Grécia: BCE mantém limite de provisão de liquidez de urgência
O Banco Central Europeu manteve inalterado, a pedido do Banco da Grécia, em 46.600 milhões de euros o limite máximo que os bancos gregos podem pedir através do mecanismo de provisão de liquidez.
Em 23 de março último, o BCE aumentou, pela primeira vez em quase um ano, o limite máximo do mecanismo de provisão de liquidez de urgência (ELA, Emergency Liquidity Assistance) para 46.400 milhões de euros, um acréscimo de 400 milhões de euros, devido a uma redução importante dos depósitos registados pela banca grega.
Desde outubro de 2015, poucos meses depois de o Governo de Alexis Tsipras ter assinado o terceiro resgate, a dependência deste tipo de créditos tinha diminuído paulatinamente e só em abril do ano passado registou um aumento pontual.
Nos primeiros dois meses deste ano os depósitos privados nos bancos gregos caíram em 4.000 milhões de euros para 119.000 milhões de euros, um nível mínimo dos últimos 15 anos.
Agora, os especialistas estão preocupados com o risco de saída do sistema bancário de outros 4.000 milhões de euros, que entraram no sistema bancário no segundo semestre de 2016.
Tratando-se de depósitos “repatriados” estes fundos não estão sujeitos às limitações do controlo de capitais, em vigor desde julho de 2015.
Como consequência desta ‘hemorragia’ de depósitos os analistas duvidam sobre a possibilidade da banca grega conseguir atingir o objetivo de aumentar em 2017 o volume de depósitos do setor privado para 10.000 milhões de euros banca grega recebeu os créditos de emergência depois de, em meados de fevereiro de 2015, o BCE ter deixado de aceitar a dívida grega como garantia nas operações de refinanciamento.
Desde que o BCE voltou a aceitar, em finais de junho do ano passado, a dívida grega, o limite máximo do ELA desceu, porque os bancos puderam voltar a recorrer a este instrumento para adquirir liquidez.
O ELA foi neste período praticamente o único canal pelo qual os bancos podiam aceder a financiamentos de forma excecional e a curto prazo através do Banco da Grécia, ainda que a uma taxa de juro de 1,55%, muito acima da praticada pelo BCE nas operações ordinárias de refinanciamento, atualmente em 0,0%.
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