Portugal avança com emissão de dívida de 380 milhões em moeda chinesa
Portugal já recebeu luz verde do banco central da China para emitir dívida em moeda chinesa, numa operação avaliada em 380 milhões de euros. Operação fica fechada até final do ano.
Portugal já recebeu luz verde do banco central da China para emitir dívida em moeda chinesa, numa operação avaliada em 380 milhões de euros, avança a agência Reuters.
A Reuters cita declarações do ministro das Finanças, Mário Centeno, à agência IFR, acrescentando que o Governo português já contratou três bancos para realizar a emissão: são eles a Caixa Geral de Depósitos, o HSBC e a Bank of China. Será a primeira emissão de dívida em yuan de um país da Zona Euro.
A operação será feita através de uma oferta pública no mercado interbancário, com as chamadas “panda bonds” a serem emitidas num prazo de até cinco anos. Estará concluída até final do ano.
“Temos tentado alargar a base de investidores da nossa dívida e [até agora] temos feito isso com obrigações colocadas no mercado de retalho. A China é interessante dado que é um enorme mercado”, referiu Centeno à IFR.
Portugal avança para esta emissão depois de ter obtido uma notação de investimento de qualidade da sua dívida pela Standard & Poor’s na passada sexta-feira, uma decisão que apanhou os investidores de surpresa.
"Temos tentado alargar a base de investidores da nossa dívida e [até agora] temos feito isso com obrigações colocadas no mercado de retalho. A China é interessante dado que é um enorme mercado.”
Desde maio que o IGCP estava a planear esta operação, depois da visita de três dias de Mário Centeno à China. Dias depois, em Doha, no Qatar, foi o primeiro-ministro António Costa a sublinhar a intenção de Portugal de diversificar a origem geográfica dos credores portugueses, tentando convencer os investidores árabes a investir em dívida nacional.
Apesar de ser um mercado de obrigações chinês avaliado em 9,5 biliões de dólares, foram poucas as entidades internacionais vender “panda bonds” nos últimos anos, incluindo os soberanos Polónia e Coreia do Sul.
(Notícia atualizada às 17h39)
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