Grupo RAR volta aos lucros. Ganha 7,4 milhões de euros
O negócio da RAR foi impulsionado pelos números da unidade de embalagens (Colep), pela Vitacress e pelo açúcar. Apesar de voltar ao lucros, vendas do grupo industrial caem face a 2015.
O grupo RAR, um dos grupos principais grupos portugueses de raiz industrial e cujo portfolio conta com negócios nas áreas de embalagens, alimentar, imobiliária e serviços, está de volta aos lucros. O grupo liderado por João Nuno Macedo Silva fechou o exercício de 2016 com um resultado liquido de 7,4 milhões de euros, que compara com os prejuízos de 6,7 milhões de euros registados em 2015.
Com contributos positivos para o desempenho do grupo estiveram a unidade das embalagens (Colep), o agro-alimentar ( Vitacress) e ainda a unidade de açúcar, que “registou um progresso significativo face a anos precedentes”.
O grupo adianta em comunicado que “o exercício de 2016 confirmou o percurso de recuperação dos níveis de rentabilidade operacional e de resultados líquidos e a diminuição do endividamento que o Grupo RAR vem a registar nos últimos anos”.
O volume de negócios da RAR era no final de 2016 de 831 milhões de euros, que compara com os 860 milhões de euros registados em 2015. Já o EBITDA situou-se nos 57 milhões de euros, um crescimento de 43,5% face ao ano de 2015.
Em termos de segmentos de negócio, a área das embalagens fechou o ano de 2016 com vendas consolidadas de 464 milhões de euros e com um EBITDA de 43 milhões de euros. A Colep representa perto de 60% das vendas totais do grupo RAR.
O grupo destaca em comunicado que a “Colep teve um ano muito positivo na sua operação europeia, com a divisão de packaging a atingir novamente valores recorde e a divisão de consumer products a registar um incremento alicerçado numa forte relação com clientes multinacionais. A operação do Brasil foi alvo de uma profunda reestruturação das unidades locais, cujos efeitos se prevê conduzirão a uma situação de exploração positiva já em 2017. No México, registou-se um significativo crescimento das vendas, de 42 milhões de pesos mexicanos em 2015 para 87 milhões. Nos Emirados Árabes Unidos, as vendas cresceram cerca de 15%.
De referir que grande parte do prejuízo da RAR em 2015 tinha sido imputado ao desempenho da unidade de açúcar e à operação da Colep no Brasil.
A Vitacress, por seu turno, fechou o ano com receitas de 110 milhões de libras (134 milhões de euros).
Já a RAR Açúcar, negócio tradicional do grupo, conseguiu inverter a tendência dos últimos anos, com as margens a recuperar e um volume recorde de refinação. A divisão do açúcar fechou o ano com um volume de negócios de 99 milhões de euros.
Quanto à sub–holding vocacionada para o imobiliário, fechou o ano com quatro milhões de euros em receitas, tendo conseguido aproveitar a retoma do setor.
A unidade de trading (Acembex) terminou o exercício de 2016 com um volume de negócio de 131 milhões de euros.
A RAR adianta em comunicado que tendo sido seguida uma estratégia de consolidação dos investimentos realizados, estão hoje estabelecidas as bases para um crescimento sustentado que permite ambicionar o reforço das posições de liderança detidas nos principais mercados e áreas de atuação das empresas do Grupo RAR.
O grupo emprega 4.580 pessoas e está presente em Portugal, Alemanha, Brasil, Emirados Árabes Unidos, Espanha, México, Polónia e Reino Unido.
Em termos de dívida, o relatório de contas do grupo dá nota de uma diminuição da dívida financeira para cerca de 250 milhões de euros.
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