Ministro da Agricultura quer tornar concelhos afetados em “laboratório da reforma da floresta”
Capoulas Santos pretende que concelhos da região Centro que foram afetados pelos incêndios sejam um "laboratório" da reforma da floresta para mostrar os resultados a prazo dessa reforma.
O ministro da Agricultura defendeu no parlamento que os concelhos da região Centro afetados pelos incêndios sejam um “laboratório” da reforma da floresta para mostrar o resultado, a prazo, dos objetivos do Governo.
Apesar de a propriedade dos concelhos ser privada, pelo que “qualquer intervenção deverá contar com os principais interessados”, o ministro Luís Capoulas Santos acredita que “esta tragédia deveria e poderia levar a iniciar a reforma da floresta precisamente naqueles municípios”.
“Não sendo a reforma [da floresta] visível de imediato à escala nacional, se concentramos todas estas medidas, de forma antecipada, naquele território e transformá-lo num laboratório daquilo que a prazo pode ser a floresta portuguesa bem gerida e bem ordenada”, afirmou aos deputados da Comissão da Agricultura e do Mar da Assembleia da República.
Os incêndios que deflagraram na região Centro no dia 17, e que demoraram uma semana a serem extintos, provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos.
"Não sendo a reforma [da floresta] visível de imediato à escala nacional, se concentramos todas estas medidas, de forma antecipada, naquele território e transformá-lo num laboratório daquilo que a prazo pode ser a floresta portuguesa bem gerida e bem ordenada.”
Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.
A área destruída por estes incêndios – iniciados em Pedrógão Grande, no distrito de Leira, e em Góis, no distrito de Coimbra – corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.
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