Petróleo abaixo dos 50 dólares pela primeira vez desde dezembro
Preços do petróleo voltam a afundar num dia de fortes oscilações no mercado do ouro negro. Em Nova Iorque, o barril de crude volta a negociar abaixo dos 50 dólares, uma novidade em 2017.
Em poucos minutos, os preços do petróleo inverteram de ganhos acima de 1% para um afundanço de quase 2%, levando o barril de crude a cair para uma cotação abaixo dos 50 dólares pela primeira vez desde dezembro.
Há momentos, o contrato WTI, negociado em Nova Iorque, cedia 1,77% para 49,39 dólares, o valor mais baixo do ano. Também o brent, que serve de referência para as importações nacionais, desvalorizava 1,77% para 52,17 dólares por barril.
A volatilidade nos preços petrolíferos acontece após o “mini-crash” que o mercado do ouro negro observou na quarta-feira. Tanto em Londres como do outro lado do Atlântico, o barril de petróleo afundou mais de 5%, após a Administração de Informação de Energia norte-americana ter revelado que os inventários nos EUA subiram 8,21 milhões de barris para os 5285,4 milhões na última semana, o valor mais elevado desde 1982.
Petróleo abaixo dos 50 dólares é uma novidade em 2017
O expressivo aumento das reservas de petróleo apanhou os analistas de surpresa, sinalizando que continua a existir uma elevada oferta da matéria-prima, isto apesar das tentativas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para por fim ao excesso de barris no mercado e dar um impulso às cotações.
Ainda assim, se de um lado, a OPEP encabeça um movimento de travagem da produção de petróleo, nos EUA o movimento é contrário, com os produtores norte-americanos a aproveitarem a recuperação das cotações para acelerar a exploração de petróleo que se tornou agora mais rentável. “É claro que os produtores dos EUA estão a avançar para o espaço deixado pelo corte de produção da OPEP”, disse Michael McCarthy, responsável pela estratégia de mercado da australiana CMC Markets, citado pela Bloomberg. “Caso os preços do petróleo recuem para perto dos 40 dólares, espero que o acordo da OPEP se desfaça”, alerta o mesmo especialista.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Petróleo abaixo dos 50 dólares pela primeira vez desde dezembro
{{ noCommentsLabel }}