Quais os efeitos do terrorismo na economia?
Entre os setores económicos afetados em 2016 pelo terrorismo está o da aviação. No futuro esse perigo pode alastrar-se à segurança do património das empresas, avisa um estudo da seguradora Marsh.
A segurança do património da empresa é um dos principais riscos que as empresas vão enfrentar no futuro. A expansão do terrorismo na Europa é a principal ameaça, segundo um estudo da companhia de seguros Marsh.
“As empresas portuguesas devem agir como estando perante uma situação de urgência”, aconselha o especialista em Risco Político & Social da empresa, Fernando Chaves. O especialista explica que esse risco não está, para já, em Portugal, mas sim nos países para onde as empresas portuguesas se expandiram ou exportam.
“Desde o início desta longa crise, procuraram oportunidades e investiram em países emergentes, criaram empresas ou aumentaram as suas exportações para o resto da Europa e outros Continentes. Hoje são muitas as empresas que têm a sua rentabilidade dependente de mercado externo”, considera Fernando Chaves. E é nesses países onde, atualmente, o perigo do terrorismo é uma realidade mais próxima.
Há um exemplo em que, segundo o estudo, isso traduziu-se em perdas de receita: “As companhias aéreas europeias, por exemplo, sofreram fortes perdas de receita devido ao medo dos passageiros após os bombardeios do ISIS, como também uma queda nos preços das ações devido ao Brexit”.
As empresas portuguesas devem agir como estando perante uma situação de urgência.
Assim, o estudo “Resilience Amid Disorder” defende que “as empresas precisam de estar mais conscientes quanto à volatilidade, surpresas e mudanças estruturais que possam vir a enfrentar”. Além da violência extremista, as crises políticas internas e os distúrbios civis também são dois fatores de instabilidade.
“No ano de 2016 assistimos a uma variedade de distúrbios civis, crises políticas internas e violência extremista em todas as partes do mundo – fervor populista, greves, protestos, tumultos, terrorismo, movimentos de independência e insurgências”, explica o comunicado de imprensa sobre o estudo.
Editado por Mariana de Araújo Barbosa (mariana.barbosa@eco.pt)
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