Desemprego na Zona Euro atinge mínimos de 2009. Inflação estabiliza
A taxa de desemprego da Zona Euro atingiu, em junho, valores de fevereiro de 2009. Os valores da inflação vieram confirmar as preocupações do BCE.
O desemprego na Zona Euro caiu para mínimos de fevereiro de 2009. Os dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat confirmam uma queda da taxa de desemprego em julho, relativamente ao mesmo mês de 2016, estabelecendo-se nos 9,1%. Este valor ficou abaixo dos 9,2% que os analistas previam.
As quedas mais acentuadas registaram-se em Espanha (-2,8 pontos percentuais para os 17,1%) e na Croácia (-2,7 pontos percentuais para os 10,6%), dois dos países com as taxas mais altas dos 19. Portugal é o sétimo país com a taxa mais elevada (9%) da zona euro, localizando-se 0,1 p.p. abaixo da média dos 19 países, mas 1,3 p.p. acima da média da União Europeia — esta que se encontra nos 7,7%.
Preços estabilizam
Se o emprego melhorou, a inflação, o indicador mais atentamente seguido pelo BCE para avaliar a sua política monetária, estabilizou. Os preços na Zona Euro registaram uma subida de 1,3% no mês de julho, tal como já tinha acontecido em junho. Em termos setoriais, foi na energia que os preços mais aumentaram — 2,2%.
No entanto, quando os elementos mais voláteis (alimentação, energia, tabaco e álcool) não são contabilizados, a inflação subjacente localiza-se nos 1,2%, um valor que retoma o registado em abril deste ano e que representa uma aceleração pelo terceiro mês consecutivo e que compara com os 0,9% registados em julho de 2016.
Estes dados, divulgados pelo Eurostat num documento separado, vão ao encontro das preocupações do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, que justificou a última decisão da instituição — a de manter inalterado o programa de estímulos, pelo menos até ao outono — com um crescimento insuficiente da taxa de inflação.
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