Sonae Capital reforça produção da energia ao comprar Ventos da Serra

  • Lusa
  • 5 Junho 2017

A empresa Ventos da Serra detém e explora um parque fotovoltaico com potência instalada de dez Megawatt em Ferreira do Alentejo. O negócio foi feito por “um preço global de 29,1 milhões de euros.

A Sonae Capital comprou da totalidade do capital da empresa de produção de eletricidade Ventos da Serra, após a ‘luz verde’ da Autoridade da Concorrência, segundo comunicado ao mercado.

“A Sonae Capital informa que, após a obtenção de declaração de não oposição por parte da Autoridade da Concorrência e cumprimento das demais condições acordadas, se tornou efetiva a aquisição, pela CapWatt, da totalidade do capital e direitos de voto da sociedade Ventos da Serra – Produção de Energia”, refere a informação divulgada através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A empresa Ventos da Serra detém e explora um parque fotovoltaico com potência instalada de dez Megawatt (MW) em Ferreira do Alentejo (Beja) e o negócio foi feito por “um preço global de 29,1 milhões de euros”.

Com esta aquisição, a Sonae Capital diz que, através da CapWatt, “ampliou o seu portfólio de unidades de cogeração e produção de energia através de fontes renováveis (solar e eólico)”, detendo agora em Portugal 12 centrais de cogeração, dez centrais fotovoltaicas e um parque eólico.

“A totalidade da capacidade elétrica instalada, detida ou operada por empresas controladas pela CapWatt, ascende a 73MW”, acrescenta.

A Sonae Capital teve um prejuízo de 4,85 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, quando tinha tido um prejuízo de 3,88 milhões de euros em igual período do ano passado.

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Desconto dos dividendos passa fatura à bolsa de Lisboa

Europa abriu em ligeira queda depois da Moody's baixar rating chinês. Em Lisboa, com as ações da Nos e da Sonae Capital a negociar em forma de ex-dividendo, a bolsa perde cerca de 0,5%.

Nos e Sonae Capital abriram a sessão em forte desvalorização no dia em que é descontado o dividendo das respetivas ações, pressionando o arranque da bolsa portuguesa. Também a Europa acordou com ligeiro sentimento negativo.

O PSI-20, o principal índice português, perde 0,45% para 5.190,63 pontos, depois de duas sessões em alta. Cede esta quarta-feira com a pressão do destaque do dividendo da Nos e da Sonae Capital. Se a operadora de telecomunicações vê os títulos a cair mas de 2% para 5,38 euros, a cotada da família da Sonae afunda 7,68% para 0,9 euros. Pagam os dividendos na sexta.

Sonae Capital afunda

No total, são dez as cotadas nacionais que negoceiam abaixo da linha de água. Outros destaques vão para o BCP e para a Pharol, depois de o banco ter vendido a sua participação de 6% na holding que detém uma importante posição na brasileira Oi. As duas cotadas valorizam esta quarta-feira: o BCP ganha 0,64% para 0,22 euros e a Pharol avança 1,19% para 0,25 euros.

Entre os pesos pesados, apenas a Galp escapa às perdas, com uma subida tímida de 0,14% para 14,19 euros. Já EDP e Jerónimo Martins estão em queda de 0,22% e 0,03%.

“A abertura da bolsa nacional era marcada pela ausência de notícias empresariais relevantes. Na sessão de hoje, três ações iniciam a negociação sob a forma de ex-dividendo”, referem os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa. Fora do principal índice, também a Sonaecom negoceia a partir de hoje sem dividendo.

Em relação ao comportamento europeu, o banco enfatiza o impacto da decisão da Moody’s de baixar o rating da China em empresas europeias mais expostas à economia daquele país.

“A condicionar a abertura [na Europa] estava o comportamento dos mercados asiáticos que estenderam as suas perdas, após a agência de notação financeira Moody’s ter reduzido a classificação da dívida chinesa a longo prazo. Consequentemente, o mercado acionista caiu e a moeda chinesa, o iuan, depreciou-se”, frisaram os analistas.

Neste cenário, depois da maré vermelha um pouco por toda a Ásia, os principais índices europeus acompanham esse sentimento menos positivo. O DAX-30 de Frankfurt perde 0,3% e o FTSE-Mib cai 0,43%. Com perdas menos acentuadas seguem as bolsas de Madrid e de Paris.

(Notícia atualizadas às 8h23)

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5 coisas que precisa de saber antes de abrirem os mercados

Resultados empresariais, Orçamento espanhol e indicadores para todos os gostos. Esta quinta-feira será um dia em cheio para os investidores.

Em Portugal, o dia nos mercados começa bem cedo com a Navigator a apresentar os resultados trimestrais ainda antes da abertura da bolsa. Após o fecho do PSI-20 é a vez da Sonae Capital. Também os bancos gigantes como o britânico HSBC e o suíço Credit Suisse reportam contas. No plano macroeconómico também não faltarão pontos de interesse, tanto cá na Europa como nos EUA. Em Madrid, vota-se pela primeira vez o Orçamento do Estado espanhol para 2017. Há indicadores que permitirão avaliar o importante setor dos serviços da zona euro. Nos EUA, atualizam-se dados sobre o mercado laboral e défice comercial. Tudo para investidor ver.

Navigator e Sonae Capital apresentam contas…

É a vez de a produtora de pasta de papel The Navigator Company prestar contas relativas ao primeiro trimestre do ano. Fá-lo ainda antes da abertura da bolsa. Os analistas sondados pela Bloomberg projetam um resultado líquido na ordem dos 44 milhões de euros entre janeiro e março deste ano. As ações têm estado em evidência no PSI-20: ganham mais de 20% este ano. Também a Sonae Capital apresenta resultados, após o fecho do mercado.

… HSBC e BMW também

A temporada de resultados é sempre um ponto de interesse para os investidores. Lá por fora, entre as grandes companhias europeias que também prestam contas ao mercado esta quinta-feira, estão o banco britânico HSBC e o banco suíço Credit Suisse e a fabricante de automóveis alemã BMW.

Madrid vota Orçamento do Estado

Já vamos no quinto mês de 2017 mas só agora é que o Orçamento do Estado espanhol para este ano é votado no Parlamento. Em Madrid, fala-se em prova de fogo para o Governo de Mariano Rajoy depois de novos casos de corrupção.

Serviços na zona euro à prova

Os índices Purchasing Managers Index (PMI) são importantes indicadores para os investidores avaliarem a força da economia e as atuais condições de negócio das empresas. Esta quinta-feira são revelados os dados sobre os PMI no importante setor dos serviços no bloco da moeda única, numa altura em que a e economia continua a dar sinais de retoma: no primeiro trimestre do ano, o PIB da zona euro cresceu 1,7% em termos homólogos.

Indicadores para todos os gostos nos EUA

Do outro lado do Atlântico, há uma bateria de indicadores económicos que poderão ajudar a definir o rumo dos mercados norte-americanos, quando os principais índices negoceiam perto de máximos. Pedidos iniciais de subsídio de desemprego (semanal), confiança dos consumidores (semanal), produtividade e custos de trabalho (primeiro trimestre), défice comercial (março) e encomendas à indústria (março) registam atualizações esta quinta-feira.

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Caça aos dividendos. Vão ser mais atrativos este ano

Campeãs da Europa, as cotadas portuguesas vão dar mais motivos para sorrisos na próxima época de dividendos. Tome a devida precaução à partida para mais uma temporada de caça na bolsa.

Dividendos, dividendos e mais dividendos. A época de caça ao dividendo ainda não foi oficialmente aberta na bolsa nacional. Porém, à medida que as cotadas vão anunciando resultados, os investidores começam já a fazer contas àquilo que podem ganhar com a partilha dos lucros das empresas. Elas vão ser mais expansionistas na política de remuneração aos acionistas, sim. Mas também as taxas de rentabilidade deverão ser mais atrativas e sedutoras. Prepare os seus cartuchos, mas vá com prudência.

Investidores preparam-se para a caça ao dividendo na bolsa nacional.Raquel Sá Martins

À partida para mais uma época de dividendos no PSI-20, um dos períodos do ano em que a bolsa consegue captar maior interesse dos investidores, as cotadas nacionais estão em posição para dar maiores alegrias aos acionistas do que no ano passado. O panorama geral aponta para uma melhoria da atratividade dos dividendos. O dividend yield, um dos indicadores utilizados para avaliar o sex appeal do dividendo, deverá superar os 5% em termos médios, acima dos 3,9% do ano anterior. Só que há dividendos mais atrativos do que outros. Mas também há riscos-empresa maiores do que outros.

Os analistas alertam sobretudo para os riscos associados à sustentabilidade do dividendo, à capacidade de crescimento dos resultados e à previsibilidade de gerar receitas da empresa, riscos que importa pesar na hora de apontar a mira e atirar ao dividendo.

Das nove cotadas que já reportaram contas no PSI-20, seis bateram as projeções do mercado, o que não deixa de ser um sinal positivo numa temporada em que os lucros terão crescido cerca de 4%. Já o bolo de dividendos prepara-se para engordar 25%. Para a equipa de research do Banco BiG, não há motivos de preocupação: “Apesar do rácio de payout (dividendos/lucros) se manter a níveis relativamente elevados, observou-se um esforço relativamente bem-sucedido de desalavancagem da generalidade das empresas do índice Português, o que se constata (por exemplo) na redução do rácio dívida líquida sobre o EBITDA de 3,23 vezes em 2010 para 2,57 vezes no final de 2015″.

Com os avisos feitos, centramos atenções nos dividendos.

Rendibilidade dos dividendos aumenta

Fonte: Bloomberg e CMVM (valores em %)

As empresas do PSI-20 preveem distribuir este ano mais de dois mil milhões de euros sob a forma de dividendos. É muito dinheiro que para acedê-lo terá de ser necessariamente acionista na bolsa nacional.

Se ainda não possui títulos em carteira e pretende entrar na corrida aos dividendos, a dividend yield poderá revelar-se uma boa ferramenta para selecionar os alvos. O dividend yield calcula-se dividindo o dividendo pela cotação da ação. Quanto mais elevada for esta taxa, mais atrativo se assume o dividendo.

Entre as cotadas do PSI-20, é a Sonae Capital quem mais se destaca. Com um dividendo de 10 cêntimos, a cotada liderada por Cláudia Azevedo, filha de Belmiro de Azevedo, apresenta-se com uma taxa de retorno apetecível, bem acima de 10%. Um pormenor que pode fazer a diferença nesta análise tem a ver com o payout previsto: 142% dos lucros, o que significa que vai pagar (bem) mais em dividendos do que os lucros que obteve no ano passado.

De resto, os analistas esperam que também os CTT venham a repartir pelos acionistas mais do que os resultados que deverá ter obtido em 2016. A empresa de correios postais é mesmo um dos destaques para o Banco BiG. “Apesar do estágio desafiante em que se encontra a atividade do Banco CTT, deverá continuar a reforçar o valor do dividendo com base na elevada proporção de liquidez no balanço (cerca de 47,5% dos ativos totais)”, consideram os analistas do banco. Com base no preço da ação, o dividend yield deverá rondar os 9,5%. É a segunda maior taxa de rentabilidade em Lisboa.

Os dividend yields mais interessantes no PSI-20

Fonte: Bloomberg e CMVM (valores em %)

Além dos CTT, o Banco BiG coloca os holofotes sobre a Navigator. Ainda não há valor previsto para o dividendo. O consenso do mercado sugere que a papeleira liderada por Diogo Silveira deverá assumir um compromisso para um dividendo de 23 cêntimos, acima dos 19 cêntimos do ano passado. “Destacamos a possibilidade do reforço do dividendo (numa base homóloga) pela Navigator em resultado da evolução favorável das operações e pelo adiamento do investimento da fábrica em Cacia que foi diferido para 2017”, justificam os analistas do BiG.

Tamanho não importa

Em volume total do dividendo, EDP e Galp são as rainhas da bolsa. A elétrica nacional vai deixar à disposição dos acionistas aproximadamente 700 milhões de euros. A petrolífera prevê remunerar o mercado com mais de 400 milhões de euros. Representam mais de metade do bolo de dividendos do PSI-20. É um montante elevado, mas o tamanho não é tudo. O sex appeal importa. A consistência também.

A EDP surge com uma taxa de retorno de quase 7%, colocando o dividendo de 19 cêntimos no top 3 do ranking. A Galp está bem mais abaixo. Ainda assim, as duas energéticas têm-se revelado consistentes na política de remuneração acionista que assumem. Carlos Gomes da Silva, CEO da Galp, comprometeu-se com o mercado com um dividendo nunca inferior a 50 cêntimos nos próximos anos, um indicador importante para quem prefere adotar uma postura de longo prazo no mercado.

Falando em longo prazo, também a Nos poderá ter deixado um sinal positivo nos resultados que apresentou. O dividendo de 20 cêntimos por ação até pode ter ficado abaixo do esperado pelo Haitong. Ainda assim, o aumento da remuneração em 25% representa uma boa indicação de que a operador “está disposta a apresentar aos investidores um aumento mais considerável nos dividendos nos próximos anos”.

Campeões da Europa

A concretizar-se o cenário previsto pelos analistas, Portugal poderá reclamar para si o título de campeão da Europa nos dividendos. Um estudo da Allianz Global Investors revelou que, no final de 2016, a rentabilidade média do dividendo situou-se em torno dos 3,5% em toda a Europa, abaixo das projeções para o PSI-20. A gestora de ativos explica esta situação com o facto de que o mercado nacional apresenta valorizações baixas, o que acaba por tornar mais atrativos os dividendos.

Lisboa consegue superar o mercado espanhol, a quem a Allianz atribuiu uma rentabilidade de 4,4%.

No plano europeu, os cálculos apontam para um total de dividendos de 315 mil milhões de euros a distribuir pelas companhias do Velho Continente, batendo assim o anterior recorde de 302 mil milhões registado em 2016.

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Resultados: PSI-20 vai a exame do mercado. Será que passa?

Arranca esta quinta-feira a temporada de resultados na praça nacional. Analistas esperam uma descida global dos lucros, mas há cotadas com desempenhos positivos. O PSI-20 passa no exame dos mercados?

À partida para mais uma temporada de resultados em Lisboa, as estimativas dos analistas apontam para um ano de 2016 pouco positivo para as empresas nacionais. Sem contar com o BCP e BPI, os lucros no índice nacional terão recuado 2,7% num ano em que em que economia portuguesa que deverá ter crescido pouco mais de 1,2%. Incluindo aqueles dois bancos, as contas são ainda mais negativas: -11%. Mas há fatores extraordinários a ter em conta.

É no setor financeiro onde vão estar centradas todas as atenções. O BPI é o primeiro a prestar contas. E Fernando Ulrich, presidente do banco alvo de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) dos catalães CaixaBank, deverá anunciar já esta quinta-feira um lucro de 244 milhões de euros relativo ao exercício de 2016, mais 2% do que no ano anterior. A explicar a melhoria de resultados terá estado o forte crescimento da margem financeira, em 13%, dizem os analistas do CaixaBI, cuja previsão de lucro é mais otimista: 266 milhões de euros.

Para o BCP, que só reporta os resultados a 6 de março, a estimativa dos analistas sondados pela Bloomberg sugere uma melhoria evidente face aos prejuízos de 250 milhões de euros registados nos nove primeiros meses do ano, devido sobretudo ao esforço do banco com provisões extraordinárias para cobrir o crédito em risco de incumprimento. Terá fechado o ano com um resultado líquido negativo menos pesado, de cerca de 85 milhões. Com um aumento de capital no valor de 1.300 e dois novos acionistas de referência em luta por protagonismo na estrutura acionista, Nuno Amado deverá anunciar uma nova vida no maior banco privado português.

“A banca será provavelmente um dos pontos de atenção neste período de reporte de resultados, nomeadamente o BCP, após a operação de aumento de capital anunciada e que está a decorrer neste momento”, referiu Albino Oliveira, da Patris Investimentos. “Os temas deverão permanecer os mesmos dos trimestres anteriores: (a) evolução da margem financeira, (2) carteira de crédito e (3) provisões constituídas”, frisou o responsável.

BPI dá o pontapé de arranque na earnings season nacional

Para Albino Oliveira há mais setores que deverão despertar a curiosidade dos investidores. “Tivemos já a divulgação das vendas preliminares do quarto trimestre de 2016 por parte de Sonae e Jerónimo Martins (fortes em ambos os casos). Resta agora conhecer a informação relativamente às margens, principalmente no que se refere à Sonae, tendo em conta os sinais positivos observados no terceiro trimestre e a manutenção do ambiente competitivo no setor do retalho em Portugal”.

Em relação à dona da cadeia de hipermercados Continente, os especialistas apontam para lucros de 173,4 milhões de euros, ainda assim menos 1% face a 2015. A Jerónimo Martins, que detém a marca Pingo Doce e que se apresenta como uma das favoritas dos analistas, beneficiou da venda da Monterroio à Fundação Francisco Manuel dos Santos para acumular um lucro de 500 milhões de euros só nos nove primeiros meses do ano. O consenso do mercado aponta para um lucro total de 439,7 milhões de euros em 2016 — não devendo contabilizar o negócio com a Monterroio por 310 milhões de euros.

"A banca será provavelmente um dos pontos de atenção neste período de reporte de resultados, nomeadamente o BCP, após a operação de aumento de capital anunciada e que está a decorrer neste momento. Os temas deverão permanecer os mesmos dos trimestres anteriores: (a) evolução da margem financeira, (2) carteira de crédito e (3) provisões constituídas.”

Albino Oliveira

Patris Investimentos

Habituada a ser o rei da temporada, a EDP terá melhorado o seu resultado líquido em 2% face a 2015. A elétrica liderada por António Mexia apresenta contas a 2 de março e deverá revelar um lucro de 932 milhões de euros, representando um terço dos lucros do PSI-20 no ano passado.

Marisa Cabrita, gestora de ativos da Orey Financial, salienta a “estabilização no segundo semestre do ambiente de negócios” que beneficiou “setores com maior volatilidade, como o energético e o bancário”. Por exemplo, a REN, que perdia mais de 20% dos lucros nos nove primeiros meses do ano, atenuou essa queda e terá encerrado o ano com uma redução de 14% para pouco mais de 100 milhões de euros. A EDP Renováveis, cujo lucro tombava mais de 70% entre janeiro e setembro, fechará o ano com menos 30% dos lucros que registou em 2015, de acordo com os analistas.

Albino Oliveira destaca ainda a Nos, os CTT e a Mota-Engil. Por razões diferentes.

“Os resultados da Nos, o segundo título no PSI-20 com pior performance nos últimos três meses (com pior performance apenas o BCP), no sentido de determinar até que ponto poderão revelar-se decisivos para poderem conduzir a uma inversão dessa tendência negativa. No que se refere aos resultados dos CTT, os números do quarto trimestre poderão ser importantes para o sentimento dos investidores relativamente à evolução operacional do negócio ao longo dos próximos meses”, explicou.

Quanto à construtora, “tendo em conta a decisão da empresa de divulgar números apenas numa base semestral, os números de 2016 assumirão provavelmente maior importância”.

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Lucros da Sonae Capital sobem para 13,2 milhões

  • Lusa
  • 4 Novembro 2016

A Sonae Capital teve lucros de 13,2 milhões de euros nos primeiros novos meses deste ano, mais 10,15 milhões do que no mesmo período do ano anterior.

Este aumento dos lucros superior a 10 milhões de euros da Sonae Capital ficou a dever-se à “‘performance’ ao nível dos resultados de investimentos, no seguimento da mais-valia associada à venda das participadas Norscut e Operscut”, segundo informou esta sexta-feira a empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Entre janeiro e setembro, a Sonae Capital aumentou o volume de negócios consolidado em 6%, atingindo os 125,16 milhões de euros, “com a generalidade dos negócios a apresentarem crescimentos de dois dígitos face ao período homólogo”, apesar do decréscimo nos segmentos da energia e no dos ‘resorts’.

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado ascendeu a 13,63 milhões de euros, uma queda de 33,8% face aos primeiros noves meses do ano passado. A Sonae Capital destaca “o contributo da venda de ativos imobiliários, durante o segundo trimestre de 2015, nomeadamente a mais-valia gerada pela alienação do ativo imobiliário Duque de Loulé”.

A dívida líquida consolidada registou uma diminuição de 42,8 milhões de euros até setembro comparando com o final de 2015, cifrando-se nos 106,4 milhões de euros. Esta evolução já considera a distribuição de dividendos que ocorreu no segundo trimestre de 2016.

A Sonae Capital indica que o seu desempenho financeiro e operacional “revela a dinâmica positiva do grupo ao nível do volume de negócios e da respetiva rentabilidade, não obstante, a evolução negativa – já esperada – no segmento de Energia, e o abrandamento das vendas de imobiliário turístico em Troia”.

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