Bilhetes a 1.000 euros? Web Summit garante controlo apertado

  • Lusa
  • 30 Outubro 2017

Depois de ter sido detetado um caso de um bilhete fraudulento, o fundador da conferência global de tecnologia, Paddy Cosgrave, garante que a segurança foi reforçada.

O fundador da conferência global de tecnologia Web Summit, Paddy Cosgrave, assegurou que o evento terá “segurança muito profissional” para detetar bilhetes fraudulentos, após ter sido verificado um caso de revenda por 1.000 euros. Em causa estão os bilhetes disponibilizados pela organização a 7,50 euros para jovens entre 16 e 23 anos, num total de 12 mil unidades (10 mil das quais já esgotaram).

“Temos um sistema para identificar todas essas pessoas [que cometeram fraude]. Todos os bilhetes são eletrónicos, não é como se fosse um jogo de futebol em que se imprimem bilhetes que podem ser revendidos”, disse Paddy Cosgrave em declarações à agência Lusa, a uma semana do início da Web Summit. O responsável ironizou, referindo que “talvez até seja muito empreendedor alguém comprar um bilhete de estudante, quando, obviamente, não é assim tão novo”.

"Temos um sistema para identificar todas essas pessoas [que cometeram fraude]. Todos os bilhetes são eletrónicos, não é como se fosse um jogo de futebol em que se imprimem bilhetes que podem ser revendidos.”

Paddy Cosgrave

Fundador do Web Summit

“Nós identificámos uma pessoa e acho que só estava a tentar fazer dinheiro. Parte de mim entende isso, mas outra parte acha que isso foi nojento”, afirmou à Lusa.

No âmbito da iniciativa Inspire Portugal, promovida em parceria com o Governo, a organização disponibilizou bilhetes a preços reduzidos que dão acesso às conferências que decorrem no palco principal, mas apenas por meio-dia (ou da parte da manhã ou da tarde). Para ter acesso a estes bilhetes, os interessados tinham de fazer um pré-registo ‘online’ e, caso vencessem, tinham de dar dados pessoais. À entrada, tais informações serão verificadas, desde logo a idade.

“Mesmo sendo um bilhete limitado, para parte do dia, alguém achou que era boa ideia tentar vendê-lo por 1.000 euros. Felizmente, ninguém pagou 1.000 euros por esse bilhete”, assinalou Paddy Cosgrave. Apesar de ver como “um bom sinal” a deteção destas fraudes, o responsável notou que odeia ter de controlar os bilhetes. Admitiu, inclusive, que as burlas continuem através de outras formas, mas frisou que “a segurança é muito profissional”.

Paddy Cosgrave explicou à Lusa que a organização resolveu hoje disponibilizar mais dois mil bilhetes para jovens por terem tido muita procura. “Quando temos 100 mil pessoas a inscreverem-se [para os 10 mil bilhetes inicialmente disponibilizados a 7,50 euros], queremos tentar dar uma oportunidade a todos”, assinalou. O objetivo é evitar lugares vagos: “Acho que é uma vergonha ter uma cadeira vazia quando se pode ter lá um jovem de 16 anos sentado a ser inspirado [pelos oradores]”.

Para o público em geral, os preços dos bilhetes para o evento estão a rondar os 1.500 euros. Sem indicar quantos bilhetes foram vendidos até ao momento, Paddy Cosgrave estimou que esgotem até domingo, dia anterior ao início da Web Summit, que decorre entre segunda-feira e quinta-feira no Parque das Nações, em Lisboa. “Na sexta-feira talvez aumentemos os preços para 2.500 euros”, adiantou, frisando que este será o valor máximo cobrado.

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7 praias românticas para descobrir este outono

  • ECO + Via Verde
  • 30 Outubro 2017

De Caminha a Albufeira, descubra as praias perfeitas para apreciar o sossego e as temperaturas ainda amenas desta estação.

Agora que o verão acabou e a tranquilidade voltou às praias, elas são o local perfeito para longos passeios à beira-mar.

1. Praia de Moledo

Do lado português, com os olhos postos em Espanha. A Praia de Moledo é considerada por muitos uma das mais belas do país e nem o vento que por vezes fustiga a região impede que seja uma das mais concorridas.

A Mata do Camarido, mesmo ao lado, e o Forte da Ínsua, erguido numa pequena ilha rochosa, acompanham o extenso areal e dão ainda mais graça a este local.

2. Foz do Arelho

A Foz do Arelho é uma conhecida estância balnear do Oeste. Mas por estes dias impera por lá o sossego. Dividida entre as águas calmas da Lagoa de Óbidos e as ondas do mar, é perfeita para um passeio na praia.

Em dias de bom tempo, a paisagem estende-se até às Berlengas e a areia convida a estender a toalha e a apreciar o sol de outono.

3. Praia do Ribeiro do Cavalo

Apesar de ser já conhecida por muitos, o acesso difícil à Praia do Ribeiro do Cavalo fazem com que a frequência da mesma seja limitada. A partir do porto de abrigo de Sesimbra terá que seguir por uma estrada de terra batida e, no fim desta, ainda percorrer um trilho pedestre, de cerca de 15-20 minutos, até chegar a este pequeno paraíso.

Aqui encontra uma praia selvagem, caraterizada por um grande rochedo que se assemelha à cabeça de cavalo e que deu nome ao local. Por muita vontade que tenha em colocar os pés na areia, recomenda-se que tome todas as precauções ao fazer a descida íngreme que leva até lá.

4. Praia da Comporta

Praia da moda no verão, a Comporta não deixa de ter os seus encantos no outono. A localização não podia ser melhor: junto à Reserva Natural do Estuário do Tejo e gozando de uma vista única sobre a Serra da Arrábida.

O areal é de perder de vista e pode percorrê-lo num dia mais ameno, com os sapatos na mão e os pés à beira da água.

5. Praia de Odeceixe

Já foi considerada uma das 7 Maravilhas de Portugal, na categoria Praias, e não é para menos. Odeceixe goza de grande beleza natural e, findo o verão, é o local ideal para bonitos passeios junto ao Atlântico ou perto da Ribeira de Seixe.

As bonitas arribas de xisto e a fauna e a flora locais merecem um olhar mais atento sobre todo o ambiente que rodeia este areal.

6. Praia do Castelejo

A 4 km de Vila do Bispo, em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, a Praia do Castelejo encanta com as suas arribas de xisto e areia dourada.

O som do mar agitado que quase sempre encontra por ali dá mote a um passeio romântico. O areal não é grande, por isso a caminhada será breve. Mas vale a pena estender a toalha e apreciar toda aquela beleza selvagem.

7. Praia da Falésia

Localizada em Albufeira, a Praia da Falésia apresenta um extenso areal emoldurado por arribas alaranjadas que se alongam até Vilamoura.

No topo da falésia encontra um bosque com diversos trilhos que acompanham a linha de costa e convidam a caminhadas.

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Escalada de 3% do BCP anima PSI-20

  • Juliana Nogueira Santos
  • 30 Outubro 2017

O negócio do BCP na Polónia superou as estimativas e os investidores aplaudiram. As ações do banco português avançaram mais de 3%, puxando pelo PSI-20.

A primeira sessão da semana foi de ganhos para o principal índice português. O PSI-20 avançou quase 0,70% com 12 das 18 cotadas a negociarem a terreno positivo, sendo o BCP o protagonista do dia. O braço polaco do banco liderado por Nuno Amado registou lucros bem acima do esperado pelos investidores, o que levou os títulos a avançarem mais de 3%.

O Bank Millennium registou 502 milhões de zlotys, ou 117,8 milhões de euros, de lucros nos nove primeiros meses do ano, com o BCP a salientar que os resultados revelam a “continuação da melhoria da rendibilidade e da eficiência operacional”. As ações do banco chegaram a ganhar 4,16% durante a sessão desta segunda-feira, mas terminaram o dia a avançar 3,03% para 25,5 cêntimos.

Destaque positivo também para a Jerónimo Martins, cujos títulos avançaram 0,71% para 15,63 euros, para a Nos, que ganhou 0,86% para 5,16 euros, e para as empresas do universo EDP, com a EDP a ganhar 0,26% para 3,03 euros e a EDP Renováveis a valorizar 0,27% para 7,10 euros.

Ainda que tenha visto os seus lucros a subirem 45% no terceiro trimestre do ano, a Galp Energia não escapou às perdas, tendo sido uma das seis cotadas a encerrar o dia em terreno negativo. A empresa liderada por Carlos Gomes da Silva registou 166 milhões de euros de lucros, mas desvalorizou 0,06% em bolsa, cotando nos 15,59 euros. A Altri, a Ibersol, a Navigator, a REN e a Sonae Capital acompanharam a petrolífera portuguesa nas perdas.

Na Europa, o dia também foi de ganhos, com as principais bolsas a avançarem perante um clima político e social mais estável. O espanhol IBEX-35 avançou 2,44% com as notícias de que a Generalitat vai ser acusada de rebelião, enquanto o alemão DAX avançou 0,09%. O índice de referência europeu, o Stoxx 600, avançou 0,12%.

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PSD vai propor reposição do anterior regime fiscal para trabalhadores independentes

  • Lusa
  • 30 Outubro 2017

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, diz que o partido vai apresentar uma proposta de alteração ao OE2018 para que seja reposto o antigo regime fiscal para os trabalhadores independentes.

O PSD vai apresentar uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para repor o anterior regime fiscal para os trabalhadores independentes, acusando o Governo de fazer “um ataque sem precedentes à classe média portuguesa”.

Na abertura das jornadas parlamentares do PSD, que decorrem até terça-feira em Braga, o líder parlamentar, Hugo Soares, lamentou que, antes das eleições autárquicas, todas as medidas que iam sendo conhecidas sobre o Orçamento do Estado do próximo ano fossem “um mar de rosas”. “Depois das eleições, veio o que nos quiseram esconder: um aumento dos impostos generalizado, invenção novos impostos, e até um aumento brutal dos impostos aos trabalhadores independentes, os chamados recibos verdes, num ataque sem precedentes à classe média, empreendedores”, criticou.

"O grupo parlamentar do PSD apresentará uma proposta com vista a que tudo fique como estava e que este ataque à classe média não tenha o efeito que o Governo, o PCP e o BE querem, que é aumentar exponencialmente a carga fiscal sobre trabalhadores independentes em Portugal.”

Hugo Soares

Líder parlamentar do PSD

Hugo Soares deixou, a esse propósito, um compromisso em nome da sua bancada: “O grupo parlamentar do PSD apresentará uma proposta com vista a que tudo fique como estava e que este ataque à classe média não tenha o efeito que o Governo, o PCP e o BE querem, que é aumentar exponencialmente a carga fiscal sobre trabalhadores independentes em Portugal”.

Dizendo estar consciente que os votos do PSD não são suficientes para aprovar a proposta, o líder parlamentar do PSD disse esperar que PCP e BE não tenham “qualquer tipo de rebuço” em aprová-la. “É bom que o deputado Jerónimo de Sousa e Catarina Martins, que se entretêm ao fim de semana a fingir que fazem oposição ao Governo, sejam consequentes”, desafiou.

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Secretário de Estado da Educação: Formação financeira lecionada em todas as escolas em 2018

  • Lusa
  • 30 Outubro 2017

Todas as escolas vão ensinar formação financeira a partir do próximo ano. De acordo com o secretário de Estado da Educação, esta formação será integrada na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

A partir do próximo ano, a formação financeira vai ser lecionada em todas as escolas, na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, estando em preparação a formação de professores, anunciou hoje o secretário de Estado da Educação, João Costa.

“Não nos passa pela cabeça que um aluno passe 12 anos pela escola [do 1º ao 12º ano] sem adquirir conhecimentos relacionados com a formação financeira ou a educação rodoviária”, afirmou o governante, numa sessão solene onde foram anunciados os vencedores da 6.ª edição do concurso de literacia financeira “Todos Contam”, na Escola EB 2,3 de Fernando Pessoa, em Lisboa. O plano do Governo é, segundo o secretário de Estado, formar ainda este ano um coordenador de cidadania e desenvolvimento “em cada escola”.

João Costa lembrou que atualmente a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento já é lecionada em 235 escolas, no âmbito do projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular, mas a partir do próximo ano a disciplina vai ser alargada a todas as escolas do país.

A cerimónia marcou ainda o arranque da Semana da formação Financeira 2017, uma iniciativa do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (CNSF) enquadrada no Plano Nacional de Formação Financeira, e a entrega dos prémios da 6.ª edição do concurso que distingue, anualmente, os melhores projetos de educação financeira nas escolas. Presentes na cerimónia estiveram também representantes da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, e do Banco de Portugal.

O ECO está, ao longo desta semana, a realizar um conjunto de trabalhos sobre a poupança, no âmbito do Dia Mundial da Poupança. Pode acompanhar estes artigos aqui.

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Mais de metade dos portugueses não conseguem poupar todos os meses

  • Lusa
  • 30 Outubro 2017

Mais de metade dos portugueses não consegue poupar todos os meses. Os que poupam, põe de parte 281 euros, em média.

Quase 60% dos portugueses inquiridos não conseguem poupar mensalmente e os que conseguem poupam uma média de 281 euros, de acordo com um estudo da consultora Intrum Justitia.

A empresa especializada em serviços de gestão de crédito revelou um estudo onde indica que 58% dos portugueses inquiridos não consegue poupar dinheiro mensalmente e 42% guarda uma média de 281 euros.

O ‘European Payment Consumer Report’ (Relatório Europeu de Pagamentos do Consumidor) revela que, entre os que conseguem poupar, 74% refere que guarda esse valor para despesas imprevistas.

De acordo com o estudo, a recessão económica alterou a atitude dos consumidores, com 69% a reconhecer que agora é mais importante poupar dinheiro.

Conforme indica a Intrum Justitia, a média europeia revela que 50% dos consumidores consegue amealhar mensalmente 326 euros, dos quais, 71% revela preocupação em poupar para as despesas imprevistas.

Já no que se refere à alteração de hábitos de poupança, potenciada pela recessão económica, 43% reconhece que agora é mais importante poupar dinheiro.

O estudo foi baseados em inquéritos online a 21.317 consumidores de 21 países europeus, dos quais 1.010 portugueses, a fim de compreender a sua realidade económica doméstica.

As informações obtidas, através do ‘European Payment Consumer Report’, basearam-se num inquérito realizado pela United Minds, empresa de estudos de mercado.

O ECO está, ao longo desta semana, a realizar um conjunto de trabalhos sobre a poupança, no âmbito do Dia Mundial da Poupança. Pode acompanhar estes artigos aqui.

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Hugo Soares sobre Costa: “Numa palavra, incompetente”

  • ECO
  • 30 Outubro 2017

O líder parlamentar do PSD tece várias críticas ao primeiro-ministro, António Costa, no rescaldo dos incêndios e da entrevista deste fim de semana em que António Costa fala sobre os mesmos.

Hugo Soares devolve as acusações de oportunismo político apontando para o cenário da entrevista de António Costa à TVI. Desta, o que retira é que António Costa veio admitir ao país que “foi displicente, foi negligente, foi numa palavra incompetente” na atuação relativa aos incêndios.

“No fundo, o Dr. António Costa assumiu que desvalorizou, subavaliou o risco que por todos tinha sido identificado”, acusa Hugo Soares em declarações às televisões. Por este motivo entende que António Costa “não cumpriu aquilo que era o papel dele enquanto primeiro-ministro”.

Defende o PSD, dizendo que sempre fez o seu papel como oposição sendo “o primeiro grupo parlamentar a apresentar propostas concretas”. Da perspetiva do líder parlamentar dos sociais-democratas, o cenário da entrevista, na qual António Costa aparecia rodeado de equipamentos de combate aos fogos, é o “verdadeiro oportunismo político” e retira a legitimidade ao primeiro-ministro para fazer acusações deste nível.

"Estava mais preocupado se ficava melhor com um extintor ao lado esquerdo ou com um capacete ao lado direito”

Hugo Soares

Líder parlamentar do PSD

“Estava mais preocupado se ficava melhor com um extintor ao lado esquerdo ou com um capacete ao lado direito”, satiriza Hugo Soares, fazendo o paralelo à conferência de imprensa em que José Sócrates anunciou o pedido de resgate. Já na altura, como “número dois do partido”, António Costa “perguntava se ficava melhor olhar para a direita ou para a esquerda”. Conclui que o partido socialista releva a forma mas no que toca à substância “nunca faz aquilo que o país precisa, nunca corresponde aos verdadeiros anseios da população“.

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Juncker: “Orçamento português não causa grande problema”

De visita a Portugal, o presidente da Comissão Europeia discutiu com António Costa o Orçamento português. Vai participar esta tarde na reunião do Conselho de Estado.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker esteve reunido esta manhã com o primeiro-ministro português para discutir “bilateralmente os temas que a Comissão Europeia tem em mãos”, nomeadamente o Orçamento do Estado para 2018 que, segundo Juncker, “não causa um grande problema”.

Juncker foi convidado para participar esta tarde de segunda-feira, na reunião do Conselho de Estado, onde se prevê “discutir o Orçamento do Estado português, que não representa um grande problema”. “Tem apenas um pequeno problema que vamos resolver”, disse numa conferência de imprensa nos Jardins de São Bento, transmitida pela RTP3.

Recorde-se que o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, e o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, enviaram na sexta-feira passada uma carta ao ministro das Finanças, Mário Centeno, para alertar para a possibilidade de “desvios significativos” face às regras europeias, na execução orçamental deste ano e no Orçamento do Estado de 2018.

Numa visita de dois dias a Portugal, Juncker exprimiu a sua “solidariedade às famílias” que perderam elementos nos incêndios deste verão e lembrou que “esta catástrofe natural” o atingiu “pessoalmente” porque um conterrâneo da sua aldeia no Luxemburgo morreu nos fogos de Pedrógão. “Tudo faremos para demonstrar a solidariedade europeia relativamente a este tema”, disse o responsável que chegou a criticar a lentidão de Bruxelas na ajuda aos incêndios de Portugal.

Ao seu lado, António Costa agradeceu a solidariedade europeia e a preocupação que Juncker demonstrou. Aproveitou ainda para lembrar que a Comissão está a tentar reforçar o mecanismo europeu de proteção civil, nomeadamente através da criação de uma bolsa permanente de combate aos fogos.

Minutos depois, Juncker já estava ao lado de Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém, para um breve encontro bilateral, antes de participar na reunião do Conselho de Estado. “Uma honra”, diz o responsável, em declarações transmitidas pela Sic Notícias que está na sua segunda visita oficial ao país enquanto presidente da Comissão. Roberto Azevedo, o diretor-geral da Organização Mundial de Comércio (OMC), e Mario Draghi do Banco Central Europeu (BCE), foram outros estrangeiros a participar em Conselhos de Estado em Portugal, a convite de Marcelo.

Segundo o próprio Presidente da República, a reunião do Conselho de Estado pretende fazer “um balanço e uma perspetiva muito ambiciosa e corajosa sobre a Europa”, mas analisar também “o futuro, a relação da União Europeia com o mundo, com os europeus”. Marcelo agradeceu ainda a “solidariedade institucional europeia” e garantiu que a presença de Juncker no Conselho de Estado “é muito importante para os portugueses sempre pró-europeus, que vivem a Europa como algo que se refaz todos os dias, pensando a médio e longo prazo, sabendo que é um espaço de paz, liberdade, democracia e justiça social”.

Mais uma vez, o presidente da Comissão voltou a manifestar solidariedade pelas vítimas dos incêndios e garantiu que está num dos seus países preferidos.

Amanhã, Juncker vai ser distinguido com o diploma Honoris Causa pela Universidade de Coimbra, na presença do Presidente português, do Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, do primeiro-ministro, e dos representantes do corpo diplomático dos Estados-membros da UE, refere uma nota de agenda da Comissão Europeia.

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Famílias estão a poupar pouco, mas ainda não há risco

  • Margarida Peixoto
  • 30 Outubro 2017

Por enquanto, os níveis de consumo das famílias estão alinhados com os rendimentos. Mas é preciso acompanhar os indicadores com cautela.

A taxa de poupança das famílias está em níveis baixos, quando comparado com o período da crise. Quer dizer que os consumidores estão a gastar para além das suas possibilidades? Não, pelo menos por enquanto. Os dados mostram que as famílias consomem de acordo com os rendimentos disponíveis, mas é o próprio Governo que assume que seria importante poupar mais.

No debate de generalidade de apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2018, o ministro das Finanças, Mário Centeno, defendeu que a poupança tem vindo a recuperar. Contudo, assumiu que a recuperação não acontece a um ritmo suficiente e que por isso o Governo tem de criar as condições para para facilitar a poupança das famílias — no dia seguinte, o Conselho de Ministros anunciaria um novo produto de poupança para os particulares com condições piores do que aqueles que estavam em vigor.

Mas afinal, o que se passa com a poupança das famílias? As famílias estão a adotar comportamentos de risco? Em primeiro lugar, vale a pena olhar para os números. Os dados do Instituto Nacional de Estatística mostram que os consumidores poupam 5,2% do seu rendimento disponível — uma percentagem baixa quando comparada com os 9,1% de 2013, ou com os 10,5% de 2010. Ainda assim, o valor já esteve ainda mais baixo, em 5%, como mostra o próximo gráfico.

Como tem evoluído a taxa de poupança das famílias?

Fonte: INE

Tendo em conta que as famílias reservam uma parte considerada pequena do seu rendimento para poupança, quer dizer que estão a consumir de mais? “As despesas de consumo das famílias estão alinhadas com o seu rendimento”, diz Rui Constantino, economista-chefe do Banco Santander Totta. A afirmação é corroborada pelos dados do INE, que dão conta de um aumento de 0,9% tanto das despesas de consumo, como do rendimento disponível, no segundo trimestre de 2017.

Constantino explica que as famílias poderiam estar a diminuir as suas poupanças, ou até a recorrer ao aumento do seu nível de endividamento, mas não é isso que os dados mostram. Durante alguns meses, pensou-se, de facto, que a taxa de poupança já estava abaixo dos 4%, o valor mais baixo desde 1999. Porém, este valor haveria de ser revisto em alta, com o apuramento de informação mais detalhada de 2015. O INE explicou que os rendimentos da propriedade foram, afinal, mais elevados, o que subiu a taxa para valores em torno dos 5%.

As despesas de consumo das famílias estão alinhadas com o seu rendimento.

Rui Constantino

Economista-chefe do Banco Santander Totta

“É verdade que temos uma poupança baixa, mas a generalidade das famílias tem património imobiliário”, acrescenta ainda o economista. É por isso que, por enquanto, ainda não há sinais de risco, embora seja importante ir monitorizando a situação. “Há que acompanhar a evolução dos indicadores, para ver se não surgem desequilíbrios”, defende Rui Constantino.

O INE revela ainda que o rendimento das famílias está a crescer maioritariamente pela redução dos impostos pagos (em 7,7%), mas também por um aumento das remunerações (de 1,1%).

Olhando para o Boletim Económico de outubro do Banco de Portugal, são visíveis alguns sinais de prudência no consumo das famílias. O banco central dá conta de uma desaceleração do consumo privado este ano, face a 2016. Enquanto no ano passado, o consumo de bens duradouros estava a crescer 10%, este ano cresce a um ritmo de 5%. Grande parte da explicação está na compra de automóveis, cujo crescimento caiu de 20% para 5%.

Também o crescimento do consumo de bens correntes dá alguma confiança: deverá subir 1,9% este ano, ligeiramente acima dos 1,6% de 2016, mas ainda abaixo do crescimento do PIB — o que indicia sustentabilidade face à evolução dos rendimentos.

O ECO está, ao longo desta semana, a realizar um conjunto de trabalhos sobre a poupança, no âmbito do Dia Mundial da Poupança. Pode acompanhar estes artigos aqui.

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Investir sem risco? Conheça três produtos que o podem ajudar

Num contexto de juros baixos é difícil rentabilizar o dinheiro através de produtos vocacionados para investidores avessos a risco. Se é esse o seu caso, conheça três soluções.

No que diz respeito aos investimentos, mais risco pode implicar maior retorno potencial e vice-versa. Se tem algum dinheiro para investir, mas não tem vontade de se aventurar em produtos mais propensos à perda do capital há soluções de investimento que permitem colocar o seu pé-de-meia a render sem incorrer grandes riscos.

Tendo em conta o contexto atual, claro que terá de estar preparado para não ter grandes surpresas em termos de retornos oferecidos pelos produtos de investimento sem risco. Há uns anos não seria assim. Contudo, a era dos juros baixos na Europa, resultou num corte da remuneração de muitos produtos de poupança preferidos pelos aforradores portugueses, sobretudo os oferecidos pelos bancos. Fique a conhecer os três produtos de investimento vocacionados para investidores mais avessos ao risco, as suas principais características, quanto rendem e quais os que oferecem o maior potencial de retornos.

Depósitos dão pouco, mas não todos

Os depósitos a prazo são um dos produtos de poupança mais populares em Portugal. De acordo com o último inquérito à literacia financeira da população portuguesa em 2015, 38,7% dos inquiridos afirmou ter um depósito a prazo. Apesar de ainda ocuparem um espaço relevante nos hábitos de poupança dos portugueses, em grande medida pelo baixo risco que lhes está associado, os depósitos a prazo têm vindo a perder brilho em resultado da quebra dos respetivos retornos.

Os juros das tradicionais aplicações a prazo estão em queda há já algum tempo, mas nunca estiveram tão baixos como agora. A taxa média praticada pelos bancos está em 0,24% (dados de agosto do Banco de Portugal), o nível mais baixo de sempre. Este é o resultado da política de taxas extremamente baixas implementada pelo Banco Central Europeu, que atirou os juros para valores negativos, e faz com que os bancos não possam pagar quase nada pelas poupanças dos portugueses.

Contudo, os depósitos a prazo são das poucas opções de poupança que permitem rentabilizar de alguma forma o dinheiro aplicado, quando o objetivo primordial é não correr riscos. Estes produtos têm capital garantido até um montante máximo de 100 mil euros por titular e instituição financeira, a quem aplicar até esse limite, mesmo que o banco onde está o dinheiro entre em falência. Essa proteção é dada pelo Fundo de Garantia de Depósitos que é alimentado pelas contribuições de todas as instituições financeiras.

Para quem prefira não prescindir de colocar o seu dinheiro nesta classe de produtos, há alguns produtos que conseguem destacar-se pela positiva em termos de retornos face aos restantes depósitos. O ECO analisou a oferta de 18 instituições financeiras em busca do melhor depósito a um ano. O objetivo foi encontrar a melhor proposta, em cada banco, para quem estivesse disponível para aplicar um montante máximo de cinco mil euros.

O depósito a um ano mais rentável em cada banco

Fonte: sites dos bancos | *TANB média27 outubro, 2017

No leque da oferta analisada, foram identificados apenas quatro bancos a oferecerem para o prazo de um ano, depósitos cuja taxa de remuneração bruta supera a fasquia dos 1%. A taxa mais elevada é disponibilizada pelo Banco Invest. Trata-se do Invest Choice Novos Montantes, que oferece uma taxa de juro bruta de 1,75%, para aplicações no mínimo de 2.000 euros. Este produto é, aliás, o único que tendo em conta o universo de depósitos analisados que cobre a inflação. Em termos líquidos, este depósito do Banco Invest oferece uma remuneração de 1,26%. De acordo com as estimativas do Governo no Orçamento do Estado para 2018, a inflação deverá ficar nos 1,2% este ano.

Com taxas de juro brutas acima de 1%, destacam-se ainda o depósito Net Millennium Flexível do BCP (1,15%), o BNI Europa (1,1%), disponibilizado pelo banco BIN Europa e o depósito Atlântico do banco Atlântico Europa (1%).

Novos certificados de aforro, a mesma taxa

Os certificados de aforro (CA) são outra das classes de ativos que podem ser uma opção quando o objetivo é preservar o capital aplicado e ao mesmo tempo, procurar rentabilizá-lo de alguma forma. Isto apesar de o potencial de retornos possível de alcançar através dos CA ser bastante mais curto do que já foi.

Ao comprar unidades deste produto está a emprestar o dinheiro ao Estado português, o que faz com que o risco que lhes está associado é muito reduzido, já que está apenas dependente da solvabilidade do Estado. São várias as vantagens associadas a este produto de poupança.

Uma delas é o facto de não precisar de se preocupar com o seu dinheiro durante dez anos, o horizonte máximo de tempo de aplicação das unidades de participação da série E, a única disponível atualmente e que vem substituir a anterior série D, mas mantendo as mesmas características. Isto leva a outra das vantagens que lhes estão associadas que é o facto de serem premiados com um bónus de assiduidade que vai aumentando até ao final do prazo. Outra vantagem destes produtos, é que têm capitalização automática dos juros vencidos, ou seja, de três em três meses os Certificados de Aforro pagam juros e esse dinheiro é reinvestido, aumentando o bolo da sua poupança. Para além disso, é possível subscrever esse produto a partir de quantias baixas: 100 euros, o equivalente a 100 unidades.

Em termos de remuneração oferecida, os CA não são particularmente atrativos comparativamente com outros tempos. Quem subscreveu unidades da série D deste produto neste mês de outubro contou com uma taxa de juro bruta de 0,671%. Esta taxa apesar de não ser muito atrativa, supera a oferecida pela maior parte dos depósitos a prazo disponíveis. Essa taxa compara com a remuneração de 0,24% oferecida, em média, nas novas aplicações em depósitos a prazo realizadas em agosto.

Mas para quem mantenha a aplicação em CA, a respetiva remuneração é acrescida de 0,5% do início do segundo ano até ao final do quinto ano. Do início do sexto ano até ao final do décimo ano, acresce ainda à taxa base 1%.

Certificados do Tesouro dão mais… com o PIB

Os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) eram até agora, indiscutivelmente, o produto de poupança de baixo risco mais apelativo em termos de remuneração. Contudo, este produto deixou de estar disponível para subscrição e foi substituído pelos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC), que vão pagar menos. Os CTPM pagavam até agora uma taxa de juro bruta média de 2,25% ao fim dos cinco anos de aplicação, sendo que a partir do quarto ano podiam beneficiar de um prémio adicional em função do crescimento do PIB. No caso dos CTPC, a taxa média ao fim dos sete anos de horizonte temporal máximo de investimento é de apenas 1,35%, em termos brutos. As taxas do novo produto do Estado começam nos 0,75%, em termos brutos, no primeiro ano e vão crescendo até atingirem os 2,25% no sétimo ano de aplicação.

Contudo essas taxas podem ser melhoradas, já que a partir do segundo ano de aplicação está prevista a adição de um bónus em função do crescimento do PIB (nos CTPM era a partir do quatro ano). No caso dos CTPM esse prémio era de 80% do crescimento do PIB, enquanto no caso do novo produto de poupança do Estado, esse bónus é de apenas 40% do PIB e está limitado a um máximo de 1,2% (proporção de um crescimento de 3% do PIB).

Remuneração dos CTPC

Mesmo tendo em conta o facto de a remuneração base ser mais baixa face aos CTPM, este novo produto de poupança do Estado apresenta retornos mais atrativos quando comparado quer com a taxa de juro oferecida pela grande maioria dos depósitos a prazo quer com a disponibilizada nas subscrições de CA, isto considerando o primeiro ano de aplicação.

Tendo em conta que os juros de referência se devem manter baixos ainda por um período prolongado de tempo, considerando as atuais perspetivas, a vantagem deve manter-se face aos depósitos, pelo menos nos primeiros anos de aplicação. No segundo ano já não será tão líquida essa vantagem face aos CA, já que estes começam a contar com um prémio de 0,5%. Hipoteticamente, caso não fosse distribuído o bónus do PIB nos CTPC e se a atual taxa oferecida na subscrição de CA (0,671%) se mantivesse, estes já ofereceriam uma taxa mais elevada: 1,171% brutos. Mas, claro que se trata de uma extrapolação. E mesmo surgindo um produto mais vantajoso, a partir do final do primeiro ano da aplicação.

Para além das diferenças em termos de remuneração, bem como do período temporal mais longo, não há muito a diferir entre os atuais CTPC face aos anteriores CTPM. Também estão disponíveis para montantes mínimos de aplicação de mil euros, e apenas podem ser resgatados no final do primeiro ano de aplicação. Tal como os Certificados de Aforro e dos CTPM, que agora desapareceram, os CTPC podem ser subscritos aos balcões dos CTT ou através site do IGCP.

Em termos de segurança do capital investido em CTPC, essa está dependente da solvabilidade do Estado, à semelhança do que acontece com os CA, pelo que constituem produtos com baixo risco associado.

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Estas startups são amigas da sua carteira e do seu relógio

  • ECO
  • 30 Outubro 2017

Minuto a minuto, enche a galinha a carteira. De um distribuidor por drone a uma plataforma de contratação de serviços, o universo das startups está cheio de soluções que poupam tempo e dinheiro.

Tempo. Há lá recurso mais valioso que este? Contamos minutos como quem conta cêntimos e, ao economizar nos primeiros, muitas vezes amealhamos nos segundos. Porque afinal e, como bem se sabe, tempo é dinheiro. Neste Dia Mundial da Poupança, apresentamos-lhe cinco startups que não só não lhe magoam a carteira como não lhe arrastam os ponteiros do relógio.

  1. Fixando

    Facilitar a vida de quem contrata serviços. Esta é a missão da Fixando, uma plataforma que liga em poucos cliques profissionais das mais diversas áreas — da fotografia à canalização — a quem necessita do seu trabalho. Em conversa com o ECO, David Cordeiro, representante da empresa, explicou que o cliente recebe em 48 horas até cinco propostas, das quais deverá escolher a que mais lhe agrada (nomeadamente, de acordo com os orçamentos sugeridos). Com cerca de um ano de existência, a Fixando nasceu da perceção de que a procura por este tipo de profissionais ainda é morosa. “Esta é uma solução rápida e gratuita”, considera Cordeiro. O uso da plataforma não tem custos para clientes, mas os empresários pagam de cada vez que apresentam uma proposta.

  2. AppyFans

    Imagine que está perto da sua padaria preferida e que o seu telemóvel o avisa de que o dito estabelecimento está a fazer, coincidentemente, uma promoção imperdível. Parece um cenário idílico, mas pode ser realidade se tiver instalada no seu smartphone a AppyFans. A aplicação que nasceu há ano e meio funciona com duas mecânicas: descontos diretos e programas de lealdade. Atualmente, a trabalhar em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa (no âmbito do programa Lojas com História), esta startup quer “levar mais gente às lojas e ao comércio das cidades”, poupando tempo e dinheiro ao informar o cliente sobre os melhores momentos para lá ir, sublinhou Filipe Romão, líder executivo da empresa, em entrevista ao ECO. O utilizador da AppyFans personaliza um perfil (por tema, marca ou loja), garantindo a “taxa de eficácia muito elevada” da aplicação.

  3. Levoo

    Nasceu em setembro de 2016 de uma conversa durante a qual Anna Arany percebeu o subdesenvolvimento do nicho do takeaway. A Levoo é uma aplicação móvel que lhe permite cortar nas filas dos restaurantes, levando para casa os seus pratos preferidos sem ter de desperdiçar tempo à espera de uma mesa e sem custos adicionais. “Em vez de ficar na fila, o cliente pode escolher o seu pedido, pagar e levantá-lo no restaurante”, explicou a fundadora da startup ao ECO. Em pouco mais de um ano, já são 15 os restaurantes disponíveis na Levoo — do MadPizza ao Noori Sushi — todos em Lisboa.

  4. Connect Robotics

    A quarta dica é (por agora) só para empresas que entre etapas de produção tenham uma rede de entregas. A Connect Robotics promete aniquilar o tempo e o custo de qualquer distribuição, ao recorrer a drones para o efeito. “A entrega é feita em sete minutos, três vezes mais rápido do que se for usado um método tradicional, como uma carrinha”, disse ao ECO Raphael Stanzani, cofundador e diretor geral desta startup. Do lado dos gastos, o uso de drones corta a despesa em metade ou até mais, se se estiver a falar de uma operação noturna. Atualmente, a Connect Robotics já tem um contrato fechado na área da farmacêutica e está em negociações com clientes na área das análises clínicas. Em dezembro de 2016, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Penela, a startup realizou a primeira entrega de comida a um idoso, Joaquim dos Reis, a viver na aldeia de Podentinhos. As distribuições a consumidores finais, como a que foi feita a Joaquim, ainda não estão, contudo, nos planos imediatos da equipa.

  5. Rnters

    Tem bens que não precisa ou precisa de algo mas não de forma permanente? Aluge. A sugestão é da Rnters, uma plataforma que facilita o aluguer de qualquer tipo de produto por curtos períodos de tempo. “A startup nasceu quando eu senti a necessidade de alugar uma prancha de surf em Bali e não encontrei numa opção para tal”, confessou ao ECO o fundador Guilherme Guerra. Com um ano de existência, a Rnters quer ser essa “alternativa à compra”, poupando-lhe dinheiro (em média o aluguer fica a um décimo do montante que seria despendido no caso da compra) e tempo (todo o processo — da pesquisa ao pagamento — é feito de forma cómoda, rápida e segura na plataforma). Neste momento, a empresa dispõe de 700 produtos únicos para alugar. A Rnters funciona, por agora, sobretudo em Lisboa.

    O ECO está, ao longo desta semana, a realizar um conjunto de trabalhos sobre a poupança, no âmbito do Dia Mundial da Poupança. Pode acompanhar estes artigos aqui.

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OutSystems disponibiliza ações da empresa aos trabalhadores

Tecnológica portuguesa foi considerada a sexta melhor empresa de cloud computing para trabalhar, num ranking da Forbes.

A OutSystems vai lançar um plano mundial de compra de ações para todos os seus colaboradores, das equipas de juniores aos executivos de topo, noticiou a empresa em comunicado enviado às redações.

“Temos uma cultura corporativa forte, com pessoas inteligentes e inovadoras”, explica Paulo Rosado, CEO e fundador da empresa. “Queremos recompensar esses colaboradores que contribuem para o nosso fabuloso crescimento e para uma carteira de clientes bastante satisfeita”, refere.

“Estou muito entusiasmado em poder ter um programa que verdadeiramente agradece a cada um dos membros da nossa empresa o seu contributo. O seu trabalho duro, em longas horas diárias e com um comprometimento fora de série têm sido fundamentais para sermos o que somos hoje”, explicou ainda o CEO da empresa.

Em fevereiro deste ano, a empresa portuguesa foi considerada a sexta melhor empresa de cloud computing e CEO para se trabalhar, segundo a revista Forbes.

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