CaixaBI corta 20% da avaliação da Altri

O CaixaBI resfria entusiasmo em torno das papeleiras. Apesar do dólar forte, os preços do papel só deverão recuperar em 2018. Por isso, retirou um quinto da avaliação que dava à Altri.

Os bancos de investimento continuam a ajustar as suas avaliações para um dos setores que mais estão a ganhar com a subida do dólar: o setor papeleiro. Mas se o Haitong melhorou esta quinta-feira a sua opinião em relação à indústria, o CaixaBI fez marcha-atrás na avaliação que faz da Altri. “Estimamos que a recuperação dos preços da pasta só deverá ocorrer em 2018-2019”, justificam os analistas.

Face ao anterior preço-alvo de 5,90 euros, a CaixaBI acredita agora que os títulos da produtora de papel poderão valorizar até 4,70 euros, cortando em 20% a avaliação que faz da cotada. Apesar de tudo, continua a recomendar a “compra” de títulos da empresa co-liderada por Paulo Fernandes. As ações a cotar nos 3,60 euros.

“Na nossa opinião, o racional de investimento da Altri não sofreu alterações ao longo de 2016, com a empresa a continuar a ser um dos produtores europeus mais eficientes do setor”, referem os analistas da CaixaBI, numa nota de investimento enviada aos clientes. “Para 2017 salientamos a expectativa de a Altri continuar a registar um elevado fluxo de caixa e a ausência de significativos investimentos. Estimamos que a recuperação dos preços da pasta só deverá ocorrer em 2018-2019, após os aumentos de capacidade na Indonésia e no Brasil terem sido totalmente digeridos pelo mercado”, acrescentaram.

A redução na avaliação da Altri surge num contexto em que a subida forte do dólar está a potenciar o setor exportador. Com a pasta de papel a cotar-se na nota verde, a apreciação da divisa americana veio potenciar ainda mais papeleiras nacionais, como a Altri, Navigator e Semapa. As ações destas três cotadas estão a brilhar na bolsa nacional esta semana, acumulando ganhos desde a última sexta-feira de 8,8%, 5,6% e 1,5%, respetivamente.

"Para 2017 salientamos a expetativa de a Altri continuar a registar um elevado cash-flow e a ausência de significativos investimentos. Estimamos que a recuperação dos preços da pasta só deverá ocorrer em 2018-2019, após os aumentos de capacidade na Indonésia e no Brasil terem sido totalmente digeridos pelo mercado.”

CaixaBI

O plano orçamental altamente expansionista de Donald Trump vem acompanhado por uma expectativa de que os preços vão também acelerar, colocando a Reserva Federal norte-americana numa posição mais conservadora no que toca à sua política monetária. Para evitar que a inflação fuja da sua meta, o banco central deverá começar a subir os juros diretores já em dezembro, circunstância que está a dar força ao dólar.

Contudo, para a CaixaBI, esse cenário “ainda está no plano teórico, o que nos leva a incorporar nas nossas estimativas uma postura neutral a curto prazo para o euro face ao dólar e assumir o seu retorno para 1,10 dólares durante o ano de 2017”.

Em suma, reforçam os analistas, “o racional de investimento da Altri foca-se na redução da sua posição de dívida líquida, o que deverá permitir à empresa aumentar a remuneração ao acionista no curto/médio prazo face à ausência de investimentos significativos”.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Comprar uma casa em Londres custa 14 salários anuais

  • Ana Luísa Alves
  • 25 Novembro 2016

Londres é uma cidade cara para se viver. E está cada vez mais. O preço das casas continua a bater recordes, exigindo pela primeira vez mais de 14 salários anuais para conseguir comprar um apartamento.

Quer viver em Londres? As casas são caras. Comprar uma já exige 14 vezes mais o salário bruto anual dos londrinos, um recorde. A informação foi avançada esta sexta-feira pela Hometrack, que salienta que o preço das casas em Londres estão a aumentar, consecutivamente, há sete anos.

As casas em Londres estão mais caras, e custam agora 14,2 vezes o salário bruto anual, o valor mais alto desde que há registo e o dobro do rácio verificado no Reino Unido como um todo, de acordo com a informação da Hometrack. Isto apesar de em outubro a taxa de crescimento anual do preço das casas se ter fixado em 9,1%, o aumento mais baixo em quase três anos.

“Os compradores estrangeiros que procuram casa, a procura por parte dos londrinos de uma proteção contra as baixas taxas de juro e a enorme procura de potenciais proprietários de imóveis fizeram com que os preços subissem”, disse à Bloomberg Richard Donnell, diretor na Hometrack.

O preço das casas aumentou em 89% desde 2009 quando a oferta deixou de corresponder à procura por parte dos compradores. Há uma espiral de valorização do valor dos imóveis que tem levado vários especialistas a alertarem para o risco de uma bolha no mercado imobiliário da capital britânica.

Esta forte valorização das casas está a levar o governo britânico a tomar medidas. Philip Hammond, responsável do Tesouro do Reino Unido, já colocou de parte mais de três mil milhões de libras para ajudar na construção de mais de 90 mil casas de baixos custos até 2021. É uma medida que visa permitir o acesso à capital a britânicos menos endinheirados.

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ENMC. Primeiro ganha poderes, agora desaparece?

  • Rita Atalaia
  • 25 Novembro 2016

No início do mês, a ENMC passou a supervisionar os biocombustíveis. Apenas duas semanas depois de ver aumentado o seu poder, pode desaparecer. A proposta será votada esta sexta-feira.

A Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC) tem vindo a ganhar mais e mais competências no mercado dos combustíveis. Mas isto parece estar prestes a mudar. A esquerda quer retirar competências — ou mesmo extinguir — a entidade. Nas propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2017, que serão votadas esta sexta-feira, PS e PCP são claros no objetivo de acabar com este supervisor do mercado dos combustíveis, criado pelo Governo de Passos Coelho.

A Direção-Geral de Geologia e Energia (DGEG) tem aos poucos vindo a transferir competências para a ENMC, liderada por Paulo Carmona, cujo mandato já terminou em junho. A 3 de novembro, foi dado mais um passo neste processo. Foi publicado em Diário da República que o regulador criado no Governo de Passos Coelho também ficaria responsável pelos biocombustíveis, depois de já ter sob a sua alçada os combustíveis e o gás.

“Uniformizam-se as referências legais relativas às entidades competentes no âmbito dos biocombustíveis, na sequência da transferência de competências da Direção-Geral de Energia e Geologia e do Laboratório Nacional de Energia e Geologia para a ENMC“, lê-se no decreto-lei. Mas este processo parece estar prestes a inverter a marcha. Agora, apenas duas semanas depois, o PS e o PCP querem retirar competências ou mesmo extinguir a ENMC.

"Uniformizam-se as referências legais relativas às entidades competentes no âmbito dos biocombustíveis, na sequência da transferência de competências da Direção-Geral de Energia e Geologia e do Laboratório Nacional de Energia e Geologia para a ENMC”

Diário da República

Ao ECO, o presidente da ENMC, Paulo Carmona, diz não compreender esta mudança presente nas propostas de alteração ao OE. Os socialistas querem agora que os combustíveis fósseis e os biocombustíveis fiquem sob a alçada da ERSE. O deputado socialista Luís Moreira Testa disse ao Público que a “a ENMC tem competências na área dos combustíveis que nos parecem despropositadas e que não achamos razoáveis que estejam fora da ERSE”.

O PCP ainda vai mais longe: quer extinguir o regulador. Para que isto aconteça, os comunistas propõem que as atividades relacionadas com a prospeção e exploração de petróleo, bem como a gestão das reservas petrolíferas estratégicas, passem para a DGEG. A extinção da ENMC é “uma ideia que poderá ser analisada no futuro”, mas para já não está na agenda, afirmou o socialista Carlos Pereira, citado pelo Público. O deputado frisa que a prioridade “é que todas as áreas da energia fiquem concentradas na ERSE”. Estas propostas vão ser votadas esta sexta-feira, no Parlamento.

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Trump quer produção de iPhones nos EUA. E a Apple?

  • Ana Luísa Alves
  • 25 Novembro 2016

Para tornar a "America great again", Trump quer tudo "made in America", incluindo os iPhone. A empresa de Tim Cook diz que esta não é a melhor opção.

Donald Trump quer as empresas norte-americanas a produzir nos EUA. Entre elas, a Apple, que fabrica os iPhone na China. Tem insistido nesse objetivo. E a empresa liderada por Tim Cook até já questionou os seus fornecedores sobre a possibilidade de relocalizarem a produção, mas as dificuldades são muitas para que isso possa algum dia ser uma realidade.

Os apoiantes do presidente eleito têm reagido à vontade de Trump como sinal de que o seu poder para tornar a “America great again”, como o republicano tantas vezes referiu. Ainda assim, a Apple e os seus parceiros sabem que a produção dos dispositivos não vai passar a ser feita nos EUA. Segundo a Bloomberg, o país não têm a mão-de-obra necessária a Apple mudar os fabricantes para lá.

 

Encontrar uma força de trabalho não seria tão fácil nos EUA. O CEO da Apple, Tim Cook, disse no programa “60 minutos”, no ano passado, que graças à educação vocacional, a China agora tem uma força de trabalho muito mais competente do que os EUA. A Apple estima que na América viesse a precisar de 8.700 engenheiros industriais para supervisionar o trabalho de 200 000 pessoas, e em 2014 só existiam 240.000 estudantes na universidade de engenharia. A capital industrial na China, Shenzhen, emprega 240.000 trabalhadores na Foxconn.

O reduzido custo do trabalho e a fraca regulação laboral foram fatores que tornaram a China atrativa, assim como a ágil mão-de-obra chinesa, fatores que os EUA não tinham nem vão ter, independentemente do que Trump queira.

Os planos iniciais da Apple incluíam a América, mas a Ásia depressa tornou-se o centro do crescimento da empresa, desde 1981, quando a empresa abriu uma fábrica em Singapura. Décadas depois, em 2004, a China tornou-se rival de Singapura e assumiu o papel de centro industrial da marca, depois de desenvolvidas as infraestruturas necessárias para colocar no mercado milhões de iPhone, iPad e MacBooks.

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Ainda vai a tempo de investir nas obrigações de retalho?

As obrigações para o retalho esgotaram no primeiro dia. O Estado triplicou a oferta mas... esgotaram outra vez. O período de subscrição acaba hoje. Ainda dá para investir? Dá.

O Estado queria só 500 milhões de euros, mas logo no dia de estreia as Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) esgotaram. A forte procura fez triplicar a oferta, mas rapidamente os títulos “desapareceram”. Se quer investir, ainda pode subscrever. Pode é não receber tantos títulos quanto os que quer. O prazo termina hoje.

Apesar de a procura estar já bem acima da oferta, quem quiser tentar a sorte tem até às 15h00 para apresentar o pedido ao balcão do banco. Todas as ofertas são válidas. Mas os investidores ficam sujeitos ao rateio. Ou seja, como o número de títulos pedidos é superior, é feita uma distribuição das OTRV pelos investidores, procurando satisfazer a maioria ou a totalidade dos subscritores. E há regras predefinidas.

A primeira fase do rateio prevê que sejam atribuídas 20 OTRV (o equivalente a 20 mil euros, já que cada uma tem um valor de mil euros) a cada ordem apresentada, ou “no montante solicitado, no caso de ser inferior a 20 mil euros”, diz o IGCP. Ou seja, se 75 mil investidores tivessem colocado ordens de 20 mil euros, receberiam esses 20 mil euros. Mas há sempre quem peça bem mais. O máximo é de um milhão de euros.

No caso de o montante disponível em OTRV ser insuficiente para garantir esta atribuição, serão satisfeitas as ordens de subscrição que primeiro tiverem dado entrada no sistema de centralização de ordens de subscrição da Euronext”. Aqui, conta quem foi mais rápido a subscrever. Se só solicitar os títulos neste último dia, será mais difícil de conseguir obter tudo o que pretende.

As ordens de subscrição “que entrarem em sistema no dia em que for atingido e ultrapassado o valor nominal global das OTRV, serão sorteadas as ordens de subscrição a satisfazer”, refere o IGCP nas regras que definem o rateio destes títulos de dívida pública que têm sido um sucesso junto das famílias portuguesas, atraídas pela taxa de juro bruta de 2%.

Esgotado o primeiro ponto das regras de rateio, procede-se à “atribuição do restante montante solicitado em cada ordem de subscrição de acordo com a respetiva data em que deu entrada no sistema de centralização de ordens da Euronext, sendo dada preferência às ordens de subscrição que primeiro tenham entrado”. Às ordens que entram no dia em que os títulos esgotam, será “atribuído um montante adicional proporcional ao montante solicitado em lotes de mil euros”. E, depois, volta-se ao sorteio.

Por último, é feita a atribuição de mais mil euros em OTRV “às ordens de subscrição que, após a aplicação dos critérios anteriores, mais próximo ficarem da atribuição de um lote adicional de mil euros” e o processo de rateio termina com um novo sorteio “no caso de o montante disponível em OTRV ser insuficiente para garantir esta atribuição”.

São, assim, três fases distintas de rateio, sendo que a primeira tende a ser suficiente para distribuir os títulos pelos investidores. A aplicação rateio aconteceu na primeira, na segunda e vai voltar a acontecer nesta terceira emissão de OTRV, mas os investidores não saberão de imediato afinal com quantos títulos ficaram.

"Cada investidor será notificado pelo intermediário financeiro ao qual transmitiu a sua ordem de subscrição relativamente às OTRV que lhe foram atribuídas.”

IGCP

Os resultados da oferta serão processados e apurados pela Euronext no dia 28 de novembro, data em que tais resultados serão tornados públicos”, refere o IGCP. Nesse dia fica a saber-se o valor total das ordens, o número de ordens e quantos investidores ficaram com quantos títulos, mas só depois os bancos vão informar os seus clientes.

Depois do apuramento dos resultados da oferta, “cada investidor será notificado pelo intermediário financeiro ao qual transmitiu a sua ordem de subscrição relativamente às OTRV que lhe foram atribuídas“. Será depois feita a liquidação da subscrição da oferta, ou seja, retirado o dinheiro da conta do investidor. E conclui-se o “registo da titularidade das OTRV” Estes dois últimos passos devem acontecer no dia 30 de novembro.

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Dólar avança contra tudo e contra todos

"Make dolar great again". Podia ser este o lema de Donald Trump. A divisa norte-americana avança contra tudo e contra todos.

“Make dolar great again”. Não é o lema que Donald Trump usou na sua campanha eleitoral que culminou com a sua vitória no dia 8 de novembro, mas, para os investidores, ele faz todo o sentido. O dólar continua em forte apreciação no mercado cambial com a perspetiva de subida dos juros da Reserva Federal norte-americana em dezembro. Em relação ao iene, a “nota verde” regista as melhores três semanas — desde que Trump foi eleito — desde 1995.

Face ao euro, a paridade está cada vez perto no horizonte. Cada dólar está a negociar esta sexta-feira nos 0,91 euros (um euro está a valer 1,06 dólares), depois de uma valorização de 2,31% ao longo do mês. É a subida mais forte registada desde maio. Em relação ao franco suíço, o dólar assume uma apreciação de 1,81% em novembro, o melhor mês desde janeiro, para cotar nos 0,989 francos suíços.

O índice Bloomberg Dollar Spot, que acompanha a evolução da “nota verde” contra as 10 principais divisas mundiais, acumulava um ganho de mais de 2% e negociava em máximos desde dezembro de 2004, ano que a Bloomberg começou a compilar estes dados.

Nota verde cada vez mais verde

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Fonte: Bloomberg Dollar Spot Index (valores em pontos)

A dar força à divisa norte-americana está a convicção do mercado de que a Fed vai subir os juros diretores já no início do próximo mês. Isso mês sinalizou, de resto, os responsáveis do banco central americano nas atas divulgadas esta semana.

“Alguns participantes notaram que as recentes comunicações do comité eram consistentes com um aumento no intervalo das taxas de juro da Fed, no curto prazo, ou argumentaram que, para preservarem a credibilidade, uma subida dessa natureza deveria ocorrer na próxima reunião”, revelaram os registos do Comité de Operações no Mercado Aberto (FOMC).

A retirada dos estímulos monetários apresenta-se como necessária para a Fed manter a subida dos preços sob controlo. À promessa de Donald Trump de inundar a economia de estímulos junta-se a expectativa de que a inflação vai dirigir-se rapidamente para um nível onde a Fed assegura a estabilidade dos preços e da economia.

“Desde que os fluxos de dados continuem a ser relativamente robustos e fortes, isso dá suporta à tese de que o dólar vai liderar em termos da resiliência da economia, em termos de liderança da política”, referiu Claudio Piron, do Bank of America, à Bloomberg. “Parece que estamos a ter fluxos em construção dentro do dólar”, acrescentou.

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Airbus A350-1000 faz o primeiro voo. Veja o vídeo

É o maior avião europeu de passageiros com dois motores. Já fez o primeiro voo. Veja o vídeo do novo modelo da Airbus.

O Airbus A350-1000, o maior avião europeu de passageiros com dois motores, já cumpriu o voo inaugural. Foi um voo de 4h20 minutos, realizado a a partir da sede da Airbus, em Toulouse, França.

O avião, sete metros mais comprido e capaz de transportar mais 40 passageiros do que os anteriores A350, implicou um investimento de 356 milhões de dólares, qualquer coisa como 337 milhões de euros.

Veja o vídeo da Airbus com o primeiro voo do novo aparelho.

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Revista de imprensa internacional

Espanha terá uma proposta de novo salário mínimo daqui a duas semanas. Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, Donald Trump continua a construir a equipa.

O governo espanhol vai avançar com uma proposta de novo salário mínimo, enquanto, em Londres, os preços das casas disparam para valores nunca antes vistos. Do outro lado do Atlântico, Trump constrói governo e a brasileira Oi volta a enfrentar processos judiciais.

El Mundo

Espanha também discute salário mínimo

Tal como por cá, em Espanha também se discute um novo salário mínimo nacional. O governo espanhol vai apresentar, daqui a duas semanas, no início de dezembro, a sua proposta de atualização do Salário Mínimo Interprofissional (como é designado o salário mínimo nacional em Espanha). O novo salário será proposto depois de as confederações empresariais enviarem ao governo de Mariano Rajoy as suas próprias propostas. A ministra espanhola do Emprego, Fátima Báñez, não avança para já uma previsão do valor do novo salário mínimo, mas adianta que o objetivo é estabelecer uma atualização ampla, que poderá abranger já uma ou duas legislaturas. Seja como for, escreve o El Mundo, a proposta do governo deverá ficar longe do valor pretendido pelos sindicatos: 800 euros.

Leia a notícia completa no El Mundo. (Acesso gratuito / Conteúdo em castelhano).

Bloomberg

Casas de Londres estão mais caras que nunca

Os preços das casas de Londres estão mais elevados do que nunca. Hoje, um londrino tem de pagar 14,2 vezes o seu salário bruto anual para comprar uma casa, mais do dobro do rácio verificado no Reino Unido como um todo, de acordo com os dados da Hometrack. Isto apesar de, em outubro, a taxa anual de crescimento dos preços das casas se ter fixado em 9,1%, o aumento mais baixo em quase três anos.

Leia a notícia completa na Bloomberg. (Acesso gratuito / Conteúdo em inglês).

New York Times

Republicanos divididos nas escolhas para o governo de Trump

Mitt Romney, candidato à presidência dos Estados Unidos em 2012, ou Rudolph W. Giuliani, advogado, empresário e antigo prefeito de Nova Iorque. É sobre estes dois nomes que recai a dúvida sobre quem será o Secretário de Estado de Donald Trump, o cargo que lida com os assuntos externos. Segundo o The New York Times, fações rivais do Partido Republicano estão numa batalha “cada vez mais cáustica e pública” para influenciar o presidente eleito dos EUA, deixando um lugar decisivo em branco até, na melhor das hipóteses à próxima semana. Por outro lado, a escolha para secretário do Comércio parece já estar definida: será Wilbur Ross, um investidor milionário que é também conhecido por “rei das falências”, por comprar, reestruturar e vender de novo fabricantes de aço e empresas de outras indústrias em declínio.

Leia, aqui e aqui, as notícias do New York Times. (Acesso gratuito. Conteúdo em inglês).

Reuters

O maior avião europeu já descolou

O Airbus A350-1000, o maior avião europeu de passageiros com dois motores, cumpriu o primeiro voo na quinta-feira. O avião, sete metros mais comprido e capaz de transportar mais 40 passageiros do que os anteriores A350, implicou um investimento de 356 milhões de dólares, qualquer coisa como 337 milhões de euros.

Leia a notícia completa na Reuters. (Acesso gratuito / Conteúdo em inglês).

Valor Econômico

Credores da Oi contratam novo assessor financeiro

Um grupo de credores de títulos de dívida da Oi juntou-se para negociar com a operadora brasileira a recuperação destes títulos, que totalizam 65 mil milhões de reais (perto de 18 mil milhões de euros). Estes credores, antes representados pela Moelis, passarão agora a contar com a assessoria da G5/Evercore.

Leia a notícia completa na Valor Econômico. (Acesso gratuito / Conteúdo em português).

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PS mais perto da maioria absoluta, PSD em mínimos

  • ECO
  • 25 Novembro 2016

Se as eleições fossem hoje, como seria o resultado. Para o PS, seriam bons. Ficaria à porta da maioria absoluta, mas para o PSD não. As intenções de voto estão perto de mínimos históricos.

O Governo do PS, apoiado pelo Bloco de Esquerda e o PCP, faz um ano. Foi esta a solução encontrada para que António Costa tomasse as rédeas do país, mas se as eleições fossem hoje, poderia não ser necessário este entendimento à esquerda. As sondagens põem o PS perto da maioria absoluta, já as intenções de voto no PSD estão perto de mínimos históricos.

Os socialistas surgem à frente na sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1, Jornal de Notícias e Diário de Notícias. Conta com 43% das intenções de voto, acima dos 34% que uma sondagem dava ao PS há um ano. Esta sondagem põe, assim, Costa perto de uma maioria absoluta, perto de poder dispensar os outros partidos da esquerda.

O Bloco de Esquerda surge com 8% das intenções de voto, acima dos 6% da CDU, tendo ambos perdido dois pontos percentuais face à votação nas últimas legislativas. Em conjunto, PS, BE e CDU contam com 57% das intenções de voto.

O PSD fica-se pelos 30%, perto de um mínimo histórico, já o CDS-PP recolhe 6% das intenções de voto. PSD e CDS somam 36% das intenções de voto, segundo a sondagem da Universidade Católica. É um resultado que fica bem abaixo dos 41% obtidos nas eleições.

 

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Bolsa de Lisboa em alta. Mota recupera

  • Ana Luísa Alves
  • 25 Novembro 2016

A praça portuguesa arrancou em alta. Está a seguir o desempenho positivo das bolsas europeias, animada pela energia. A Mota-Engil está a recuperar de mínimos de dois meses.

A bolsa portuguesa arrancou a última sessão da semana no verde. Lisboa está a acompanhar a tendência positiva dos restantes índices europeus, ainda que com uma valorização muito ligeira patrocinada pela energia, mas também pela recuperação da Mota-Engil.

O PSI-20 seguia a ganhar 0,14% para 4.450,82 pontos. Na Europa, a tendência também é positiva depois de ontem os mercados norte-americanos terem estado encerrados. Hoje, num dia marcado pelo Black Friday, as praças nos EUA vão ter uma sessão mais curta. Wall Street fecha às 18h00.

A puxar pela praça portuguesa estão os títulos do setor energético, com a EDP a somar 0,37% para 2,70 euros. A Galp Energia apresentava uma valorização ligeira de 0,08% para 12,76 euros numa sessão que está a ser correção dos preços do petróleo nos mercados internacionais. As cotações caem mais de 1%.

Nota positiva também para a Jerónimo Martins. Na banca, o BCP soma 0,57% enquanto o BPI recua 0,09%, mas o grande destaque do dia está a ser a Mota-Engil que está a recuperar de uma série de sessões em queda. A construtora regista uma subida de 1,55% para 1,57 euros, aliviando do mínimo de dois meses.

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Barcelona ataca plataformas de “short renting”

  • Ana Luísa Alves
  • 25 Novembro 2016

Airbnb e Homeaway, duas plataformas de alojamento temporário, foram multadas. Estão a incumprir as leis da cidade na hora do aluguer de casas a turistas: não têm licenças.

Barcelona vai multar as plataformas de alojamento temporário. Airbnb e HomeAway vão ter de pagar em 600 mil euros, cada, em mais um episódio que coloca a cidade espanhola frente às empresas de serviços de partilha de habitações.

Ada Colau, a presidente da câmara, referiu que as multas se destinam aos arrendamentos de apartamentos de curto prazo para turistas que não têm qualquer tipo de licença.

“Não é aceitável que existam centenas de apartamentos a receber turistas ilegalmente ou sem licença, sem pagar taxas e causando danos às associações de proprietários”, disse a presidente.

As multas são a segunda sanção de Barcelona à Airbnb e à Homeaway. Em julho do ano passado, a cidade já tinha assado a cada plataforma de alojamento duas multas de 30 mil euros por oferecerem aos turistas esses mesmo apertamentos sem licença, como é requerido pelas leis de Barcelona. A HomeAway pagou a multa, mas a Airbnb rejeitou a ordem dada, segundo informou a presidente.

O porta-voz da Airbnb em Barcelona, Andreu Castellano, disse que a empresa estava “triste” com a decisão tomada por Ada Colau. “Há menos de um mês, encontrámo-nos com a direção da Airbnb para juntos trabalharmos nos interesses da cidade”, disse Castellano num comunicado, citado pelo Financial Times.

 

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Rejeição de ajuda do FMI a Angola foi “inesperada e mal recebida”

  • Ana Luísa Alves
  • 25 Novembro 2016

O pedido de ajuda do FMI foi rejeito em julho pelo ministro das finanças angolano, na altura justificado com o "recente desempenho económico do país".

A Economist Intelligence Unit considerou hoje que a rejeição por Angola à assistência financeira do Fundo Monetário Internacional foi “inesperada e mal recebida” pelos investidores e demonstra a opacidade e falta de transparências nas contas públicas do país.

Num comentário à recente visita dos técnicos do FMI a Angola, os peritos da unidade de análise da revista britânica The Economist escrevem que as reuniões “seguem-se a várias mudanças governamentais, com um novo governador do banco central e um novo ministro das Finanças, e à decisão do Governo de não continuar com o pedido de ajuda financeira, que teria permitido um encaixe de 4,5 mil milhões de dólares, uma decisão que do pontos de vista dos investidores foi inesperada e mal recebida”.

Para estes analistas, “Angola não explicou as suas razões, mas a recusa do Programa de Financiamento Ampliado [EFF, no original em inglês] demonstrou a resistência do Governo à transparência que acompanha a permissão de mais intervenção externa na sua economia”.

O Ministério das Finanças angolano confirmou a 11 de julho que o Governo descartou um apoio financeiro do FMI, no âmbito do pedido de assistência solicitado oficialmente em abril – para um programa de financiamento ampliado -, justificando na altura a decisão com a subida da cotação do petróleo.

“À luz do recente desempenho económico e do acesso a financiamento suficiente, Angola não vai pedir financiamento ao FMI. Angola vai continuar o seu programa de assistência técnica com o FMI”, esclareceu na ocasião o Ministério das Finanças, acrescentando que as conversações com os representantes daquele organismo continuam apenas em outubro.

O Ministério das Finanças explicou ainda que o pedido de assistência (Extended Fund Facility – EFF) ao FMI foi feito numa altura em que a cotação do barril de crude atingiu “níveis muito baixos”, chegando mesmo aos 28 dólares em janeiro, quando em julho rondava os 50 dólares.

Ainda assim, a Economist Intelligence Unit (EIU) prevê que Angola cresça menos de 3% até 2021, o que, aliado à subida do rácio da dívida pública face ao PIB, aumenta o risco de incumprimento financeiro do país.

“A despesa com o serviço da dívida em 2017 deverá aumentar para 36,28%, o que, aliado a uma perspetiva de crescimento económico baixo – menos de 3% entre 2017 e 2021, segundo a nossa estimativa –, aumenta a vulnerabilidade de Angola a um incumprimento”, escrevem os peritos da unidade de análise da revista britânica The Economist.

Numa análise à recente decisão de excluir o montante de dívida das empresas públicas, como a Sonangol ou a transportadora aérea TAAG, para efeitos do cálculo do rácio de dívida face ao PIB permitido por lei (60%), os peritos da EIU afirmam que se um incumprimento acontecer, “a dívida soberana seria confrontada com taxas de juro mais altos sobre a emissão de dívida, e isso iria prejudicar as taxas de crescimento da economia no futuro”.

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