Literacia em Portugal acima da OCDE
A literacia financeira dos portugueses melhorou, ainda que ligeiramente, mas o suficiente para garantir a Portugal uma posição de destaque a nível internacional.
Os portugueses registaram uma ligeira melhoria nos conhecimentos financeiros face ao último inquérito. Mas foi o suficiente para colocar o país no top 10 a nível internacional, de acordo com o Banco de Portugal. Portugal está na décima posição em 30 países, superando a média do que se regista na OCDE.
“O indicador global de literacia financeira pela International Network on Financial Education (INFE), corresponde à soma dos resultados de três indicadores (comportamentos, atitudes e conhecimentos), podendo estar compreendido entre um e 21 pontos. Portugal obteve 14 pontos.
O regulador do setor financeiro destaca que o país “surge neste indicador global de literacia financeira em décimo lugar, com 14 pontos, acima da média dos países da OCDE (13,7) e da média da totalidade dos países (13,2)”. É nas atitudes financeiras que os portugueses brilham no contexto internacional, ficando em quinto lugar.
“Portugal obteve um resultado de 3,4 pontos, ficando em quinto lugar. Os entrevistados portugueses destacam-se por referirem com mais frequência que têm mais prazer em poupar para o futuro do que em gastar e que se preocupam com o futuro e não vivem para o presente”, lê-se no Inquérito à Literacia Financeira, do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros.
No que respeita aos comportamentos financeiros, “Portugal ficou em oitavo entre os 30 países, apresentando um valor médio de 5,9. Os resultados para Portugal estão acima da média no que se refere à realização de um orçamento familiar, ao controlo sistemático das finanças pessoais, ao pagamento atempado das contas e à não utilização de crédito para fazer face a despesas quotidianas”.
Mas se Portugal fica bem na fotografia no que respeita às atitudes e comportamentos financeiros, não surpreende nos conhecimentos financeiros. “Em Portugal, os entrevistados responderam corretamente, em média, a 4,8 questões, ficando assim o país em 13º lugar”, diz.
“Os resultados para Portugal estão em linha com a média na maioria das questões incluídas neste indicador, nomeadamente na identificação dos juros de um empréstimo, na identificação da relação entre remuneração e risco, no cálculo de juros simples e no cálculo de juros compostos, ainda que neste último caso os resultados sejam relativamente baixos na generalidade dos países”, remata o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros.
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