Adenda ao acordo de concertação social assinada

Já está: depois da crise política da Taxa Social Única, o Governo substituiu a medida pela redução do PEC e hoje já assinou com os parceiros uma adenda ao acordo de concertação social.

A adenda ao compromisso tripartido para um acordo de concertação social de médio prazo foi assinado esta sexta-feira. Governo, patrões e UGT acordaram na retirada da descida da TSU e a entrada da redução do PEC, sendo que a CGTP ficou fora do acordo, tal como em dezembro. Esta reunião realizou-se uma semana e um dia depois do Conselho de Ministros aprovar a redução progressiva do Pagamento Especial por Conta.

A adenda é subscrita por Vieira da Silva, ministro do Trabalho, Carlos Silva, secretário-geral da UGT, João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal, e Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo Português.

A 25 de janeiro, o PSD, o BE, o PCP e o PEV chumbaram o decreto do Governo que previa uma descida temporária da TSU dos empregadores, em 1,25 pontos percentuais, como compensação pelo aumento do salário mínimo nacional para os 557 euros este ano. Na sequência do chumbo, o primeiro-ministro, António Costa, reuniu-se nessa quarta-feira de tarde com os parceiros sociais.

No dia seguinte, o Governo aprovou em Conselho de Ministros uma redução de 100 euros no PEC para todas as empresas sujeitas ao seu pagamento já a partir de março e até 1 de janeiro de 2019 e de mais 12,5% do remanescente da coleta paga por cada empresa. No mesmo dia, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião semanal do Conselho de Ministros, Costa anunciou que seria feita uma adenda ao acordo de Concertação Social, de modo a que os parceiros possam confirmar que se “reveem” nas soluções alternativas ao chumbo da TSU.

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BCP: Procura superou oferta no aumento de capital

A procura total registada no aumento de capital representou cerca de 122,9% do montante da oferta, revela o BCP. Assim, a operação foi "totalmente subscrita".

O BCP concluiu com sucesso o aumento de capital. Foi “totalmente subscrito”, sem recurso à tomada firme por parte dos bancos colocadores, tendo em conta que a “procura total registada no presente aumento de capital representou cerca de 122,9% do montante da oferta” realizada pelo banco liderado por Nuno Amado.

“No exercício de direitos de subscrição foram objeto de subscrição proporcional 13,94 mil milhões de ações, representativas de cerca de 98,4% do total de ações a emitir no âmbito da presente oferta, tendo ficado disponíveis para rateio 225.6 milhões de ações” que foram fortemente disputadas pelos investidores. Os pedidos de suplementares excederam em “cerca de 14,3 vezes o número disponível”, diz o banco.

A operação foi, assim, “totalmente subscrita”, sendo que o número total de ações solicitadas pelos investidores acabou por superar em 22% o número de títulos em oferta no âmbito do aumento de capital de 1.330 milhões de euros que vai permitir ao banco reembolsar os CoCos e reforçar os rácios de capital.

“A liquidação financeira das ações subscritas no exercício dos direitos de subscrição ocorre na presente data e a liquidação financeira das ações atribuídas em rateio deverá ocorrer a 7 de fevereiro de 2017”, sendo as novas ações do banco deverão começar a ser negociadas a 9 de fevereiro na bolsa de Lisboa, diz em comunicado à CMVM.

(Notícia atualizada às 17h25)

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Processo de Salgado em segredo de justiça até 2018

  • ECO
  • 3 Fevereiro 2017

O juiz Carlos Alexandre diz que a investigação é complexa e que a equipa precisa de mais tempo. Por isso, o processo vai ficar em segredo de justiça durante mais um ano e oito meses.

O juiz Carlos Alexandre decidiu que o processo que está a investigar Ricardo Salgado e a insolvência do Banco Espírito Santo (BE) vai ficar em segredo de justiça até setembro de 2018. Porquê? O juiz justifica a decisão com a complexidade do caso.

A Sic Notícias avança que a equipa que está à frente do processo em que Ricardo Salgado está envolvido e que está a investigar a queda do BES diz que precisa de mais tempo. Por isso, o processo vai ficar em segredo de justiça durante mais um ano e oito meses. A equipa conta com a colaboração das entidades suíças e luxemburguesas e é coordenada pelo Eurojus.

Mas porquê? O juiz Carlos Alexandre refere a especial complexidade deste processo, no qual Ricardo Salgado foi constituído arguido e que investiga a queda do banco no verão de 2014.

O antigo presidente do BES também foi constituído arguido na Operação Marquês, o caso de corrupção que envolve o antigo primeiro-ministro José Sócrates. O juiz Carlos Alexandre proibiu Salgado de sair do país sem autorização, além de não poder contactar com os restantes arguidos da Operação Marquês e com algumas pessoas com ligações ao Grupo Espírito Santo.

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Lisboa sobe quase 3%. BCP brilha, Mota também

Foi a maior subida diária da bolsa nacional desde meados do ano passado. Parte da subida deveu-se a um ajuste técnico, mas o restante traduziu as subidas do BCP, Mota-Engil e da Galp Energia.

A bolsa nacional brilhou entre as praças europeias. Num dia de ganhos modestos, o PSI-20 fechou a valorizar quase 3%, a maior subida diária desde meados do ano passado. Parte do ganho é meramente técnico por causa dos direitos do BCP, mas outra parte é resultado do bom desempenho dos títulos do banco liderado por Nuno Amado. A Mota-Engil e a Galp Energia também deram um forte contributo para a valorização da bolsa de Lisboa.

Enquanto a generalidade dos índices europeus registou ganhos entre 0,3% e 0,7%, o índice de referência da bolsa nacional encerrou a última sessão da semana com uma valorização de 2,77% para os 4.622,82 pontos. É preciso recuar até 20 de junho para encontrar uma subida de mais expressiva — acima dos 3%. Este forte desempenho traduz, contudo, em parte, o facto de a Euronext ter removido o valor dos direitos do BCP que estava a ser utilizado para o cálculo do PSI-20.

“O valor do PSI-20 está hoje a refletir o ajuste da diferença resultante do valor que estava incorporado referente aos direitos e o valor efetivo das ações”, diz a Euronext. Removido o valor referente a esses direitos, o ajustamento extraordinário efetuado pela Euronext levou a um impacto positivo na cotação do índice entre 1% e 2%.

Este efeito técnico catapultou o índice que, ainda assim, ganhou ainda mais à conta do BCP. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado encerraram a sessão a valorizar 3,9% para os 16,79 cêntimos, sendo que durante a sessão chegaram a apresentar um ganho de 7,05%, isto num dia em que os juros da dívida se mantiveram acima dos 4%. Apesar da correção após Marcelo Rebelo de Sousa anunciar que a Fitch não vai mudar nada, a taxa a dez anos seguia nos 4,167%.

 

Além do BCP, a puxar pela bolsa esteve também a Mota-Engil. A construtora disparou 5,23% para 1,65 euros depois de um ministro da Tanzânia ter confirmado que um consórcio composto pela empresa portuguesa e outra construtora turca venceu um contrato para a construção de um percurso de caminho-de-ferro com cerca de 400 quilómetros para ligar o leste africano a regiões interiores e mais remotas do Burundi e do Ruanda. O contrato está avaliado em mil milhões de euros.

Também a Galp Energia deu o seu contributo para o desempenho do índice nacional ao apresentar uma valorização de 1,76% para 13,84 euros, numa sessão de ganhos ligeiros para o petróleo. A EDP Renováveis seguiu a tendência positiva, valorizando 1,73% para 6,05 euros, sendo que a EDP acalmou os ânimos na bolsa nacional ao encerrar a sessão com uma desvalorização de 0,11%.

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Saiba quem são os desportistas mais bem pagos do mundo

  • ECO e Lusa
  • 3 Fevereiro 2017

Cristiano Ronaldo foi, segundo a Forbes, o desportista mais bem pago no mundo no último ano. Ficou à frente de Messi, mas também dos melhores jogadores de basquetebol dos EUA.

O futebolista português Cristiano Ronaldo, que representa o Real Madrid, foi em 2016 o desportista mais bem pago no mundo, tendo auferido 88 milhões de dólares (cerca de 82 milhões de euros), revelou a revista Forbes.

De acordo com a publicação, no ano em que conquistou a Liga dos Campeões com o emblema espanhol e o Europeu com Portugal, Ronaldo recebeu 56 milhões de dólares em salários e 32 milhões de dólares em patrocínios.

Logo a seguir ao português aparece o argentino Lionel Messi, futebolista do FC Barcelona, com 81,4 milhões de dólares (75,6 milhões), e o basquetebolista norte-americana Lebron James, dos Cleveland Cavaliers, com 77,2 milhões de dólares (71,74 milhões).

O tenista suíço Roger Federer, com 67,8 milhões dólares (63 milhões), e o também basquetebolista norte-americano Kevin Durant, dos Golden State Warriors, com 56,2 milhões (52,2 milhões) aparecem no quarto e quinto posto, respetivamente.

Enquanto Ronaldo é o atleta com maior salário, Federer é o desportista que mais dinheiro recebe de patrocínios, com 60 milhões de dólares (55,7 milhões).

As tenistas Serena Williams e Maria Sharapova são as únicas mulheres que integram a lista dos 100 atletas mais bem pagos do ano passado, surgindo no 40.º e 88.º lugar respetivamente. A norte-americana ganhou 28,9 milhões de dólares (26,8 milhões), enquanto a russa ficou pelos 21,9 milhões (20,3 milhões).

O golfista Jordan Spieth, de apenas 23 anos, é o atleta mais novo que aparece na lista, ocupando a nona posição com um total de 52,8 milhões de dólares (49 milhões), enquanto o “papel” de mais velho cabe ao também golfista e também norte-americano Phil Mickelson, de 46 anos. É oitavo, com ganhos de 52,9 milhões de dólares (49,1 milhões).

No “campeonato” das empresas desportivas, a Gestifute, do português Jorge Mendes, que representa Ronaldo e José Mourinho, entre outros, aparece no oitavo lugar com 72,7 milhões de dólares (67,5 milhões) auferidos em comissões. Com 290,6 milhões de dólares (270 milhões), a empresa norte-americana Creative Artists Agency encabeça a lista.

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Marcelo inverte tendência. Juros corrigem

Fitch? Vai manter o rating. Quem o garantiu foi o Presidente da República, acabando com o suspense no mercado. Os juros, que estavam a subir, inverteram a tendência mas continuam acima dos 4%.

Marcelo Rebelo de Sousa falou, os investidores ouviram. No dia em que a Fitch vai rever o rating de Portugal, o Presidente da República antecipou-se ao revelar que a agência de notação financeira não vai fazer qualquer alteração, uma declaração que levou à inversão dos juros da dívida nos mercados. Ainda assim, a taxa a dez anos continua acima dos 4%.

A taxa das obrigações a dez anos chegou aos 4,207%, aproximando-se novamente de máximos de três anos. Contudo, inverteu a tendência, baixando mesmo da fasquia dos 4,1%. Segue, agora, estável, nos 4,12%, à semelhança do que se regista nos restantes países do euro, perante o fim do suspense em torno da revisão da Fitch.

Juros aliviam com Marcelo

Fonte: Bloomberg (Valores em percentagem)
Fonte: Bloomberg (Valores em percentagem)

A Fitch mantém o rating de Portugal, à espera das decisões das instituições europeias”, verificando-se que “em três pontos está a haver uma evolução que é positiva”, como é o caso do saldo primário, da balança de pagamentos nas relações com o exterior e do crescimento económico, revelou Marcelo Rebelo de Sousa.

Esta é a segunda boa notícia. A primeira foi que a “UTAO já reconhece que o défice, nos cálculos dela, já vai em 2,6%, mas admite que lhe faltam elementos e não conta com algumas das que chama medidas extraordinárias e que provavelmente não são. O que quer dizer que, pouco a pouco, nos vamos aproximando daquilo que vai acabar por ser o défice à volta de 2,3% ou um bocadinho abaixo. Isso é boa notícia”, defendeu o Presidente da República.

É preciso confirmar estes números nos próximos meses e é preciso que as instituições europeias, olhando para isso e para a evolução do sistema financeiro, reconheçam que Portugal está a dar passos”, sublinhou Marcelo.

O IGCP revelou hoje que Portugal está de regresso aos mercados de financiamento. O Tesouro português conta emitir entre 1.000 e 1.250 milhões de euros em obrigações a cinco e sete anos na próxima quarta-feira, 8 de fevereiro.

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Plano de recapitalização vai deixar Caixa “mais sólida”

O novo presidente do banco público deixa claro que "há que cumprir aquilo a que nos comprometemos com a Direção-Geral da Concorrência".

O plano de recapitalização desenhado por António Domingues vai permitir à Caixa Geral de Depósitos (CGD) “ser mais sustentável, ser mais sólida e ficar com melhores rácios de capital“, acredita Paulo Macedo.

No dia em que visitou agências da CGD, o novo presidente do banco público deixou claro que “há que cumprir aquilo a que nos comprometemos com a Direção Geral da Concorrência“. E isto inclui a rescisão com dois mil trabalhadores até 2019. “O conselho de administração que entrou há dois dias irá analisar quais são os aspetos do plano [de reestruturação]. Mas há compromissos já estabelecidos e não faz sentido que as sucessivas administrações estejam sempre a alterar os compromissos do Estado”, sublinhou.

No fim, acredita, “os clientes ficarão muito satisfeitos de ter uma Caixa mais sólida, mais estável e mantendo a sua liderança”.

Para o seu mandato, Paulo Macedo traça como “grandes objetivos macro” garantir a “confiança e credibilidade” da CGD, manter o “papel decisivo na atividade das empresas“, “continuar a ser os melhores na área do crédito à habitação” e assegurar as necessidades de “segmentos de clientes muito importantes”, como os universitários e os seniores. Tudo isto “a par da solidez e de uma reestruturação em termos das políticas de risco e de crédito, que permita à Caixa avançar de forma sólida e rentável”.

O plano de recapitalização definido por António Domingues, que já está a decorrer, será implementado em várias fases e prevê uma injeção de capital de 5,1 mil milhões de euros. Questionado sobre se este montante será suficiente, Paulo Macedo não tem ainda uma resposta. “Em dois dias não lhe garantirei nada desse assunto. Parece-me um plano bastante robusto. Parece-me, sobretudo, que é um plano que já foi aprovado, submetido, partilhado com diversos stakeholders e, nesse sentido estamos confiantes de que é um bom plano para a Caixa“, disse apenas.

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Wall Street arranca bem com empurrão do emprego

  • Marta Santos Silva
  • 3 Fevereiro 2017

Os três índices abriram a subir, após o mês de janeiro ter registado a maior subida no emprego nos EUA dos últimos quatro meses.

A bolsa norte-americana abriu no verde esta sexta-feira, impulsionada pelos bons resultados do emprego nos Estados Unidos, que aumentou mais do que o esperado, com a criação de 227 mil novos salários em janeiro.

Os três índices de referência norte-americanos abriram a sessão a subir, impulsionados pelos bons resultados do emprego. O índice industrial Dow Jones era o que mais subia à hora de abertura: 0,59% para os 20.001,60 pontos, seguido de perto pelo principal índice, o S&P 500, que subia 0,42% para os 2290,51 pontos. Também a subir estava o índice tecnológico Nasdaq, a ganhar 0,25% para atingir os 5650,32 pontos.

Os valores inesperadamente bons do emprego são os últimos do mandato de Barack Obama e os primeiros a ser divulgados na presidência de Donald Trump. Janeiro foi melhor do que se pensava, com a criação de 227 mil novos empregos comparativamente com os 157 mil criados em dezembro.

A taxa de desemprego subiu, fixando-se nos 4,8%. Já o aumento dos salários desiludiu, mantendo-se abaixo do que seria desejável: o salário à hora cresceu 2,5%. “Não temos visto uma aceleração muito significativa no aumento dos salários, como anteciparíamos tendo em conta quão perto estamos do emprego total”, disse à Bloomberg o economista Ryan Sweet, da Moody’s Analytics. “Acho que vem aí, mas vai levar um pouco mais de tempo”.

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Marcelo: Rating de Portugal da Fitch vai manter-se

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2017

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou esta sexta-feira ao país que a Fitch vai manter o rating de Portugal: BB+ com perspetiva estável. O Presidente da República diz haver duas boas notícias.

Presidente da República defendeu esta sexta-feira a necessidade de as instituições europeias reconhecerem que “Portugal está a dar passos” na redução do défice orçamental e na consolidação do sistema financeiro.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava esta sexta-feira aos jornalistas à entrada para um almoço em casa de um casal de antigos sem-abrigo, em Lisboa, apontou as “boas notícias” hoje conhecidas como a confirmação pela UTAO [Unidade Técnica de Apoio Orçamental] da “evolução favorável do défice” e a manutenção do ‘rating’ pela agência Fitch.

“A UTAO já reconhece que o défice, nos cálculos dela, já vai em 2,6%, mas admite que lhe faltam elementos e não conta com algumas das que chama medidas extraordinárias e que provavelmente não são. O que quer dizer que, pouco a pouco, nos vamos aproximando daquilo que vai acabar por ser o défice à volta de 2,3% ou um bocadinho abaixo. Isso é boa notícia”, defendeu.

Segundo o Presidente da República, “a segunda boa notícia é que a agência Fitch mantém o rating de Portugal, à espera das decisões das instituições europeias”, verificando-se que “em três pontos está a haver uma evolução que é positiva”, como é o caso do saldo primário, da balança de pagamentos nas relações com o exterior e do crescimento económico.

“É preciso confirmar estes números nos próximos meses e é preciso que as instituições europeias, olhando para isso e para a evolução do sistema financeiro, reconheçam que Portugal está a dar passos“, sublinhou.

Nada na vida é tudo bom ou tudo mau. Há aspetos positivos e aspetos negativos. O Governo puxa pelos aspetos positivos, a oposição puxa pelos aspetos negativos. Cumprem a sua missão”, considerou.

O Presidente da República assegura que “está atento a uns e outros, sabe quais são uns e outros”, mas depois daquilo pelo qual o país passou nos últimos tempos, “puxa mais pelos positivos do que pelos negativos” porque Portugal, nesses pontos positivos, está melhor do que estava há um ano.

“Não é ser otimista. É ser realista, mas puxar para cima”, sintetizou.

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Portugal regressa aos mercados na próxima semana

Tesouro emite até 1.250 milhões de euros em obrigações a cinco e a sete anos na próxima quarta-feira, num contexto de agravamento do risco nos mercados de dívida.

Portugal está de regresso aos mercados de financiamento. O Tesouro português conta emitir entre 1.000 e 1.250 milhões de euros em obrigações a cinco e sete anos na próxima quarta-feira, anunciou esta sexta-feira o IGCP.

Esta será a segunda emissão de longo prazo do ano, depois da emissão sindicada a 10 anos realizada no dia 11 de janeiro. Nessa operação, a agência que gere a dívida pública levantou levantou 3.000 milhões de euros em obrigações do Tesouro a 10 anos, tendo pago um juro de 4,3%, o mais elevado desde a saída da troika. A operação garantiu cerca de 20% das necessidades de financiamento do país.

A anúncio surge num contexto de forte agravamento dos juros da dívida nacional em mercado secundário. A yield associada às obrigações a 10 anos sobe esta sexta-feira cinco pontos base para 4,172%, mantendo-se no nível mais elevado desde março de 2014, há quase três anos. Os juros subiam em todas as linhas com maturidade mais longas no dia da revisão do rating por parte da Fitch.

Juros continuam acima de 4%

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O comportamento de subida dos juros tem sido evidenciado pelas altas instâncias europeias como sinal de que os mercados estão nervosos com o país. “A volatilidade nos mercados sublinha a necessidade de Portugal acelerar as reformas e de fortalecer os bancos”, notou Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo.

“Portugal já cobriu cerca de 20% das suas necessidades de financiamento de entre 14 e 16 mil milhões de euros, o que é respeitável. Além disso, os números do crescimento e do défice surpreenderam pela positiva. Ainda assim, vemos espaço para a agência Fitch construir uma retórica conservadora em relação a Portugal”, refere o analista David Schnautz, do Commerzbank, numa nota do banco alemão em que antecipa a revisão do rating da parte daquela agência norte-americanas prevista para esta sexta-feira.

“No geral, esperamos que o outlook estável seja confirmado mas que seja sinalizado que os riscos estão firmemente inclinados para baixo — provavelmente ainda mais agora do que há duas semanas. O facto de as yields estarem claramente acima de 4% e de terem superado o pico de fevereiro de 2016 fundamenta a nossa visão. Reiteramos a nossa posição cautelosa em relação às obrigações portuguesas”, acrescentou.

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Se o Brexit correr mal, May tem um plano

  • Marta Santos Silva
  • 3 Fevereiro 2017

O "livro branco" do Brexit contém planos para evitar as consequências mais graves se as negociações de saída da União Europeia não correrem como planeado ou se não for atingido um acordo.

Theresa May tem planos para criar uma estratégia de contingência caso as negociações do Brexit acabem por não chegar a bom porto. O “livro branco” do Governo britânico — de 75 páginas — para as negociações de saída da União Europeia incluirá medidas para evitar o caos económico se May não conseguir aquilo que deseja — sair da UE com um bom acordo de comércio livre.

O documento citado pela Bloomberg indica que “nenhum acordo para o Reino Unido é melhor do que um mau acordo para o Reino Unido”, esclarecendo que o Governo vai procurar “assegurar que as nossas funções económicas e as restantes poderão continuar, incluindo através da aprovação de legislação que seja necessária para mitigar os efeitos de não chegar a um acordo”.

O receio é uma situação de “borda do precipício”, em que o Reino Unido possa acabar por sair da União Europeia sem ter legislação que substitua as leis da UE nem um acordo comercial alternativo, o que poderia ter impactos profundos no sistema financeiro e também noutros setores da economia. É o medo deste tipo de situação que já levou alguns executivos com sede em Londres a pedir um período de transição de cinco anos após a saída da UE, em que continuariam a reger-se pelas leis europeias.

A apresentação do “livro branco” marcou a primeira vez que Theresa May deu mais detalhes acerca do acordo de comércio livre “ambicioso e abrangente” que pretende negociar com a União Europeia. Mas vários analistas consultados pela Bloomberg consideram que um acordo deste género é improvável sem fazer concessões noutras áreas, algo que May não pretende fazer, pelo menos no campo da imigração.

A partir do momento em que Theresa May acione o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, o que já pode fazer graças à aprovação conseguida no Parlamento, as negociações de saída da União Europeia começarão, e um acordo tem de ser atingido no prazo de dois anos. Alguns consideram que o tempo escasseia e que os planos do Executivo no “livro branco” são pouco adequados à urgência. “A administração está a desvalorizar tanto a escala política como a escala prática desta tarefa”, afirmou o economista Malcolm Barr, da JPMorgan. “Estamos a ver uma preocupação crescente de que o plano, como está definido, não possa ser credivelmente implementado”.

No entanto, há indicações de que a Comissão Europeia também tem incentivos para ser flexível nas negociações. Um documento produzido pela Comissão de Assuntos Económicos e Monetários (ECON) a que o The Guardian teve acesso indica que os 27 vão ficar a perder se a City de Londres, o centro financeiro da União Europeia, acabar por ficar de fora do mercado interno. “É do interesse dos 27 e do Reino Unido ter uma discussão aberta acerca deste assunto”, lê-se nesse relatório.

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Arrasar Donald Trump? Por cá também se fazem vídeos

  • Ana Luísa Alves
  • 3 Fevereiro 2017

"America first e Portugal second", disse Filomena Cautela, apresentadora do programa "5 para a Meia-Noite", em resposta ao vídeo que a Holanda fez para arrasar Donald Trump.

Desde que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos, no passado dia 20 de janeiro, que se somam os vídeos a arrasar o novo presidente. Depois do vídeo feito pela Holanda, disponível aqui, chegou a vez de ser Portugal a afirmar-se perante o mais recente presidente dos EUA.

Revelado no programa “5 para a Meia-Noite”, no vídeo, a apresentadora Filomena Cautela diz que a Holanda não pode passar à frente de “um dos países mais antigos do mundo” e de onde veio o cão que na Casa Branca morou com Barack Obama.

O vídeo foi feito no âmbito do movimento “Comedy agains Trumpism”. Para ver aqui:

 

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