Inflação do Reino Unido é maior do que o esperado

As consequências do divórcio da União Europeia sentem-se de várias maneiras no Reino Unido. Desta vez foi a inflação a dar de si. Entre outubro e novembro, os preços ao consumidor aumentaram 0,3%, o que se traduz no aumento a um ritmo mais rápido desde outubro de 2014.

A inflação do Reino Unido está agora nos 1,2%, em comparação com os 0,9% de outubro. Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística inglês referiram também que o aumento da inflação teve origem na quebra da libra, que se tem verificado desde a votação do Brexit. Os economistas tinham antecipado um aumento para os 1,1%.

Os preços das importações para o Reino Unido também subiram quase 15% em novembro — o maior aumento nos últimos cinco anos –, além da pressão exercida com os preços do petróleo, que se intensificaram depois de fechado o acordo na OPEP, no fim do mês passado.

As rápidas alterações nos preços nos últimos meses levou o Bank Of England a alterar a sua postura, depois de já ter baixado as taxas de juro em agosto. Os economistas estimam que o banco central inglês mantenha as taxas de juro em níveis mais baixos, de 0,25%.

A inflação core (que exclui a volatilidade dos preços da energia e da comida), também registou um aumento, para os 1,4% em novembro, dos 1,2% em outubro, confirmaram os dados do instituto. Este valor também foi mais alto que os 1,3% previstos pelos analistas da Bloomberg.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa (mariana.barbosa@eco.pt)