Montepio: Gestão quer gerar lucro seja qual for o acionista
O presidente da Caixa Económica Montepio, José Félix Morgado, garante que a sua equipa fará tudo para gerar valor para o acionista, seja ele qual for.
O presidente do Caixa Económica Montepio Geral disse hoje que a sua equipa fará tudo para gerar valor para o acionista, seja ele qual for, quando se fala na possível entrada de novos investidores no capital do banco mutualista.
“Do ponto de vista de gestão, a nossa missão é gerar valor para o acionista, seja ele qual for, isso não muda, o gerar o maior valor possível na gestão do ativo”, afirmou Félix Morgado à Lusa, depois de ter sido conhecido que no primeiro trimestre do ano o banco teve lucros de 11,1 milhões de euros.
"Do ponto de vista de gestão, a nossa de missão é gerar valor para acionista seja ele qual for, isso não muda, o gerar o maior valor possível na gestão do ativo”
O responsável não se quis alongar sobre este tema, quando é conhecido que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está a avaliar a possibilidade de entrar no capital da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) e que o provedor, Pedro Santana Lopes, disse que será tomada uma decisão até final de junho.
Esta noite está a decorrer a assembleia-geral da Associação Mutualista Montepio geral, única dona da CEMG, para aprovar a passagem do banco a sociedade anónima, o que permitirá precisamente abrir o capital a novos investidores.
Sobre a mudança de marca do banco, Félix Morgado afirmou que esta foi “suscitada pelo Banco de Portugal” e que está a ser avaliado como será feito, uma vez que requer “uma preparação e ponderação cuidada porque as marcas têm valor”.
Quanto à relação com Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, Félix Morgado considerou que é uma “relação profissional e correta” e que “importantes são as instituições e não as pessoas“.
“O importante é que tivemos resultados positivos, tudo o resto não acho que seja importante”, reiterou.
A Caixa Económica Montepio Geral anunciou hoje que teve um lucro de 11,1 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, que compara com os prejuízos de 19,8 milhões de euros do mesmo período de 2016.
A margem financeira aumentou 35,6% para 71,1 milhões de euros, que o banco atribui à redução do custo dos depósitos, enquanto as comissões líquidas subiram 23,7% para 26,1 milhões de euros, neste caso, diz o banco, “beneficiando da maior dinâmica de negócio”.
Para Félix Morgado, estes resultados confirmam o que estava previsto no plano definido para o banco, de “regressar a resultados positivos em 2017 suportados nas variáveis estratégicos, no crescimento do produto bancário, na margem financeira e na redução dos custos, quer operacionais quer o custo do risco”.
O gestor destacou ainda a redução do rácio “cost-to-income” (custos face aos proveitos) para cerca de 60%, mas disse que continuará a trabalhar para aumentar a eficiência do banco e que o objetivo é chegar a um rácio de 55% em 2018.
Félix Morgado disse que em termos de custos o principal do trabalho está feito, depois de em 2016 terem saído centenas de trabalhadores e ajustado a rede comercial, e que agora o que está a ser feito é “recolher benefício dessas sinergias” e o que será feito agora é a nível do negócio, depois de o banco ter mudado o seu posicionamento, preferindo investir no crédito a famílias e pequenas e médias empresas, em vez de grandes empresas.
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