FMI incita BCE a manter estímulos. Teme riscos para o crescimento

A entidade liderada por Christine Lagarde alerta para os riscos negativos sobre o crescimento da economia da Zona Euro que podem advir de uma retirada dos estímulos do BCE.

O FMI está preocupado com as implicações negativas sobre o crescimento da Zona Euro, caso o Banco Central Europeu (BCE) decida retirar os estímulos. A entidade liderada por Christine Lagarde, incita assim o banco central a manter a política monetária acomodatícia em vigor perante a fraca pressão inflacionista.

O alerta é deixado num relatório publicado pelo FMI, esta terça-feira. “A política monetária deve manter-se firmemente acomodatícia até que haja uma subida sustentada da inflação rumo ao objetivo de estabilização de preços do BCE”, diz o documento citado pela Bloomberg. O objetivo da entidade liderada por Mario Draghi é que a inflação seja inferior, mas próxima da fasquia dos 2%. O documento do FMI diz ainda que alguns países terão de tolerar um nível de inflação acima do desejado pelo BCE por um “período prolongado”, até que suba a média dos 19 países da Zona Euro.

Os responsáveis do fundo consideram que a região continua a necessitar do suporte do banco central, apesar de a visão do BCE relativamente ao outlook económico da Zona Euro ser relativamente mais otimista.

Na última reunião de política monetária que decorreu na passada quinta-feira, o BCE adiou para o outono uma eventual alteração do atual quadro da política de estímulos, falando na necessidade de paciência e prudência. “Não estabelecemos datas. Precisamos de pensar. Precisamos de muitos dados que não temos hoje. Há muita incerteza. E não tomamos decisões sem termos uma informação completa”, disse o presidente do BCE na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de governadores dos bancos centrais da Zona Euro.

O FMI afirma que a recuperação cíclica da Zona Euro é “firme e abrangente“, perante os preços mais baixos da energia, os estímulos, os mercados de trabalho mais fortes e a recuperação da concessão de crédito. O FMI prevê que a economia do espaço do Euro cresça 1,9%, este ano, e 1,7%, em 2018. Já as estimativas para a inflação vão no sentido de um abrandamento, para 1,5%, em 2018. Para este ano a estimativa é de que a inflação seja de 1,6%.

O FMI alerta que as melhorias do outlook de médio prazo é ensombrado por vários fatores. “Alguns países altamente endividados podem experimentar uma subida dos custos de financiamento, perante condições de financiamento mais apertadas ou a redução da acomodação monetária”, defende a entidade liderada por Christine Lagarde.

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Estágios Internacionais: INOV Contacto tem 250 vagas

São 250 estágios internacionais, remunerados e com a duração de seis meses. As candidaturas estendem-se até meados de setembro.

O INOV contacto já abriu as candidaturas para estágios internacionais no período 2017/2018. A promessa é a de uma experiência remunerada numa empresa reconhecida.

As inscrições serão aceites até às 15 horas do dia 15 de setembro de 2017 através do site. As entidades que querem fazer parte do programa têm como prazo o fim desse mês. O Programa INOV Contacto oferece estágios remunerados, com uma bolsa e subsídio de estadia, espalhados por todo o globo. Uma “excelente oportunidade para os jovens que querem iniciar a sua carreira” diz o presidente da Aicep, Luís Castro Henriques.

As empresas que receberão os jovens inscritos são selecionadas com base no seu reconhecimento. Já os candidatos aos estágios devem respeitar os seguintes requisitos:

  • Até 29 anos de idade
  • Que não estejam a trabalhar, nem a estudar à data do estágio
  • Formação superior
  • Domínio da língua inglesa
  • Motivação para desenvolver uma carreira internacional e disponibilidade para viver no exterior.

O Programa INOV Contacto é reconhecido internacionalmente e já é utilizado como case study pela União Europeia, OCDE e FSE. É suportado pelo Programa Operacional de Integração Social e Emprego, Portugal 2020 e União Europeia, Fundo Social Europeu, Iniciativa Emprego Jovem. A Aicep Portugal euma iniciativa gerida pela Aicep Portugal Global.

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Revista de Imprensa Internacional

Falhas de segurança no UniCredit e nos planos de aquisição do HNA. A Endesa anuncia um bom semestre e a Grã-Bretanha novas medidas a favor do meio ambiente. EUA votam a favor de sanções à Rússia.

Esta quarta-feira, do lado das derrotas ficam a Rússia, após votações esmagadoras que apontam para sanções do lado dos EUA, o UniCredit, que registou falhas de segurança e o grupo HNA, que não consegue autorização para uma nova aquisição. A Endesa ganha o primeiro semestre com saldo positivo (embora seja uma derrota, em comparação a 2016) e a Grã-Bretanha promete ganhar na saúde pública, com o banir dos veículos a diesel e gasolina agendado para 2040.

Financial Times

419-3: A Rússia sai derrotada na votação das sanções. EUA querem penalizar Moscovo

O resultado da votação das sanções à Rússia? 419 votos a favor contra 3 em oposição. A Câmara dos Representantes dos EUA quer sancionar Moscovo na sequência das suspeitas de ter interferido nas eleições presidenciais americanas. Também foram aprovadas neste órgão punições sobre o Irão e a Coreia do Norte. Na Europa, receia-se o efeito que a aprovação das sanções possa num projeto que previa o transporte de gás da Rússia para a Alemanha. Leia a notícia completa no Financial Times [conteúdo em inglês / acesso condicionado]

Bloomberg

Falha na segurança do UniCredit. Informações do crédito de 400.000 clientes expostas

Dados relativos aos créditos pessoais de 400.000 clientes do UniCredit foram indevidamente acedidos. A falha ocorreu nos meses de junho e julho deste ano e setembro e outubro do ano passado, informou o banco italiano num email. Contudo, Daniele Tonella, a CEO da unidade de tecnologia do banco, ressalva que não existem quaisquer danos materiais: as palavras-passe não foram comprometidas nem transações autorizadas. Leia a notícia completa na Bloomberg [conteúdo em inglês / acesso livre]

Expansión

Energia positiva: Endesa ganha no primeiro semestre

O balanço do primeiro semestre é positivo para a Endesa: 653 milhões de euros, para precisar. Este valor representa contudo uma queda de 18% relativamente ao mesmo período do ano anterior. Uma quebra que tem em conta o aumento dos impostos sobre a produção da energia elétrica. Considerando apenas o EBITDA (resultados antes dos impostos) a queda teria sido de 14%. Leia a notícia completa no Expansión [conteúdo em espanhol/ acesso livre]

The Guardian

Veículos a diesel ou gasolina? Nenhum nas ruas da Grã-Bretanha… a partir de 2040

A Grã-Bretanha já definiu uma data para retirar todos os veículos movidos a diesel ou gasolina de circulação: 2040. A mesma data que foi lançada pelo Governo francês no início do mês de julho. Esta medida do Governo Britânico insere-se no plano de diminuição da poluição do ar, que é apontado como grande risco para a saúde pública. Leia a notícia completa no The Guardian [conteúdo em inglês / acesso livre]

Financial Times

HNA: o grande comprador é barrado à saída

O grupo chinês HNA tem feito inúmeras aquisições por todo o mundo. Contudo, o Comité de Investimento Estrangeiro nos EUA não aprovou a última proposta, que visava comprar a americana Global Eagle Entertainment. A oferta era de mais de 357 milhões de euros por 35% da empresa, que fariam de uma das suas unidades, a Beijing Shareco Technologies, a maior acionista da Global Eagle. Leia a notícia completa no Financial Times [conteúdo em inglês / acesso condicionado]

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Ações da EDP Renováveis deslizam 3% e igualam preço da OPA

EDP Renováveis já tocou os 6,75 euros da OPA lançada pela casa-mãe EDP. Um desempenho que surge depois de António Mexia ter anunciado que não vai alterar a contrapartida. Tem até amanhã para o fazer.

As ações da EDP Renováveis EDPR 0,93% estão a cair 3% para os 6,75 euros. É este o preço que a casa-mãe EDP se propõe a pagar na oferta pública de aquisição sobre o capital que ainda não detém na sua subsidiária de energias limpas. Este desempenho sugere que os acionistas minoritários começam a mudar de opinião em relação à OPA, depois da resistência inicial.

Isto acontece depois de António Mexia ter informado esta terça-feira à tarde o mercado que não vai mexer na contrapartida de 6,75 euros por cada ação que pretende comprar aos acionistas minoriários da EDP Renováveis. Esta decisão de manter a contrapartida não surpreendeu os analistas, apesar das críticas lançadas esta semana pelo acionista MFS que detém 4% do capital da subsidiária de energias limpas.

“Não foi uma surpresa para nós dado que não estávamos que a EDP revisse o preço em alta”, comentou o analista Jorge Guimarães. “Após este anúncio, prevemos que o preço da ação da EDP reaja negativamente”, acrescentou.

Mais de 1,2 milhões de títulos já tinha sido negociados em cerca de duas horas de negociação em Lisboa, quase três vezes mais do que a média diária dos últimos 12 meses, o que evidencia a dimensão da pressão vendedora sobre estes títulos. Ainda assim, após tocar os 6,75 euros, o título voltou a negociar acima desse preço.

O prazo para alterar a contrapartida da oferta termina esta quinta-feira, embora a EDP já tenha antecipado esse anúncio com o comunicado enviado ontem à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários. E uma semana depois termina o período da OPA.

"Não foi uma surpresa para nós dado que não estávamos que a EDP revisse o preço em alta. Após este anúncio, prevemos que o preço da ação da EDP reaja negativamente.”

Jorge Guimarães

Haitong

Do BPI Research, os analistas consideram que o comunicado da EDP “surge como resposta a uma carta aberta da MFS, na qual revelaram o seu desacordo com o preço”. “Na nossa opinião, [com este comunicado] diminuem-se drasticamente as probabilidades de uma revisão da oferta pela EDP”, sublinham ainda.

Braço-de-ferro

Na terça-feira, conforme o ECO avançou em primeira mão, os americanos da Massachusetts Financial Service apresentaram uma declaração de posição na qual informaram que não irão aceitar as condições oferecidas pela EDP, por considerarem que o preço é baixo.

“A MFS não pretende aceitar a oferta sobre as nossas ações na EDP Renováveis ao preço de 6,75 euros nas circunstâncias atuais. Instamos os outros acionistas minoritários a analisar nossa análise na carta aberta da MFS e nesta declaração de posição quando fizerem a sua avaliação sobre os méritos da oferta pública”, diz aquele acionista minoritário num statement datado de 21 de julho.

"A MFS não pretende aceitar a oferta sobre as nossas ações na EDP Renováveis ao preço de 6,75 euros nas circunstâncias atuais.”

MFS

Declaração de posição

A MFS detém 4,08% da EDP Renováveis e 18,3% do total do capital alvo da oferta por parte da EDP. Ou seja, com esta rejeição, ficam por cumprir os dois critérios determinantes para a retirada da subsidiária da bolsa: superar 90% dos direitos de votos da sua subsidiária e, simultaneamente, comprar 90% dos direitos de voto que estão no objeto da oferta.

EDP Renováveis perde energia

Lucro da EDP mais do que duplica

A EDP Renováveis mais do que duplicou o lucro registado no primeiro semestre do ano. Obteve um resultado líquido de 134 milhões de euros entre janeiro e junho, o que corresponde a um aumento de 128% do resultado líquido registado no mesmo período de 2016. No segundo trimestre, o lucro foi de 66 milhões de euros, mais 12% em termos homólogos.

Em termos semestrais, a cotada liderada por João Manso Neto observou uma subida de 11% das receitas, tendo faturado 988 milhões de euros — contra dos 889 milhões de faturação no ano anterior.

Para o CaixaBI, “os resultados da EDP Renováveis foram bons, com crescimentos interessantes e ficaram em linha com as estimativas”. Ainda assim, “atualmente, mais importante do que resultados é a oferta pública de aquisição lançada pela EDP sobre as ações dos minoritários da EDP Renováveis”, salientam os analistas.

(Notícia atualizada às 9h52)

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Lucro de espanhol Bankinter desce 15,7% no primeiro semestre para 241 milhões

  • Lusa
  • 26 Julho 2017

O espanhol Bankinter teve um lucro de 241 milhões de euros no 1º semestre de 2017, uma diminuição de 15,7% em relação ao mesmo período do ano passado, que incluem o impacto da operação em Portugal.

Na informação que transmitiu esta manhã à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, o Bankinter revela que, sem ter em conta a operação em Portugal, o lucro seria de 227,4 milhões de euros, um aumento de 16,4% em relação ao ano anterior.

Os lucros antes de impostos foram 331,7 milhões de euros, 17,4% inferiores ao mesmo período de 2016, tendo em conta que no segundo trimestre do ano passado foram contabilizados resultados extraordinários na operação de compra do negócio de retalho do Barclays em Portugal.

O Bankinter sublinha que em termos gerais mantém a sua “posição de liderança em termos de rentabilidade” com um ROE (taxa de retorno sobre o património) de 12,2%.

Por outro lado, o crédito aos investimentos dos clientes do banco cresceram 3,6% e os depósitos dos clientes aumentaram 12,2% no último ano até 30 de junho último.

A taxa de crédito malparado baixou de 4,25% há um ano até 3,74 agora.

No que respeita à solvabilidade, o Bankinter realça que termina o semestre com um rácio de capital CET1 (fully loaded) de 11,3%, e de CET 1 (phase in) de 11,6%, muito acima dos 6,5% exigidos pelo Banco Central Europeu.

Quanto ao Bankinter Portugal, os depósitos dos clientes chegaram aos 4.000 milhões de euros em 30 de junho último, mais 35% do que há um ano e os créditos aos investimentos dos clientes foram de 4.600 milhões de euros, um aumento de 4%.

A margem bruta da filial portuguesa do banco espanhol no final do primeiro semestre do corrente ano 75,3 milhões de euros, com um lucro antes de impostos de 18,8 milhões de euros.

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Acionista chinês da TAP falha negócio nos EUA

Grupo HNA pretendia investir 400 milhões de dólares numa empresa de entretenimento norte-americana mas viu o seu plano ser rejeitado pelas autoridades.

Cada vez mais pressionado pelo escrutínio das autoridades, o grupo chinês HNA viu a sua oferta de 416 milhões de dólares para a compra da empresa de entretenimento e comunicações Global Eagle ser recusada pelos reguladores norte-americanos.

Este acionista da TAP pretendia investir através da sua subsidiária Shareco Technologies, mas a proposta não teve luz verde do comité de investimento estrangeiro nos EUA, anunciou esta terça-feira a Global Eagel em comunicado enviado ao mercado e citado pela agência Bloomberg. A oferta tinha sido anunciada em novembro.

Este negócio colapsa num momento em que as autoridades norte-americanas, europeias e chineses começam a apertar o escrutínio em torno deste grupo que começou por ser uma transportadora aérea regional na ilha de Hainan, mas que nos últimos anos se transformou num grande conglomerado com interesses em setores que vão desde a hotelaria (Hilton) até à banca (Deutsche Bank). Aquisições realizadas com recurso à dívida que supera já os 73 mil milhões de dólares.

Também os bancos de investimento em Wall Street já começaram a manifestar as suas reservas em relação a este grupo chinês. O Bank of America foi o último dos bancos a avisar os banqueiros de investimento para deixarem de apoiar transações do HNA, seguindo a política de outras grandes instituições financeiras como o Citigroup ou Morgan Stanley.

Crescem os receios em torno dos investimentos chineses fora de portas, circunstância que também levou o Banco Central Europeu a lançar uma investigação à legitimidade da presença do HNA no capital do Deutsche Bank.

O HNA já anunciou negócios de mais de 40 mil milhões de dólares desde o início de 2016, de acordo com a Bloomberg. Há transações pendentes, como a compra da SkyBridge Capital, fundada pelo novo diretor de comunicação da Casa Branca Anthony Scaramucci, e que está a ser avaliado pelas autoridades norte-americanas.

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Chineses da HNA asseguram 2,5% da TAP

  • ECO
  • 26 Julho 2017

Grupo chinês já concretizou a entrada na Atlantic Gateway através de um investimento de 84 mil euros. HNA passa a deter 2,5% da TAP numa altura em que atividade do grupo é escrutinada lá fora.

O grupo chinês HNA já concretizou a entrada no capital da Atlantic Gateway, num investimento de 84 mil euros através da Hainan Airlines e que permite ao investidor asiático assegurar indiretamente uma posição de 2,52% do capital da transportadora aérea portuguesa TAP.

De acordo com o jornal Público (acesso pago), o grupo chinês é agora dono de 5,6% da Atlantic Gateway, o consórcio privado que detém 45% da TAP. Dentro deste consórcio, o empresário Humberto Pedrosa, por via da sua holding pessoal, a HPGB (através da qual detém a Barraqueiro) manteve os 51% que já detinha, enquanto David Neeleman viu a sua posição reduzida de 49% para 43,4%.

Com este negócio, a TAP passa a ser detida em 2,52% pelo grupo chinês, enquanto Pedrosa e Neelman assumem posições de 22,95% e 19,53%, respetivamente. O restante capital está distribuído pelo Estado (50%) e os trabalhadores detêm uma fatia de 5% na sequência da oferta pública de venda.

O Público lembra que peso no capital social não corresponde a idêntico peso de direitos económicos (como em caso de distribuição de dividendos), que são detidos maioritariamente pelos grandes investidores privados, incluindo agora a HNA.

A entrada da HNA na Atlantic Gateway surge num momento em que as autoridades e bancos apertam o escrutínio em relação à atividade do grupo que nos últimos anos tem realizado investimentos avultados em todo o mundo, com compras que vão desde os hotéis Hilton até ao banco alemão Deutsche Bank.

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Fnac com novo dono? Artémis negoceia a sua participação

A francesa Artémis concordou abdicar da posição de acionista de referência a favor da alemã Ceconomy, a detentora da MediaMarkt. Falta só a confirmação dos reguladores.

A Fnac Darty, grupo que acolhe a Fnac, está a operar uma mudança nos seus acionistas. A Artémis concordou vender a sua posição de 24,33% na Fnac Darty à alemã Ceconomy, que passa assim a ser o acionista de referência da marca.

O acordo já foi fechado entre a Artémis e a Ceconomy. Faltam apenas as condições regulatórias para efetivar a venda, que deverá assim ser concluída no final do próximo mês de agosto.

A Ceconomy é uma empresa de retalho focada nos bens eletrónicos. O seu portefólio já conta com marcas como a MediaMarkt, Saturn e Redcoon. Pieter Haas, o CEO da Ceconomy afirma que “O investimento na Fnac Darty é uma ótima oportunidade por duas razões: primeiro, pela exposição ao mercado francês e ao forte segmento de eletrónica para consumidores. Em segundo lugar, consolida a posição de plataforma de eletrónica líder na Europa“.

Jacques Veyrat, presidente da Fnac Darty, olha para a Ceconomy como “um reforço para o desenvolvimento do grupo”, declara à Bloomberg. François-Henri Pinault, do conselho de administração da Artémis, acredita que deixa um grupo que “nunca esteve mais forte”, sem apresentar a razão pela qual decidiu abdicar da sua posição. A Artémis detinha uma posição na Fnac Darty desde que esta entrou em bolsa, em 2013.

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Época de resultados não anima bolsa de Lisboa

EDP Renováveis mais do que duplicou os lucros no semestre, mas as ações cedem 2,5%. Investidores nacionais pouco animados em plena temporada de apresentação de resultados.

Em plena temporada de resultados em Lisboa, os investidores parecem pouco animados esta quarta-feira. A bolsa cede no arranque da sessão com oito cotadas em baixa. Com maior apetite comprador, as praças europeias seguem em sentido contrário.

O PSI-20, o principal índice português, cede 0,1% para 5.280,22 pontos, pressionada sobretudo pela EDP Renováveis, cujos títulos perdem 2,6% para 6,781 euros, ainda acima dos 6,75 oferecidos pela EDP que ontem anunciou que não vai alterar o preço da oferta.

Antes da abertura da bolsa, a EDP Renováveis anunciou uma subida de 128% do lucro para 134 milhões de euros no primeiro semestre do ano, acima do esperado pelos analistas. “Estes resultados são relevantes para uma análise fundamental da empresa embora para a cotação da ação seja mais importante a OPA em curso”, referem os analistas do BPI.

Mas há mais empresas a prestar contas ao mercado ainda esta semana. É o caso da Jerónimo Martins, que o faz esta quarta-feira depois do fecho da bolsa. As ações da dona do Pingo Doce somam 0,35% para 17,40 euros. Os analistas esperam lucro de 100,3 milhões de euros.

Já amanhã anunciam resultados a EDP e o BCP. As ações destes dois pesados da bolsa nacional somam ligeiros 0,14% e 0,2%, respetivamente.

“A época de resultados em Portugal irá ganhar uma maior intensidade durante esta semana”, acrescentam os analistas do BPI. Salientam que, no plano europeu, “um ponto de interesse do dia de hoje será verificar se a aprovação de novas sanções à Rússia pelo Congresso Americano terá um impacto nas ações das empresas europeias mais expostas a este país”.

Neste contexto, os mercados europeus conseguem recuperar da pressão vendedora das últimas sessões. Em alguns das bolsas, os analistas apontavam para “uma situação de sobrevendido, (…) especialmente o Dax em virtude do peso das ações cíclicas, penalizadas pelo euro”. Com efeito, a bolsa de Frankfurt ganha 0,2%. As valorizações nas restantes praças europeias também não iam além dos 0,5%.

(Notícia atualizada às 8h24)

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É oficial: Sonae Capital compra Adira

A Autoridade da Concorrência já aprovou. A Sonae Capital pode avançar definitivamente para a aquisição da metalúrgica.

É uma aquisição de nove milhões sobre a totalidade do capital da Adira que a Sonae Capital efetiva esta quarta-feira. A Autoridade da Concorrência deu a luz verde que faltava.

O anúncio oficial veio em comunicado à CMVM esta quarta-feira. A Sonae já tinha anunciado a aquisição da empresa de moldagem de metal Adira e da sua participada Guimadira no dia 9 de junho.

O valor avançado foi de nove milhões de euros, mas poderá variar consoante o desempenho que a empresa apresentar nos próximos anos. A Adira fechou 2016 com uma dívida líquida de 6,7 milhões de euros. Até à data, a metalúrgica tem dirigido a sua atividade maioritariamente ao mercado externo, que passa pelo desenvolvimento, conceção, fabrico, produção e comercialização de máquinas-ferramentas.

A Sonae efetiva esta compra pouco depois da aquisição de uma empresa de energias renováveis em Ferreira do Alentejo, a Ventos da Serra, por um preço global de 29,1 milhões de euros. A Sonae Capital teve um prejuízo de 4,85 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, prejuízo superior aos 3,88 milhões de euros em igual período do ano passado.

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EDP Renováveis mais do que duplica lucro para 134 milhões

Lucro da EDP Renováveis disparou mais de 100% na primeira metade do ano. Receitas aumentaram 11%. Resultados que surgem numa altura em que a casa-mãe tem uma OPA sobre a cotada.

A EDP Renováveis mais do que duplicou o lucro registado no primeiro semestre do ano. A subsidiária da EDP obteve um resultado líquido de 134 milhões de euros entre janeiro e junho, o que corresponde a um aumento de 128% do resultado líquido registado no mesmo período de 2016. No segundo trimestre, o lucro foi de 66 milhões de euros, mais 12% em termos homólogos.

Em termos semestrais, a cotada liderada por João Manso Neto observou uma subida de 11% das receitas, tendo faturado 988 milhões de euros — contra dos 889 milhões de faturação no ano anterior.

Também o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentou 11% para 719 milhões de euros, “beneficiando da superior produção não obstante o aumento nos outros custos operacionais (que incluem impostos), principalmente relacionado com o crescimento da capacidade em operação”, diz a EDP Renováveis em comunicado enviado ao mercado.

Este resultado surge numa altura em que a casa-mãe lança mão sobre as ações que ainda não detém na EDP Renováveis. Ainda esta terça-feira, a EDP informou que não vai mudar a contrapartida de 6,75 euros que está a oferecer na oferta pública de aquisição (OPA) que termina na próxima semana. Em causa estão cerca de 22,5% de capital da subsidiária de energias limpas.

Outros dois destaques dos resultados da EDP Renováveis:

  • O fluxo de caixa: “A EDP Renováveis atingiu uma sólida geração de fluxo de caixa. Após a conversão em caixa do EBITDA, os impostos do período, juros, despesas bancárias e derivados e pagamentos de dividendos/juros a minoritários, o Fluxo de Caixa Retido aumentou [41%] para 574 milhões de euros”.
  • Dívida líquida: “Em junho de 2017, a dívida líquida totalizava 3,13 mil milhões de euros, espelhando os investimentos realizados no período e a consolidação da dívida do México, juntamente com o fluxo de caixa gerado pelos ativos no período, os recebimentos das vendas de participações minoritárias e as conversões cambiais”.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

O dia ficará marcado sobretudo por apresentações de resultados, mas o fim da reunião da Fed, que deverá anunciar se sobe ou não os juros, também promete ocupar os investidores.

A par da Jerónimo Martins e da EDP Renováveis em Portugal, o Facebook e a Nintendo são apenas duas das empresas que apresentam resultados esta quarta-feira. Ainda assim, com os investidores à espera de lucros, as atenções estarão voltadas para a Fed, que anuncia se mexe ou não nas taxas de juro nos EUA.

Reserva Federal anuncia decisão sobre aos juros

O dia ficará marcado pelo fim da reunião do Comité do Mercado Aberto. A Reserva Federal norte-americana irá divulgar a sua posição quanto à política monetária para a próxima temporada, bem como anunciar se sobe ou mantém os juros. Os investidores não estão a antecipar uma subida dos juros já este mês, mas é provável que a entidade de Janet Yellen tenha qualquer coisa a dizer sobre a implementação do corte do balanço de 4,5 biliões de dólares.

Resultados da Jerónimo Martins e EDP Renováveis

Continua a temporada de apresentações de resultados. Esta quarta-feira é a vez da Jerónimo Martins e da EDP Renováveis prestarem contas aos investidores. A Bloomberg estima que a retalhista apresente um lucro superior a 100 milhões de euros no segundo trimestre, após o fecho do mercado. Confirmado o valor, o resultado líquido semestral da dona do Pingo Doce deverá rondar os 178 milhões de euros. Quanto à EDP Renováveis, estima-se que a empresa tenha gerado um lucro de 121,9 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.

Como se vai comportar a Impresa?

A dona da Sic tem estado sob pressão na bolsa de Lisboa, depois de falhar uma emissão de obrigações alegando alterações no mercado, mas que o ECO soube ter sido cancelada pela fraca procura. Desde a última sexta-feira, os títulos do grupo Impresa já desvalorizaram mais de 19%, estando em mínimos desde meados do mês passado. Esta terça-feira, as ações da empresa afundaram 13,7%, pelo que os investidores estarão atentos ao desempenho da Impresa no PSI Geral esta quarta-feira.

Dados das reservas de petróleo nos EUA

Numa semana positiva para os preços do petróleo, em que a matéria-prima valorizou em Londres e Nova Iorque face às expectativas de um abrandamento no crescimento da produção, os Estados Unidos irão revelar a estatística semanal das reservas de petróleo no país, um dado que fará mexer o mercado das matérias-primas.

Grandes empresas prestam contas lá fora

No que toca a resultados lá fora, o dia será recheado de apresentações. As protagonistas serão empresas bem conhecidas em todo o mundo, como o Facebook, a Nintendo, a Coca-Cola, a Ford e a Boeing.

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