Fed mantém juros mas sinaliza subida até final do ano
Uma Fed dividida deixou inalterados os juros pelo sexto mês seguido. Enquanto espera por mais sinais de recuperação económica, sinaliza como provável uma subida dos juros até fim do ano.
“Os riscos de curto prazo para a evolução da economia surgem mais ou menos equilibrados”, referiu o Comité Federal do Mercado Aberto, num comunicado divulgado esta quarta-feira, após a reunião de dois dias realizada em Washington, em que afirma a sua decisão de deixar a taxa de juro de referência inalterada pelo sexto mês seguido. “O comité considera que o cenário de uma subida da taxa de juro reforçou-se mas decidiu, por ora, esperar por mais provas de que [a economia] continua a evoluir rumo aos seus objetivos”, acrescentou ainda.
Com isto, o mercado centra agora atenções para dezembro, mês em que a Fed terá a última oportunidade em 2016 para subir os juros, dependendo essa decisão da forma como a maior economia do mundo irá evoluir no último trimestre do ano.
Em Wall Street, as principais bolsas americanas digeriam o comunicado da Fed com ganhos ligeiros. O índice S&P 500 avançava 0,44%, enquanto o industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq somavam 0,15% e 0,24%, respetivamente.
"O comité considera que o cenário de uma subida da taxa de juro reforçou-se mas decidiu, por ora, esperar por mais provas de que [a economia] continua a evoluir rumo aos seus objetivos.”
Três responsáveis do Comité, o maior número desde dezembro de 2014, divergiram da opinião consensual de manter a taxa de juro ao defender um aumento de 25 pontos. O alcance da taxa de juro de referência da Fed vai permanecer assim entre os 0,25% e os 0,5% até dezembro.
Para o banco central liderado por Janet Yellen, apesar da maior robustez do mercado de trabalho, “a taxa de desemprego pouco alterou nos últimos meses” e “embora os gastos das famílias tenham crescido de forma sólida, o investimento continuou fraco”.
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