S&P coloca rating do BCP sob vigilância positiva
A justificar a decisão da agência de notação financeira está o aumento de capital que vai decorrer nas próximas semanas, que poderá ajudar o BCP a ganhar "flexibilidade financeira".
A Standard & Poor’s (S&P) colocou o rating de longo prazo do BCP sob vigilância positiva. Significa isto que, na próxima avaliação, o rating do banco português, atualmente em B+, poderá ser revisto em alta.
A justificar a decisão da agência de notação financeira está o aumento de capital que vai decorrer durante as próximas semanas e que, se for bem-sucedido, vai ajudar o banco liderado por Nuno Amado a ganhar “flexibilidade financeira” e a “restaurar a confiança dos credores”, acredita a S&P.
"Se for bem-sucedido, consideramos que o aumento de capital poderá melhorar a qualidade do crédito do BCP.”
“Colocámos o Millennium BCP em CreditWatch com implicações positivas, depois de o banco ter anunciado um aumento de capital de 1,3 mil milhões de euros. Se for bem-sucedido, consideramos que o aumento de capital poderá melhorar a qualidade do crédito do BCP“, refere a agência, em nota divulgada esta segunda-feira.
O objetivo do BCP é reforçar os rácios de capital e devolver a ajuda de 700 milhões de euros que recebeu do Estado em 2012. Se conseguir cumprir estes objetivos ao completar com sucesso o aumento de capital, haverá três consequências positivas, nota a S&P:
- Fica implícito o apoio dos acionistas à estratégia da administração do banco;
- A flexibilidade financeira é melhorada, uma vez que os CoCos seriam pagos na totalidade e o banco estaria mais bem posicionado para cumprir as obrigações para com os acionistas, no que toca ao pagamento de cupões e dividendos;
- Pode ajudar a restaurar a confiança dos credores na capacidade do banco para cumprir os objetivos estratégicos e as metas financeiras, sobretudo na capacidade para melhorar a rentabilidade e limpar a exposição a ativos problemáticos (mesmo que o atual volume de ativos problemáticos esteja a cair gradualmente).
A S&P nota ainda que a possibilidade de a Fosun aumentar a participação no BCP para 30% terá um impacto “neutro” do ponto de vista da perspetiva do rating. “Ainda que uma participação de 30% possa tornar a Fosun num acionista relevante, com influência sobre a estratégia do BCP — o grupo passaria a ter até três membros no conselho de administração, a Fosun não terá controlo operacional direto”, salienta a agência de notação financeira.
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