Juros da casa continuam a cair. Prestações não
O Instituto Nacional de Estatística revelou esta quarta-feira os dados relativos à taxa de juro implícita no crédito à habitação. Em novembro a taxa atingiu um novo mínimo histórico.
Com as Euribor a manterem a tendência de queda, as taxas de juro implícitas no crédito à habitação voltaram a recuar, atingindo um novo mínimo histórico. Mas, diz o Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor das prestações manteve-se.
As taxas de juros implícitas no crédito à habitação mantiveram a tendência negativa em novembro, fixando-se nos 1,032%, o que representa uma descida de 0,006 pontos percentuais face aos 1,038% registados em outubro.
Quanto ao destino de financiamento, na aquisição de habitação, o mais importante no crédito à habitação, a taxa de juro implícita no conjunto de contratos foi 1,047%, o que representa uma descida de 0,005 pontos percentuais.
Segundo o comunicado do INE, apesar de se verificar uma nova queda da taxa, a prestação média vencida para a globalidade dos contratos foi 237 euros, pelo terceiro mês consecutivo. Isto porque as quedas são agora bem menos expressivas tendo em conta o nível reduzido dos indexantes.
Esta tendência traduz o desempenho das Euribor, que servem de indexante para a generalidade dos créditos à habitação em Portugal, estar a ser pressionado pelos estímulos económicos adotados pelo Banco Central Europeu para a Zona Euro.
Relativamente aos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro implícita manteve-se inalterada nos 1,960% em novembro. Neste caso, além das Euribor, também a evolução dos “spreads” dos bancos está a condicionar a evolução da taxa.
Os bancos chegaram a exigir margens de 3% para a compra de casa própria com recurso a crédito. Atualmente, a generalidade dos bancos tem margens abaixo dos 2%, sendo que há já grandes bancos com “spreads” de 1,5%. O BCP foi o último a mexer na taxa.
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