Ultimato de Donald Trump pinta Wall Street de vermelho
O Congresso norte-americano foi surpreendido com um ultimato de Trump: ou há muro, ou para o Governo. Investidores estão a reagir negativamente e bolsas abriram em queda.
As bolsas norte-americanas abriram em queda esta quarta-feira. Os investidores estão a reagir negativamente a mais um pacote de declarações polémicas do Presidente Donald Trump. Wall Street acompanha assim a pressão vendedora que também se está a fazer sentir na Europa.
Neste contexto, e após os ganhos expressivos da última sessão, o S&P 500 abriu a cair 0,36%. O industrial Dow Jones caía 0,40% e o tecnológico Nasdaq recuava 0,50%.
No mercado cambial, o euro estava a ganhar terreno em relação ao dólar (um euro compra 1,1791 dólares), após dados económicos que reforçaram a confiança dos investidores no crescimento da economia da Zona Euro, e face a um discurso do presidente do BCE, em que Mario Draghi evitou tecer comentários em relação à moeda ou à política monetária do banco.
Isto acontece a um dia do arranque da conferência anual de Jackson Hole no Estado do Kansas, em que o líder do BCE se encontrará com Janet Yellen, a chefe da Fed. O discurso de Yellen, na sexta-feira, está a ser antecipado com grande expectativa pelos mercados, numa altura em que se renovam as preocupações sobre a baixa inflação.
Quem não tem estado em silêncio é Donald Trump. Entre outras coisas, o Presidente fez um ultimato ao Congresso, apelando ao financiamento do projeto do muro na fronteira com o México — o mesmo projeto que o Presidente sempre garantiu que seria financiado pelos próprios mexicanos. Caso contrário, o Presidente ameaça com uma paralisação total do Governo.
Os congressistas temem que o projeto do muro, uma das bandeiras da atual Presidência, aumente o défice do país, temendo-se que possa mesmo colocar em causa o plano fiscal da própria Administração.
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