Petróleo dispara 3% no dia do tudo ou nada na OPEP
Irão deixou boas indicações quanto a um acordo no seio da OPEP para cortar produção de petróleo. Membros do cartel reúnem-se hoje em encontro decisivo.
É o dia do tudo ou nada para os membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) chegarem a um acordo para avançar com o primeiro corte na produção de petróleo em oito anos. As notícias dos últimos dias davam conta de que dificilmente haverá consenso quanto aos cortes que cada país deverá ter de efetuar para estabilizar os preços do ouro negro. Ainda assim, nos momentos que antecedem este encontro decisivo, o barril do petróleo disparava mais de 3%, num sinal de maior confiança do mercado em relação a um entendimento.
Petróleo dispara em dia de reunião da OPEP
Era o caso do contrato de Brent, referência para as importações nacionais, que valorizava 3,9% para 48,19 euros por barril, recuperando da queda de 3,8% de ontem. Também o barril de crude, negociado em Nova Iorque, acelerava 2,98% para 46,58 euros.
Responsáveis iranianos manifestaram a sua confiança em relação a um acordo que deverá sair do encontro formal da OPEP em Viena, Áustria. O ministro do petróleo do Irão adiantou que em cima da mesa estavam propostas “aceitáveis” para baixar a oferta de barris de ouro negro, embora tenha dito ainda que o seu país não deverá avançar para uma redução da sua produção em face dos atuais níveis de produção.
Quem não vai fazer parte da reunião é a Arábia Saudita, um dos principais impulsionadores deste acordo numa fase inicial. Os responsáveis sauditas consideram que a recuperação da procura global vai dar força aos preços do ouro negro no próximo ano, situação que os deixa mais confortáveis.
“É pouco provável que o mercado vá ficar impressionada com um acordo simbólico da OPEP”, referiu Ric Spooner, analista da CMC Markets, à Bloomberg. “O aumento substancial na produção da OPEP nos meses mais recentes vai deixar o mercado numa posição de excesso por mais algum tempo, a menos que sejam acordados cortes expressivos”, acrescentou ainda.
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