Haitong: Congelamento do Fundo protege bancos
O Estado português decidiu congelar as contribuições dos bancos para o Fundo de Resolução e o Haitong diz que isto vai proteger as instituições financeiras. A decisão é neutra para o setor.
O Haitong acredita que a decisão do governo português de prolongar o prazo dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução formaliza a forma como os bancos vão ser protegidos do risco de terem de contribuir mais para este mecanismo. As contribuições que têm de fazer para o Fundo vão ficar congeladas no nível atual.
“Na nossa perspetiva, o acordo formaliza a forma como os bancos serão protegidos deste risco [do aumento das contribuições anuais dos bancos para o Fundo de Resolução]”, disse o Haitong numa nota de research. “Mais importante, o acordo confirma que a Comissão Europeia ratificou a sua decisão”, afirma o banco.
O congelamento das contribuições mantém-se mesmo que o Fundo seja chamado a salvar mais bancos, no futuro. O acordo firmado entre o Estado e o Fundo estabelece que se tal acontecer, as maturidades dos empréstimos voltam a ser estendidas para acomodar esse esforço extra. Do mesmo modo, se as responsabilidades do Fundo se reduzirem, o ajustamento volta a ser feito através dos prazos dos empréstimo, em vez de ser obtido através da variação do montante das contribuições.
Na nossa perspetiva, o acordo formaliza a forma como os bancos serão protegidos deste risco [do aumento das contribuições anuais dos bancos para o Fundo de Resolução]
No entanto, o Haitong diz que a decisão é neutra para o setor financeiro português, nomeadamente para BCP e BPI, ambos cotados em bolsa. “Para o setor, [a decisão] já tinha sido descontada pelo mercado. O Banco de Portugal indicou anteriormente a sua intenção de não aumentar as contribuições anuais dos bancos” para o fundo, esclarece o banco.
“Desde que o principal credor do Fundo de Resolução seja o Governo português, será o Estado a suportar o maior risco de crédito provocado pela sua exposição”, conclui o Haitong.
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