Governo diz que foram tomadas medidas adicionais de reforço da segurança
O nível de ameaça identificado para Portugal mantém-se em "moderado", mas está a ser avaliado de forma "dinâmica e permanente", garante Augusto Santos Silva.
Depois do roubo de material militar da base de Tancos, já foram tomadas medidas adicionais de segurança pública. Ainda assim, o nível de ameaça em Portugal continua inalterado, em “moderado”. A garantia foi dada esta quarta-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que está a representar o Executivo durante as férias do primeiro-ministro.
“Os efeitos do assalto em termos de segurança interna não são de molde a requerer uma mudança do nível de ameaça identificado,” esclareceu Santos Silva, em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP3. Por isso, o nível “continua ser moderado,” adiantou.
Ainda assim, “a avaliação da ameaça faz-se sempre de forma dinâmica e permanente.” E mais: “Isso não significa que não tenham sido já tomadas e estejam em curso medidas adicionais de reforço da segurança pública, de partilha de informações e de coordenação das ações dos diferentes serviços e forças de segurança,” assegurou.
"Os efeitos do assalto em termos de segurança interna não são de molde a requerer uma mudança do nível de ameaça identificado (…) O nível é moderado.”
Esta quarta-feira decorreu uma reunião do sistema de segurança interna, para a qual a procuradoria-geral foi convidada, para além de todas as restantes forças e serviços de segurança — PSP, GNR, SEF, Polícia Marítima e Serviço de Informações da República. Em representação do Ministério da Defesa esteve o secretário de Estado, já que o ministro está com o Presidente da República a receber o contingente português que terminou a sua missão no Kosovo.
Neste encontro, o Governo teve ocasião de “conhecer melhor o que tem sido feito”, disse Santos Silva, detalhando as ações em curso:
- A partilha imediata, no imediato, das informações que cada serviço ou força de segurança vai carregando;
- A comunicação dos dados que permitam avanços das investigações em curso;
- A avaliação permanente do risco e ameaça de segurança interna;
- E as ações necessárias de reforço da intervenção na vigilância do espaço e de eventos públicos e de pontos específicos nas fronteiras.
O ministro confirmou que, apesar de António Costa estar de férias, está em contacto permanente consigo, “por todos os meios que a comunicação moderna permite.” E adiantou que o primeiro-ministro o mandatou para “reiterar toda a confiança em todas as forças e serviços de segurança”, especificando que “falava também em nome pessoal” de António Costa.
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