Resolução do Popular: “um bom exemplo”, “uma grande notícia”, “a melhor solução”
Os responsáveis envolvidos na operação de resolução do Popular, a primeira alguma vez imposta por Bruxelas, estão satisfeitos com o resultado.
O Banco Popular foi integrado no Santander, no âmbito de uma resolução imposta por Bruxelas para evitar a falência do banco espanhol. Foi a primeira vez que o Mecanismo Único de Resolução impôs esta medida e os responsáveis envolvidos na operação estão satisfeitos com o resultado. Este é “um exemplo bem-sucedido” da aplicação das regras bancárias europeias, uma “grande notícia para a Europa” e “a melhor” solução possível para garantir a estabilidade financeira.
Ana Botín, presidente do Santander, reagiu pouco depois de ter sido anunciada a operação, nas primeiras horas de quarta-feira. “Os supervisores atuaram rapidamente. Esta é a primeira situação em que o Mecanismo Único de Resolução atuou. É, de facto, uma grande notícia para a Europa, para o setor financeiro e para Espanha que tenham sido capazes de fazer isto da forma como foi feito”, disse à Bloomberg TV.
Também na quarta-feira, Elke Koenig, a presidente do Conselho Único de Resolução, justificou a decisão do mecanismo que lidera. Em causa estava a escassez de liquidez do Popular, que levou a que não houvesse alternativa para evitar a liquidação do banco. A solução foi concretizada num prazo “desafiador e apertado” e foi “a melhor” que se encontrou para garantir a estabilidade financeira, além de assegurar que os balcões do Popular poderiam abrir e funcionar normalmente.
Já Valdis Dombrovskis, comissário europeu para o Euro, considera este “um exemplo bem-sucedido da aplicação das novas regras do Mecanismo Único de Resolução”. Numa conferência de imprensa que teve lugar estar quinta-feira em Bruxelas, Dombrovskis lembrou que esta foi a primeira vez que um banco foi resolvido no âmbito do Mecanismo Único de Resolução e essa operação “foi feita sob grandes constrangimentos de tempo”. Ainda assim, foi “um sucesso”.
O comissário europeu salientou ainda que “o banco pode continuar as suas atividades e os clientes do Popular continuarão a ser atendidos sem qualquer perturbação”. O Santander, que comprou a totalidade do Popular por um euro, avançando posteriormente com um aumento de capital de sete mil milhões de euros, também garante que a operação já voltou à normalidade.
“É o primeiro dia e a boa notícia é que os clientes e os trabalhadores recuperaram a normalidade”, disse esta quinta-feira José Antonio Álvarez, presidente executivo do Santander, citado pelo Expansión. “O quadro de pessoal do Popular vai manter-se. São profissionais magníficos que terão de atender quatro milhões de clientes, porque, durante algum tempo, a integração da operação ainda não estará concretizada”, acrescentou.
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