Confiança em compras importantes sobe aos níveis de 2004
As compras importantes estão na mente dos portugueses. O inquérito aos consumidores do INE revelou que a confiança para a realização de compras importantes regressou aos níveis de 2003.
Desde janeiro de 2004 que os consumidores não estavam tão confiantes na realização de compras importantes. Desde o início do ano que essa tendência verificava-se, mas com os valores do Inquérito Qualitativo de Conjuntura aos Consumidores de outubro divulgados esta sexta-feira confirmam “o movimento ascendente iniciado em janeiro”, escreve o INE.
Além da melhoria das apreciações dos consumidores em relação à realização de compras importantes, também o “saldo das expectativas de realização de compras importantes estabilizou em outubro, após ter registado no mês anterior o valor máximo desde abril de 2010”, explica a nota do Instituto Nacional de Estatística.
Apesar de o conceito de “compras importantes” não se encontrar definido de forma explícita, o INE explicou ao ECO que são dados os seguintes exemplos no inquérito qualitativo: “mobiliário, equipamento elétrico, equipamento eletrónico,…”
Ou seja, estamos a falar de bens de consumo duradouro, exceto habitação e automóveis porque “têm questões específicas” dentro do inquérito.
Evolução da realização de compras importantes desde 1997
Esta tendência é demonstrada pelas médias móveis dos últimos três meses com os valores corrigidos da sazonalidade. Isto permite verificar tendências negativas ou positivas e retirar o stress que a linha de evolução possa ter em determinado período de tempo.
Aliado a esse crescimento, a confiança dos consumidores está a subir em toda a linha: sentem que vão conseguir poupar mais, temem menos o desemprego, acreditam que terão melhores rendimentos no futuro e até estão otimistas em relação ao rumo do país.
A avaliação resulta dos indicadores de confiança referentes a setembro e outubro, sendo que o indicador de confiança dos consumidores tinha diminuídos nos três meses anteriores. Já os empresários recomendam cautela. O indicador de clima económico “diminuiu de forma ténue” em outubro mas manteve-se próximo dos valores registados nos dois meses anteriores.
“Em outubro, o indicador de confiança aumentou na Indústria Transformadora e na Construção e Obras Públicas e diminuiu ligeiramente no Comércio e nos Serviços”, refere o INE no destaque.
Editado por Pedro Sousa Carvalho
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