Gestores envolvidos no caso Sócrates recebem “comissões” de 200 mil euros
O Ministério Público detetou duas transferências de 100 mil cada para contas offshore na Suíça. Uma era de Rui Horta e Costa e a outra era de Diogo Gaspar Ferreira. Ambos arguidos na Operação Marquês.
O Ministério Público detetou duas transferências de 100 mil euros cada para contas offshore na Suíça. Uma é controlada por Rui Horta e Costa, que é administrador do empreendimento Vale do Lobo e era administrador não executivo dos CTT até ontem. E que foi constituído arguido no caso Operação Marquês por corrupção, fraude, branqueamento e abuso de confiança. A outra contra é controlada por Diogo Gaspar Ferreira, presidente do grupo que gere o empreendimento e também arguido desde junho de 2015. Os dois são suspeitos de corromperem o ex-primeiro-ministro, José Sócrates.
O jornal Público avança que as autoridades suíças enviaram uma carta que permitiu ao Ministério Público detetar duas transferências no total de 200 mil euros para contas offshore na Suíça. Uma controlada por Rui Horta e Costa, administrador do empreendimento turístico Vale do Lobo. Mas que também era até há pouco tempo administrador não executivo dos CTT. Para além disso, foi constituído arguido na chamada Operação Marquês, por “crimes de corrupção ativa, fraude fiscal, branqueamento e abuso de confiança”, de acordo com a Procuradoria-Geral da República, citada pelo jornal.
A outra contra é controlada por Diogo Gaspar Ferreira, que é presidente do grupo que gere o empreendimento turístico no Algarve e arguido no caso desde junho de 2015. Segundo o Público, estes dois administradores são acusados de corromperem o ex-primeiro-ministro, José Sócrates, e o ex-ministro socialista, Armando Vara, para obterem financiamento com condições especiais na Caixa Geral de Depósitos, onde Vara ocupou funções de administrador. O empréstimo foi usado para comprar o empreendimento por 230 milhões de euros.
E as “comissões” de 200 mil euros terão sido pagas aos administradores através de contas controladas por Joren Van Doorem, que comprou lotes no empreendimento. O jornal tentou falar com o advogado dos dois administradores, João Medeiros, mas não foi possível.
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