Grupo de Buffett ganha menos. A culpa é dos seguros
Por causa de um ciclone na Austrália, a unidade de seguros do grupo de Warren Buffett provocou um rombo de 4,8% nos lucros operacionais do primeiro trimestre.
Os lucros operacionais da Berkshire Hathaway caíram 4,8% no primeiro trimestre deste ano para 3,56 mil milhões de dólares. O grupo do magnata Warren Buffett apresentou perdas no negócio dos seguros, que ofuscaram os ganhos registados noutros setores, como o da energia. A notícia surgiu esta sexta-feira, na véspera do encontro anual da empresa que se está a realizar este sábado em Omaha, no Estado norte-americano do Nebraska.
A quebra é explicada por um aumento pontual nos custos da unidade seguradora do grupo, relacionado com o ciclone Debbie, que fez estragos na Austrália em março. Os custos aumentaram ainda na General Re. Na Geico, que presta cobertura de risco para automóveis, os lucros chegaram mesmo a dar um trambolhão de 34%. A Bloomberg lembra, no entanto, que os seguros mantêm-se um setor lucrativo para Buffett há já mais de uma década.
Em contrapartida, a energia rendeu 501 milhões de dólares em lucros ao grupo de Warren Buffett, em comparação com os 441 milhões de dólares registados no período homólogo. De acordo com a agência, o grupo opera redes elétricas no Reino Unido e condutas de petróleo nos Estados Unidos.
Outro dado relevante é o facto de que a Berkshire Hathaway nunca teve os cofres tão cheios. O grupo detinha, no final do primeiro trimestre deste ano, 96,5 mil milhões de dólares em conta, o que leva alguns analistas a especularem que Buffett se estará a preparar para mais uma grande aquisição. Enquanto isso, o magnata tem vindo a aumentar a posição do grupo em empresas como a Apple e uma série de companhias aéreas, da American Airlines à United Continental. Reduziu, no entanto, a posição na IBM, como o ECO já noticiou aqui.
A Bloomberg recorda que, ao longo dos últimos 50 anos, Warren Buffett (86 anos) transformou a Berkshire Hathaway de uma empresa do setor têxtil em dificuldades financeiras, num gigante económico com ramificações em negócios distintos. No portefólio estão dezenas e empresas do setor dos seguros, energia, retalho, transportes e indústria.
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