Bomba recolhida na Nazaré já foi detonada
A bomba foi 'pescada' depois das 09:00 pelo arrastão “Mar Salgado”, quando a embarcação se encontrava na faina ao largo da Nazaré.
A bomba recolhida hoje ao largo da Nazaré foi detonada às 16h30 no mar, em segurança, prevendo a capitania do porto local que até às 18h00 esteja reposta a normalidade.
“A bomba foi detonada às 16h30, em segurança, e meia hora depois foram feitos dois mergulhos de verificação, tendo sido confirmada a sua completa destruição”, disse à Lusa o comandante do Porto da Nazaré, Paulo Agostinho. De acordo com o responsável, às 17h30 já não havia “embarcações nem homens no mar”. Prevê-se que até às 18h00 “esteja recolhido todo o material usado na operação e os mergulhadores possam regressar a Lisboa”.
Paulo Agostinho já tinha explicado que a bomba ia ser desmantelada e detonada no mar, em pequenas cargas.
A operação foi preparada em terra, contando com a colaboração do arrastão “Mar Salgado”, que hoje de manhã ‘pescou’ o engenho. O plano de ação, segundo a Marinha foi “sair do porto da Nazaré – para uma área com um perímetro de segurança de mil metros, garantidos pela Polícia Marítima, estando também o Instituto de Socorros a Náufragos no local – afundar o engenho explosivo a 20 metros de profundidade e depois proceder à contra-detonação”. Esta seria a forma de garantir “a segurança para pessoas e embarcações”. A Marinha realçou a colaboração do Mestre do arrastão que devido ao peso da bomba se prestou a transportá-la para o local onde iria ser afundada e contra-detonada pelos mergulhadores da Marinha.
A bomba foi ‘pescada’ depois das 09:00 pelo arrastão “Mar Salgado”, quando a embarcação se encontrava na faina ao largo da Nazaré.
O engenho, em elevado estado de corrosão, tinha mais de 202 quilos de H6, um explosivo equivalente a 600 quilos de TNT [trinitrotolueno], e não dispunha de qualquer indicação que o identificasse. Segundo o site da Marinha Portuguesa o engenho, que tinha entre 1,50 a 1,60 de comprimento, e aparentemente seria uma bomba de aeronave do tipo MK82.
Questionado sobre a possibilidade de se tratar de uma bomba da Segunda Guerra Mundial, Paulo Agostinho, sublinhou não ter sido encontrada qualquer inscrição que o confirme, dado o estado de corrosão do engenho. “Não sabemos há quanto tempo se encontraria submerso”, disse.
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