Trump dita tropeção em Wall Street

Os três principais índices bolsistas norte-americanos encerraram a semana no vermelho. A quebra da General Electric pesou, mas o foco dos investidores esteve nas investigações ao presidente dos EUA.

As ações norte-americanas terminaram no vermelho depois de uma semana marcada pela divulgação de contas e por novos recordes para os principais índices bolsistas. Mas também pelo aperto do cerco em torno do presidente norte-americano, perante a ameaça de que os seus negócios financeiros venham a ser alvo de investigação, que ditou pressão sobre Wall Street nas duas últimas sessões da semana.

O índice S&P 500 terminou a sessão desta sexta-feira a recuar 0,04%, para os 2.472,54 pontos, enquanto o Dow Jones fechou a perder 0,15%, para os 21.580,07 pontos, numa sessão em que o foco esteve nos resultados empresariais da General Electric que, apesar de terem melhorado revelaram uma quebra de 12% nas receitas face ao período homólogo. As suas ações fecharam a perder mais de 3%. Por sua vez, o Nasdaq fechou a desvalorizar 0,04%, para os 6387,75 pontos, recuando assim de um novo recorde firmado na sessão anterior.

Wall Street parou assim para respirar após uma semana marcada por resultados que, no seu conjunto, foram bem recebidos pelo mercado e saíram acima do esperado. Cerca de 20% das cotadas do índice S&P 500 já divulgaram contas, sendo que os lucros de 73% superaram as estimativas dos analistas, enquanto 77% bateram as previsões de vendas, segundo referiu John Butters, analista da factSet, à CNBC.

Foi uma semana forte para as ações“, afirmou também à CNBC, Peter Cardillo, economista-chefe da First Standard Financial, justificando em parte a quebra dos índices norte-americanos na fase final da semana, com o calendário de resultados da próxima semana. “Existe alguma ansiedade à medida que se aproxima o fim de semana”, afirmou.

A próxima semana é rica no que respeita ao calendário de divulgação de contas nos EUA, com cerca de 170 cotadas do S&P 500 agendadas para revelarem os seus números. No centro das atenções dos investidores estará também a reunião dos membros da OPEP, na Rússia, ocasião em que será discutida a eficácia dos cortes de produção de petróleo.

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Relógios Tudor apresentam-se em Lisboa

  • Fernando Correia de Oliveira
  • 21 Julho 2017

Com David Beckham como embaixador da campanha, a marca Tudor, do universo Rolex, apresentou novidades na Baselworld 2017.

Já demos aqui algumas das novidades que a Tudor, marca do universo Rolex, fundada como esta por Hans Wilsdorf, apresentou na Baselworld 2017. Agora, a marca organizou em Lisboa uma apresentação para a imprensa que não esteve presente na maior feira do mundo em termos de relojoaria.

Alguns apontamentos:

Em 2017, a Tudor lançou uma nova campanha de comunicação, “Born To Dare”, refletindo a história da marca e sublinhando o que ela continua a ser hoje – ligada à ação e ao desporto em terra, gelo, mar e ar.

O grande protagonista desta campanha é David Beckham. Na foto, uma das escolhas do antigo futebolista, modelo e ativista de causas sociais – o Tudor Bçack Bay Aço e Ouro, um cronómetro certificado COSC, calibre automático com data, estanque até 200 metros.

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TimeWalker, uma homenagem à glória automobilística

  • Fernando Correia de Oliveira
  • 21 Julho 2017

Renascimento dos relógios profissionais mostra o desempenho e a inovação da nova coleção da Montblanc.

De todos os desportos motorizados, as corridas de carros são as que sempre tiveram uma ligação mais direta ao cronógrafo. A história da condução competitiva e do tempo de desempenho são tão inseparáveis que não poderia existir sem o outro. Com a capacidade de capturar e gravar o tempo para a eternidade, o cronógrafo testemunhou alguns momentos marcantes do desporto automóvel.

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Tradição e inovação são base da Masterpiece

  • Fernando Correia de Oliveira
  • 21 Julho 2017

Em 2006, a Maurice Lacroix apresentou o primeiro calibre totalmente desenvolvido por si, o ML 106, um cronógrafo automático, que tem servido de base à linha Masterpiece.

A marca Maurice Lacroix foi fundada em 1975, proprietária da suíça Desco, com raízes no comércio da seda e existente desde 1889 mas presente desde 1946 na produção de relógios.

Durante os anos 1980, a marca teve uma ascensão meteórica, preservando a tradição relojoeira helvética mas juntando-lhe uma estética moderna e cosmopolita. Em Portugal, a Maurice Lacroix teve também uma fase de crescimento exponencial, afetada quando o importador para o mercado nacional desapareceu.

Agora com novo representante no país, a marca relança-se em força. Seja com a sua linha topo de gama, Masterpiece, equipada com calibres próprios, seja com modelos mais acessíveis, com calibres de quartzo, mas nunca transgredindo na qualidade e no design dos materiais.

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Maurice Lacroix relançada em Portugal

  • Fernando Correia de Oliveira
  • 21 Julho 2017

Depois de várias décadas de experiência no domínio da alta relojoaria, a Maurice Lacroix afirma-se cada vez mais como marca independente. Em Portugal, depois da mudança de importador, a manufactura su

Na década de 1990, a Maurice Lacroix foi um caso de notoriedade no mercado português, fruto de preços muito competitivos e de uma estética que mistura o clássico com o arrojo contemporâneo. Mas o representante da marca saiu de cena e, durante uns anos, ela sofreu com a indefinição criada. Mas, desde há dois anos, com o novo representante, a Maurice Lacroix volta lentamente à posição que já ocupou. E tem argumentos para isso.

A Maurice Lacroix tem as suas origens em 1961, a partir de uma estrutura de montagem criada em Saignelégier, no Jura suíço, com o dono, a Desco von Schulthess (empresa centenária helvética ligada ao comércio da seda). Ali, passa a fabricar aí relógios para várias marcas. Em 1975, a Maurice Lacroix lança o primeiro modelo com o seu nome, começando pelo mercado austríaco. No ano seguinte, avança para outros mercados, sendo Portugal um dos primeiros.

Na década de 1990, a Maurice Lacroix começa a introduzir várias complicações nos seus relógios e introduz a linha Masterpiece, equipada com um calibre cronógrafo totalmente desenvolvido internamente.

Atualmente, e mantendo essa linha topo de gama, a Maurice Lacroix apresenta igualmente soluções com calibres de quartzo. Ambas a preços muito competitivos, dada a qualidade dos materiais utilizados e a complexidade das funções disponibilizadas.

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Serralves lança edição especial de joalharia portuguesa

  • Fernando Correia de Oliveira
  • 21 Julho 2017

Alcino, Bruno da Rocha, Eleuterio, Liliana Guerreiro e Luísa Rosas apresentaram em Serralves uma coleção exclusiva e limitada de joalharia portuguesa.

A Fundação de Serralves e a AORP – Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal associaram-se para lançar uma coleção exclusiva e limitada de joalharia portuguesa inspirada no património arquitetónico de Serralves.

Bastião da arte contemporânea em Portugal, Serralves tem no seu património edificado dois ícones da arquitetura nacional. O Museu de Serralves, projetado por um dos mais notáveis arquitetos portugueses, Siza Vieira, tem no minimalismo da forma a função perfeita. Já a Casa de Serralves é uma das mais emblemáticas representações da Art Déco em Portugal.

A coleção Portuguese Jewellery Serralves Special Edition inspira-se nos traços, nas texturas e nos padrões do Museu e da Casa de Serralves, apresentando propostas heterogéneas que revelam o caráter distintivo de cada uma das marcas que integram o projeto – Alcino, Bruno da Rocha, Eleuterio, Liliana Guerreiro, Luísa Rosas e Monseo.

Esta iniciativa é, acima de tudo, uma mostra da nova estética da joalharia portuguesa contemporânea e da forma como esta tem evoluído sem perder a autenticidade da tradição e das técnicas artesanais que a distinguem em todo o mundo.

Ana Freitas, Presidente da AORP

A coleção Portuguese Jewellery Serralves Special Edition estará à venda na Loja de Serralves até 20 de fevereiro de 2018 e em pontos de venda selecionados a nível nacional e internacional.

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100 Maneiras é o melhor restaurante do mundo para a Monocle

Informalidade, excentricidade e horário alargado do espaço fazem do restaurante português o melhor do mundo para a revista britânica. O grupo prepara-se para abrir outro espaço em Lisboa.

O restaurante do chef Ljubomir Stanisic ficou em primeiro lugar do Restaurant Awards da revista britânica Monocle. Segundo o site da revista, o Bistro 100 Maneiras ficou em primeiro lugar do ranking de 2017, seguido por um restaurante de Tóquio e outro de Nova Iorque. Em reação no seu Facebook, o chef agradeceu à equipa: “Este prémio é vosso! Felicidade é isto!”, escreveu.

Na descrição que faz ao restaurante, a reconhecida revista refere a informalidade do espaço, mas também a excentricidade que é o “ingrediente crucial”. A Monocle assinala o horário tardio do Bistro 100 Maneiras, aberto até às 2h, como um razão para manter felizes os clientes. Esta é a terceira edição dos prémios atribuídos pela revista britânica, que distingue anualmente 50 restaurantes em todo o mundo.

Na avaliação anual, os editores e colaboradores da Monocle avaliam os espaços onde comeram as melhores refeições do ano com base nos ingredientes, serviço, ambiente e consistência. “Aqui, oferecemos um manifesto para refeições memoráveis que renunciam ao capricho das estrelas Michelin e ao tédio de pequenas porções servidas ao longo dos vários pratos. (…) Os nossos prémios vão para os restaurantes genuínos, honestos e interessantes em que os nossos correspondentes comeram no último ano”, explica a organização.

Em comunicado, o restaurante refere que “o prémio atribuído pela Monocle tem um sabor especial, não só porque reconhece o trabalho feito ao longo dos últimos sete anos mas também porque o grupo se prepara para abrir, dentro dos próximos meses, um novo espaço na capital”.

Este espaço existe desde 2010, mas segundo o comunicado vai ser substituído por um novo restaurante que terá “uma cozinha à altura” das ambições de Stanisic.

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Juncker convidado para o próximo Conselho de Estado

  • Lusa
  • 21 Julho 2017

Esta foi a sexta reunião do órgão político de consulta presidencial convocada por Marcelo Rebelo de Sousa desde que tomou posse, em 2016, tendo ocorrido após um período político conturbado.

O Conselho de Estado manifestou esta sexta-feira o seu “profundo pesar pela Tragédia de Pedrógão Grande” e decidiu convidar o presidente da Comissão Europeia para a próxima reunião, que ficou marcada para 30 de outubro.

Na breve nota divulgada após a reunião daquele órgão de consulta presidido por Marcelo Rebelo de Sousa, lê-se que o presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, será o convidado do próximo encontro, a realizar em 30 de outubro.

O Conselho de Estado “formulou um voto de profundo pesar pela Tragédia de Pedrógão Grande, evocando respeitosamente as vítimas e manifestando às respetivas famílias e sua viva solidariedade”, refere a nota divulgada após a reunião.

O órgão de consulta presidencial analisou ainda “a atual conjuntura económica e financeira do país”, refere ainda o texto. As duas reuniões estavam previstas para junho, mas acabaram por ser adiadas devido aos incêndios que atingiram o centro do país nessa altura.

Os democratas-cristãos chegaram até a pedir uma audiência ao Presidente da República para abordar as questões de Pedrógão Grande e de Tancos e pedir as demissões dos ministros da Administração Interna e da Defesa.

No debate sobre o Estado da Nação, no parlamento, em 12 de julho, o primeiro-ministro, António Costa, recusou liminarmente a demissão de Constança Urbano de Sousa, com a pasta da Administração Interna, e de Azeredo Lopes, da Defesa.

Desde que Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse, a 9 de março de 2016, realizaram-se já cinco reuniões do Conselho Superior de Defesa Nacional, a primeira logo no mês em que assumiu funções, no dia 24. Em 2016 houve outras três reuniões, em 12 de julho, em 6 de outubro – a bordo do navio-escola “Sagres”, na Base Naval de Lisboa – e em 6 de dezembro, no Porto. Este ano, houve uma reunião, no dia 13 de março.

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IGCP duplica valor da emissão de obrigações a particulares

  • Lusa
  • 21 Julho 2017

O IGCP subiu esta sexta-feira o valor da emissão de obrigações dirigida a particulares para 1.200 milhões de euros.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) subiu esta sexta-feira para 1.200 milhões de euros o montante a emitir em Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), cuja subscrição privada termina na próxima sexta-feira.

Na segunda-feira teve início a subscrição da quinta série de OTRV, sendo que o IGCP previa emitir 500 milhões de euros com este instrumento de dívida pública de retalho a médio prazo que pretende captar a poupança das famílias.

No entanto, o IGCP admitia vir a aumentar o valor nominal global da emissão até esta sexta-feira, o que se verificou, segundo uma nota publicada na sua página oficial, que dá conta do aumento para 1.200 milhões de euros do montante a emitir (mais do dobro do inicialmente previsto).

Estas obrigações são emitidas por um período de cinco anos, com reembolso em agosto de 2022, dando aos seus titulares o direito a receber um juro variável e igual à Euribor a seis meses acrescida de 1,6%. Como esta taxa está a valores negativos, significa que o juro mínimo pago é de 1,60%.

O pagamento dos juros será feito semestralmente e no fim do respetivo período de contagem de juros em fevereiro e em agosto de cada ano. Cada subscritor pode investir no mínimo mil euros e no máximo um milhão de euros neste instrumento, devendo as ordens ser transmitidas em múltiplos de mil e subscritas junto de uma instituição de crédito.

Desde abril de 2016, esta é a quinta série de OTRV que o IGCP lança, tendo vindo a baixar a taxa de juro mínima paga aos subscritores: começou em 2,2%, baixando sucessivamente até à série que tem início hoje, que tem um juro mínimo de 1,6%.

À semelhança de outros instrumentos de retalho, a emissão das OTRV promove a aplicação da poupança de médio e longo prazo dos aforradores em títulos de dívida com características idênticas às Obrigações do Tesouro, embora com remuneração variável.

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British Hospital já está nas mãos da Luz Saúde

A Luz Saúde comunicou à CMVM que concluiu a aquisição do British Hospital. A empresa não revelou o valor do negócio.

O British Hospital já está nas mãos da Luz Saúde, depois da Autoridade da Concorrência ter dado luz verde ao negócio. O grupo informou esta sexta-feira a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários que concluiu a operação. Assim, o British Hospital passa a integrar o grupo Luz Saúde.

“Esta aquisição, agora concluída, vem reforçar a estratégia da Luz Saúde de alargamento e diferenciação da sua oferta em cuidados de saúde, constituindo um novo passo na consolidação da Rede Hospital da Luz e da sua missão de alcançar os melhores resultados de saúde para os seus clientes”, afirma a empresa no comunicado para os mercados.

A empresa ficará assim com um total de 22 unidades de saúde, entre hospitais, clínicas e residências sénior. A operação foi anunciada no final de maio deste ano, tendo recebido a luz verde da Autoridade da Concorrência no início deste mês. No comunicado, a Luz Saúde não refere qual é o valor da transação. Contactada pelo ECO, a empresa não respondeu até ao momento.

No negócio inclui-se, para além das Torres de Lisboa, o British Hospital Saldanha Microcular, unidade em Lisboa de cuidados de saúde sobretudo da área oftalmológica, especializada em cirurgia laser, e 90,41% do capital social do British Hospital Management Care, também integrado no campus das Torres de Lisboa, que presta cuidados na área da sinistralidade, caso de acidentes de trabalho, e serviços de fisioterapia.

A Luz Saúde — empresa detida pela Fidelidade desde 2014, após a queda do Grupo Espírito Santo — alarga assim o seu leque de investimentos na área, depois de ter lucrado menos e da dívida ter crescido no ano passado. A empresa lucrou menos num ano em que aumentou a despesa com os investimentos na expansão da rede. Em 2016, entre compras e obras de ampliação, gastou 54 milhões, o que fez crescer o montante em dívida para mais de 200 milhões de euros.

No ano passado, a Luz Saúde adquiriu o Hospital da Luz Guimarães, o Hospital do Mar Gaia e começou a construção de uma nova unidade em Vila Real. Já em março deste ano, a empresa da Fosun comprou 81,14% do capital da empresa que explora a “Clínica de Santa Catarina” e “Policlínica do Caniço” duas unidades privadas de saúde no Funchal.

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PT: Adesão à greve de 19%? “Devem estar noutro país”

A PT diz que a adesão à greve fixou-se nos 19% até às 18h desta sexta-feira. Os sindicatos falam em 80% e, citando números da polícia, em cinco mil trabalhadores na rua.

Eram esperadas no mínimo 1.500 pessoas. Segundo os sindicatos contactados pelo ECO, a polícia falava em 5.000 pessoas. Da sede de Picoas até à residência oficial do primeiro-ministro, onde este não estava por causa do Conselho de Estado, seguiu o desfile da manifestação. A PT, que emprega cerca de 9.400 trabalhadores, diz que a adesão foi de 19%.

Em comunicado, a PT garante que os serviços prestados aos clientes foram “todos” assegurados. “Até às 18h de hoje a adesão [nacional] à greve foi de 19%“, indicou a empresa ao final da tarde desta sexta-feira. Ou seja, cerca de 1.800 trabalhadores. Em reação, o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (SINTTAV), Manuel Gonçalves, diz que “devem estar noutro país”. “Isso só revela o que eles são”, critica.

“Esta foi uma greve sui generis”, classifica. Apesar de admitir que não foi possível apurar os dados com rigor, em declarações ao ECO, Manuel Gonçalves fala de uma adesão à greve fora de Lisboa na ordem dos 80%, reconhecendo que na capital a adesão foi menor por causa da concentração de quadros superiores. Na Madeira refere 98% e nos Açores 80%. “Ultrapassou as nossas expectativas, particularmente a manifestação“, assinala o sindicalista.

A mesma tese é confirmada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom. Jorge Félix reconhece que em Lisboa a adesão foi menor, mas por causa da “pressão enorme” da própria empresa. Sobre números globais, Félix é mais cauteloso, referindo entre 60% a 70%, citando números da polícia de 5.000 trabalhadores na rua. “Esse número [19%] é uma tentativa de minimizar esta greve histórica, que juntou a UGT e a CGTP“, afirma ao ECO.

Este é o primeiro protesto de trabalhadores da PT a contar com a participação de todos os sindicatos da dona da Meo, juntando ainda a CGTP, a UGT, o PCP e o BE. A PT pôde garantir serviços mínimos nos termos da lei, mas foi acusada de estar a convocar trabalhadores de forma irregular.

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Fundos já sabem o que os espera na troca de obrigações do Novo Banco

Os fundos internacionais já conhecem as condições gerais da troca de obrigações do Novo Banco e devem responder até à próxima quinta-feira. A seguir, proposta vai chegar ao mercado.

A proposta de troca de obrigações do Novo Banco, condição necessária para fechar o acordo de venda ao fundo Lone Star, já foi comunicada aos principais investidores nas suas condições genéricas, numa maratona de reuniões em Lisboa durante esta semana e que começou logo na segunda-feira, apurou o ECO junto de fontes que acompanham o processo. A partir de agora, o Banco de Portugal e a administração do banco vão aguardar as respostas destes fundos internacionais, até quinta-feira da próxima semana, e avaliar se podem ou não vir a ser incorporadas na proposta final a apresentar formalmente ao mercado até 31 de julho.

A semana foi, aliás, cheia, porque na agenda destas reuniões sobre o Novo Banco esteve a troca de obrigações que está agora para chegar ao mercado, mas também a resolução da retransferência de cinco séries de obrigações seniores em dezembro de 2015 e que resultou na passagem de 2,2 mil milhões de euros do Novo Banco para o ‘BES mau’. As duas negociações são paralelas, mas há fundos comuns e, claro, a resolução de um, o de 2015, ajudaria a convencer os investidores a aceitarem a troca de obrigações de 2017. Mas vamos por partes.

Depois de meses de discussão e preparação da proposta de LME (Liability Management Exercise) – que tem por objetivo garantir um impacto positivo de 500 milhões de euros nos rácios de capital do Novo Banco e é uma condição necessária para fechar a venda ao Lone Star – finalmente houve uma apresentação formal aos principais investidores, um grupo no qual estão fundos como a Pimco, o York Capital Management e a Poulsen, por exemplo. Estes fundos criaram um Comité de Credores do Novo Banco, tendo contratado a firma britânica PJT Partners como assessora financeira para os representar, que também participou nestas reuniões. O ECO sabe que foi assinado um Non Disclosure Agreement (NDA) com os referidos fundos.

O Novo Banco, recorde-se, contratou três bancos de investimento para fazer os contactos com o mercado. Os assessores financeiros escolhidos foram a Mediobanca, o Deutsche Bank e o JP Morgan. Em simultâneo, a proposta foi trabalhada entre o Novo Banco e o Banco de Portugal, entre António Ramalho e Sérgio Monteiro, nem sempre com a mesma posição de partida. E, em Bruxelas, seguiram-se as discussões para ter a aprovação das autoridades europeias. Agora, com as reuniões das últimas 24 horas, é dado o último passo para levar a proposta ao mercado.

O que se sabe, até agora? Como o ECO revelou em primeira mão, a operação de troca de obrigações – que abrange um universo de três mil milhões de euros de obrigações ‘vivas’ e fundos como a Pimco ou a BlackRock, por exemplo, mas também particulares — vai estar disponível no mercado em agosto e setembro. “A oferta será menos agressiva do que se espera e terá em conta o preço médio ponderado pelo volume de transações destas séries de obrigações desde a resolução do BES e criação do Novo Banco, em agosto de 2014”, revelou uma fonte que está na operação. O objetivo, acrescenta a mesma fonte, “é garantir que os investidores não perdem dinheiro do ponto de vista nominal, mas ‘apenas’ que ganhem menos, o que não é indiferente”. Outra fonte admite que a solução de troca de obrigações pode envolver também o pagamento imediato em dinheiro aos investidores, embora não tenha sido possível confirmar em que condições.

E as obrigações de dezembro de 2015?

O dossiê de 2015, esse, é mais complexo. E envolve mais fundos: além da Pimco também a BlackRock, a Attestor Capital, a Pioneer Investment fund e o BBVA, entre outros. Para garantir o reforço de capital do Novo Banco em final de 2015, a Autoridade de Resolução nacional, o Banco de Portugal, decidiu passar cinco séries de obrigações para o ‘BES mau’, no valor de 2,2 mil milhões de euros. Esta decisão surpreendeu os investidores que, numa iniciativa inédita, moveram processos judiciais contra o Banco de Portugal, e que continuam a correr nos tribunais.

Ainda assim, o Governo mostrou, desde cedo, disponibilidade para chegar a um entendimento com os fundos. Por várias razões: em primeiro lugar, uma auditoria da Deloitte mostrou que, em caso de liquidação do BES, os credores teriam direito a 31,7% do valor investido, é o chamado ‘No Creditor Worse Off’. Ora, contas redondas, os fundos teriam direito a cerca de 600 milhões de euros. Como o ECO já tinha avançado em primeira mão, o Governo e o Banco de Portugal admitem um valor abaixo dos mil milhões de euros.

Contactado pelo ECO, fonte oficial do Ministério das Finanças é perentória: “Não há nenhum princípio de acordo entre o Estado e os fundos internacionais“. E Mais: Se o secretário de Estado das Finanças, Mourinho Félix, vê um entendimento com bons olhos, passa a responsabilidade do acordo para Carlos Costa, do Banco de Portugal. “Qualquer acordo terá sempre que ser feito entre as partes em litígio, os investidores em obrigações retransmitidas e a Autoridade de Resolução (Banco de Portugal). O Estado é alheio à decisão tomada pela Autoridade de Resolução em 29 de dezembro de 2015 e não é parte no litígio”.

O que é que Mourinho Félix quer dizer? É Carlos Costa que tem de fechar um acordo, mas o ECO sabe que, como tem sucedido noutras situações, como o Banif, o Governo está envolvido diretamente no processo e o Estado terá de funcionar como intermediário e garante do cumprimento desse acordo. De que forma? No dia 3 de junho, o ECO revelava que o Governo queria seguir o modelo austríaco nesta negociação. Basicamente, através da emissão de dívida pública com colocação privada e acordo de recompra com um prémio que sirva de indemnização.

De qualquer forma, uma fonte do Governo afirmou ao ECO que esta negociação está ainda em desenvolvimento. E lembra que a resolução do Banco Popular, em Espanha, trouxe dados novos à discussão. “Estes credores não podem esticar a corda nas negociações do LME do Novo Banco por causa da retransferência de obrigações de 2015, porque sabem que se não houver venda, a Autoridade de Resolução europeia toma uma decisão drástica e os fundos internacionais perdem tudo, como aconteceu em Espanha”.

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