Ghosn: Carros serão espaço móvel de conectividade

  • Lusa
  • 8 Novembro 2016

O presidente da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, estimou, durante a Web Summit, em Lisboa, que o automóvel deixe de ser um objeto de transporte para ser "um espaço móvel de conectividade”.

Numa intervenção no palco principal da conferência de tecnologia e inovação, o brasileiro antecipa a transformação sobre quatro rodas, referindo que até a “arquitetura interna” das viaturas se irá alterar, como o próprio lugar do condutor.

Os carros vão servir para trabalhar, para as pessoas se conectarem”, estimou o responsável, que prevê muitos ecrãs dentro do habitáculo dos carros do futuro, até porque haverá mais espaços dentro dos carros porque deixam de ter os grandes motores habituais, que tendencialmente serão substituídos pela tecnologia elétrica.

Para o futuro, este responsável prevê o crescimento simultâneo da compra individual de carro, assim como a partilha das viaturas.

No MEO Arena, o líder da Aliança recordou a aposta que está a ser feita na diminuição de preços em carros elétricos na China.

“Vamos para onde os mercados estão”, resumiu.

O brasileiro notou que o setor das baterias para as viaturas está a agregar mais conhecimento, o que resulta em preços mais baixos e maior concorrência, pelo que o investimento das suas empresas passará pela “investigação, na bateria do futuro” e concentrar-se “no carro em si mesmo”.

Carlos Ghosn acrescentou que os fabricantes estão a deixar de trabalhar isolados à medida que os carros se tornam mais conectados e mais autonomizados e, por isso, estão a cooperar cada vez mais com companhias externas, incluindo ‘startups’ e universidades.

“Colaboramos com a NASA, que é muito forte na tecnologia de controlo remoto”, sublinhou.

O responsável aproveitou para distinguir entre veículos autonomizados e aqueles que não necessitam de condutor, referindo que o objetivo da Renault-Nissan é desenvolver viaturas que podem ser usadas em “qualquer local e sem falhas”. O gestor indicou que não se podem medir apenas as tendências por cidades como Tóquio ou Nova Iorque, mas levar em conta também o Cairo ou Mumbai (Índia).

“A segunda questão é a regulamentação. É necessária coerência”, argumentou Ghosn, recordando estar em causa uma condução “sem os olhos na estrada e sem as mãos no volante” e que os consumidores “têm que confiar o bastante na tecnologia” para comprarem viaturas.

Mas o otimismo é palavra de ordem para o empresário dado “os muitos benefícios da tecnologia”. O brasileiro indicou ainda que se está no “bom caminho” desde que os fabricantes continuem a colaborar com as autoridades e a perceberem os limites.

“Estamos todos interessados em termos de segurança, para ter uma melhor gestão de tráfego e numa condução mais confortável”, disse.

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Goldman Sachs: Barroso fala de “atitude negativa”

  • Lusa
  • 8 Novembro 2016

Antigo presidente da Comissão Europeia considera que a polémica em torno da sua ida para o banco de investimento norte-americano Goldman Sachs se deve a uma "atitude negativa" da Europa face aos EUA.

O antigo presidente da Comissão Europeia José Manuel Durão Barroso considerou hoje que a polémica em torno da sua ida para o banco de investimento norte-americano Goldman Sachs deveu-se a uma “atitude negativa” da Europa face aos Estados Unidos.

Na Europa, em alguns setores, existe uma atitude negativa face aos Estados Unidos. Face a tudo o que vem dos Estados Unidos. É um erro, porque há diferenças entre os Estados Unidos e a Europa, mas basicamente precisamos de ter um mercado conjunto. As oportunidades para o crescimento e o emprego são enormes”, considerou Durão Barroso no decorrer de uma conferência na Web Summit, que decorre em Lisboa.

A ida de José Manuel Durão Barroso para o banco de investimento Goldman Sachs suscitou muitas críticas, incluindo de líderes europeus como o Presidente francês, François Hollande, e uma petição impulsionada por funcionários das instituições europeias, que reuniu mais de 150 mil assinaturas, a reclamar “medidas fortes” para pôr fim à chamada “porta giratória” em Bruxelas (a passagem de antigos comissários para cargos no setor privado que coloquem em causa a reputação das instituições da UE).

Durão Barroso, que foi presidente da Comissão entre 2004 e 2014, assinou pelo Goldman Sachs após um período de “nojo” superior a 18 meses, respeitando assim a regra em vigor na Comissão Europeia.

“A Comissão Europeia acaba de salientar que eu respeitei todas as regras éticas. Mas o próprio facto de a questão ter sido levantada mostra uma atitude negativa de muita gente face à finança internacional e, neste caso, uma instituição norte-americana. E mostra que ainda há muitas atitudes negativas culturais na Europa contra o novo mundo, o mundo financeiro, o mundo integrado e global em que vivemos”, salientou o antigo primeiro-ministro português.

O antigo chefe do executivo comunitário reiterou que é um erro a atitude de alguns setores da Europa face ao mundo da Finança, ao qual agora pertence.

“É um erro porque, neste mundo de transformação digital, precisamos de um contributo mais inovador da Finança. Muitas das ‘startups’ que foram um sucesso nos Estados Unidos prosperaram porque tinham ‘venture capital’ (capital de risco)”, disse Barroso, acrescentando que os Estados Unidos “investiram 20 vezes mais [neste setor] do que na Europa”.

Só agora, a Europa “está a construir essa capacidade financeira para apoiar as ‘startups’, um ambiente amigável para o investimento”, disse.

O atual presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, pretende alargar de um ano e meio para três anos este período de “nojo” durante o qual o presidente do órgão executivo da União Europeia tem de pedir permissão ao ex-empregador para trabalhar para grupo privado.

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Segurança Social notifica recibos verdes nos próximos dias

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 8 Novembro 2016

Trabalhadores independentes ficam a saber em breve quanto terão de descontar para a Segurança Social nos próximos meses. Esta deverá ser a última notificação ao abrigo das atuais regras.

A Segurança Social vai notificar os trabalhadores independentes nos “próximos dias”, comunicando o valor que estes contribuintes terão de descontar nos meses seguintes. Esta deverá ser a última notificação ao abrigo das atuais regras, a avaliar pelas declarações recentes da secretária de Estado da Segurança Social.

De acordo com o Código Contributivo, a Segurança Social deve fixar em outubro a base sobre a qual incidem as contribuições dos recibos verdes, que deve vigorar nos 12 meses seguintes. Para definir em que escalão é posicionado cada trabalhador, a Segurança Social tem em conta os rendimentos do ano anterior.

Questionado sobre este assunto, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social indicou ao ECO que “o processo de reposicionamento no sistema ocorreu em outubro, mas, como normalmente, os trabalhadores independentes são notificados em novembro“.

“Está previsto a notificação ocorrer nos próximos dias”, adiantou a mesma fonte.

Quando a notificação for feita, os recibos verdes poderão pedir para subir ou descer até dois escalões, tendo assim a possibilidade de descontar mais ou menos.

Esta deverá ser a última vez que os trabalhadores independentes são notificados pela Segurança Social nestes moldes, já que o Governo está a rever o atual regime.

Conforme explicou a secretária de Estado da Segurança Social ao ECO, “há um reposicionamento [em escalões] agora em outubro, a produzir efeitos a novembro, que, em condições normais, seria de novembro a outubro do próximo ano”. Mas “a expectativa que temos é que este reposicionamento produza efeitos ainda durante parte do ano de 2017, mas já não termos um próximo reposicionamento ao abrigo da legislação em vigor neste momento”, indicou Cláudia Joaquim.

Tendo ainda em conta que as regras vão mudar, o Governo também não vai atualizar os escalões contributivos dos trabalhadores independentes no início do próximo ano. Estes escalões estão ligados ao Indexantes dos Apoios Sociais (IAS) que, depois de vários anos de congelamento, será atualizado em 2017. Porém, os escalões dos recibos verdes vão manter-se. “Estar a introduzir aqui alterações quando tencionamos rever o regime ao longo do ano de 2017 pode não fazer sentido”, afirmou Cláudia Joaquim.

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Um em cada mil chineses é milionário

  • Lusa
  • 8 Novembro 2016

A República Popular da China tem 1,34 milhões de milionários, segundo uma unidade de investigação com sede em Xangai, o que pressupõe que um em cada mil chineses tem mais de um milhão de dólares.

De acordo com a análise da Hurun Report Inc, até maio deste ano houve mais 130.000 chineses que se tornaram milionários, um aumento de 10,7%, face ao mesmo período do ano passado.

Segunda maior economia do planeta, a seguir aos Estados Unidos, a China é também o país mais populoso, com 1.368 milhões de habitantescerca de 18% da humanidade.

No total, 0,1% da população chinesa, ou um em cada mil chineses, tem mais de um milhão de dólares (904 mil euros).

A Hurun, considerada a Forbes chinesa, estima ainda que existam agora 89.000 de bilionários no país, mais 11.000 do que em 2015.

Guangdong, no sul da China, é a província que concentra mais milionários – cerca de 240.000 – destronando Pequim.

Mais de metade dos chineses com uma fortuna superior a um milhão de euros vive nas províncias de Guangdong e Zhejiang, no sul e leste do país, respetivamente, e nos municípios de Pequim e Xangai.

Pequim é a cidade com mais milionários ‘per capita‘, com um em cada 100 residentes na capital chinesa a possuir mais de um milhão de dólares.

A Hurun destaca ainda que os milionários chineses preferem investir além-fronteiras, principalmente em divisas estrangeiras.

O yuan, a moeda chinesa, caiu 9%, desde agosto de 2015, levando muitos investidores chineses a procurar ativos denominados em dólares ou euros.

A China representa 10% da riqueza mundial e desde o início do século o Produto Interno Bruto (PIB) chinês quintuplicou.

Apesar de a Constituição continuar a definir o país como “um Estado socialista liderado pela classe trabalhadora e assente na aliança operário camponesa”, o fosso social mantém-se acima do “nível alarmante” definido pela ONU.

Segundo os critérios do Banco Mundial, cerca de 200 milhões de chineses vivem na pobreza.

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As três apostas do Facebook para os próximos dez anos

Mike Schroepfer, CTO do Facebook, abriu o primeiro dia de conferência e falou em três prioridades da empresa para a próxima década.

Mike Schroepfer, CTO do Facebook, veio a Lisboa falar de futuro. “Estão preparados? Vamos a isso”, desafiou em pleno palco principal do dia 1 de Web Summit. O responsável pela área tecnológica do Facebook partilhou a visão a dez anos de uma das empresas mais poderosas do mundo. “São estes os maiores problemas que estamos a tentar resolver para o futuro”, sublinhou.

“Este é o futuro: a possibilidade de conectar com as pessoas com quem nos preocupamos mesmo que estejam a milhares de quilómetros. É por isso que estou tão entusiasmado com o futuro”.

Mike Schroepfer

CTO Facebook

  1. Conectar mil milhões de pessoas que não têm internet. “Existem 1,4 mil milhões de pessoas no mundo sem acesso à internet e o que queremos é que elas se juntem a esta conversa”, disse Mike Schroepfer. Para o CTO do Facebook, com acesso à internet qualquer pessoa pode ser um broadcaster de vídeos em HD. “A conectividade acontece tão rápido para todas as pessoas do mundo. É preciso trazer as vozes de quem não tem para a conversa entre todos”, garante. Projetos como o Open compute project ou o Telecom infra project são alguns dos exemplos a assinalar neste processo.
  2. Inteligência artificial. O Facebook tem trabalhado nos últimos anos em projetos também ligados à inteligência artificial. Todos os dias, o mundo partilha dois milhões de fotografias via Facebook, Mike diz que esse número revela uma “revolução na computação e nos computadores, que agora permite até a uma pessoa que não veja possa participar na partilha e consiga comunicar através do Facebook, graças ao poder da inteligência artificial”.
  3. Realidade virtual. Em apenas 30 segundos, estamos e deixamos de estar. “Este sentimento de presença” é a principal característica da realidade virtual, outra das apostas do Facebook para os próximos dez anos. “Num instante estamos no topo de um edifício prestes a cair, ou numa casa de uma família num país distante”, acrescenta. O desafio, neste caso, é outro: “Como podemos trazer a realidade virtual para o mundo? Como podemos tornar esta tecnologia mais barata e disponível para todos?”, questiona. Para isso, o Facebook tem desenvolvido projetos como o Oculus rift, o gearVR e o Standalone. “É com este tipo de tecnologia que acreditamos que pode trazer a realidade virtual às massas”, explicou, perante uma plateia de cerca de 9.000 pessoas, segundo números da organização.

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Endesa: Compra da ENEL Green Power España anima lucros

A energética espanhola apresentou um aumento do lucro nos primeiros nove meses do ano. Esta subida inclui a compra de uma participação de 60% na ENEL Green Power España.

A Endesa, presente em Espanha e Portugal, conseguiu aumentar os lucros nos primeiros nove meses do ano. E isto graças a uma mais-valia proporcionada pela compra de uma participação maioritária na ENEL Green Power España.

A energética espanhola apresentou um lucro líquido de 1,31 mil milhões de euros entre janeiro e setembro de 2016. Isto traduz-se num aumento de 8,2% em relação aos 1,21 mil milhões de euros registados no mesmo período do ano passado. Excluindo eventos extraordinários, o lucro cresceu 22,3%.

O aumento do lucro inclui uma mais-valia de 12 milhões de euros com a compra de uma participação maioritária na ENEL Green Power España. A Endesa também alcançou até setembro uma margem bruta de 4,34 mil milhões de euros, uma subida de 3%, graças à resiliência da margem da Endesa no mercado liberalizado. “A redução dos custos nas compras de matérias-primas e de energia compensou os preços baixos e o impacto negativo de um encargo não recorrente de 184 milhões de euros gerado em 2015”, explica a empresa num comunicado.

Esta evolução positiva da margem no mercado liberalizado e o bom desempenho no mercado regulado “têm sido elementos cruciais na evolução do EBITDA até setembro”, explica a Endesa. Os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações cresceram 4,3% no período em análise para 2,87 mil milhões de euros.

Em relação à procura por eletricidade em Portugal e Espanha, os resultados mostram que houve um decréscimo. Até setembro de 2016, a procura cresceu apenas 0,1% face aos 2,5% registados no período homólogo.

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As FAQ das Eleições Presidenciais

  • Juliana Nogueira Santos
  • 8 Novembro 2016

No dia da eleição mais importante dos últimos tempos ainda tem dúvidas acerca do que se vai passar? Consulte aqui as perguntas mais frequentes.

Os norte-americanos decidem, esta terça-feira, quem querem ver sentados na Sala Oval nos próximos quatro anos. A escolha resume-se a dois candidatos, cada um pelo seu partido, Hillary Clinton pelo Partido Democrata e Donald Trump pelo Partido Democrata. No entanto, o processo não é assim tão simples.

O caminho começou já em 2015 com os anúncios de candidatura, primeiro Clinton e depois Trump, sendo que o segundo teve muito mais impacto mediático. Era a primeira vez que alguém fora do círculo político de Washington se estava a candidatar ao lugar mais importante do planeta, ainda para mais sendo um magnata do imobiliário com um reality show e posições pouco ortodoxas.

Do outro lado, uma ex-primeira dama, secretária de estado e concorrente de Obama na representação democrata na presidenciais de 2008, marcada pelos escândalos sexuais da administração do marido, Bill Clinton.

Desde então somaram-se as curvas e contracurvas ao caminho dos dois, desde às primárias até aos debates, passando pelos diversos escândalos que não deixaram de fazer primeira página nos meios de comunicação e que têm transformado as sondagens em cata-ventos.

As sondagens do The Washington Post são a prova gráfica da indecisão que marcou esta campanha.
As sondagens do The Washington Post são a prova gráfica da indecisão que marcou esta campanha.The Washington Post

Mesmo assim, depois de tanto tempo passado e de tantas palavras redigidas, ainda surgem muitas perguntas. Apresentamos-lhe aqui o que precisa de saber para perceber o que vai acontecer esta terça-feira.

Quem vai votar na terça-feira?

Para votar, um cidadão norte-americano precisa de se registar previamente. Até agora, já se registaram cerca de 200 milhões de norte-americanos, um número recorde no país. Ainda assim, não é certo que estes votem todos, visto que a tradição da abstenção é bem mais forte que a de votação — é raro a taxa de abstenção descer o patamar dos 40%, sendo que em 2012 foi de 45,13% e em 2008 de 41,77%.

O que é que se decide?

Embora seja dito que os cidadãos vão escolher o seu presidente, na verdade estes vão escolher os seus representantes que vão formar um órgão chamado Colégio Eleitoral. Este é composto por 538 representantes e os candidatos têm de assegurar 270, ou seja metade dos 538, mais um.

Cada estado tem direito a um número variável de votos do colégio eleitoral, dependendo da população, e só pode definir uma cor partidária, escolhida pela maioria pelos eleitores, não havendo assim proporcionalidade entre a percentagem de votos dos eleitores e o número de representantes escolhidos.

Assim, quando, por exemplo, alguém na Florida vota no candidato democrata está a afirmar que quer os 29 votos do colégio eleitoral a que o seu estado tem direito sejam atribuídos a representantes que vão, por sua vez, votar no candidato democrata.

O Colégio Eleitoral terá até 28 de dezembro para entregar os seus votos, que serão contados no dia 6 de janeiro. O novo presidente tomará posse no dia 20 de janeiro.

Todos os votos são iguais?

Teoricamente não existe qualquer distinção entre cidadãos, contudo, e como acontece em cada distrito do nosso país, cada estado tem direito a um número diferente de votos para o colégio eleitoral, dependendo da sua população. A acrescentar a isto, está o facto de um estado só poder eleger um partido para o representar no Colégio Eleitoral.

Comparando um cidadão do estado da Florida — que tem direito a 29 votos do colégio — a um do de Nova Hampshire — que tem direito a apenas quatro votos — consegue-se perceber que o peso destes não é igual. Os votos perdem ainda mais valor quando são pelo partido que acaba por perder, visto que mesmo que a sua percentagem seja alta, ele nunca vai conseguir eleger nenhum representante.

Um cidadão que seja de um swing state, ou seja, de um estado que não tem uma cor partidária definida, tem também mais influência no resultado do seu estado do que outro que seja de um estado seguro, já com uma preferência definida.

O voto nos candidatos dos outros partidos, como Gary Johnson do Partido Libertário ou Jill Stein do Partido Verde, ou mesmo nos tantos outros independentes pode acabar por não ser um voto útil. Ainda assim, é importante que os eleitores não se retraiam e continuem a ir às urnas.

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Jill Stein do Partido Verde e Gary Johnson do Partido Libertário

Há possibilidade de o mais votado não vir a ser presidente?

Tanto há possibilidade, como já aconteceu. Em 2000, Al Gore e George W. Bush eram os candidatos, e embora Al Gore tivesse conquistado 50,3% dos votos populares, o câmbio de votos populares para votos do Colégio Eleitoral retirou a cadeira ao candidato democrata — 266 para ele, 271 para Bush. O estado da Florida foi o causador de tal confusão: a margem de diferença entre candidatos foi menos de 2.000 votos e, mesmo depois de ter sido feita a recontagem manual dos votos, chegou para que Bush ficasse com os 29 votos do estado. Ainda hoje a Florida é um dos estados mais importantes neste processo.

A acrescentar a isto, não existe nada na constituição americana que obrigue os representantes a votarem no partido que lhe foi indicado pelos votos populares. Contudo, quem não cumprir pode vir a ser substituído por outro e ser alvo de multas graves.

O que têm dito as sondagens?

São inúmeras as sondagens feitas neste ciclo eleitoral, com quase todos os meios de comunicação a terem uma sondagem independente ou em parceria com um meio não concorrente. Assim, é difícil padronizar todos os resultados que têm saído.

Ainda assim, conseguem-se perceber algumas tendências, como o facto de, sempre que é divulgado um escândalo as intenções de voto relativamente ao envolvido descerem — isto explica o sobe e desce que se vê no gráfico do The Washington Post acima. Clinton tem também mantido a liderança, mais ou menos confortável, na maioria das sondagens, excetuando, por exemplo, nos dias que se seguiram à reabertura da investigação aos seus e-mails.

Como posso acompanhar os resultados?

Todos os meios de comunicação norte-americanos, desde sites até às televisões, têm preparadas emissões especiais para acompanhar os resultados eleitorais. No resto do mundo, será dado também grande destaque à noite eleitoral. O ECO vai estar em direto na noite das eleições. Pode acompanhar no nosso site todos os detalhes.

 

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Vêm aí mil milhões para as startups europeias

A maioria do dinheiro virá de investidores privados. Os fundos europeus vão assegurar 400 milhões de euros.

A Comissão Europeia vai lançar um fundo de investimento de mil milhões de euros para financiar startups. O anúncio foi feito, esta manhã, pelo comissário Carlos Moedas, numa conferência de imprensa durante o Web Summit.

“Na Europa, temos um problema. Toda a gente é capaz de criar as suas empresas, mas, quando as empresas crescem, a maioria é comprada por entidades de outras partes do mundo. A nossa ideia é criar fundos que permitam não só criar empresas na Europa, como mantê-las na Europa”, começou por dizer Carlos Moedas.

O fundo começará com uma base de mil milhões de euros e poderá ascender a 1,6 mil milhões de euros. Deste montante, 400 milhões de euros serão assegurados por dinheiros públicos e o restante virá de privados. No total, os fundos públicos só poderão representar até um máximo de 25% do montante investido em cada empresa.

A partir de hoje, e até janeiro, a Comissão Europeia vai selecionar as empresas elegíveis, que irão, por sua vez, procurar potenciais investidores privados. Dependendo do montante que o privado esteja disponível para investir, a Comissão Europeia entrará com o restante.

A ideia é, assim, que os fundos sejam atribuídos ao longo de 2017.

“Este é um processo crucial para a inovação”, sublinhou ainda Carlos Moedas. “O ecossistema precisa de dinheiro para crescer”.

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FMI otimista com Timor

  • Lusa e ECO
  • 8 Novembro 2016

A atividade económica em Timor-Leste está a expandir-se a um ritmo "satisfatório", diz o FMI. E adesão à OMC poderá ser mais rápida do que o normal.

A evolução “satisfatória” da economia timorense deverá manter-se em 2017, mas as perspetivas a médio prazo dependem da capacidade de diversificação além do setor petrolífero, revela o Fundo Monetário Internacional.

Os riscos a médio prazo também residem em saber se a antecipação do investimento público gerará retornos sociais e económicos suficientes, o que ajudaria a alcançar um crescimento inclusivo”, sublinha o FMI, em comunicado.

Uma equipa do FMI, liderada por Yu Ching Wong, esteve em Timor-Leste entre 24 e 28 de outubro para “avaliar os recentes desenvolvimentos” e analisar as políticas governamentais, explica a instituição, período durante o qual se reuniu com as autoridades do país, nomeadamente a ministra das Finanças, Santina Cardoso, e com as vice-governadoras do Banco Central de Timor-Leste, Nur-Aini Djafar Alkatiri e Sara Lobo Brites. Houve ainda encontros com representantes do setor privado e da sociedade civil e com os parceiros de desenvolvimento.

Segundo Wong, “o investimento público deve ser priorizado de forma mais eficaz, concentrando-se em projetos com retornos mais elevados, determinados pela avaliação rigorosa do investimento”, uma estratégia que “permitiria garantir mais eficácia aos gastos do Fundo Petrolífero”.

O sistema bancário, diz a equipa técnica, “permanece sólido”, com o crédito do setor privado “a continuar a ficar atrás do rápido crescimento dos depósitos”, pelo que “aumentaram os depósitos em excesso colocados no exterior pelos bancos”. O crédito malparado caiu para 15% em setembro de 2016 (era de 23% um ano antes), em grande parte devido “à resolução de legado mau empréstimos”.

O FMI diz que o Produto Interno Bruto (PIB) real não-petrolífero deverá crescer 5% este ano, suportado pelos gastos do Governo, e os preços devem descer 0,6%, com o saldo exterior a passar de excedente a um défice de 9,9% do PIB, “devido em grande parte ao forte aumento das importações relacionadas com o aumento dos investimentos públicos”. O défice orçamental este ano será de 13,9% do PIB, com o aumento das despesas a ser financiado por levantamentos adicionais do Fundo Petrolífero (FP).

"A perspetiva de curto prazo permanece geralmente favorável com uma recuperação contínua do crescimento não-petrolífero acompanhada de baixa inflação. As perspetivas a médio prazo dependem da diversificação económica, já que os campos petrolíferos em operação deverão estar esgotados em torno a 2020.”

Comunicado FMI

“A responsável da equipa do FMI defende consultas mais estreitas com os parceiros de desenvolvimento e a adoção de “critérios claros” para “ajudar a identificar projetos de benefício adicional da transferência de conhecimento da parceria com credores multilaterais e bilaterais”. Saúda ainda o progresso nas reformas aduaneiras e fiscais “para mobilizar as receitas internas” e mostra-se disponível para apoiar os esforços do Governo para introdução do IVA.

Adesão acelerada à OMC

A adesão de Timor-Leste à Organização Mundial de Comércio (OMC) poderá ser mais rápida do que o normal, facilitada pelos preparativos para entrar na Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), disse à Lusa uma responsável do organismo.

“A ASEAN está construída, basicamente, sobre a OMC, o que significa que os preparativos de Timor-Leste para aderir à ASEAN implicam que o cumprimento dos critérios para adesão à OMC já está mais avançado“, disse Maika Oshikawa, da divisão de adesão da organização.

“Isso facilita as coisas. Não quero dar um calendário firme, mas penso que será mais rápido do que normalmente. E vejo um empenho muito grande do Governo em concluir este processo rapidamente”, explicou Oshikawa, responsável de uma delegação da organização que está em visita de trabalho a Timor-Leste.

A Equipa Técnica de Adesão da OMC está em Timor-Leste para encontros com vários responsáveis timorenses para preparar o processo de adesão de Timor-Leste como observador da organização sediada em Genebra, na Suíça.

Em declarações à Lusa, Maika Oshikawa mostrou-se convencida de que Timor-Leste deverá, com a Somália, obter em dezembro, na reunião da OMC, o estatuto de observador, estando já a começar o processo de adesão como membro de pleno direito.

"Como uma nova nação é preciso começar tudo do zero. Isso acaba por tornar as coisas mais fáceis do que ter de mudar o sistema.”

Maika Oshikawa

Responsável de uma delegação da OMC

“Nos últimos 20 anos juntaram-se à OMC 36 países que, em média, demoraram dez anos a aderir. No entanto, depois de trabalhar aqui com a equipa timorense nos últimos dias vejo que muito trabalho foi feito porque Timor-Leste também está no processo de adesão à ASEAN”, sublinhou.

Questionada sobre as fraquezas que o país enfrenta neste processo, Oshikawa disse que se deve olhar para tudo com uma perspetiva positiva, destacando que a adesão “faz parte do processo de construção da nação, das estratégias, neste caso, de diversificação da economia”.

Apesar disso, Oshikawa reconhece as dificuldades que Timor-Leste enfrenta, nomeadamente no que toca à “capacidade de implementação, que talvez seja mais lenta”.

A OMC tem atualmente 19 países em processo de adesão, sendo que seis são países em desenvolvimento, como Timor-Leste. Em dezembro deverão passar a ser oito (Timor-Leste e a Somália).

Vários responsáveis timorenses estiveram já reunidos com a delegação da OMC, incluindo o ministro do Planeamento e Investimentos Estratégico, Xanana Gusmão, o ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos Económicos e ministro da Agricultura e Pescas, Estanislau da Silva, e o ministro do Comércio, Indústria e Ambiente, Constâncio Pinto, entre outros.

“A adesão à OMC está em linha com os planos do Governo de fortalecer e crescer a economia através de investimentos estratégicos em setores potenciais. A adesão à OMC é também outro passo importante para consolidar a nossa soberania”, sublinhou Xanana Gusmão.

Estanislau da Silva disse à lusa que há “um apoio muito grande” à adesão timorense e que até Singapura “ofereceu apoio direto”, argumentando que “isso vai até tornar mais célere a adesão à ASEAN”.

O ministro considerou que Timor-Leste “ganha um acesso mais regulado ao mercado internacional e com todas as proteções existentes” o que permite ao país beneficiar das proteções internacionais.

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Siga em direto o Web Summit

  • ECO
  • 8 Novembro 2016

O segundo dia da Web Summit arranca com as apresentações de vendas (PITCH) de várias 'startups' vindas de todo o mundo, espalhadas por vários palcos. Siga aqui em direto o dia.

O segundo dia da Web Summit arranca com as apresentações de vendas (PITCH) de várias ‘startups’ vindas de todo o mundo, espalhadas por vários palcos.

O dia no Meo Arena e na FIL será preenchido por dezenas de apresentações, debates, conferências, sobre variadíssimos temas, todos eles com um pano de fundo em comum, o futuro e a tecnologia.

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Portugal está na mira da Deutsche Post

A empresa alemã de serviço postal está interessada em expandir-se para Portugal e Espanha no próximo ano, afirmou o CEO numa entrevista publicada no site da Deutsche Post.

Um dos próximos passos no plano de expansão internacional da Deutsche Post passa por Portugal. Em entrevista publicada no site do gigante germânico de serviço postal dono da companhia logística DHL, o CEO Frank Appel, assume a intenção de expandir o negócio de encomendas em Portugal e Espanha durante o próximo ano, sublinhando que as encomendas online vão acelerar durante os próximos anos.

"Portugal e Espanha serão acrescentados [à rede] no próximo ano.”

Frank Appel

Deutsche Post

“Portugal e Espanha serão acrescentados [à rede] no próximo ano”, diz Appel, que assume que o objetivo da Deutsche Post é “construir uma forte infrastrutura de encomendas em mais e mais países europeus“. Neste âmbito, o CEO da empresa alemã destaca parcerias já estabelecidas na Hungria e na Eslovénia e a expansão da rede de encomendas em 18 países, acrescentando a intenção de utilizar a planeada aquisição da empresa de serviços postais britânica para se expandir naquele que é o maior mercado de comércio eletrónico da Europa.

Esta terça-feira, a Deutsche Post afirmou que está próxima de atingir as suas metas para a totalidade do ano, depois de ter reportado no final de setembro um lucro trimestral de 618 milhões de euros, acima dos 49 milhões registados no mesmo período do ano passado.

As ações da empresa de serviços postais alemã sobem 1,64%, para os 28,76 euros, na bolsa de Frankfurt.

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ADSE pode vir a ter participações em privados de saúde

  • ECO
  • 8 Novembro 2016

Diploma que transforma a ADSE num Instituto Público inclui cláusulas para permitir a compra de participações em entidades prestadoras de serviços de saúde.

Transformada em Instituto Público, a ADSE terá possibilidades de adquirir participações em entidades privadas de prestação de serviços de saúde. Esta hipótese está prevista no projeto de diploma que se encontra em consulta pública desde ontem, segunda-feira.

Ao Jornal de Negócios, o diretor-geral da ADSE, Carlos Liberato Baptista, afirmou que a possibilidade “fica em aberto”, ou seja: “O novo Instituto Público poderá vir eventualmente a deter participações em entidades prestadoras”.

Segundo o diploma, disponível aqui em PDF, a aquisição deste tipo de participações precisa da autorização da tutela das Finanças e da Saúde, e do aval do órgão que o próprio diploma vai criar, o Conselho Geral e de Supervisão, que incluirá representantes dos beneficiários do subsistema de saúde dos trabalhadores do Estado, conhecido como ADSE.

Carlos Liberato Baptista acrescentou ainda, ao Negócios, que os excedentes da ADSE poderão ser “rentabilizados” pelo Instituto Público através de “aplicações financeiras em produtos específicos que sejam disponibilizados pelo IGCP”.

O diploma introduz ainda outras alterações ao funcionamento da ADSE, incluindo para os beneficiários, onde o espetro de acesso à ADSE deverá ser alargado a familiares dos funcionários do Estado que antes não tinham acesso, desde que descontem para o subsistema de saúde. É o caso dos filhos maiores de idade (ou a partir dos 25 anos, se até essa idade permaneçam a estudar) e dos cônjuges que não pertenciam já à ADSE. O diretor-geral do subsistema esclarecera na semana passada que os familiares dos funcionários públicos que neste momento beneficiam do subsistema sem descontar para tal não verão nenhuma alteração.

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