Ministério Público abre inquérito ao caso de Tancos
A Procuradoria-Geral da República anunciou esta terça-feira que abriu um inquérito ao caso de Tancos. MP confirma suspeitas de tráfico de armas e terrorismo internacional.
O Ministério Público diz existirem “suspeitas da prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional“. Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República considera que a investigação relativa aos “factos cometidos” em Tancos deve continuar no âmbito de um inquérito “com objeto mais vasto a ser investigado no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)”.
O órgão liderado por Joana Marques Vidal explica que foram logo iniciadas investigações após a notícia do roubo em Tancos. “Face a notícias relativas ao desaparecimento de material de guerra ocorrido em Tancos foram, desde logo, nos termos legais, iniciadas investigações”, lê-se no comunicado de imprensa divulgado esta terça-feira. Após esta investigação, o Ministério Público considerou que o caso integra-se numa “realidade mais vasta”.
“Estão em causa, entre outras, suspeitas da prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional”, avança a Procuradoria-Geral da República, confirmando as suspeitas que já existiam. Esta terça-feira o Público avançou que está a ser descartada a hipótese de ligações ao terrorismo, suspeitando-se antes que os criminosos sejam pessoas ligadas ao tráfico internacional de armas.
“Atenta a natureza e gravidade destes crimes e os diferentes bens jurídicos protegidos pelas respetivas normas incriminadoras, o Ministério Público decidiu que a investigação relativa aos factos cometidos em Tancos deveria prosseguir no âmbito de um inquérito com objeto mais vasto a ser investigado no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)”, anuncia o Ministério Público. Desta investigação fazem também parte a Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) e a Polícia Judiciária Militar. “O inquérito encontra-se em segredo de justiça”, revela a PGR.
(Atualizado às 13h56)
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