Reestruturação do Novo Banco implicará 400 despedimentos
António Costa disse esta terça-feira que a venda do Novo Banco será, ao que tudo indica, concluída esta semana. O Governo reuniu ontem com os partidos, revelando pormenores do plano de reestruturação.
A venda do Novo Banco deverá ser fechada esta semana com o fundo norte-americano Lone Star, segundo o primeiro-ministro. Os pormenores das negociações foram revelados aos partidos esta terça-feira e, segundo a Rádio Renascença, o plano de reestruturação implícito na venda vai obrigar ao despedimento de 400 trabalhadores. Além disso, o Novo Banco terá de fechar 55 balcões. Segundo os partidos ouvidos pela rádio, o negócio vai implicar responsabilidades pesadas para os contribuintes, tanto na participação direta como na indireta através do Fundo de Resolução, cujo financiamento tem sido do Estado.
As negociações, no entanto, ainda não estão fechadas. Tal como noticiou o ECO, existe um acordo com Bruxelas para permitir a participação e intervenção do Fundo de Resolução na venda de ativos problemáticos, no chamado ‘side bank’. Além disso, a DGComp permitiu que, apesar de não existir uma contra-garantia do Estado sobre estes ativos, a existência de uma garantia do Fundo de Resolução que se soma à participação de 25% do capital. Esta questão provocou uma má reação no setor bancário com queixas dos restantes bancos que temem um aumento da sua exposição ao Novo Banco.
Segundo a Renascença, esteve presente nas reuniões o responsável pelo processo de venda no Novo Banco, enquanto quadro do Banco de Portugal, o ex-secretário de Estado dos Transportes Sérgio Monteiro. Do lado do PSD a representante foi Maria Luís Albuquerque, a ministra das Finanças à altura da resolução do BES com a intervenção do Fundo de Resolução. O Executivo terá dito que não haverá qualquer injeção de capital no Novo Banco este ano.
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