Alemanha vai ter uma gigafábrica, mas não é da Tesla
Existem outras empresas para além da Tesla com planos para construir grandes fábricas de baterias na Europa. A dona da Mercedes vai ter uma perto de Berlim, num investimento de 500 milhões de euros.
A Tesla não é a única empresa com planos para construir gigafábricas na Europa. O Governo alemão anunciou esta segunda-feira um investimento de 500 milhões de euros numa fábrica a 130 quilómetros de Berlim, que irá produzir baterias de iões de lítio para a Daimler, a empresa que detém a Mercedes e a Maybach, de acordo com a Bloomberg.
As baterias de iões de lítio são amplamente usadas nos dias de hoje, estando presentes nos smartphones, nos tablets e nos automóveis. São vistas como essenciais na transição para uma economia assente nas energias renováveis, onde o setor automóvel tem um papel de grande relevo.
Mas apesar de a Tesla ser vista como estando na vanguarda dessa transformação, outras fabricantes estão a seguir o mesmo caminho. Há planos para a construção de grandes fábricas de baterias na Suécia, na Hungria e na Polónia, juntando a Volkswagen e a Renault ao rol de fabricantes focadas na energia elétrica. Um analista da Bloomberg em Londres estima mesmo que, até 2030, o preço dos carros elétricos seja menor do que os carros movidos a combustível.
Face ao aumento da procura e da oferta de baterias, espera-se uma redução cada vez mais rápida dos preços. Prevê-se ainda que a capacidade global de armazenamento de energia duplique até 2021, segundo a mesma agência, alcançado nos próximos quatro anos os 278 gigawatt-hora, face aos 103 gigawatt-hora atuais. O peso da Europa nesse mercado também deverá duplicar no mesmo período.
Fora da Europa, a Tesla está a construir uma gigafábrica no Nevada, nos Estados Unidos. Com apenas um terço do empreendimento de cinco mil milhões de dólares concluído, está já a produzir baterias numa parceria com a Panasonic. Quando estiver completa, conseguirá corresponder com a capacidade de armazenamento de energia necessária ao meio milhão de automóveis que a empresa quer construir anualmente.
No entanto, a companhia estará prestes a fechar localizações para duas outras gigafábricas, o que deverá acontecer ainda este ano. É tido como provável que pelo menos uma seja escolhida para a Europa, numa altura em que a empresa e encontra a expandir operações no velho continente, incluindo para Portugal.
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