Fundo de emergência? Você precisa de um

Ter um “pé de meia” é muito importante. A vida é feita de imprevistos, pelo que deve sempre procurar salvaguardar-se que consegue dar resposta às obrigações mesmo quando faltam os rendimentos.

Quem nunca foi apanhado de surpresa por uma fatura pesada? Quem nunca viveu uma situação de aperto financeiro? Praticamente todas as famílias já passaram por situações destas. São complicadas de resolver? São. Mas podem não o ser para quem se previne. Como? Com um fundo de emergência. Você, bem como todos os outros portugueses, precisam de um.

“Alterações inesperadas no seio familiar, como uma situação de desemprego, divórcio ou uma doença grave, podem vir a gerar dificuldades financeiras significativas. A existência de poupança acumulada com esta finalidade ajuda a atenuar o impacto financeiro destas situações”. A frase é do portal Todos Contam, desenvolvido no âmbito do Plano de Formação Financeira. E é um alerta para a necessidade de constituir um fundo de emergência.

Essa poupança não tem um mínimo nem um máximo. Depende de cada um. “Pode parecer muito, mas recomendamos que guarde nesse fundo um montante equivalente a cinco ou seis salários”, diz a Deco. Ou seja, se ganha, por exemplo, 1.000 euros por mês, é importante que tente constituir um fundo de emergência com entre cinco e seis mil euros para estar preparado para enfrentar situações inesperadas.

"Recomendamos que guarde nesse fundo um montante equivalente a cinco ou seis salários.”

Deco

É importante que “a quantia [colocada nesse fundo seja] suficiente para se manter durante um semestre sem trabalhar“, diz a Deco. Uma alerta que não é novo, mas que ganha maior relevância quando se percebe que a maioria dos portugueses não está minimamente preparada para essa eventualidade.

Segundo o Inquérito à Literacia Financeira, “cerca de 61% dos portugueses afirmam que conseguiriam fazer face a uma despesa inesperada de montante equivalente ao seu rendimento mensal e quase dois terços consideram que o seu rendimento é suficiente para cobrir o custo de vida”. Mas a perda abrupta de rendimentos é um problema para uma parte da população.

  • 61% dos portugueses conseguiria fazer face a uma despesa inesperada
  • 26,2% não aguentava um mês sem salário
  • 14,5% dos que poupam guardam o dinheiro em casa

“Questionados sobre durante quanto tempo o agregado familiar poderia cobrir as despesas sem pedir dinheiro emprestado ou mudar de casa, caso perdesse a principal fonte de rendimento, pouco mais de um quarto dos entrevistados (26,2%) indica prazos inferiores a um mês. Esta percentagem sobe para cerca de um terço entre os entrevistados que vivem sozinhos”, nota o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros.

Dinheiro à mão

Se há uma parte da população que entraria em incumprimento quase imediatamente a seguir à perda de rendimentos, “cerca de um terço (32,9%) conseguiria pagar as despesas, se perdesse o principal rendimento familiar, por um período entre um mês e três meses e 13,7% poderiam fazê-lo por mais de seis meses”, refere o Inquérito à Literacia Financeira. Ou seja, tem dinheiro para enfrentar essas despesas. Mas onde deve estar esse dinheiro?

É imprescindível que este dinheiro esteja sempre disponível. Mas isso não significa que o deva ter em casa, guardado num frasco, numa gaveta ou debaixo dum colchão, porque, com a subida generalizada dos preços, dentro de algum tempo o seu dinheiro valeria bastante menos.

Deco

É imprescindível que este dinheiro esteja sempre disponível“, alerta a associação de defesa dos consumidores. Mas isso “não significa que o deva ter em casa, guardado num frasco, numa gaveta ou debaixo dum colchão, porque, com a subida generalizada dos preços, dentro de algum tempo o seu dinheiro valeria bastante menos”, nota a Deco. No entanto, poucos portugueses seguem o conselho.

Há “pouca pro-atividade na aplicação da poupança, uma vez que 60,8% dos que poupam afirmam deixar o dinheiro na conta de depósito à ordem e 14,5% referem guardar o dinheiro em casa“, diz o Inquérito à Literacia Financeira. “Pouco mais de um terço dos entrevistados (34,3%) afirma colocar o dinheiro numa conta de poupança e 3,9% referem aplicar em produtos de investimento”, remata.

Rentabilize o fundo

Deixar o dinheiro parado é um erro, seja para as poupanças normais, seja para um fundo de emergência. O que fazer, então, com o dinheiro que deixa de parte para os imprevistos? Procure produtos de poupança tradicionais, facilmente mobilizáveis em caso de necessidade. Quais? Os habituais depósitos a prazo. Ainda que as aplicações da banca estejam a oferecer taxas cada vez mais baixas, pelo menos perde menos dinheiro –- a inflação prevista bate a maioria dos depósitos.

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Fonte: Preçários dos bancos. Nota: Aplicações com um mínimo de investimento até 5.000 euros. * TANB Média

Mas também pode olhar para os produtos do Estado, embora não para os Certificados do Tesouro Poupança Mais que têm uma taxa média anual atrativa, de 2,25%, pois o existe um período de imobilização inicial de um ano. Terá de se cingir aos certificados de aforro.

Se nos CTPM não pode mexer no dinheiro durante um ano, nos “velhinhos” certificados bastam três meses. Depois, o dinheiro fica a render pouco, mas com a vantagem de que tudo o que obtém é capitalizado. Ou seja, o juro, ainda que baixo, vai recaindo sobre um valor cada vez maior.

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Dívida portuguesa com melhor desempenho em outubro

Dívida desafia a gravidade: enquanto as obrigações de vários países desenvolvidos apresentaram retornos negativos em outubro, a portuguesa apresentou um retorno positivo.

Continua entre as obrigações com pior desempenho em 2016, mas outubro trouxe boas notícias para quem detém dívida nacional. As obrigações tiveram um retorno de 0,5% no mês que hoje termina, um desempenho que se destaca entre os países desenvolvidos — a dívida de referência alemã perde 2,2% e deverá fechar com o pior mês desde junho de 2012, segundo a Bloomberg. Para a agência, é a dívida portuguesa a desafiar a gravidade.

Outubro foi, de facto, um mês agitado no que toca a notícias com impacto relevante para o mercado da dívida. E se a evolução foi positiva, isso quer dizer que as notícias foram do agrado dos investidores. A meio do mês, o Governo apresentou a proposta de Orçamento do Estado para 2017. Uma semana depois, a agência canadiana DBRS manteve o rating e o outlook estável da dívida nacional, uma circunstância que mantém Portugal qualificado para o programa de compra de dívida no setor público do Banco Central Europeu.

Aliás, após a reunião do Conselho de Governadores do banco central, Mario Draghi reconheceu que foram “alcançados progressos notáveis em Portugal”, embora tenha admitido, de seguida, que “são necessárias mais reformas ambiciosas”.

O Governo português inscreveu no Orçamento do Estado para 2017 uma projeção de crescimento económico de 1,2% em 2016 e de 1,5% em 2017.

Dívida portuguesa ganha em outubro

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Fonte: Bloomberg (Valores em percentagem)

“É uma recuperação face a um ano muito mau”, referia Ciaran O´Hagan, estratego do Société Générale, à Bloomberg. “O pior que pode acontecer é a DBRS baixar o outlook para negativo. Não haverá qualquer downgrade durante pelo menos um ano, ou possivelmente mais do que isso. São notícias muito boas para quem comprou dívida portuguesa“, acrescentou o analista.

É uma recuperação face a um ano muito mau. O pior que pode acontecer é a DBRS baixar o outlook para negativo. Não haverá qualquer downgrade durante pelo menos um ano, ou possivelmente mais do que isso. São notícias muito boas para quem comprou dívida portuguesa.

Ciaran O´Hagan

Estratego do Société Générale

No mercado secundário, o prémio de risco da dívida portuguesa cedia para mínimos do mês. O diferencial de juros das obrigações nacionais a 10 anos face às obrigações alemãs, a referência no mercado, recuavam para mínimos de mais de um mês, depois de ter atingido um valor mais elevado desde fevereiro no início deste mês.

“O mercado sinalizou com elevado risco o impacto da decisão da DBRS e tem aliviado desde então”, comentou Kim Liu, da ABN Amro Bank. “Mas os fundamentais e a posição relativamente frágil do governo não se alterou. Portugal ainda enfrenta pressões devido à elevada dívida, fraco crescimento e um setor financeiro vulnerável”, disse ainda.

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Sérgio Monteiro fica mais três meses no BdP até venda do Novo Banco

  • ECO
  • 31 Outubro 2016

Contrato de consultoria terminava no último dia de outubro mas Banco de Portugal terá estendido contrato até final de janeiro para que ex-governante possa liderar processo de venda.

O Banco de Portugal estendeu o contrato de consultoria de Sérgio Monteiro até ao final de janeiro, para que o ex-governante possa liderar o processo de venda do Novo Banco até à sua conclusão, avança o Jornal de Negócios na edição desta segunda-feira.

O contrato de consultoria do Banco de Portugal com Sérgio Monteiro terminava no último dia de outubro mas terá sido prolongado por mais três meses, para que Monteiro possa acompanhar a linha da frente das negociações.

As propostas de compra do Novo Banco deverão ser apresentadas até 4 de novembro. No limite, a prestação de serviços de Sérgio Monteiro acaba a 30 de abril.

O Banco de Portugal quer definir uma solução acionista para o Novo Banco até ao fim do ano, uma decisão que o primeiro-ministro já assumiu, será política. O prolongamento do contrato de Sérgio Monteiro por, pelo menos, mais três meses, representa um encargo adicional de 76,2 mil euros para o Banco de Portugal.

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7 apps gratuitas para gerir as suas finanças pessoais

Testámos várias aplicações gratuitas de controlo de custos e finanças pessoais, e selecionámos sete. Conheça os prós e os contras de cada uma delas.

É certo e sabido. Tal como os computadores, os telemóveis e os tablets são hoje poderosas ferramentas que nos simplificam a vida, ou não existissem inúmeras aplicações para nos ajudar em tudo e mais alguma coisa. Ora, as finanças pessoais não são exceção: experimentámos algumas aplicações gratuitas de planeamento, gestão financeira e controlo de custos e selecionámos as nossas preferidas. Ei-las.

Expensify

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Prós: Esta aplicação permite importar e arquivar cartões de crédito, gerar relatórios de despesas, planear viagens, digitalizar talões com a câmara do smartphone, apontar horas de trabalho e até registar distâncias percorridas através do GPS. Tem ainda um modo offline, muito útil sempre que não haja uma ligação à internet disponível.

Contras: O registo é obrigatório e, na versão gratuita, algumas funcionalidades têm um limite de utilização. Por exemplo, só é possível digitalizar dez talões por mês.

Pode ser descarregada em iOS e Android.

Monefy

monefy

Prós: Muito intuitiva e fácil de usar, com uma componente visual muito forte. Pode adicionar despesas ou receitas e categorizar cada uma delas escolhendo uma das muitas etiquetas disponíveis. Assim, terá sempre um registo da origem do seu dinheiro e, acima de tudo, informação sobre como o gastou. A Monefy permite ainda separar as suas contas: numerário de um lado, cartões de crédito do outro.

Contras: Não está disponível para sistemas iOS e certas funcionalidades só existem na versão pro, como a sincronização entre dispositivos, o uso de várias divisas e a proteção da aplicação com uma password, por exemplo.

Pode ser descarregada em Android.

Moneyboard

moneyboard

Prós: Trata-se de uma aplicação de finanças pessoais com boa compatibilidade tanto para iPhones como para iPads. Inclui as principais funcionalidades a que este tipo de aplicações já nos habituou: categorização de receitas e despesas, apresentação da informação em gráficos e por aí em diante. É uma boa alternativa para utilizadores de sistemas iOS.

Contras: Não está disponível para sistemas Android. Além disso, algumas funcionalidades também só existem na versão pro, que custa três euros na App Store.

Pode ser descarregada em iOS.

Mobillis

mobillis

Prós: É uma aplicação muito completa, com todas as funcionalidades necessárias a uma boa gestão das suas finanças. Permite adicionar um saldo da conta e registar todas as despesas e receitas, atribuindo etiquetas como “Alimentação”, “Transportes” e por aí em diante. O interface é bastante simples, com gráficos circulares ou de linhas para que possa visualizar a informação que vai introduzindo no aplicativo. Inclui uma série de ferramentas de cálculo de juros e investimentos, percentagens, entre outras, e há ainda uma opção interessante: o “Modo de Viagem”. Uma vez ativado, agrupa automaticamente todas as despesas numa única categoria.

Contras: O registo é obrigatório. No início, o utilizador fica com uma conta premium, que expira ao fim de alguns dias. Após esse período, várias funcionalidades da aplicação ficam bloqueadas. Além disso, uma licença paga tem de ser adquirida na moeda brasileira (real) e tem um custo trimestral ou anual.

Pode ser descarregada em iOS, Android e Windows Phone.

As Minhas Finanças

asminhasfinancas

Prós: Uma das vantagens desta aplicação em relação às outras é que, para além de poder atribuir categorias aos movimentos da conta, permite associar-lhes tags. Isso é útil para que possa distinguir despesas diferentes, mas do mesmo tipo — por exemplo, no caso de gastos com combustível, poderá descriminar as despesas com os seus diferentes veículos. Some-se a isso a lista incrivelmente detalhada de subcategorias: só na secção “Carro” poderá escolher entre “Combustível”, “Seguro”, “Revisão”, e muitas outras.

Contras: A tradução para português não é a melhor e foi feita de forma literal, surgindo termos e expressões que, por norma, nós não usamos — é o caso de “táblete” para os conhecidos tablets. Além disso, na lista dos diferentes idiomas, o termo “Portugal” aparece lado a lado com o “italiano”, “espanhol” ou “inglês”, o que mostra não ter havido um cuidado especial com a versão em português desta aplicação. Outra desvantagem é o facto de ter anúncios na versão gratuita e de só existir para sistemas Android.

Pode ser descarregada em Android.

Toshl Finance

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Prós: Se isto das finanças pessoais é chinês para si, talvez queira optar pela Toshl Finance, cujo ponto forte são os tutoriais que explicam como tudo funciona. Além do registo de despesas e receitas, permite apontar transações ou associar movimentos a uma localização no mapa. Além disso, permite ainda criar orçamentos e impor e exportar dados.

Contras: Não está disponível em português de Portugal (só em português do Brasil). Tem também alguns limites na versão mas básica — e gratuita — como, por exemplo, só permitir ter duas contas e dois orçamentos. A versão profissional exige o pagamento de uma mensalidade

Pode ser descarregada em iOS, Android e Windows Phone.

be My Wallet

 

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Prós: Esta aplicação é um pouco diferente das restantes. Criada por uma empresa portuguesa de software — a Gatewit –, permite registar despesas e proveitos, bem como gerar relatórios e fazer orçamentos. Pode ainda definir categorias, etiquetas e separar as suas diferentes contas para que não misture os movimentos.

Contras: A principal falha da plataforma be My Wallet é mesmo o facto de não ter aplicações para dispositivos móveis: só está disponível na web. Tem também alguns problemas de responsividade mas, no geral, funciona nos browsers dos tablets e telemóveis. Ainda assim, a navegação é um pouco lenta, uma vez que o browser carrega uma nova página por cada ação que fizer no aplicativo.

Pode ser acedida aqui.

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Volkswagen: Mudança para a era elétrica vai custar “cinco dígitos” de postos de trabalho

A produção e montagem dos motores elétricos exige menos trabalhadores que os motores de combustão, justifica o diretor de RH da Volkswagen.

A transição para a geração de carros elétricos na Volkswagen vai levar ao corte de postos de trabalho na ordem dos cinco dígitos. A notícia é avançada pelo Frankfurter Allgemeine Zeitung, que cita o diretor de recursos humanos da fabricante automóvel alemã.

Em causa, explica Karlheinz Blessing, o diretor de recursos humanos da Volkswagen, está o facto de a produção e montagem dos motores elétricos exigir menos trabalhadores que os motores de combustão.

Neste cenário, a comissão de trabalhadores da Volkswagen, atualmente em negociações com a administração da empresa para definir um plano de reestruturação da marca, espera já um corte de 25 mil trabalhadores ao longo da próxima década, número também motivado pelas reformas dos trabalhadores mais velhos.

A comissão e a administração tentam chegar a acordo até ao próximo dia 18 de novembro, data em que o conselho de supervisão da empresa alemã se reúne para aprovar os planos de contenção de custos.

Seja como for, reforçou Blessing, não haverá “despedimentos forçados” na Volkswagen.

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Microsoft Portugal inaugura Reactor para receber startups no Web Summit 

  • Ana Luísa Alves
  • 31 Outubro 2016

Sede da empresa vai abrir as portas às startups durante o Web Summit.

A Microsoft Portugal abriu as portas da sua sede para as startups que vão marcar presença no Web Summit. O Reactor vai ser inaugurado no primeiro dia da cimeira, 7 de novembro.

Em comunicado, a empresa refere que esta é mais uma maneira de mostrar o apoio ao empreendedorismo e ao desenvolvimento das startups. O acesso as instalações vai ser gratuito entre os dias 7 e 11 de novembro, data em que decorre a maior feira de tecnologia e empreendedorismo do mundo.

As startups vão poder aceder ao Reactor, um espaço que visa permitir às micro-empresas que desenvolvam as suas atividades, reunir as equipas com investidores, ou descansar da agitação da cimeira. O Reactor situa-se no piso zero das instalações da Microsoft Portugal, no Parque das Nações, e a menos de um quilómetro do Web Summit.

As startups vão poder fazer a sua reserva através do site Microsoft Reactor e vão poder usufruir do serviço de catering disponível nas instalações da empresa.

Também no Reactor estão marcadas algumas sessões com temas específicos para a audiência em questão, de entre as quais se destacam a de Mark Rusinnovich, CTO (Chief Technology Officer) do Microsoft Azure, a apresentação do 4º Programa de Aceleração da Startup Braga e a sessão de Josh Holmes sobre ‘IoT – Trends and Futures’.

Texto editado por Mariana de Araújo Barbosa.

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Revista de imprensa internacional

Dos Estados Unidos a Espanha, passando pela China, conheça as notícias que estão a marcar o início desta semana.

Mais uma polémica a envolver Hillary Clinton e os emails que enviou a partir de um servidor privado, enquanto era secretária de Estado. Mais uma fusão milionária, desta vez no setor petrolífero. E mais um desafio para Mariano Rajoy, agora já com a certeza de que formará governo em Espanha. São algumas das notícias que estão a marcar o início desta semana, no mundo.

Reuters

FBI obtém mandato para ler emails de Clinton

Foi a notícia que marcou o fim de semana: os investigadores do FBI obtiveram um mandato para analisar novos emails que estão relacionados servidor privado de Hillary Clinton, quando esta era secretária de Estado dos Estados Unidos. As autoridades justificam que o objetivo é determinar se os emails contêm, ou não, informação considerada classificada. Mas críticas não se fizeram esperar e os democratas acusam mesmo o diretor do FBI, James Comey, de violar a lei ao tentar influenciar os resultados das eleições. A verdade é que a vantagem de Clinton sobre Donald Trump caiu neste último fim de semana, de acordo com uma sondagem feita pela ABC News e pelo Washington Post. Leia a notícia completa na Reuters. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Wall Street Journal

General Electric e Baker Hughes perto de concluírem fusão milionária

A General Electric está perto de concluir a fusão do seu negócio de petróleo e gás com a Baker Hughes. A notícia é avançada pelo Wall Street Journal, que dá conta de que o acordo está avaliado em 30 mil milhões de dólares (mais de 27 mil milhões de euros). A empresa resultante será controlada pela General Electric e o acordo deverá ser anunciado ainda esta segunda-feira. Leia a notícia completa no Wall Street Journal. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

Financial Times

Mark Carney deverá anunciar decisão sobre o futuro à frente do Banco de Inglaterra

Mark Carney deverá anunciar uma decisão relativamente ao seu futuro como governador do Banco de Inglaterra até quinta-feira, escreve o Financial Times. O anúncio deverá ser feito numa conferência de imprensa a propósito do relatório trimestral do banco central sobre a inflação no Reino Unido. Há, ainda assim, a hipótese de Mark Carney adiar o anúncio até ao final de novembro. Leia a notícia completa no Financial Times. (Conteúdo em inglês / Acesso pago).

El País

Mariano Rajoy pressionado em casa

Mariano Rajoy toma posse esta segunda-feira como presidente do governo de Espanha, pondo fim ao impasse político mais longo da história de Espanha. Foram 315 dias de governo interino. Agora, enfrenta novo desafio, desta vez em casa. Segundo o El País, a geração seguinte à de Rajoy, entre os 40 e os 50 anos, e muitos já em cargos secundários no governo, pressionam agora o primeiro-ministro para assumirem postos de maior relevância. Rajoy já avisou que não adiantará a ninguém os nomes dos ministros do seu novo governo antes de comunicá-los ao Rei. Leia a notícia completa no El País. (Conteúdo em castelhano / Acesso gratuito).

Bloomberg

China corre atrás da Boeing e da Airbus

A fabricante aeronáutica chinesa Commercial Aircraft, conhecida por COMAC, está a construir um avião de 168 lugares, com o objetivo de chegar à Liga dos Campeões da aviação e competir com fabricantes como a Boeing e a Airbus. De acordo com a Bloomberg, a empresa chinesa já terá acordos com 21 clientes para vender 517 aviões. Leia a notícia completa na Bloomberg. (Conteúdo em inglês / Acesso pago).

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Galp e EDP condicionam arranque em Lisboa

Eram 11 cotadas que despertavam esta manhã com sinal menos, entre elas os pesos pesados Galp, EDP e Jerónimo Martins. Corticeira avança quase 1% com dividendo extraordinário.

Depois de ter fechado em cima da linha de água na passada sexta-feira, o PSI-20, o principal índice português, iniciou a sessão a cair 0,33% para 4.662,24 pontos. Eram os pesos pesados Galp, EDP e Jerónimo Martins quem mais contribuía para esta queda em Lisboa, embora as perdas se estendam a 11 cotadas nacionais. Histórias positivas? A Corticeira Amorim, cujas ações ganhavam 0,72% depois de ter anunciado um dividendo extraordinário.

No setor financeiro, nova sessão de perdas. O BCP recuava 0,55% até 1,24 euros, mantendo um tom negativo que vem desde a última segunda-feira, quando fundiu as ações. O banco já vale menos de mil milhões de euros. O BPI cedia ligeiros 0,1% até 1,13 euros. Esta evolução surge depois de a Moody’s ter mantido estáveis as perspetivas do rating do setor financeiro.

“A abertura nacional deverá ser marcada pelos resultados reportados e pelas projeções da Moody’s para a economia nacional”, comentavam os analistas do BPI no Diário de Bolsa online.

Depois de ter apresentado uma descida de 9% nos lucros, as ações dos CTT subiam 0,13% até 6,11 euros, após a administração ter reafirmado a intenção de distribuir um dividendo de 0,48 euros, apesar de o banco postal continuar a penalizar o desempenho da empresa.

"A abertura nacional deverá ser marcada pelos resultados reportados e pelas projeções da Moody’s para a economia nacional.”

Analistas do BPI

Diário de Bolsa

Outra nota de destaque vão para a Semap, com as ações a cederem 0,5% até 11,68 euros, depois de a empresa ter registado uma queda anual das vendas de 6% que foi essencialmente causada pela menor atividade da Navigator.

Na Europa, o arranque da sessão também está a ser negativo. As perdas em praças como Frankfurt, Londres, Paris ou Madrid não excedem os 0,5%, tal como acontece em Portugal. O setor energético também é o mais pressionado na sequência da notícia do fim-de-semana sobre o facto de a OPEP ainda não ter chegado a um acordo para impor limites na produção.

(Notícia atualizada às 8h27 com mais informação)

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Moody’s: “Retoma modesta vai estabilizar bancos em Portugal”

Agência de rating mantém outlook estável para a banca portuguesa. Diz que bancos continuam frágeis, mas a tímida recuperação económica vai ajudar a estabilizar sistema.

Apesar de o sistema financeiro continuar “frágil”, a Moody’s manteve as perspetivas estáveis quanto à evolução do rating dos bancos portugueses por considerar que a “recuperação económica modesta vai continuar a ajudar” as instituições financeiras nacionais.

“O sistema bancário de Portugal continua frágil, mas a recuperação económica modesta vai continuar a ajudar na estabilização dos fundamentais de crédito dos bancos, embora a níveis bastante fracos”, referiu Maria Vinuela, analista daquela agência norte-americana.

A Moody’s prevê um crescimento económico de 1,1% em 2016 e 1,3% no próximo ano, não estando tão otimista quanto o Governo português, cujas previsões inscritas no Orçamento do Estado para 2017 apontam para um ritmo de expansão económica de 1,2% e 1,5%, respetivamente.

"O sistema bancário de Portugal continua frágil, mas a recuperação económica modesta vai continuar a ajudar na estabilização dos fundamentais de crédito dos bancos, embora a níveis bastante fracos.”

Maria Vinuela

Analista da Moody's

A agência diz que os indicadores de risco dos bancos portugueses estabilizaram, apesar do crédito malparado ter atingido 12% dos ativos. “Mas a Moody’s espera que o stock de ativos problemáticos continue elevado, tendo em conta as projeções de crescimento modesto”, sublinham os analistas.

Além disso, a retoma económica após a crise da dívida não foi suficiente para colocar o setor bancário num “caminho de rentabilidade sustentável”, o que leva a agência a antecipar que “os custos mais baixos do risco com a desaceleração na formação de empréstimos problemáticos podem ser compensado por ganhos mais baixos”.

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Lucro dos CTT cai 9% para 46 milhões até setembro

Sem o banco postal, Correios teriam registado subida dos resultados em mais de 10%. Administração mantém dividendo 0,48 euros.

Os CTT registaram uma diminuição do lucro em 9,1% até aos 46 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. O desempenho foi afetado pelo banco postal. Excluindo o Banco CTT, o lucro foi de 62,5 milhões de euros, mais 11,1% face ao mesmo período do ano passado.

No reporte de contas consolidadas enviado ao mercado, os CTT reafirmam ainda da intenção da administração liderada por Francisco Lacerda de propor “aos acionistas o pagamento de um dividendo de 48 cêntimos por ação (um crescimento de 2,1% face a 2015) relativo ao exercício de 2016, a pagar em 2017, consistente com a sua política de dividendos”.

A empresa de serviço e banco postal assume que “o desenvolvimento do Banco CTT terá um impacto negativo nos resultados dos CTT nos primeiros anos de atividade. Contudo, dada a elevada liquidez do balanço dos CTT e a capacidade de gerar cash flow, não se estima que esse impacto se venha a refletir na capacidade de pagar um dividendo de acordo com a política definida”.

"O desenvolvimento do Banco CTT terá um impacto negativo nos resultados dos CTT nos primeiros anos de atividade. Contudo, dada a elevada liquidez do balanço dos CTT e a capacidade de gerar cash flow, não se estima que esse impacto se venha a refletir na capacidade de pagar um dividendo de acordo com a política definida.”

CTT

CMVM

Nos primeiros três trimestres, os CTT viram as suas receitas caírem 3,6% até aos 518,8 milhões de euros, com o EBITDA — lucro antes de impostos, depreciações e amortizações — a recuar quase 15% para 85,9 milhões de euros. Sem contar com o banco postal, o EBITDA teria cedido 2,5% para 102,4 milhões de euros.

Em relação ao Banco CTT, de resto, apresentou receitas de 271 mil de euros e gastos de 18,8 milhões de euros, o que contribuiu para um EBITDA negativo em 18,5 milhões de euros, “genericamente em linha com o que estava previsto.

Quanto à força de trabalho, os CTT tinham 12.324 trabalhadores no final de setembro, o que corresponde a um aumento de 0,7% face ao mesmo período do ano passado. “Verificou-se uma redução de 71 efetivos do quadro e um aumento de 123 contratados a termo”, diz a empresa.

As ações dos CTT recuam mais de 30% este ano, cotando nos 6,105 euros.

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Poupança já não está negativa mas riscos mantêm-se

  • Margarida Peixoto
  • 31 Outubro 2016

No primeiro trimestre deste ano, as famílias gastaram tudo o que tinham disponível, e ainda mais. Mas entre abril e junho retomaram a poupança. O risco já passou?

Nos primeiros três meses deste ano, a poupança das famílias ficou negativa. Ou, por outras palavras, as famílias não pouparam nada — gastaram tudo o que tinham disponível, e ainda mais. O episódio foi único na história deste indicador, no segundo trimestre a poupança regressou. Mas o que é que isto quer dizer sobre a saúde financeira da economia?

Entre janeiro e março deste ano, o valor da poupança bruta foi negativo: ficou em -299 milhões de euros. Quer dizer que neste trimestre as famílias recorreram ao crédito, ou mobilizaram poupanças, para consumir para lá dos seus rendimentos líquidos nesse trimestre. A taxa de poupança ficou assim negativa: -0,9%.

A situação foi pontual: não se deteta tampouco se a análise for feita como mandam as boas regras da estatística, em médias móveis de quatro trimestres, para suavizar as variações esporádicas e detetar melhor a tendência. Mas a verdade é que nunca tinha acontecido haver um valor negativo, desde, pelo menos, o quarto trimestre de 1999.

Depois, no segundo trimestre deste ano, o valor da poupança voltou a positivo: ficaram por gastar mais de dois mil milhões de euros e a taxa de poupança do trimestre recuperou para 5,7%. Contudo, o problema não desapareceu. Vale a pena olhar para o gráfico da série longa, construído com base no ano terminado em cada trimestre:

Taxa de poupança está em mínimos históricos

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Fonte: INE

“A taxa de poupança está em níveis baixíssimos”, frisa Teresa Gil Pinheiro, economista do departamento de research do BPI. Nos últimos trimestres, “caiu para níveis históricos”, nota. No ano terminado em junho, a taxa de poupança ficou em 3,4%, o valor mais baixo desde 1999, à exceção do registado, precisamente, no ano terminado em março.

O Instituto Nacional de Estatística explica que no primeiro trimestre de 2016 houve um movimento de antecipação de compra de automóveis, justificado pela expectativa de subida dos impostos sobre estes bens, com a entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2016.

Além disso, lembra Teresa Gil Pinheiro, havia em simultâneo a expectativa de aumento dos rendimentos, por causa da reposição progressiva dos salários aos funcionários públicos e da redução da sobretaxa de IRS. Ou seja, as famílias ainda não tinham começado a ganhar mais, mas começaram logo a gastar mais.

É prudente? “Não”, responde a economista. O perigo são as pedras no caminho, isto é, eventuais alterações de rendimento. As famílias com poupanças curtas ficam mais vulneráveis a situações de desemprego ou, no longo prazo, aos efeitos negativo da subida dos juros. “Neste momento é um cenário pouco provável mas, se houver uma subida dos juros, ou os rendimentos crescem ao mesmo ritmo, ou o rendimento disponível encolhe”, explica.

De entre os países da União Europeia para os quais há dados, Portugal destaca-se como um dos que apresentou uma taxa de poupança em 2015 mais baixa.

Portugal entre os países com taxa de poupança mais baixa

 

Fonte: Eurostat (Valores em percentagem)
Fonte: Eurostat

 

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

  • Rita Atalaia
  • 31 Outubro 2016

Desde a apresentação de resultados, aos dados sobre o PIB e inflação da Zona Euro, há muito em jogo para os investidores. Os mercados também vão analisar a reação do petróleo à reunião da OPEP.

Os CTT são os próximos a apresentar os resultados em Lisboa, numa sessão em que as atenções continuarão centradas no desempenho em bolsa do BCP. Mas não só. Os investidores vão ainda analisar os dados sobre a inflação e o crescimento da Zona Euro. O mercado procura pistas para perceber se o trabalho do Banco Central Europeu está a ser bem-sucedido. A reação dos preços do petróleo também deve marcar o dia. Isto depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo não ter conseguido novamente definir as bases de um acordo para cortar a produção da matéria-prima.

A maré vermelha do BCP. Parte 2?

O BCP foi apanhado por uma maré vermelha. Desde que decidiu avançar com a fusão das ações, o banco afundou não sabe o que é valorizar em bolsa. A operação visava travar a volatilidade do BCP em bolsa, mas não está a conseguir fazê-lo. As quedas consecutivas ditaram uma desvalorização de 6,75% do BCP no espaço de uma semana e uma descida da capitalização de mercado abaixo dos mil milhões. Os investidores vão estar atentos para perceber se esta tendência se manterá.

Será que os CTT vão recuperar a aura?

A época de resultados no mercado nacional continua com os CTT. Os resultados da empresa de serviços postais têm ficado aquém do esperado. E os investidores vão estar atentos para perceber se a companhia portuguesa consegue recuperar a aura. Os analistas do Haitong estão otimistas e contam com um regresso ao crescimento dos resultados operacionais.

Boas notícias para Draghi

Os preços na Zona Euro continuam a ser uma dor de cabeça para Mario Draghi. O presidente do Banco Central Europeu tem feito tudo ao seu alcance para acelerar a inflação, mas não está fácil. No entanto, pode receber boas notícias. Analistas consultados pela Bloomberg dizem que os preços podem ter aumentado ligeiramente (0,5%) em outubro, em relação aos 0,4% registados em setembro. Será que é suficiente para convencer Draghi que a Zona Euro está no bom caminho? O produto interno bruto da região também poderá dar algumas pistas.

Mais um teste à economia dos EUA

Os rendimentos das famílias norte-americanas devem registar o aumento mais acentuado em três meses, em setembro. A previsão é de analistas consultados pela Bloomberg. Este aumento deve animar as perspetivas para a economia dos EUA. E estas projeções são cruciais para determinar os próximos passos da Reserva Federal dos EUA. Os investidores estarão atentos neste período antes das eleições presidenciais.

Tic, tac… OPEP está a ficar sem tempo

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) esteve reunida este fim de semana. Neste encontro, em Viena, na Áustria, deveriam ter ser definidas as bases para o corte na produção da matéria-prima. Mas isso ainda não foi possível e o petróleo deve reagir com uma descida. Os produtores de petróleo têm de apresentar os detalhes do acordo alcançado até à reunião de novembro. Mas há cada vez mais dúvidas no mercado de que isso vai acontecer. O petróleo tem mostrado isso mesmo, mantendo-se abaixo dos 50 dólares por barril.

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