Banca privada a favor de um banco público
Ter um banco público é importante para servir de exemplo e referência para o mercado, defendem os presidentes dos maiores bancos privados portugueses, que querem saber quais serão as funções da CGD.
A banca privada é a favor do banco público. Os presidentes dos principais bancos privados portugueses salientam o papel de referência de mercado que a Caixa Geral de Depósitos deve assumir. “Uma luz que os bancos privados têm de ver”, diz Vieira Monteiro”. Porém, perante a indefinição em torno do futuro da instituição, os gestores privados desejam ver definidas as funções e prioridades. Sempre liderada por uma administração independente.
“Sou favorável a uma Caixa pública, nossa. Mas não para pagar, porque nesse caso mais-valia não termos um banco público. Há que definir bem as funções e quais as prioridades”, disse Nuno Amado, presidente executivo do BCP. A opinião foi corroborada pelos restantes membros do painel que interveio no Fórum Banca 2016, organizado pelo Jornal Económico e PwC.
“É fundamental que o banco publico seja uma referência do mercado. É uma luz que todos nós, os privados, temos de ver. É a nossa direção. Devem desempenhar uma função extremamente importante. Não de regulação, mas na definição de determinada política”, acrescentou António Vieira Monteiro, do Santander Totta.
"É fundamental que o banco publico seja uma referência do mercado. É uma luz que todos nós, os privados, temos de ver. É a nossa direção. Devem desempenhar uma função extremamente importante. Não de regulação, mas na definição de determinada política.”
Sobre a questão da independência da gestão, ambos os banqueiros foram convergentes na opinião. Ainda assim, o mais assertivo foi António Vieira Monteiro: “É bom que a gestão seja independente e não esteja sujeita aos caprichos de determinadas entidades”, salientou o antigo quadro da Caixa.
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