CGD: Governo quer formar a equipa por etapas
O Governo de António Costa quer substituir os administradores que saíram com António Domingues. Mas também quer reforçar a equipa de não executivos. Tudo depende da aprovação do Banco Central Europeu.
Mais do que substituir os gestores que saíram com António Domingues, o Governo quer contratar uma equipa maior para a Caixa Geral de Depósitos (CGD). O processo de recrutamento deverá ser feito por etapas e a equipa pode chegar aos 19 elementos, embora tudo dependa da aprovação do Banco Central Europeu (BCE).
A saída de António Domingues e de seis administradores (três executivos e três não executivos) fez com que o Governo de António Costa tivesse de de dar início a um processo de recrutamento. Mas, mais do que substituir estes elementos, o Executivo quer completar a equipa da Caixa, avança o Jornal de Negócios.
O jornal diz que este processo vai acontecer por etapas e que ainda não se conhecem as escolhas do Governo. O Negócios diz que, desta vez, o Governo vai optar por comunicar os nomes apenas depois de ter a certeza de que o BCE não se vai opor.
No entanto, o banco central pode não concordar com a ideia de aumentar a equipa, como já o tinha feito. O banco liderado por Mario Draghi mostrou resistência aos planos iniciais de que a equipa chegasse a 19 elementos — sete executivos e 12 não executivos — preferindo, no máximo, 15 gestores. O jornal diz que o Executivo ainda tem margem para aumentar o número de pessoas na administração, mas não para já.
O que é que já se sabe?
Já se sabe que Paulo Macedo vai substituir António Domingues para liderar a comissão executiva e Rui Vilar vai passar de vice-presidente não executivo para presidente executivo. Mas também que José João Guilherme, antigo administrador do BCP e do Novo Banco, vai entrar para a administração executiva.
O ECO também já avançou que o adjunto do secretário de Estado do Tesouro, Nuno Martins, deverá ser administrador do banco estatal. Ninguém confirma ou desmente esta escolha mas, nas Finanças e na Caixa Geral de Depósitos, o nome de Nuno Martins é dado como certo. Falta saber com que pelouro. Poderá ser chief financial officer (CFO), mas é possível que Paulo Macedo opte por um peso-pesado, com outra experiência. José Pedro Cabral dos Santos também poderá regressar à administração executiva do banco público. Cabral dos Santos é um quadro da CGD e pertenceu à equipa de administração de José de Matos.
O ECO também já confirmou junto de fontes que a presidente da bolsa portuguesa, Maria João Carioca, aceitou o convite de Paulo Macedo para regressar à CGD, notícia avançada pelo Jornal Económico. Agora resta saber quem mais se vai juntar a esta equipa. O supervisor europeu terá a última palavra, mas caberá ao Banco de Portugal fazer uma primeira avaliação às escolhas para o banco público e depois fazer uma proposta ao BCE. O Negócios diz que a instituição liderada por Carlos Costa quer agilizar os procedimentos, mas que o calendário final dependerá da data de entrega da lista e do tempo que o supervisor europeu demora a tomar uma decisão final.
(Notícia atualizada às 10h55 com a confirmação do ECO de que Maria João Carioca vai para a CGD.)
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