Habitação: Banco CTT dá spread de 1,75%
Numa altura em que a maioria dos bancos está a dar crédito para compra de casa com spreads de 1,5%, Francisco Lacerda apresenta uma margem única de 1,75%. Mas é a TAER que importa, diz o banco.
O Banco CTT vai estrear-se na concessão de crédito à habitação com uma taxa ligeiramente acima do que está a ser praticado pelos restantes bancos a operar no mercado nacional. O banco detido pelos CTT está a oferecer um spread de 1,75%, nos empréstimos para a compra de casa. Para o ter é preciso subscrever poucos produtos.
Entre um conjunto de dez bancos a operar em Portugal, todos oferecem spreads valores inferiores a 2%. Uma realidade bastante distinta face a margens mínimas que chegaram a rondar os 4% durante o pico da crise. BCP e Santander Totta têm taxas mínimas que até agora só eram superadas pelo Bankinter, que dá 1,25%.
Oferta de spreads dos bancos
“Estamos muito convencidos que havia espaço no mercado de crédito à habitação para um banco como os CTT, que se relaciona de uma forma diferente com os clientes”, disse Luís Pereira Coutinho, CEO do Banco CTT.
Os CTT entram neste mercado com uma taxa que fica ligeiramente acima da média, mas a diferença está nas exigências para conseguir obter esta margem única. Para estes 1,75%, o banco pede apenas a subscrição de uma conta ordenado, além de seguros de vida e da própria habitação. Ou seja, produtos comuns. Os seguros são disponibilizados pela Mapfre, com quem os CTT têm uma parceria há muitos anos. O banco dispõe-se a financiar até 80% da avaliação do imóvel, para um prazo máximo de 40 anos.
Desta forma, apesar do spread, o banco pretende apresentar uma Taxa Anual Efetiva Revista (TAER), ou seja, a taxa que considera todos os custos do crédito — e que deve ser tida em conta pelos clientes na comparação de créditos de diferentes bancos — mais baixa do que os seus concorrentes neste mercado.
“Frequentemente dá-se muita importância ao spread. Mas será que este é verdadeiramente o custo relevante? O custo que uma família tem com o crédito da casa vai muito para além do spread. É sobre o custo global [TAER] que a nossa proposta vai incidir, afirmou João Melo Franco, membro da comissão executiva do Banco CTT. E acrescentou: “somos claramente a melhor proposta para 80% das famílias portuguesas”.
Uma posição também reforçada pelo CEO do banco. “A proposta cumpre os objetivos de transparência e simplicidade, que vão para além do spread. Temos um grande produto”, disse Luís Pereira Coutinho.
Francisco Lacerda, presidente do grupo CTT, em entrevista concedida ao ECO recentemente já tinha afirmado que o Banco CTT iria conceder crédito à habitação com “custos baixos”. Ao mesmo tempo, tinha salientado que tal como nos restantes produtos já comercializados pelo banco pretendia ter um produto simples.
(Notícia atualizada às 16h32)
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