Acordo da OPEP em risco. Petróleo afunda 4%
Na véspera da reunião da OPEP, da qual poderá resultar um acordo inédito de corte da produção do ouro negro, o preço do barril continua a desvalorizar, ao contrário do que é o objetivo do cartel.
O acordo entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) parece cada vez mais improvável e o mercado está a descontar de forma agressiva o provável falhanço nas negociações que visam cortar a produção global. O preço do petróleo continua a cair a pique tanto em Londres como em Nova Iorque. O barril de ouro negro já está a menos de 46 dólares.
A OPEP pretende cortar a produção de petróleo, uma decisão que seria inédita em oito anos. A reunião decisiva acontece esta quarta-feira. No entanto, do encontro desta terça-feira não surgiram boas notícias: o Irão continua a não querer reduzir a sua produção, levantando objeções quanto à forma de distribuição da produção pelos membros da OPEP. Pelo contrário, o país tem como objetivo aumentá-la mais 7% do que o proposto pela organização. Também o Iraque se opõe ao corte e a Rússia, que não faz parte da OPEP mas que tem uma posição crucial para o sucesso do acordo, mostra intenções de não querer colaborar.
O mercado dá sinais de não acreditar no acordo definitivo do cartel e, ao início desta tarde, o Brent desvalorizava 3,79% para os 46,41 dólares por barril, enquanto nos EUA o WTI caía ainda mais: 3,87% para os 45,26 dólares.
“É desapontante que ainda não tenha sido alcançado nenhum acordo até agora”, afirma Giovanni Staunovo, do grupo UBS, à Bloomberg.
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