Bancos sobem comissões no verão. Deco estranha coincidência
A associação para a defesa dos consumidores aconselha os clientes a estarem atentos aos preços das comissões. E, caso seja necessário, que procurem outras alternativas no mercado.
A Deco está a estranhar o aumento das comissões dos bancos durante o verão. A associação para a defesa dos consumidores realça a coincidência das alterações dos preçários durante o mês de agosto, quando muitas pessoas estão de férias. Isto depois de o ECO ter dado conta de que o Novo Banco reviu as condições de isenção, exigindo agora um saldo sete vezes superior para não ter de pagar nada nas contas à ordem normais.
Nuno Rico, da Deco, afirma “que houve aqui um conjunto de alterações no mês de agosto em diversas instituições bancárias. Nós destacamos pelo menos quatro: Novo Banco, BPI, Caixa Geral de Depósitos e o agora designado EuroBic“, segundo o que foi avançado pela Antena 1 e confirmado pelo ECO. Considerando este aumento neste período, a Deco aconselha os clientes a estarem atentos aos preços das comissões. E, caso seja necessário, que procurem outras alternativas no mercado.
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De acordo com a TSF, a Associação de Defesa dos Clientes Bancários (ABESD) também acusou o Novo Banco de falta de transparência. “O Novo Banco parece ter utilizado as férias para procurar que o aumento nas comissões não fosse do conhecimento público”, salienta a entidade. A ABESD considera estes aumentos inaceitáveis, afirma o presidente da associação, Luís Janeiro, que lamenta que tenha sido o banco público a dar o mau exemplo.
Em maio, o BPI publicou um documento com as alterações do respetivo preçário para vigorarem a partir do início de agosto, onde estava prevista a subida de diversas comissões, sobretudo relacionadas com cartões de crédito e débito, bem como com cheques. Já na semana passada, o Novo Banco reviu as condições de isenção das contas, exigindo agora um saldo sete vezes superior para não ter de pagar nada nas contas à ordem normais. Se até agora bastava ter 5.000 euros para estar isento de qualquer comissão de manutenção, neste momento os clientes do banco liderado por António Ramalho precisam de ter 35 mil euros na conta.
Agora é a vez de a Caixa Geral de Depósitos mudar as condições de milhares de contas até agora isentas de alguns custos. A partir de setembro, só os clientes com mais de 65 anos e pensão ou reforma inferior a 835,50 euros continuarão isentos. Em causa estão 700 mil contas, que, segundo disse Paulo Macedo num evento no mês passado, “pagam zero” pelos serviços bancários. Na altura, o presidente executivo do banco público fez saber que haveria alterações a este cenário. Na prática, vários clientes deixariam de ter uma conta base e seriam integrados nos serviços mínimos bancários, desde que cumprissem uma série de critérios preestabelecidos.
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