Sócrates diz que direita quis impedir a sua candidatura a Belém

  • Lusa
  • 26 Julho 2017

O antigo primeiro-ministro, que está indiciado por corrupção, fraude fiscal e branqueamento, diz que o Ministério Público foi instrumentalizado com um "objetivo político".

O ex-primeiro-ministro José Sócrates reiterou, esta quarta-feira, em declarações aos correspondentes estrangeiros em Portugal, que o processo judicial em que está envolvido resulta de uma campanha orquestrada pela direita para evitar a sua candidatura a Presidente da República.

Citado pela agência EFE, José Sócrates assegurou que o propósito foi impedir que se apresentasse como candidato a Presidente da República, considerando que o Ministério Público foi instrumentalizado com um “objetivo político”.

O antigo primeiro-ministro recordou que o processo judicial começou há quatro anos, quando “a direita política estava convencida” de que Sócrates se ia candidatar ao Palácio de Belém.

Num encontro com correspondentes estrangeiros em Portugal, que se realizou em Lisboa, o ex-chefe de Governo socialista explicou que aquilo que fizeram foi procurar “uma forma de criminalizar o Governo anterior”, dando início aquilo que classificou como “uma gigantesca investigação a um Governo legítimo da República portuguesa”.

“Não tencionava candidatar-me. Eles, a direita, é que o pensavam”, garantiu, acrescentando que sempre acreditou que o atual secretário-geral da ONU, António Guterres, ia ser o candidato apoiado pelo PS.

Sócrates está indiciado por corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais na Operação Marquês, processo no qual o ex-primeiro-ministro, detido a 21 de novembro de 2014 e libertado a 16 de outubro último, cumpriu 288 dias de prisão preventiva e 42 de domiciliária.

José Sócrates, 59 anos, foi o primeiro antigo chefe do Governo a ser detido preventivamente em Portugal, indiciado por corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

A Operação Marquês conta com mais de duas dezenas de arguidos, incluindo Armando Vara, ex-administrador da CGD, Carlos Santos Silva, empresário e amigo do antigo primeiro-ministro, Joaquim barroca, empresário do grupo Lena, Ricardo Salgado, Paulo Lalanda de Castro, do grupo Octapharma, Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, antigos administradores da PT, e o empresário luso-angolano Héldder Bataglia, entre outros.

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Qual o partido que mais projetos aprovou no Parlamento?

  • Lusa
  • 26 Julho 2017

No balanço do ano parlamentar, o Governo deixou 899 perguntas dos deputados por responder. Apenas 19% das iniciativas legislativas tiveram origem no Governo.

O Bloco de Esquerda foi a bancada que mais projetos aprovou na segunda sessão legislativa, 26, seguindo-se empatados PSD e PS, e o Governo apenas teve chumbadas duas propostas de lei num total de 62. Estes são dois dos dados mais relevantes que se encontram num balanço da atividade legislativa do parlamento na segunda sessão legislativa, elaborado pelos serviços da Assembleia da República, a que a agência Lusa teve acesso.

Segundo este balanço provisório, ao longo do último ano parlamentar o executivo socialista só viu serem chumbadas duas propostas, ambas logo na generalidade: Uma na semana passada, referente ao banco de terras no âmbito da reforma florestal, com uma conjugação de votos contra de PSD, CDS, PCP e PEV; e outra sobre o código cooperativo, mas que PSD e PS acabaram por tornear aprovando um texto de substituição em junho passado.

No último ano parlamentar, em termos globais, foram apresentadas 316 iniciativas legislativas, 294 com origem nos deputados (81%) e 67 (19%) com origem no Governo e nas assembleias legislativas das regiões autónomas da Madeira e dos Açores. O Governo viu aprovadas pelo Parlamento 39 resoluções, nenhuma foi chumbada, tendo sido entregues na atual sessão legislativa 38 e 12 transitaram da primeira sessão legislativa.

Na atividade de fiscalização do Governo, durante a segunda sessão legislativa, foram pedidas 21 apreciações parlamentares de decretos aprovados pelo executivo socialista, importando ainda acrescentar que quatro transitaram da anterior sessão legislativa e duas caducaram. A partir destes pedidos de apreciação parlamentar de decretos do Governo, para efeitos de revogação ou de alteração, realizaram-se 13 debates em plenário e houve oito aprovações pelos deputados, quatro de iniciativas do PCP, três do Bloco e uma do PSD.

Em relação às perguntas dos deputados, transitaram ainda da primeira para a segunda sessão legislativa 681, das quais o Governo respondeu a 569 e deixou ainda sem resposta 113. Já em relação à segunda sessão legislativa, os deputados fizeram ao Governo 4782 perguntas, das quais 3819 foram respondidas e 899 ainda não tiveram resposta. O maior número de perguntas foi feito pelo CDS-PP (1532), seguindo-se o Bloco de Esquerda (1526), PCP (832), PSD (438), PS (179), PEV (139) e PAN (135).

Governo: Produtividade dos ministros não se mede pelo número de leis assinadas

A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa mostrou-se esta quarta-feira “satisfeita” quando recebe críticas de que o Diário da República está por vezes “pobre”, realçando que a produtividade dos ministros não se mede pelo número de leis assinadas.

“O Diário da República tem as leis que são precisas. A produtividade dos ministros não se mede pelo número de leis que assinam e levam ao Conselho de Ministros, mede-se pelo resultado das suas políticas e cumprimento do seu programa”, advogou a governante.

Maria Manuel Leitão Marques falava em Lisboa num almoço/debate promovido pelo International Club of Portugal, encontro com o mote “A modernização ao serviço das empresas”.

O Diário da República tem as leis que são precisas.

Maria Manuel Leitão Marques

Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa

No encontro, e falando perante dezenas de empresários, a ministra reiterou a importância do Simplex como um “programa emblemático” que integra uma “visão da reforma do Estado”, advogando que o Governo “fala com cidadãos, empresas”, para permanentemente melhorar a relação administrativa com os cidadãos e grupos empresariais.

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Wall Street abre em alta no dia em que há decisão da Fed

Janet Yellen e o seu conselho de governadores vão decidir se sobem já a taxa de juro ou adiam a decisão para setembro. As cotadas têm sido impulsionadas pelos resultados trimestrais.

A Reserva Federal vai decidir se aumenta a taxa de juro, ou seja, o ‘preço’ do dinheiro nos Estados Unidos. Apesar da incerteza dessa decisão, Wall Street abriu em alta com as cotadas a colher os frutos dos bons resultados trimestrais. O petróleo, tanto o brent como o WTI EUA, continua a recuperar esta quarta-feira.

O Dow Jones é o que mais valoriza esta quarta-feira ao subir 0,47% para os 21.712,11 pontos. Segue-se o Nasdaq com uma valorização de 0,23% para os 6.427,17 pontos. Já o S&P 500 abriu a subir 0,1% para os 2.479,51 pontos.

Segundo a Bloomberg, os investidores olham para esse cenário de uma nova subida da Fed já em julho como muito improvável. O mais provável é que essa decisão se materialize em setembro, quando os governadores voltarem a reunir. Essa reunião acontecerá nos dias 20 e 21 de setembro.

A decisão da Fed desta quarta-feira deverá, por isso, passar ao lado das cotadas, que têm divulgado resultados que superam as expectativas. Segundo a Bloomberg, isso aconteceu a mais de 80% das empresas cotadas no S&P 500. Contudo, pode haver um sinal da Reserva Federal que poderá influenciar Wall Street: a forma como os governadores querem diminuir o enorme balanço da Fed.

A nossa prioridade está em saber se vai haver mais esclarecimentos sobre os esforços para diminuir o balanço de 4,5 biliões de dólares da Reserva Federal“, assinala o economista do Rand Merchant Brank, Isaah Mhlanga, referindo que que será esse o foco desta reunião.

Entre as empresas que vão apresentar resultados são a Nintendo, o Facebook, a Coca-Cola, a Ford e a Boeing, assim como o Deustche Bank. Esta terça-feira tinha sido a vez da McDonalds, da Caterpillar, da AT&T e da General Motors, algumas das cotadas que estão a subir também esta quarta-feira.

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Liga e Nos renovam parceria até 2021

  • Lusa
  • 26 Julho 2017

A Liga de Futebol e a Nos fazem um "balanço francamente positivo" da parceria iniciada em fevereiro de 2015 e renovada agora por mais três anos.

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e a Nos anunciaram, esta quarta-feira, a renovação por mais três anos da parceria de patrocínio da I Liga de futebol, agora válida até ao final da época 2020/2021.

Numa cerimónia realizada numa unidade hoteleira de Lisboa, o presidente da Liga, Pedro Proença, e a administradora do grupo multimédia, Ana Paula Marques, enalteceram o valor deste acordo, sublinhando o “balanço francamente positivo” da parceria iniciada em fevereiro de 2015, que permitirá ao organismo que tutela o campeonato nacional saldar as suas contas.

"Estamos a credibilizar o futebol profissional em Portugal e a sua sustentabilidade está assegurada”

Pedro Proença

Presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional

“Encontrámos cerca de cinco milhões de euros de resultados negativos transitados quando chegámos. O acordo vai ao encontro das expectativas da Liga. Estamos a credibilizar o futebol profissional em Portugal e a sua sustentabilidade está assegurada“, disse o líder da LPFP, sem querer revelar os números envolvidos neste patrocínio.

Descrevendo este terceiro ano de mandato, que se inicia na quinta-feira, depois de ter sido eleito em 28 de julho de 2015, como um ano de “desenvolvimento” no seu plano estratégico, Pedro Proença reiterou o seu “orgulho” pela extensão do vínculo do grupo empresarial à principal competição do futebol português.

“Somos uma organização que partilha com a Nos os mesmos valores. A NOS soube acreditar nestas novas dinâmicas da Liga e, mais do que uma ligação económico-financeira, esta é uma ligação de valores”, acrescentou.

Por sua vez, Ana Paula Marques assumiu o objetivo da empresa de promover uma “liga ainda mais emotiva”, através de meios cada vez mais interativos e multiplataforma, salientando que esta parceria de exclusividade “deixa satisfeita” a Nos e a LPFP.

“Renovamos o compromisso de fortalecer as ligações ao futebol e partilhamos com ele valores intrínsecos à nossa empresa: ambição e inovação”, finalizou.

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Credor do Novo Banco: “investir em Portugal é uma confusão”

Fundo alemão investiu 100 milhões no Novo Banco e diz que o sucesso da operação de troca de dívida por dinheiro vai depender dos juros - "o bombom" - que a instituição oferecer nos depósitos.

O fundo alemão Xaia Investment está à espera de conhecer as condições finais da oferta de compra de obrigações do Novo Banco para decidir que rumo dar à posição de cerca de 100 milhões de euros que tem em dívida da instituição. Isto porque o sucesso da operação “dependerá das condições finais dos depósitos” que o Novo Banco vai disponibilizar aos credores, disse o ECO o diretor Jochen Felsenheimer.

Este fundo alemão detém uma posição em obrigações do BES/Novo Banco perto de 100 milhões de euros, mas não está autorizado a divulgar a posição exata. Ao ECO, Jochen Felsenheimer adiantou que já tentou entrar em contacto com o departamento de Relações para o Mercado do Novo Banco, mas sem sucesso. “Eu entendo. Talvez seja demasiado cedo e não queiram dar informação privada”, nota o responsável.

Ainda assim, o Xaia Investment só tomará uma decisão assim que estiver a par de todos os elementos da operação. O Novo Banco pretende comprar obrigações em troca de numerário, com vários níveis de desconto. Propõe ainda aos credores que queiram depositar o dinheiro recebido num depósito remunerado no banco.

É nesta opção que Felsenheimer acredita que pode estar a chave do sucesso da operação que visa reforçar o capital do Novo Banco em pelo menos 500 milhões de euros.

“O meu entendimento neste momento até agora é que o ‘bombom’ da transação poderá vir da possibilidade de aceitar a oferta dos depósitos, dependendo dos termos finais da oferta”, notou o diretor do Xaia. “Depois de ter estado em contacto com alguns investidores, a minha impressão pessoal é que o nível da oferta em dinheiro é muito desapontante e, por isso, a probabilidade de ter todo o negócio feito dependerá das condições finais dos depósitos“, sublinhou.

"O meu entendimento neste momento até agora é que o ‘bombom’ da transação poderá vir da possibilidade de aceitar a oferta dos depósitos, dependendo dos termos finais da oferta.”

Jochen Felsenheimer

Xaia Investment

Da informação que foi revelada ao mercado até ao momento, sabe-se que cada depósito a prazo disponibilizado renderá juros a uma taxa fixa por um período determinado de tempo que irá variar de três a cinco anos, condições a aplicar em função da série de obrigações.

“No caso de termos uma taxa de juro, que te compensa ao longo do tempo pelo desconto da oferta e finalmente tu tens o ‘par’ (isto é, a soma da oferta mais todos os juros recebidos nos depósitos) ao fim de alguns anos, economicamente, não é nada mais do que uma extensão da maturidade (juntamente com um haircut)”, explica Felsenheimer.

A opção depósitos visa sobretudo os clientes de retalho. De acordo com fontes do mercado, cerca de 40% dos obrigacionistas visados nesta oferta são clientes de retalho.

Jochen Felsenheimer, diretor da Xaia Investment

Desapontado com as perdas que pode vir a assumir com o investimento em obrigações do Novo Banco, Felsenheimer tenta desdramatizar esse cenário: “Eu gosto de Portugal, gosto muito das pessoas e até gosto da cerveja Sagres… mas investir em Portugal é às vezes uma verdadeira confusão”.

"Eu gosto de Portugal, gosto muito das pessoas e até gosto da cerveja Sagres… mas investir em Portugal é às vezes uma verdadeira confusão.”

Jochen Felsenheimer

Xaia Investment

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Conversas soltas | O futuro do marketing e da comunicação

  • ECO
  • 26 Julho 2017

Amanhã, às 09h00, o ECO em parceria com o Banco Popular vai organizar um debate sobre o futuro de marketing e da comunicação.

Como é que uma marca deve hoje comunicar com os seus clientes? Num contexto de mudanças aceleradas, e de incerteza, o marketing e a comunicação assumem um papel decisivo na gestão das empresas. Tanto online como offline, há cada vez mais ferramentas que permitem um conhecimento detalhado dos clientes, das suas preferências presentes e futuras. Como é que isso impacta a decisão dos gestores?

No âmbito do projeto Conversas Soltas do Banco Popular, o ECO está a organizar uma conversa/debate sobre o futuro do marketing e da comunicação — a primeira de seis conversas — com o objetivo de discutir:

  • O redefinição das funções de comunicação & marketing num contexto de mudança acelerada de comportamentos do consumidor.
  • O impacto da transformação digital na interação com os clientes

O painel vai contar com os seguintes oradores:

  • Paula Canada | Diretora de Marketing da TAP PORTUGAL
  • Luís D’Eça Pinheiro | Diretor de Marketing da Brisa
  • Sebastião Lorena | Head of Marketing and Corporate Sales da Science4you
  • Filipa Corrêa Mendes | Lead Marketing Manager da Uber

 

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Incêndios: Reconstrução das primeiras 162 casas custa sete milhões

  • Lusa
  • 26 Julho 2017

Vão ser reconstruídas casas em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Sertã, Pampilhosa da Serra, Penela e Góis. As obras arrancam esta quarta-feira.

A reconstrução das primeiras 162 habitações de residência principal afetadas pelos incêndios que deflagraram em junho na região Centro ascende a sete milhões de euros, anunciou, esta quarta-feira, município de Castanheira de Pera.

Segundo a autarquia, a Comissão Técnica do Fundo Revita, reunida na terça-feira naquele concelho do distrito de Leiria, deliberou avançar com a reconstrução de 94 casas em Pedrógão Grande, 37 em Castanheira de Pera, 24 em Figueiró dos Vinhos, 10 na Sertã, oito em Pampilhosa da Serra, quatro em Penela e uma em Góis. As obras, que totalizam 7,123 milhões de euros, iniciam-se esta quarta-feira nos edifícios cujas intervenções já foram adjudicadas.

“A União das Misericórdias Portuguesas, em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian e a Cáritas Diocesana de Coimbra, por decisão da Cáritas Portuguesa, vão encarregar-se da grande maioria destes trabalhos de reabilitação e reconstrução”, refere o comunicado do município de Castanheira de Pera. A União das Misericórdias assume o pagamento de 94 habitações, no montante de 3,16 milhões de euros, e a Cáritas Diocesana pagará a reconstrução de 51 casas, no valor de 3,22 milhões.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa apoia a recuperação de 10 imóveis, num total de 359 mil euros, e os donativos de empresas e grupos de cidadãos financiam a reabilitação de cinco habitações, no montante de 378 mil euros. Fica a faltar a recuperação de mais uma centena de habitações em Pedrógão Grande, que foi o concelho mais afetado (o número total deverá ser conhecido ainda esta semana), e 36 em Castanheira de Pera.

O financiamento destas obras será da responsabilidade do Fundo Revita, criado pelo Governo para gerir os donativos de empresas e cidadãos portugueses para estes fogos.

Os incêndios que deflagraram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, que resultaram na morte de 64 pessoas, terão afetado cerca de 500 imóveis, dos quais mais de 200 eram casas de primeira habitação. Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.

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Governo investe 477 milhões para simplificar serviços digitais

Com a melhoria dos serviços digitais da Administração Pública, o Governo conta obter benefícios totais superiores a 1,3 mil milhões de euros.

O Governo planeia investir, ao longo dos próximos quatro anos, 477 milhões de euros para melhorar e simplificar os serviços digitais da Administração Pública. O investimento faz parte do programa Simplex, especificamente da Estratégia TIC 2020, cujo plano de ação foi publicado, esta quarta-feira, em Diário da República.

A estratégia, desenhada pelo Conselho para as Tecnologias de Informação e Comunicação na Administração Pública, assenta em “três eixos específicos — integração e interoperabilidade, inovação e competitividade e partilha de recursos — que consagram doze medidas concretas”, pode ler-se no diploma publicado em Diário da República.

As medidas, explica o documento, visam “garantir que os serviços digitais sem mais simples, acessíveis e inclusivos, de forma a potenciar a sua utilização por todos os cidadãos“, além de “garantir um desenvolvimento sustentável em matéria de transformação digital”.

Entre as medidas a implementar até 31 de dezembro de 2020, o prazo previsto para o final deste programa, contam-se, por exemplo, o “desenvolvimento de serviços na nuvem e rentabilização da capacidade instalada nos centros de dados”, a criação de “uma rede de comunicações multi-serviços segura que elimine redundâncias desnecessárias” ou a “interoperabilidade entre as diferentes entidades da Administração Pública e entre a Administração Pública e as empresas”.

Para isto, o Governo planeia investir tranches ao longo dos próximos quatro anos: 188 milhões este ano, 122 milhões em 2018, 97 milhões e 70 milhões em 2020. Feitas as contas, o investimento total estimado ascende a 477 milhões de euros, mas os benefícios decorrentes destes investimentos serão bem superiores: a estimativa do Governo aponta para benefícios totais líquidos de 1,3 mil milhões de euros com a implementação do programa.

O Ministério das Finanças receberá a maior fatia, num total de 122,4 milhões de euros até 2020, para implementar medidas como o IRS automático ou o desenvolvimento da Plataforma da Administração e do Emprego Público, que “congregue toda a informação relativa às entidades e aos trabalhadores do setor público”.

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PSD desiste de debate urgente sobre Pedrógão. “A especulação terminou”

Hugo Soares reconhece que, depois de o Ministério Público ter publicado a lista que confirma os números divulgados pelo Governo, a exigência do PSD "deixa de fazer sentido".

O PSD já não vai pedir a reunião da Comissão Permanente da Assembleia da República, que, na terça-feira, considerava “urgente” para esclarecer as dúvidas que tinha relativamente às vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande. Depois de o Ministério Público ter publicado a lista das vítimas, que veio confirmar os números oficiais que tinham sido divulgados pelo Governo, Hugo Soares considera agora que “a especulação terminou” e, portanto, “deixa de fazer sentido a exigência do PSD”.

“Finalmente, a especulação terminou. Hoje, as famílias podem pedir as suas indemnizações, podem começar a ser ressarcidas pelos danos, pelas mortes dos seus familiares e podem, em paz, continuar as suas vidas”, disse o líder parlamentar do PSD, numa curta declaração aos jornalistas, transmitida pela SIC Notícias.

“É uma boa notícia para o país que esta especulação tenha terminado de uma vez por todas. O Governo não fez o seu trabalho, fez o Ministério Público e fez muito bem“, acrescentou o social-democrata.

E concluiu: “Como é evidente, depois de ter sido publicada a lista, deixa de fazer sentido a exigência do PSD, que era que houvesse uma conferência de líderes e uma comissão permanente para debatermos este assunto. Uma vez que a lista foi divulgada, ficou resolvida essa questão. Não vamos requerer nem a comissão permanente nem a conferência de líderes que estava agendada”.

A lista publicada, na terça-feira, pela Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou que os incêndios de Pedrógão Grande levaram à morte de 64 pessoas, confirmando os números oficiais divulgados até agora e contrariando algumas informações que têm sido avançadas, de que há vítimas não sinalizadas pelas autoridades. Essas alegações contêm “diversas imprecisões quanto à identificação das pessoas”, assim como a “repetição de nomes em, pelo menos, seis situações”, concluiu a PGR.

Esquerda acusa PSD de “instrumentalização” das vítimas

Depois do anúncio feito por Hugo Soares, Bloco de Esquerda e PCP vieram acusar o PSD de “instrumentalizar” as vítimas dos incêndios de Pedrógão. Para Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, houve “manifesta intenção de aproveitamento político do PSD”, que fez “politização daquilo que devia ser mantido para lá da esfera do combate político”. O bloquista salienta ainda que a lista divulgada pelo Ministério Público elimina “qualquer ideia que houvesse de falta de transparência”.

Já António Filipe, do PCP, classifica este como “o desfecho de um facto lamentável que nunca devia ter acontecido” e que “só revela até que ponto o PSD tem procurado instrumentalizar as vítimas do incêndio de Pedrógão para fazer uma chicana política inaceitável”.

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Impresa dispara 10%. Recupera de pior sessão de sempre

As ações da dona da Sic recuperam de uma sangria de sete sessões de perdas, que se seguiu ao falhanço de uma emissão de dívida.

“Após a tempestade vem a bonança”, diz a sabedoria popular. Aquilo que está a acontecer à Impresa nesta sessão bolsista parece fazer jus a esse ditado. Os títulos da dona da Sic disparam em torno de 10%, a recuperar da pior sessão de sempre e do maior ciclo de perdas em quase dois anos.

As ações da Impresa valorizam 8,57%, para os 34,2 cêntimos, a recuperar de um tombo de 13,7% registado na sessão anterior, que fica na história como a maior queda diária desde a sua estreia em bolsa. Com a subida verificada nesta sessão, a Impresa interrompe ainda um ciclo de sete sessões de quedas, o mais prolongado desde outubro de 2015.

Ações da Impresa ganham fôlego

Este ciclo de quebras aconteceu no seguimento do cancelamento de uma emissão de obrigações no montante mínimo de 35 milhões de euros comunicado ao mercado na passada sexta-feira. A operação serviria sobretudo para a Impresa refinar a dívida anterior, bem como para financiar a expansão da sede. O cancelamento não agradou aos investidores e os analistas deram também nota disso mesmo, considerando tratar-se de uma má notícia. Foi o que aconteceu tanto com o BPI como com o CaixaBI, que lembraram precisamente o facto de, em novembro de 2018, a Impresa ter uma linha de obrigações no valor de 30 milhões de euros a vencer.

A Impresa justificou a retirada da emissão com as alterações recentes de que o setor de media foi alvo, mas fontes de mercado contactadas pelo ECO garantiram que o motivo foi outro: a operação falhou porque não houve procura por parte dos investidores. O cancelamento da operação aconteceu após dois prolongamentos sucessivos no prazo para que os investidores qualificados, a quem se destinava a emissão, pudessem participar.

Certo é que o volume de negociação dos títulos da empresa de media registado ao longo dos últimos dias sinalizam o nervosismo dos investidores. O número de títulos que diariamente têm trocado de mãos nas últimas sessões está bastante acima da média histórica. Só nas primeiras cerca de três horas desta sessão, trocaram de mãos cerca de 1,4 milhões de títulos. Este volume de negociação compara com uma média diária de 591 mil títulos registada nos últimos 12 meses.

Apesar da recente turbulência sofrida pelas ações da Impresa, os ganhos registados pelo título na sessão desta quarta-feira, prolongam o forte desempenho bolsista acumulado ao longo do ano. Desde o início de janeiro, as ações da dona da Sic valorizam 80%, sendo que recentemente beneficiaram de um empurrão no seguimento dos rumores de que poderia ser alvo de uma oferta por parte da Nos, na sequência da compra da TVI pela Altice, dona da Meo.

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400 mil clientes do UniCredit afetados por falha de segurança

Ataques ocorreram nos últimos meses e atingiram cerca de 400 mil clientes daquele banco italiano. Responsáveis dizem que não há danos materiais a registar.

O italiano UniCredit revelou que piratas informáticos acederam às contas de cerca de 400 mil clientes em Itália, apoderando-se de dados biográficos e histórico de empréstimos naquela que é considerada uma das maiores falhas de segurança na Europa.

Os ataques ocorreram em setembro e outubro de 2016 e também este ano, entre os meses de junho e julho, adiantou o banco. Os hackers acederam às informações dos clientes através de um prestador de serviços do UniCredit. Dados como os números de identificação de conta IBAN e outros dados pessoais também foram acedidos.

“Não há danos materiais para o banco e para os seus clientes com estes ataques”, referiu Danielle Tonella, presidente da unidade de IT do Unicredit, à agência Bloomberg. “Nenhum dado, como palavras-passe, que permita o acesso às contas bancárias ou que permita transações não autorizadas, foi afetado”, acrescentou.

Ataques de hackers a grande escala têm ocorrido com frequência nos últimos meses, como o WannaCry em maio e o Petya em junho, que afetaram empresas multinacionais, bancos e governos em todo o mundo, levantando receios quanto à vulnerabilidade de muitas empresas e instituições.

O UniCredit está a investir 2,3 mil milhões de euros na atualização e reforço dos seus sistemas de informação. Por causa deste problema, iniciou uma auditoria interna e irá apresentar um relatório junto do procurador em Milão.

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Portugal arranca ligação direta à China com um milhão de turistas na mira

O voo entre Portugal e China arranca com três frequências por semana, número que será reforçado já no inverno. O objetivo é alargar a ligação à China a outras cidades portuguesas.

Já aterrou em Lisboa a primeira ligação direta entre Portugal e China. Esta manhã, pelas 7h30, o primeiro voo desta rota, operado pela companhia aérea chinesa Beijing Capital Airlines, chegou ao Aeroporto Humberto Delgado, depois de uma viagem de 13 horas e com uma taxa de ocupação praticamente lotada. É o início de uma rota que, nos próximos anos, poderá trazer a Portugal um milhão de turistas chineses.

A rota direta Portugal-China, que faz a ligação entre Lisboa e Hangzhou, passando por Pequim, terá três frequências por semana, até ao final do verão. A partir do inverno, a Beijing Capital Airlines passa a operar mais uma frequência. Os primeiros quatro voos diretos da China para Portugal estão já “praticamente esgotados”, enquanto, no sentido inverso, a taxa de ocupação ronda os 75%, adiantou à Lusa a companhia aérea chinesa.

Para os próximos tempos, disse António Costa durante o evento de apresentação desta ligação, o objetivo é continuar a reforçar estas frequências ou mesmo ligar a China a outras cidades. “Quem sabe, poderá haver a abertura para outras cidades portuguesas, nomeadamente o Porto”, disse o primeiro-ministro na altura.

A aterragem contou com a presença do ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, que salientou o momento histórico. “Este é o verdadeiro lançamento da nova rota aérea da seda do século XXI. É um grande feito para Portugal a concretização desta ligação”, disse o ministro, citado pela Lusa.

“O potencial [destas ligações] é muito importante do ponto de vista turístico, mas também económico. Significa muito mais oportunidades para as empresas portuguesas se aproximarem do mercado chineses, no reforço das relações económicas com empresas chinesas e reforço do potencial das relações políticas entre os países”, acrescentou.

Um milhão de turistas chineses? “Podemos ser ambiciosos”

A nova ligação abre portas ao maior mercado emissor de turistas do mundo e, por isso mesmo, os objetivos são ambiciosos. Portugal recebeu, no ano passado, 183 mil turistas chineses, um aumento de 19% face a 2015. E o número de turistas vindos da China continua a aumentar: entre janeiro e abril, 68 mil vieram a Portugal, uma subida homóloga de 28%. A manter-se este ritmo, a marca “um milhão” pode ser alcançada num futuro não muito distante.

“Se tivermos aumentos de 35% ao ano, podemos rapidamente ser ambiciosos”, disse à Lusa o embaixador português em Pequim, Jorge Torres-Pereira, fixando o objetivo de chegar a um milhão de turistas chineses por ano.

“Não há dúvida de que entramos no radar do investimento chinês e, para usar uma expressão britânica, o céu é o limite”, disse ainda o diplomata.

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