Novo Banco prepara-se para vender negócio em Cabo Verde
O banco anunciou que celebrou um contrato de compra e venda do banco de Cabo Verde com a IIBG Holdings. Em causa está a venda de 90% do capital do banco.
O Novo Banco prepara-se para vender o Banco Internacional de Cabo Verde. A instituição financeira acaba de comunicar à CMVM que celebrou um contrato de compra e venda de 90% do capital da instituição financeira de Cabo Verde à sociedade IIBG Holdings, do Bahrein.
“Nos termos e para efeitos do previsto no artigo 248º do Código de Valores Mobiliários, informamos que o Novo Banco, S.A. celebrou com a sociedade IIBG Holdings B.S.C., sociedade constituída no Bahrein, um contrato de compra e venda de 90% do capital social do Banco Internacional de Cabo Verde, S.A”, refere o Novo Banco no comunicado publicado no site da Comissão do mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Esta operação que ainda está dependente da aprovação dos reguladores dos dois países, tal como refere o Novo Banco no comunicado enviado à CMVM, acontece após uma tentativa de alienação ao empresário de futebol, José Veiga, que foi travada pelos reguladores da banca dos dois países em fevereiro de 2016. Anulação que surgiu depois de a instituição liderada por Carlos Costa ter ouvido do Ministério Público que o negócio era ilegal.
O Novo Banco refere que a alienação à sociedade do Bahrein da quase totalidade do capital do banco de Cabo verde “representa mais um importante passo no processo de desinvestimento de ativos não estratégicos do Novo Banco, prosseguindo este a sua estratégia de foco no negócio bancário doméstico”.
Já ontem tinha sido conhecido que o banco liderado por António Ramalho já deu o pontapé de saída para a venda do negócio dos seguros de vida. A Reuters confirmou junto de fonte oficial que o Novo Banco iniciou o processo de venda da GNB Seguros Vida.
O avanço dos processos de alienação dessas duas unidades — Banco Internacional de Cabo Verde e GNB Seguros Vida — acontece numa altura em que o Novo Banco está a levar a cabo uma oferta de aquisição de dívida sénior, em troca de dinheiro, com o objetivo de reforçar os seus rácios em 500 milhões de euros. Os cerca de 2,7 mil milhões de euros necessários para pagar aos investidores que aceitem a oferta serão financiados, em parte, através da venda de ativos.
Relativamente à venda do Banco Internacional de Cabo Verde, a instituição financeira liderada por António Ramalho não referiu o valor envolvido, mas salientou que o impacto no rácio é neutro. “A conclusão da transação nos termos ora acordados terá um impacto neutro no rácio de capital Common Equity Tier I do Novo banco”, diz o comunicado enviado à CMVM.
(Notícia atualizada com mais informação às 17h25)
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