Salário mínimo subiu 31% em nove anos
Entre 22 países da União Europeia que contam com um salário mínimo, Portugal ocupa o 12º lugar. Excluindo o efeito dos preços, desce para 13º.
Em quase uma década, o salário mínimo em Portugal aumentou 31%. Este foi o 11º maior aumento entre 21 países da União Europeia, aos quais este cálculo se pode aplicar. Os dados foram revelados esta sexta-feira, pelo Eurostat.
A remuneração mínima garantida esteve congelada em Portugal entre 2012 e outubro de 2014, anos de resgate da ‘troika’. Contudo, recuando a 2008 e tendo em conta os aumentos recentes — que colocaram já este ano o salário mínimo nos 557 euros por mês — verifica-se um aumento de 31%.
Neste período, o salário mínimo cresceu em todos os países da União Europeia que fixam este limiar, exceto na Grécia, onde sofreu uma quebra de 14%.
Aumento do salário mínimo entre 2008 e 2017
Ainda que a subida seja expressiva, Portugal ocupa o meio da tabela dos 22 países quando a análise incide sobre o valor mínimo pago. Os 557 euros são contabilizados pelo Eurostat como 649,83 euros para permitir a comparação entre países, uma vez que, por cá, o salário mínimo é pago 14 vezes. Portugal ocupa então o 12º lugar do ranking, com o Luxemburgo a liderar a tabela (1.998,59 euros). Bulgária surge em último (235,2 euros).
Salário mínimo, em euros
Eliminando o efeito dos preços, Portugal desce para 13º lugar, com a Polónia a ganhar vantagem neste caso.
Porém, o Eurostat nota que as disparidades são “consideravelmente menores” neste caso. Os salários mínimos nos países com preços mais baixos “tornam-se relativamente mais altos quando expressos em paridades de poder de compra (PPC), e relativamente mais baixos naqueles estados-membros com níveis de preços mais altos”, refere.
Salário mínimo, em PPC
Na União Europeia, há 22 países que fixam um salário mínimo. O grupo exclui Dinamarca, Itália, Chipre, Áustria, Finlândia e Suécia.
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