Efacec arrisca-se a pagar indemnização de 170 milhões de euros em negócio brasileiro
A empresa portuguesa é detida por Isabel dos Santos, mas a angolana protegeu-se quando a adquiriu, ficando de fora do potencial risco deste negócio.
O negócio de uma obra no Brasil datado de 2014 pode vir a ter um impacto negativo nas contas da empresa que voltou aos lucros em 2016. O problema começou quando um consórcio formado pela Efacec — empresa detida por Isabel dos Santos — e a norte-americana Union Switch & Signal Internacional decidiu rescindir por motivos atribuídos ao cliente. Em causa estava a remodelação da sinalização de diversas linhas do sistema ferroviário do Estado de São Paulo, avança o Jornal de Negócios (acesso pago) esta quinta-feira.
O contrato tinha sido assinado com a Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos, tendo o consórcio em questão pedido uma indemnização de 67 milhões de euros, mas não houve acordo nas negociações. O desentendimento foi tal que a empresa brasileira acabou por fazer um contra-pedido de indemnização de aproximadamente 170 milhões de euros. O processo vai agora decorrer no tribunal arbitral.
Em declarações ao Jornal de Negócios, a Efacec considera que vai vencer o processo e revela que “não foi constituída qualquer provisão”. Caso o negócio seja danoso para o lado da empresa portuguesa, Isabel dos Santos quer estar fora do risco: a empresa explica que quando a Winterfell 2, detida pela angolana, comprou 66% da Efacec foi criada uma proteção quanto a eventuais impactos de projetos como este do Brasil.
Caso seja assim, é o outro acionista, a MGI Capital, sociedade partilhada pelo grupo José de Mello e pela Têxtil Manuel Gonçalves, a ter de pagar os 170 milhões de euros.
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