Mais uma gigante entre as gigantes: Versace já abriu na Avenida da Liberdade
É a mais recente cadeia de luxo a abrir uma loja em Portugal, e escolheu a rua mais eclética da capital, onde o metro quadrado custa 90 euros no arrendamento, para se instalar.
A Versace é a mais recente loja do segmento de luxo a abrir portas na Avenida da Liberdade. Instalou-se no nº 238, logo ao lado da Bvlgari e da Cartier, também elas lojas de luxo. No mesmo lado da avenida mais exclusiva e cara da capital, onde o metro quadrado custa 90 euros para arrendar, encontram-se outras grandes marcas como a Prada, Luis Vuitton, Gucci ou Fashion Clinic.
A nova loja da Versace, a primeira a abrir no nosso país, vem juntar-se às mais de 1.500 que se espalham pelo resto do mundo. Em Lisboa, vem ocupar uma área de 440 metros quadrados. A intenção do design, segundo a marca italiana explicou em comunicado, era a de unir “referências da arquitetura tradicional italiana com o dinamismo e energia da Versace de hoje”. Os azulejos em mármore e os elementos em bronze “criam um ambiente luxuoso e contemporâneo, onde são apresentadas as coleções de pronto-a-vestir e os acessórios da marca para homem e senhora”.
“Adoro o conceito de design das lojas Versace, que presta homenagem à herança cultural de Itália. Para mim, esta loja sugere um diálogo ininterrupto entre o passado e o futuro, entre a Versace e os seus clientes”, declarou Donatella Versace no mesmo comunicado.
A Avenida mais luxuosa… e cara
Ao ECO, a consultora imobiliária JLL divulgou os dados mais recentes dos valores das rendas praticadas nos edifícios ao longo da Avenida da Liberdade, referentes ao final do ano passado, onde as rendas prime, as mais altas praticadas, chegam aos 90 euros por metro quadrado. Se se seguir este valor de referência — e embora o valor concreto que a marca italiana está a pagar não tenha sido divulgado — pode equacionar-se que esteja a pagar, juntamente com as suas companheiras de rua, algo como 39 mil e 600 euros por mês.
“O comércio de rua tem beneficiado muito com o contínuo boom no turismo, a geral melhoria das condições económicas e a mudança de hábitos do consumidor português, mas também com a oferta gerada pela alteração da lei do arrendamento”, explicou a JLL.
No ano passado, as zonas históricas de Lisboa foram as que mais se destacaram em termos de receita do comércio de rua. O Chiado destacou-se como zona prime, onde, devido à plena ocupação dos eixos principais, as ruas secundárias vieram a gradualmente a ficar mais dinâmicas, tendo concentrado todas as novas aberturas de 2016. Na Baixa, zona que mais beneficiou com o turismo, a disponibilidade no eixo principal tornou-se muito reduzida. Ainda assim, a JLL ressalva que surgiram importantes aberturas ao longo do ano passado e que os espaços que vão ficando disponíveis “são rapidamente ocupados”.
É isso que acontece na Avenida da Liberdade, que ainda tem alguma disponibilidade “devido ao aparecimento de novos projetos resultantes da reabilitação de diversos edifícios”. Segundo a consultora, a procura nesta zona de Lisboa mantém-se elevada, confirmada pelo recorde de mais de 10 novas aberturas durante este ano.
O valor por metro quadrado na Avenida da Liberdade nunca foi baixo, mas tem vindo a subir. Em 2012 custava 70€, hoje em dia já chega aos 90€. No entanto, a JLL não prevê que o valor cresça nos próximos dois anos. As rendas prime, após os aumentos registados em 2015, mantiveram-se estáveis, com exceção da Baixa, que na Rua Augusta atingiu o mesmo valor da Avenida da Liberdade.
Foi a JLL que mediou o arrendamento do espaço à Versace. A obra do espaço foi executada pela empresa Tétris, de design e construção de interiores, também parte do grupo JLL.
A Versace foi fundada por Gianni Versace em 1978, tem a sua sede na Via Manzoni, uma das mais exclusivas de Milão, e conta atualmente com um capital social de 81.857,275 euros.
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