Depois das séries, vem aí a linha de brinquedos da Netflix
Já lá vai o tempo em que a Netflix apenas disponibilizava filmes e séries. Agora quer lançar uma linha de produtos baseada nos seus principais êxitos.
Começou como um serviço de streaming de filmes e séries pago. Depois, partiu para a produção dos seus próprios conteúdos, mas agora quer passar ao próximo nível. E esse é o do mercado dos brinquedos, alusivos aos programas que transmite. A empresa está à procura de um supervisor para garantir que a licença para lançar livros, BDs e outros brinquedos relacionados com as séries que exibe, como “Stranger Things”.
A oferta de emprego, que pode ser vista no site da companhia, anuncia que quer contratar um supervisor para as licenças dos produtos e para gerir as parcerias com os lojistas que irão vendê-los nos seus espaços. Pede alguém com dez ou mais anos de experiência na área do licenciamento de produtos, que tenha trabalhado para outras grandes companhias, estúdios ou agências de publicidade.
O merchandising vai ajudar a que os filmes e séries cheguem a uma audiência mais vasta. E, claro, vai gerar mais receitas para a companhia. A Netflix já testou esta teoria em parceria com a cadeia de lojas Hot Topic Inc., que vendeu t-shirts, camisolas, chapéus e acessórios da série “Stranger Things”. Vai seguir o exemplo da Disney que gerou 1,5 mil milhões de dólares em lucros só no último trimestre com merchandising.
“Estamos a avançar para uma linha de produtos e a publicidade associada a ela porque acreditamos que elas vão chamar ainda mais atenção para os nossos programas/serviços. Vão ser formas mais eficazes de o público interagir com os nossos conteúdos”, diz a Netflix. “Queremos merchandising licenciado para ajudar a promover os nossos programas, para que estes se mantenham mais tempo no centro das atenções das pessoas”. Estão a falar, além de roupa e acessórios, de jogos de tabuleiro, mochilas e outros produtos escolares, parques de diversões temáticos, etc.
Além disso, a Netflix também já pediu a outros parceiros que partilhem uma parcela do lucro que têm com os produtos que vendem relativos a programas que a Netflix transmite, mas que são originalmente de outras emissoras e produtoras, avança a Bloomberg.
Muito mais que um serviço de streaming
A Netflix já conta com mais de 93 milhões de subscritores em 190 países — só no último trimestre adicionou mais de sete milhões de utilizadores. E deixou de ser apenas um veículo para os produtos de outras empresas e estúdios. Ao princípio, séries como “House of Cards” ou “Orange Is the New Black”, produzidas fora da Netflix, eram os produtos mais consumidos no serviço. Mas desde “Stranger Things”, já uma criação interna, a companhia atingiu um outro patamar.
Agora já tem vários programas produzidos sem ajudas externas e até um novo estúdio de som e produção nas novas instalações em Hollywood, além da sede em Los Gatos, Califórnia. De entre os originais da empresa, contam-se “The Crown”, “Bloodline”, “Black Mirror”, “Unbreakable Kimmy Schmidt” ou “The Killing”, algumas delas já bastante elogiadas pela crítica e já vencedoras de diversos prémios.
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