Revendedores admitem subida dos combustíveis
O acordo da OPEP para limitar a produção de petróleo fez disparar os preços. Os consumidores podem sentir o efeito nos combustíveis em breve.
A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC) alertou para uma possível subida do preço das gasolinas, se a OPEP limitar a produção de petróleo. Ao mesmo tempo pediu ao Governo uma política “racional e responsável” no setor.
“Para já, há sinais contraditórios por parte da Noruega, por exemplo, que também é produtor, e da Rússia, que não se sabe se irá avançar ou não. Apesar de tudo, é normal que, caso o acordo (OPEP) realmente aconteça, os preços subam”, disse à Lusa o vice-presidente da ANAREC, Francisco Albuquerque.
Apelamos ao Governo para se esforçar por seguir uma política racional e responsável num setor tão estratégico e fundamental para o nosso país como é o setor dos combustíveis.
Os Estados-membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) concordaram na quarta-feira, em Argel, em reduzir a produção de crude em 2017, para 32,5 milhões de barris por dia.
“Apelamos ao Governo para se esforçar por seguir uma política racional e responsável num setor tão estratégico e fundamental para o nosso país como é o setor dos combustíveis”, disse o vice-presidente da ANAREC, em declarações à Lusa.
Tendo em conta o anúncio da OPEP e face à previsível nova conjuntura, Francisco Albuquerque salientou que o mais preocupa os revendedores são exatamente as políticas do Governo português para o setor, considerando que “de forma alguma se deveria voltar a subir a taxa de ISP (imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos)”.
O responsável defendeu que se deveria rever a medida de incorporação de biocombustíveis, “não aumentando a sua percentagem de incorporação”, já que esse aumento vai contribuir para a subida do preço dos combustíveis em 2017.
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