Marcelo apela ao otimismo. Do realista, não do irritante
O Presidente da República reconheceu ainda que nem todos podem ter estado "à altura das circunstâncias" na tragédia de Pedrógão Grande, mas que "o país como um todo" conseguiu estar.
Marcelo Rebelo de Sousa encontrou-se com a comunidade portuguesa no México e, entre alegrias e tristezas, deixou alguns recados. Após pedir um minuto de silêncio em memória das vítimas dos incêndios de junho, o Presidente da República apelou ao país para que fique “realisticamente otimista”.
Em declarações emitidas pela rádio TSF, o chefe de Estado disse: “Nós somos um grande país. Não sei se têm a noção disso. Se não têm, é bom olharem-se todos os dias ao espelho e dizerem ‘eu sou português, eu sou muito bom’. Isso faz muito bem.” Mas alertou: “Não fiquem irritantemente otimistas, porque isso também é demais. Fiquem realisticamente otimistas, mas fiquem otimistas porque merecem e nós merecemos.”
"Não fiquem irritantemente otimistas, porque isso também é demais. Fiquem realisticamente otimistas, mas fiquem otimistas porque merecem e nós merecemos.”
Sobre a tragédia de Pedrógão Grande, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que “o país esteve sempre à altura das circunstâncias”. Mas reconheceu também que “pode, um ou outro, nem sempre estar à altura”. “Acontece-nos a todos nós na nossa vida. Mas o país, como um todo, esteve sempre à altura das circunstâncias”, defendeu.
"O país esteve sempre à altura das circunstâncias. Pode um ou outro de vez em quando nem sempre estar à altura das circunstâncias, acontece-nos a todos nós na nossa vida. Mas o país como um todo esteve sempre à altura das circunstâncias.”
De visita oficial ao México, o chefe de Estado português indicou que o Governo lá irá “as vezes que for necessário” e que os embaixadores “farão tudo o que está ao seu alcance, como têm feito, para levar mais longe” o relacionamento entre ambas as nações.
E concluiu: “Só não digo que virei cá muitas mais vezes porque depois era difícil explicar à Assembleia da República. O Presidente da República tem de explicar tudo o que faz no estrangeiro à Assembleia da República”, sublinhou.
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