CaixaBank: “A nossa oferta é a melhor para o BPI”
O presidente do banco espanhol disse que o BPI é uma situação “pontual” de tentativa de controlo de um banco, segundo ele muito bem gerido.
O presidente executivo do CaixaBank defendeu hoje, em Madrid, que o setor bancário não está em época de internacionalização, com aquisições transfronteiriças, sendo a tentativa de compra da maioria do BPI uma exceção a esse quadro geral. E essa OPA é a “melhor para o BPI”.
Numa palestra realizada no estabelecimento de ensino superior ESADE, Gonzalo Gortázar disse que o setor bancário não está em época de realizar “grandes aventuras” no estrangeiro, mas que pode haver exceções a essa tendência geral, tendo dado como exemplo o caso do BPI.
Para o presidente executivo do CaixaBank, o BPI é uma situação “pontual” de tentativa de controlo de um banco, segundo ele muito bem gerido, no qual o banco espanhol já tem um investimento há mais de 20 anos.
“Pensamos que a nossa oferta é a melhor para o banco [BPI]”, afirmou Gortázar antes de se saber que os acionistas do BPI tinham aprovado hoje em assembleia-geral, no Porto, o fim da limitação dos direito de voto, uma das condições para o CaixaBank avançar com a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada em abril.
O presidente executivo do banco com sede em Barcelona explicou que a “complexidade” de legislações de diferentes países explica, em parte, a falta de vontade das entidades bancárias para realizarem operações de fusão ou aquisição transfronteiriças.
O CaixaBank, o maior acionista do BPI com 45,5% do capital social, mas com apenas 20% os direitos de voto até aqui, lançou uma OPA em abril sobre o banco português que fez depender da eliminação da limitação dos direitos de voto (‘desblindagem’) na instituição.
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