado pode fazer a diferença, que é a área de responsabilidade social. Se não tivesse um orçamento limitado acho que era aí que colocava o meu orçamento extra. A impactar as comunidades locais, nomeadamente através das camadas mais jovens, proporcionando-lhes acesso à educação, à cultura, ao desporto…

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

Faz-se muito, com pouco.

9 – Construção de marca é?

É um trabalho inacabado. É saber que uma marca tem uma identidade e que tal como uma pessoa essa está sempre em atualização, sofrendo alterações ao longo do seu ciclo de vida.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Possivelmente teria uma agência de viagens. Mais do que a paixão por viajar, gosto muito do processo de pesquisa, planeamento, organização que envolve uma viagem.

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