Investimento e exportações puxam pela economia em Espanha
O Produto Interno Bruto espanhol no primeiro trimestre cresceu 3% em termos homólogos. Exportações e investimento explicam o desempenho. Economia já está em níveis pré-crise.
O Produto Interno Bruto (PIB) de Espanha no primeiro trimestre cresceu 0,8% face ao trimestre precedente e 3% em termos homólogos, anunciou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística espanhol (INE).
O PIB espanhol recuperou já o perdido durante a crise económica e, com este crescimento do primeiro trimestre deste ano, supera o nível com que terminou 2008, segundo os dados do INE, que vêm confirmar a estimativa rápida divulgada a 28 de abril.
Segundo o INE, o crescimento do PIB espanhol foi sustentado pela procura interna que registou um contributo de 2,2 pontos para o crescimento anula do PIB. As exportações aumentaram 8,4% (quase o dobro face aos 4,4% do trimestre anterior). Já as importações aumentaram 4,1 pontos de 2,3% para 6,4%. Já o contributo da procura externa foi de 0,8 pontos. “Ambas as taxas são semelhantes às registadas no quarto trimestre”, sublinha o INE na nota de divulgação dos resultados.
Num análise por componentes, o consumo das famílias aumentou 0,4% no primeiro trimestre, ainda que o ritmo de crescimento tenha desacelerado três décimas relativamente ao final de 2016. Por outro lado, o consumo público cresceu 0,3% depois da queda de 0,2% registada nos três meses anteriores.
Investimento em máximo de dois anos
A Formação Bruta de Capital Fixo aumentou 2% no primeiro trimestre, face aos três meses anteriores, o que consiste no maior aumento desde o segundo trimestre de 2015.
“Esta notável recuperação do investimento foi consequência de um maior crescimento do investimento em construção (1,1% no primeiro trimestre contra os 0,7% dos últimos três meses de 2016) e ao forte aumento do investimento em bens de equipamento (um crescimento de 3%, após uma estagnação no último trimestre de 2016)”, sublinha o Expansión (conteúdo em espanhol).
Mas este crescimento do setor da construção volta a agitar os fantasmas da bolha no imobiliário. A Moody’s prevê uma subida dos preços das casas de quase 5% até 2019.
Emprego em rota ascendente
Também os dados do emprego registaram uma evolução positiva. “Em termos de postos de trabalho a tempo completo, registou uma variação trimestral de 0,7%, três décimas acima ao registado no trimestre anterior”, revela o INE. Em termos anuais, o emprego aumentou nos três primeiros meses do ano 2,5%, ou seja, menos duas décimas do que no último trimestre de 2016, o que pressupõe um aumento de 435 mil postos de trabalho a tempo inteiro, num ano. “Este comportamento, juntamente com a variação registada em termos de jornada média, resulta numa aceleração de três décimas na taxa anual de horas efectivamente trabalhadas”, explica o INE, precisando que a evolução passou de 1,5% para 1,8%.
Já os custos unitários de trabalho caíram 0,1%, ficando abaixo do deflator implícito do PIB (1%).
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